1 – MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Assim, das empresas integrantes da CEB holding, alcançaram estágio operacional a CEB
Distribuição S.A., CEB Geração S.A., CEB Participações S.A., CEB Lajeado S.A., Companhia
Brasiliense de Gás S.A., Corumbá Concessões S.A. e a BSB Energética S.A. (esta última juntou-
se às demais no exercício findo). Portanto, apenas a Energética Corumbá III S.A. encontra-se em
estágio pré-operacional, com perspectiva para produção de suas primeiras receitas em 2009.
Para sustentação da estratégia empresarial, sobretudo na CEB Distribuição S.A., que exigiu
montante de recursos expressivo para investimentos, amortização da dívida e pagamentos das
parcelas indenizatórias dos Planos de Desligamentos Voluntários de 2005 e 2006, foram utilizadas
a captação de financiamentos de baixo custo e receita de outros resultados gerada por meio da
alienação de imóvel ocioso (inservível, do ponto de vista da concessão de distribuição).
É relevante destacar o desempenho da CEB Distribuição S.A., para atestar a eficácia da estratégia
empresarial adotada e dos instrumentos aplicados para viabilizá-la: o resultado apurado em 2008
(lucro de R$ 33,15 milhões); a amortização de passivos, da ordem de R$ 20,71 milhões, assim
como a melhoria do perfil de endividamento; e a prioritária e inadiável recuperação do sistema de
distribuição, que recebeu investimentos no valor de R$ 134,32 milhões, caracterizando
continuidade de aportes anuais em montantes jamais aplicados na história da empresa
distribuidora.
Constata-se a reversão do Patrimônio Líquido negativo da CEB Distribuição S.A.. Este agregado
contábil, da ordem de R$ 100,10 milhões negativos em 2006, reduzido para R$ 27,60 milhões
negativos em 2007, alcançou, em 2008, o montante de R$ 11,41 milhões positivos.
O desempenho do conjunto das empresas que integram a CEB holding permitiu os lucros
registrados nos exercícios de 2007 e 2008 (R$ 120,30 milhões e R$ 66,94 milhões,
respectivamente), praticamente alcançando o prejuízo acumulado de R$ 197,30 milhões, apurados
em 2006.
Resta a conclusão emanada das demonstrações contábeis e notas explicativas integrantes deste
relatório: no exercício ora encerrado, o movimento em busca da sustentabilidade, iniciado em
2007, continuou com sucesso e de maneira consistente, evidenciando que haveremos de alcançá-
la em breve. Esse é o nosso objetivo e a razão de nossa gestão.
A Administração
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008
2 – CENÁRIO MACROECONÔMICO
Até o terceiro trimestre de 2008, as boas perspectivas para a economia mundial permitiram à
economia brasileira manter sua trajetória de crescimento. No encerramento do exercício, o Produto
Interno Bruto sinalizava crescimento superior a 5%, embora os números finais de sua apuração
ainda não estivessem disponíveis quando da conclusão deste Relatório. O desempenho equivale
ao de 2007 quando alcançou 5,67%.
Por ter seu crescimento fortemente lastreado na demanda interna, a maioria dos setores da
economia brasileira demorou a registrar sinais de desaceleração. O setor exportador,
diversamente, principalmente por conta dos subsetores atrelados a commodities, demonstrou-se
mais sensível, repercutindo de forma intensa o clima mundial de incertezas e transformando-se no
ponto de acesso, à economia brasileira, dos efeitos da instabilidade econômica em que mundo se
vê mergulhado. De qualquer forma, os analistas são unânimes, por força do atual estágio de nosso
desenvolvimento econômico, em vaticinar crescimento para 2009 do PIB brasileiro, embora em
números bem mais modestos que os registrados no último biênio.
2.2 Inflação
A taxa Selic reflete este cenário, mantendo-se em níveis muito superiores às pretensões dos
setores produtivos. Isto tem motivado contínuo questionamento à intensidade adotada pelo Banco
Central no uso desse instrumento de controle inflacionário.
