EM 31 DE MARÇO DE 2007
1 - CONTEXTO OPERACIONAL
ii Como garantia do aporte do valor total da subscrição, a CEB constituiu, em favor da CEB
Distribuição S.A., penhor sobre 33.830.000 (trinta e três milhões, oitocentos e trinta mil) ações
ordinárias da CEB Lajeado S.A., de sua propriedade, devendo o valor desta garantia ser reduzido na
proporção em que forem acontecendo as integralizações.
A CEB Distribuição S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.710
de 24 de maio de 2001, constituída como subsidiária integral, concessionária do serviço
público de energia elétrica, atuando desde 12 de janeiro de 2006, conforme
desverticalização da Companhia Energética de Brasília, na atividade de distribuição de
energia elétrica no Distrito Federal.
A CEB Geração S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.648 de
26 de dezembro de 2000, constituída como subsidiária integral, concessionária do serviço
público de energia elétrica, atuando na geração de energia elétrica.
A CEB Participações S.A. – CEBPar é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei
Distrital nº 1.788 de 27 de novembro de 1997, constituída como subsidiária integral,
atuando na compra e venda de participações acionárias ou cotas de outras empresas
energéticas, de telecomunicações e de transmissão de dados, majoritária ou
minoritariamente.
A sociedade também atua na comercialização da energia elétrica, na proporção de sua
cota-parte de 17,5% no Consórcio CEMIG–CEB, produzida pela Usina Hidrelétrica de
Queimado, na condição de produtora independente de energia elétrica.
A CEB Lajeado S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.515 de
31 de dezembro de 1999, controlada pela Companhia Energética de Brasília – CEB, com
59,93% (cinqüenta e nove vírgula noventa e três por cento) das ações ordinárias, e
coligada da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, que detém 40,07%
(quarenta vírgula zero sete por cento) das ações da Companhia.
A BSB Energética S.A. é uma sociedade por ações, constituída em 24 de março de 2000,
para construir Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, com potência global máxima
instalada de 200 MW e participar de outros empreendimentos ou sociedades, seja como
acionista ou quotista.
Em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei nº. 11.638/07, que alterou, revogou e
introduziu novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76), quanto à
divulgação e preparação de demonstrações contábeis, que vieram a modificar, entre outros
aspectos, o critério de reconhecimento e valorização de ativos e passivos. Estas mudanças de
práticas contábeis entraram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2008.
Algumas das principais alterações ou novos procedimentos constantes da Lei, com vigência a
partir de 2008, que poderão impactar as Demonstrações Contábeis da Companhia dos
próximos exercícios estão resumidas a seguir:
• Nas operações de combinação de empresas, quando forem realizadas entre partes não
relacionadas todos os ativos e passivos da incorporada, cindida ou fusionada deverão ser
identificados, avaliados e contabilizados a valor de mercado.
• Eliminação da possibilidade de serem efetuadas reavaliações espontâneas do ativo
imobilizado.
Conforme comunicado ao mercado, a CVM pretende concluir, ainda em 2008, o seu processo
normativo para os dispositivos da lei societária que foram alterados e que necessitem de
regulação, e reverá todos os seus atos normativos que tratam de matéria contábil, a fim de
verificar e eliminar possíveis divergências em relação às alterações específicas produzidas
pela nova lei.
Estão representadas, substancialmente, pelo saldo das contas a receber com fornecimento e
suprimento de energia faturada e não faturada (esta por estimativa), serviços prestados,
acréscimos moratórios e outros, da controlada CEB Distribuição S.A.
Estão representados pelo saldo dos créditos a receber do Governo do Distrito Federal,
referentes aos serviços de construção e de manutenção da rede de iluminação pública do
Distrito Federal.
3.5 - Estoques
Os estoques são registrados pelo custo médio de aquisição, não excedendo os seus custos
de reposição ou valores de realização; e, são destinados à aplicação na construção e na
manutenção da rede de iluminação pública do Distrito Federal.
3.6 - Imobilizado
Esses ativos estão registrados ao custo de aquisição, a depreciação é calculada pelo método
linear, a taxas anuais variáveis de 2% a 20%.
3.7 - Investimentos
4 - INVESTIMENTOS
Principais informações sobre as Empresas Controladas e Coligadas em 2008
Participação da Patrimônio
Quantidade de Capital Social Resultado
Empresas CEB no Capital Líquido
ações da CEB Integralizado Líquido
Social (a)
CEB Distribuição S.A. 48.406.369 100% 48.406 (29.082) (1.533)
As obrigações são atualizadas pela variação monetária e pelos juros incorridos de acordo com
os termos dos contratos.
Controladora
Encargos
Entidades 31.03.08 31.12.07
Juros de 5% a 8% a.a. acrescidos de 1% a 2% de
Eletrobrás 2.523 3.941 taxa de administração
CEF 13.333 15.833 CDI + 1,45% ao ano.
