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Ecletismo: no mundo e no Brasil

Lucas de Carvalho Turmena


Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Departamento de Construção Civil
Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: História da Arquitetura e do urbanismo II/ Arquitetura Brasileira I
lucasturmena@hotmail.com

O seminário sobre o período Neoclássico teve uma dinâmica diferenciada em relação aos
outros: os conteúdos de História Geral e História Brasileira foram apresentados
conjuntamente, em uma aula de terça-feira e a aula destinada à produção nacional foi usada
para realizar uma visita a alguns pontos interessantes de Curitiba. A proposta foi
interessante por podermos dinamizar as aulas com visitas, embora tenha sido mal
aproveitada, assunto a que voltarei ao final deste.

O contexto geral foi apresentado bastante brevemente, através da enunciação dos


eventos mais importantes. Alguns deles (como a Revolução Industrial, a Revolução
Francesa e as Exposições Universais) precisavam de um aprofundamento bem maior,
porque as alunas que os apresentaram trabalharam com conceitos ainda do ensino médio.
Desta forma, o encadeamento das coisas foi muito pequeno, como já colocado foi mais
como uma enunciação dos eventos.

Como de costume, a Arte Geral foi apresentada, com algumas referências aos
pintores impressionistas do final do século XIX. Nesta parte ficou um pouco mais claro o
contexto, a partir da colocação de que as pessoas de modo geral haviam perdido suas
referências estéticas. A aluna Juliana colocou, de maneira bastante acertada, o período
como conflituoso, insistindo no confronto entre a tradição e as novidades que se davam
nesta época, de maneira galopante. Foram colocados o jazz como ritmo popular e jovem e
Toulousse-Lautrec (como criador da linguagem do design gráfico). Ficou explícita a relação
entre criação artística, avanços tecnológicos, etc. Outro ponto colocado foi o tatear dos
artistas na busca de uma linguagem que exprimisse a contradição vivida a partir da
inovação.

Ao entrar na discussão de arquitetura, o grupo tentou expor alguns conceitos que


não ficaram claros, de revivalismo e historicismo. Faltou preparo e entendimento dos
conceitos, pois não souberam defini-los com claridade. Desta forma, valeu a intenção de
colocá-los, embora necessitassem da referência bibliográfica bastante explícita, para
dissiparmos as dúvidas que deixaram.

O ecletismo foi colocado como uma tendência que reutiliza certas linguagens
arquitetônicas que condizem com a função a que são destinados. A aluna Isabela expôs
brevemente a Teoria do Associacionismo, segundo a qual o usuário poderia representar
certos usos e sensações com certas tipologias do edifício. Desta forma, havia um estilo mais
ou menos propício, segundo o programa da edificação. Esses estilos abrangiam as
linguagens ocidentais, mas também os exotismos que se tornavam mais próximos com
avanços tecnológicos, como a arquitetura japonesa, chinesa, indiana, etc.

Foi interessante a colocação inicial da aluna Laís sobre a existência do ecletismo


antes e depois do período que conhecemos como eclético. Essa mistura de estilos já vinha
acontecendo desde o barroco e se estende, talvez de alguma forma própria, até os dias de
hoje.

No que toca o Brasil, o contexto também era de transição. De colônia, o Brasil


passou a Império e então a República, havendo diversas transformações culturais, políticas
e econômicas. A mudança econômica foi de especial importância: o Brasil alterava seu
produto de exportação para o café e, devido à mudança do sistema produtivo em nível
internacional com a abolição da escravatura, diversos imigrantes foram requisitados para
trabalhar no país. Assim, além de estar enfrentando uma mudança radical na sua estrutura,
nosso território ainda se tornou um caldeirão de culturas e influências.

Foi interessante o enfoque dado para este período, em que o grupo falou bastante
sobre urbanismo, assunto quase esquecido ao longo da disciplina. O urbanismo nascia na
Europa como ciência e veio para o Brasil contaminado das idéias higienistas e sanitaristas.
Isto ficou visível nas diversas alterações do meio urbano que passaram a se dar, com
abertura de grandes vias, tratamento das fachadas, embelezamento dos centros urbanos,
etc. Uma crítica colocada foi essa preocupação superficial que desconsiderava a realidade
dos menos favorecidos (estes eram expulsos do centro urbano). De maneira análoga e com
mudança de discursos (sanitarismo, ajardinagem, mobilidade, risco biológico, etc) a mesma
solução vem sendo dada, sem a integração da diversidade na cidade.

Foram exibidos ainda edifícios cariocas, paulistas e manauenses que mostravam,


além da linguagem eclética, o momento de desenvolvimento do Brasil e sua
industrialização, marcada pela monocultura cafeeira e a construção de vias férreas.

Em relação à visita, a proposta foi bem louvável: Curitiba tem todo um conjunto
arquitetônico do período abordado e dá bons exemplos do ecletismo. Entretanto, o
planejamento teve suas falhas. O primeiro lugar visitado foi a praça Eufrásio Correia, de
traçado francês e com escultura art nouveau trazida da Europa. Está localizada próxima a
importantes edifícios do final do começo do século XX, como a estação ferroviária (atual
Shopping Estação) e a Câmara dos Vereadores (que encontra-se em obras). A paisagem
toda está bastante prejudicada, devido a inserções que desconsideraram o valor do
conjunto e somente preservaram prédios isolados. Após isso, seguimos pela Barão do Rio
Branco, importante eixo que ligava a praça Generoso Marques às vias férreas, marcando o
desenvolvimento de Curitiba e o espaço destinado à aristocracia emergente devido à
indústria do mate. Ao longo de toda essa rua há um casario mal conservado, com diversas
características e estilos que se misturam, do clássico ao déco. No meio do caminho
pudemos conhecer melhor um hotel que preserva boa parte da sua tipologia, incluindo
paredes bastante largas. Este foi um dos pouquíssimos exemplares de edifícios preservados
adequadamente e requalificados. Chegando à Praça Generoso Marques pudemos observar
o Paço da Liberdade, edifício com marcas art nouveau muito fortes. Entretanto, neste
edifício o grupo perdeu o controle e deixou que todos entrassem e fossem onde quisessem,
gastando muito tempo com desencontros. Após reunida a turma, fomos até a Catedral na
Praça Tiradentes, onde o grupo do seminário sobre o Neogótico pode expor um pouco
mais a tipologia encontrada nesta igreja. Embora tenhamos percorrido um bom caminho
nesta uma hora e meia, poderia ter sido melhor aproveitado com paradas precisas do grupo
(em pouquíssimos momentos reuniram a turma para falar sobre as obras) e um controle
mais rígido dos locais a serem visitados.

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