Em 2008, os principais índices de preços tiveram evolução superior à registrada em 2007. O Índice
Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou incremento anual de 9,81%, contra 7,75% em 2007;
o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), adotado como referência no regime de metas de
inflação, registrou elevação de 5,9%, superando em 1,44% à registrada no ano anterior; e o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC atingiu 6,48% em 2008, superando a marca de 5,16%
alcançada em 2007.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008
Apesar dos valores acima apontarem uma degradação do quadro inflacionário, observa-se que os
valores acumulados dos últimos 12 meses desses índices, registrados ao longo do quarto trimestre
de 2008, acusaram declínio. Há consenso que o fenômeno pode ser atribuído menos aos méritos
da política monetária e mais às repercussões da crise mundial nas expectativas dos agentes
econômicos.
Mesmo sendo menos vigoroso que o desejado, o crescimento econômico registrado até o terceiro
semestre de 2008 foi responsável por uma postura restritiva do Banco Central na condução da
política econômica. A rigidez da taxa básica de juros que vinha sendo mantida desde outubro de
2007 foi interrompida em abril de 2008 com a retomada da elevação mensal, ainda sob a
perspectiva de aumento das tensões inflacionárias por conta de excessos de demanda agregada;
nem mesmo a consistência dos primeiros reflexos da instabilidade internacional nos mercado
interno foi suficiente para retomar as quedas mensais da taxa Selic; ao contrário, apenas em
setembro de 2008 a ascensão da taxa Selic foi interrompida e mantida em 13,75% até o
encerramento do exercício.
As despesas financeiras da CEB Distribuição S.A. apuradas em 2008 (cerca de R$ 112,80 milhões
negativos) refletem, em parte, os efeitos decorrentes dos comportamentos da taxa de juros e dos
índices de preços ocorridos no exercício que se encerra. Tais efeitos foram levados à CEB por
intermédio da consolidação de resultados da Companhia.
3 – CEB HOLDING
Estrutura Societária
ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA
Companhia
Energética de
Brasília – CEB
holding
G
D P
CEB CEB CEB
Geração Distribuição Participações
Outras
S.A. S.A. S.A.
Participações
(100%) (100%) (100%)
CEB
2008/2007
Econômico – Financeiro
2008 2007
Consolidado (R$ Mil)
1.461.781
Receita Operacional Bruta 1.385.612
953.672
Receita Operacional Líquida 873.887
61.576
Resultado Operacional Líquido 203.911
112.106
EBITDA 276.118
66.941
Lucro Líquido (Prejuízo) 120.302
343.924
Patrimônio Líquido 276.983
Fonte: Demonstrações Contábeis da Companhia Energética de Brasília – CEB
A CEB Distribuição S.A. é uma sociedade por ações, constituída como subsidiária integral,
concessionária do serviço público de energia elétrica, nos termos do Contrato de Concessão nº
66/1999 – ANEEL, com prazo de concessão até 2015. Atua na atividade de distribuição de energia
elétrica do Distrito Federal e atende 794.186 (setecentos e noventa e quatro mil, cento e oitenta e
seis) clientes, dos quais, 700.809 (setecentos mil oitocentos e nove) são residenciais.
A área de concessão abrange todo o Distrito Federal, correspondente a 5.822,1 km², e está
estruturada com 28 Regiões Administrativas.
O suprimento de energia ao Distrito Federal é realizado por FURNAS Centrais Elétricas, por meio
das subestações de Brasília Sul (345/138 kV), Brasília Geral (230/34,5 kV) e Samambaia
(500/345/138 kV), com potências instaladas de 900 MVA, 180 MVA e 450 MVA, respectivamente.
As subestações de Brasília Sul e Samambaia alimentam também cargas da CELG das regiões do
entorno do Distrito Federal. Destacam-se ainda, as conexões ao sistema CEB das Usinas de
Corumbá IV (127 MW) e Paranoá (30 MW), que favorecem a confiabilidade do sistema. Em caso
de emergência, o suprimento pode ser reforçado pela entrada em operação de Usina Térmica de
Brasília, com 10 MW de potência instalada.
Cabe ressaltar que grande parte da malha de rede de distribuição subterrânea tem como tipo de
arranjo, o spot network, que proporciona alta confiabilidade, haja vista a redundância de
alimentadores e de transformadores, que mantêm a continuidade do fornecimento, mesmo com a
indisponibilidade de um dos componentes do sistema.