Total do Circulante 15.856 19.774
Total do Não Circulante 3.333 5.833
6- CONTROLADAS E COLIGADAS
O saldo de R$ 407 mil, relativos à CEB Distribuição., decorrente da operação da Resolução nº.
318/2005 da ANEEL, que aprovou a desverticalização da Companhia e respectivo Laudo de
Avaliação, determinou que os empréstimos junto à ELETROBRÁS, no âmbito do Programa
Nacional de Iluminação Pública Eficiente – RELUZ, ficassem sobre sua responsabilidade. Em
função disto, os recursos financeiros no montante de R$ 5.677, decorrentes da aprovação pela
ANEEL, conforme Despacho nº 773 de 18 de abril de 2006, do projeto relativo ao Programa de
Eficiência Energética ciclo 2004/2005, executado com recursos do Reluz, foram transferidos da
CEB Distribuição S.A. para a Companhia Energética de Brasília – CEB.
8 - CAPITAL SOCIAL
Acionistas Quantidade de %
Ações Ordinárias
Governo do Distrito Federal – GDF 4.085.364 89,27
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – NOVACAP 150.473 3,29
REGIUS – Sociedade Civil de Previdência Privada 97.380 2,13
BRADESCO Capitalização S.A. 57.740 1,26
OPPORTUNITY Lógica II FIA 44.600 0,97
International Markets Investimento C. V. 29.800 0,65
Bransfield LLC 22.000 0,48
Fundo de Investimento de Ações – Dividendos Canoi 15.700 0,34
Outros 73.375 1,61
Total 4.576.432 100,00
Fonte: Relações com Investidores da Companhia Energética de Brasília
9 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS
A atividade da Companhia tem como objetivo principal atuar como holding, participando de
outras sociedades ou de consórcios, desenvolvendo atividades nos diferentes campos de
energia, em quaisquer de suas formas, sobretudo a elétrica, serviços de telecomunicações,
transmissão de dados e prestação de serviços de consultoria.
A Companhia possuía instrumentos financeiros representados por empréstimos junto à
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, destinados ao financiamento de projetos
no âmbito do Programa Nacional de Iluminação Pública – ReLuz e junto a instituição
financeira para financiamento de capital de giro necessário à manutenção de suas atividades
operacionais.
O valor desses instrumentos reconhecidos aproxima-se do valor de mercado, mediante
comparação de taxas de juros contratuais com taxas de juros prevalecentes no mercado em
operações similares na mesma data.
Não tem sido política da Companhia operar com derivativos e operações financeiras, com a
finalidade de proteger-se dos riscos de perdas com flutuações nas taxas de juros.
No que diz respeito à BSB Energética S.A., a Companhia Energética de Brasília participa com
9% no negócio, que por sua vez, tem participação na Empresa Brasil PCH, criada para
implantar e operar Pequenas Centrais Hidrelétricas que entrarão em operação a partir de
2008, gerando receitas que produzirão resultados nas empresas investidoras, incluindo a BSB
Energética S.A..
A CEBGÁS deu um importante passo para a sua consolidação e seu desenvolvimento como
concessionária de distribuição de gás canalizado do Distrito Federal, quando em 08 de
novembro de 2007, iniciou suas operações distribuindo o Gás Natural para o segmento
Veicular. Ainda assim, é possível a previsão de que esses negócios serão auto-sustentáveis
nos próximos exercícios, dispensando demandas para investimentos relevantes por parte da
Companhia Energética de Brasília – CEB.
No que concerne ao investimento vinculado à participação na Energética Corumbá III (UHE
Corumbá III), a Usina está com início das operações previsto para dezembro de 2008. A
energia elétrica a ser produzida será utilizada ou comercializada na condição de “Produtor
Independente”, nos termos do contrato de concessão ANEEL e nas normas legais
específicas.
É possível inferir, portanto, que a Companhia Energética de Brasília – CEB, a partir de 2008,
apurará resultados positivos sustentados e de forma crescente em todos seus negócios.
Quanto à dívida de longo prazo do acionista majoritário (GDF/Companhia Energética de
Brasília – CEB) para com a CEB Distribuição S.A. (no montante histórico de R$ 142,7
milhões), cujo pagamento foi definido pela ANEEL que deverá ser realizado a partir de
dezembro de 2008, com quitação prevista para o ano 2012, considera-se que tal compromisso
será honrado por intermédio de uma combinação das seguintes alternativas de fontes de
recursos: alienação de ativos (imóveis) pertencentes à Companhia Energética de Brasília;
recebimentos de pelo menos 40% de dividendos e juros sobre capital próprio produzidos pela
CEB Distribuição S.A.; e recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio gerados
pelos demais negócios que compõem a CEB Holding.
Dessa forma, a Companhia continuará articulando um conjunto de ações pontuais que lhe
permitirão superar, em médio prazo, os obstáculos pós-reestruturação societária e alcançar o
equilíbrio empresarial desejado, sobretudo no âmbito da CEB Distribuição S.A..