A energia comprada pela CEB Distribuição S.A. em 2008 teve a seguinte composição:
2008/2007
2008 2007
Supridor
MWh % R$ (Mil) % MHh % R$ (Mil) %
Repasse Itaipu (*) 1.128.511 20,78 105.030 21,20 947.647 18,60 84.728 19,59
PROINFA 78.734 1,45 10.633 2,15 48.877 0,96 8.650 2,00
CCEAR 2.575.507 47,43 186.408 37,62 2.420.886 47,53 161.034 37,24
Corumbá Concessões S.A. 667.584 12,29 96.713 19,52 665.760 13,07 89.367 20,66
CEB Lajeado S.A. 885.976 16,32 91.847 18,54 885.977 17,39 76.866 17,77
Investco 8.969 0,17 971 0,20 8.669 0,17 752 0,17
Energia de Curto Prazo 84.860 1,56 3.853 0,78 116.085 2,28 11.060 2,56
Total 5.430.141 100 495.455 100 5.093.901 100 432.457 100
Fonte: Boletim de Mercado da CEB Distribuição S.A.
3.1.1.3 – Mercado
2008/2007
Classes de Consumidores 2008 2007 Variação (%)
(*) A redução no número de consumidores da Classe Rural decorreu de um ajuste realizado no mês de
dezembro de 2008 na rota de leitura e entrega de faturas rurais (a rota foi redistribuída em outras
dezoito rotas). Tal ajuste ocasionou redução nas leituras nesse mesmo mês, uma vez que a
regulamentação (Art. 40 da Resolução ANEEL nº 456/2000) não permite mais de uma leitura num
período inferior a 15 dias. Embora tais unidades consumidoras não tenham sido lidas e faturadas no
referido mês, tal divergência foi corrigida no mês subseqüente (janeiro/2009) e o número de
consumidores voltou ao patamar normal (9.060 unidades).
O consumo de energia elétrica, por classe, teve em 2008 um aumento médio de 6,1% (seis vírgula
um por cento), perfazendo o total de 4.553.070 MWh.
Outras classes que se destacaram no ano de 2008 foram as de serviço público e iluminação
pública que cresceram 11,6% e 14,2%, respectivamente, influenciadas pelos programas criados
pelo Governo do Distrito Federal, principalmente, o “Brasília Integrada” e o “Governo nas Cidades”.
Serviço Próprio
Iluminação
Pública Público
Residencial
Poder 0%
Público 6% 6%
39%
12%
Rura
l
2%
Industrial
Comercial
31% 4%
Em 26 de agosto de 1999, foi firmado o Contrato de Concessão nº 66/99, entre a União, por
intermédio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, e a Companhia Energética de
Brasília – CEB, hoje CEB Distribuição S.A.. O Contrato tem por objeto regular a exploração do
serviço público de distribuição de energia elétrica da concessão de que é titular a citada
Concessionária, e prevê, nas Subclaúsulas Sétima e Oitava da Cláusula Sétima, o cronograma
para a realização de Revisão Tarifária Periódica a cada 4 (quatro) anos.
A revisão dos valores das tarifas de comercialização de energia ocorre alterando-as para mais ou
para menos, considerando os investimentos realizados no sistema elétrico de distribuição, o
comportamento da estrutura de custos, o mercado da concessionária, os níveis de tarifas
observados em empresas similares no contexto nacional e internacional, assim como os estímulos
à eficiência e à modicidade das tarifas.
No processo de revisão, a ANEEL estabelece ainda, os valores do Fator X, que deverão ser
subtraídos ou acrescidos na variação do índice do IGP-M aplicada nos reajustes anuais
subsequentes.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008
Cabe a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL estabelecer tarifas que assegurem ao
consumidor o pagamento de um valor justo, como também garantir o equilíbrio econômico-
financeiro da concessionária de distribuição, para que ela possa oferecer um serviço de qualidade,
confiabilidade e continuidade necessária.
2008/2007
Exercícios DEC (horas/ano) FEC (frequência/ano)
2007 14,87 15,67
2008 16,27 16,93
Fonte: Boletim de Mercado da CEB Distribuição S.A.
Por outro lado, em 2007 e 2008 a Companhia aumentou significativamente seus investimentos no
sistema de distribuição (será mantido nos próximos exercícios comportamento semelhante), de
modo que, efetivamente, há a expectativa de que o DEC e o FEC alcancem valores compatíveis
com a orientação empresarial adotada pela CEB Distribuição S.A. nos próximos exercícios.
Registre-se que o DEC acumulado móvel apurado em dezembro de 2008 foi de 16,27 horas/ano
(acima do limite fixado de 15,58 horas/ano), enquanto o FEC, no mesmo mês, foi de 16,93
frequência/ano (inferior ao limite determinado de 19,98 frequência/ano).
3.1.1.7 – Investimentos
A CEB Distribuição S.A. conquistou o Prêmio Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor (IASC)
2008. A Empresa foi apontada como a melhor distribuidora de energia da Região Centro-Oeste. O
certame, promovido desde 2002, visa estimular a melhoria da qualidade dos serviços prestados
pelas concessionárias por meio da opinião dos clientes. A apuração do índice é realizada mediante
a aplicação de questionários e os temas abordados são Satisfação, Confiança, Fidelidade,
Qualidade Percebida e Valor Percebido.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008
A CEB Geração S.A., subsidiária integral da Companhia Energética de Brasília – CEB foi criada
pela Lei Distrital nº 2.648, de 26 de dezembro de 2000. Trata-se de uma Sociedade por ações,
com personalidade jurídica de direito privado.
A energia produzida pela Usina Hidrelétrica do Paranoá, com potência instalada de 26 MW, foi
comercializada por intermédio de Contratos de Comercialização de Energia Elétrica em Ambiente
Regulado – CCEAR.
A Usina Termelétrica de Brasília, a base de óleo diesel, com potência instalada de 10 MW, tem
sua operação determinada pelo Operador Nacional do Sistema – ONS apenas em situações
emergenciais, em decorrência dos elevados custos operacionais das máquinas geradoras.
2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Receita Operacional Bruta 9.152 10.326
A CEB Participações S.A. é uma sociedade por ações, constituída como subsidiária integral e
detém participações acionárias ou cotas de outras empresas energéticas.
A Empresa comercializa a energia elétrica produzida pela Usina Hidrelétrica de Queimado, com
potência instalada de 105 MW e prazo de concessão que será encerrado em 2032. A Usina
localiza-se no Rio Preto, entre os municípios de Unaí, no Estado de Minas Gerais, e Cristalina, no
Estado de Goiás.
A CEB Participações S.A. também é acionária da Corumbá Concessões S.A. (2,12% do total das
ações), que tem como empreendimento associado à UHE Corumbá IV.
Mantidas as atuais atividades empresariais, verifica-se que a Empresa está próxima de atingir seu
limite de resultados positivos anuais. O lucro no ano de 2008 (R$ 6,97 milhões), significativamente
superior ao registrado em 2007 (R$ 4,57 milhões), causado, principalmente, pelo incremento do
preço médio da energia comercializada da ordem de 50%, ocorrido em janeiro do exercício findo,
assegurou a elevação do patamar de resultados que será mantido por meio dos contratos de
venda de energia de longo prazo formalizados.
A CEB Lajeado S.A. é uma sociedade por ações, controlada pela Companhia Energética de
Brasília – CEB, com 59,93% (cinquenta e nove vírgula noventa e três por cento) das ações
ordinárias (os restantes 40,07% pertencem à Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS).
A Empresa desenvolve atividades de comercialização de 19,80% da energia elétrica produzida
pela UHE – Luís Eduardo Magalhães, com potência instalada de 902,5 MW e prazo de concessão
a ser encerrado em 2032. A Usina localiza-se no Rio Tocantins, nos municípios de Palmas e
Miracema do Tocantins, Estado de Tocantins.
2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008
A Companhia Brasiliense de Gás – CEBGAS é uma sociedade de economia mista, controlada pela
Companhia Energética de Brasília – CEB, com 51% (cinquenta e um por cento) das ações
ordinárias, que tem por objetivo a exploração, com exclusividade, do serviço de distribuição e
comercialização de gás combustível canalizado, de produção própria ou de terceiros, podendo
inclusive importar, para fins comerciais, industriais, residenciais, automotivos, geração termelétrica
ou quaisquer outras finalidades e usos possibilitados pelos avanços tecnológicos, em toda a área
do Distrito Federal. O prazo de concessão encerra-se em 10 de janeiro de 2030, podendo se
prolongar por período de até 30 anos.
2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Receita Operacional Bruta 2.877 195
Receita Operacional Líquida 2.252 151
Por necessitar de elevada escala de comercialização para compensar a reduzida margem de lucro
por unidade de combustível vendido, em 2008, embora a Companhia Brasiliense de Gás S.A.
tenha ampliado o número de pontos de comercialização (entrou em operação mais um posto de
venda de gás veicular), ainda não foi possível produzir receita capaz de gerar lucro no exercício
findo.
A Corumbá Concessões S.A. é uma sociedade por ações, concessionária do serviço público de
energia elétrica. Atua na geração de energia, na condição de produtora independente, com prazo
de concessão a encerrar-se em 2035, para a exploração da Usina Hidrelétrica de Corumbá IV,
com potência instalada de 127 MW. A Usina localiza-se no Rio Corumbá, municípios de Luziânia,
Santo Antonio do Descoberto, Alexânia, Abadiânia e Silvânia, Estado de Goiás.
2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Receita Operacional Bruta 108.611 97.499
Note-se que no exercício de 2008 houve apuração de lucro (R$ 5,1 milhões), porém em menor
dimensão quando comparado com o registrado em 2007 (R$ 17,7 milhões).
A Energética Corumbá III S.A. é uma sociedade por ações, constituída em 25 de julho de 2001. A
Empresa é Concessionária do serviço público de energia elétrica, nos termos do Contrato de
Concessão de Uso de Bem Público nº 126/2001 – ANEEL Corumbá III, na condição de produtora
independente, com prazo de concessão a encerrar-se em 2036, para a exploração do
Aproveitamento Hidrelétrico Corumbá III, com potência instalada de 93,6 MW. O AHE Corumbá III
localiza-se no Rio Corumbá, município de Luziânia, Estado de Goiás.
A Energética Corumbá III S.A. têm como acionistas a CEB (37,5%), a CELG-G&T (37,5%), a
Strata (12,5%) e a Energpower (12,5%). O empreendimento encontra-se em adiantada fase de
implantação, com previsão de entrada em operação para o primeiro semestre de 2009.
O orçamento total da obra é de aproximadamente R$ 435 milhões e o projeto será financiado pelo
BNDES. A Empresa captou empréstimo ponte na Caixa Econômica Federal para suprir os aportes
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008
demandados pelo empreendimento, enquanto aguarda-se a liberação dos recursos de longo prazo
por parte daquela entidade financiadora.
Destaque-se que a CEB já aportou a maior parte de sua parcela de capital próprio prevista para o
negócio.
A BSB Energética S.A. é uma sociedade por ações, constituída em 24 de março de 2000, para
construir Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, com potência global máxima instalada de 200
MW e, estatutariamente, está autorizada a participar de outros empreendimentos ou sociedades,
seja como acionista ou quotista.
Em 2006, ao associar-se com outras empresas que também possuíam concessões, projetos e
licenças ambientais de empreendimentos de mesma natureza, além de outros investidores, a BSB
Energética S.A. passou a deter participação acionária na Brasil PCH S.A.. Esta Empresa, por sua
vez, logrou sucesso quanto à captação de recursos para construção dos empreendimentos, tendo
como principal fonte financiadora o BNDES, resultando uma conjuntura empresarial que
possibilitou a entrada em operação de nove usinas em 2008, restando quatro unidades a serem
concluídas em 2009.
Note-se uma característica evidenciada para o futuro da BSB Energética S.A.. Houve a decisão
empresarial dos acionistas de não dar continuidade à prospecção de novos aproveitamentos
hidrelétricos. Por outro lado, como a Empresa associou-se à Brasil PCH S.A. por meio de três
projetos de usinas a serem construídas por esta última, sem qualquer compromisso quanto a
operação e manutenção dos empreendimentos, restou apenas a participação acionária no negócio.
Assim, a BSB Energética S.A. tornou-se uma empresa essencialmente investidora. Entretanto,
resta o pagamento de despesas remanescentes relacionadas com as prospecções das três PCHs
oferecidas no processo de participação na Brasil PCH S.A., demandando investimentos finais da
CEB na BSB Energética S.A. de pequena expressão.
2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Resultado Operacional Líquido (1.095) 980
4 – AUDITORES INDEPENDENTES
A Companhia informa, nos termos da Instrução CVM nº 381, de 14 de janeiro de 2003, que utiliza
os serviços de Auditoria Independente PELEGRINI & RODRIGUES AUDITORES
INDEPENDENTES S/S; e que em 2008, não utilizou outros serviços desses auditores senão
aqueles ligados diretamente à auditoria das demonstrações contábeis.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008
5 – AGRADECIMENTOS
A Administração