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Técnico de Registro Empresarial 1

Prova comentada

Junta Comercial do Estado do Espírito Santo / JUCEES


Técnico de Registro Empresarial
Nível Médio
Banca: COSEAC / UFF
Prova realizada no ano de 2009
Colaborador: Henrique Nuno Fernandes

1. A crise já fez o consumidor brasileiro mudar de hábitos. As roupas novas deram lugar a
remodelagens de peças antigas esquecidas no armário. Outros optaram por vendê-las em brechós.
O dinheiro aplicado no banco foi resgatado para adquirir um carro usado, que já está vendendo
mais que os similares zero quilômetro. De acordo com os empresários do setor, os automóveis de
segunda mão registraram alta nos negócios de 10% a 15% com queda entre 10% e 20% nos
preços, contra um recuo de 5% no valor dos automóveis novos.
2. Nos sites de compras da internet, a procura por eletroeletrônicos, roupas e artigos em geral
aumentou no terceiro trimestre deste ano. De acordo com dados do Mercado Livre, principal portal
da rede, o volume de compras de itens usados pela somou US$ 295 milhões entre julho e setembro
no país, número 14,47% maior que o registrado no segundo trimestre deste ano. O número de
produtos à venda nas páginas virtuais subiu 9,8%, para 5,6 milhões de unidades.
3. Após o recuo nas vendas entre setembro e outubro, as concessionárias cortaram preços dos
modelos usados para estimular os negócios. Osvaldo Fonseca, sócio da Carro Bom Veículos e da
Vadico Itaguaí e Angra dos Reis, explica que o corte em carros novos é difícil, pois obedece o
calendário das fábricas.
4. Com mais flexibilidade de preço, os usados ficaram 15% mais baratos. E a diferença acabou
compensando. Desde setembro, os modelos seminovos passaram de 80% para 90% do meu
faturamento.
5. Neste Natal, os modelos usados serão a grande aposta das empresas para as vendas de fim
de ano, já que os negócios envolvendo carros novos seguem estacionados “por serem mais caros”,
dizem os empresários. Segundo Paulo Santiago Filho, sócio-diretor das concessionárias Raion e
Natal Mitsubishi, Millenion Suzuki e Honda, serão feitas promoções apenas de seminovos nos
próximos dias.
6. Os seminovos serão as vedetes deste fim de ano. Em setembro e outubro, com as vendas
caindo, os preços foram reajustados e ficaram convidativos. Tinha um estoque com 200 carros.
Com o corte de R$ 5 mil em cada um, o faturamento foi reduzido em R$ 1 milhão.
7. As roupas novas também ficaram em segundo plano. A rede Conserte, com dez lojas no Rio e
188 funcionários, viu o movimento aumentar 30% desde setembro em relação ao primeiro semestre
deste ano. Fátima Rosana Oliveira, supervisora geral da companhia, lembra que as vendas
costumam cair depois de agosto devido ao lançamento da coleção de verão no varejo.
8. Os clientes estão pegando as peças velhas e fazendo reparos para poder usar de novo. Eles
transformam a calça em bermuda e colocam um zíper diferente. Agora, querem aproveitar tudo
mais do que nunca. Para estimular os negócios, não vamos reajustar os preços dos serviços lembra
Fátima.
9. As lojas ainda têm investido na ampliação dos serviços. A Maria Costura, em Botafogo, por
exemplo, passou a fazer roupas sob encomenda. O número de pedidos aumenta 100% a cada mês,
desde setembro. Soraia Vasconcelos, sócia do espaço, diz que não está mais aceitando pedidos,
pois não tem condição de atender a todos.
10. Há ainda quem tente ganhar um dinheiro extra. Os brechós sentem a maior procura de pessoas
interessadas em vender roupas e móveis usados. Sávio Carlos, dono da “Desculpe eu sou chique”,
diz que a oferta no espaço aumenta há três meses. O empresário diz que, em julho, recebia uma ou
duas ligações por dia; hoje, a média passou para seis contatos.
ROSA, Bruno. O Globo, 23/11/2008.)

1. A exposição de ideias desenvolvida no texto está orientada no sentido de persuadir o leitor de


que:
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A) a crise econômica em curso afeta negativa e indistintamente todos os setores do comércio em


nosso país;
B) o reajuste de preços é a alternativa imediata e mais racional para estimular os negócios
abalados com a crise em curso;
C) a crise alterou o comportamento do consumidor brasileiro, fazendo com que o comércio de
artigos e serviços tivesse que se ajustar à nova realidade;
D) o comércio de roupas e veículos, com a crise, obrigou o consumidor brasileiro a resgatar o
dinheiro que mantinha aplicado;
E) tornou-se um grande negócio a compra de itens usados pela web, donde o montante de
vendas registrado entre julho e setembro ter crescido consideravelmente.

1. Resposta: C – É correto inferir que "a crise alterou o comportamento do consumidor brasileiro,
fazendo com que o comércio de artigos e serviços tivesse que se ajustar à nova realidade".
Essa afirmação encontra apoio logo na primeira frase do texto: "A crise já fez o consumidor
brasileiro mudar de hábitos". O autor cita como mudança de postura do consumidor brasileiro,
por exemplo, a remodelagem de roupas antigas, a venda de roupas antigas a brechós e o
resgate do dinheiro aplicado para a aquisição de carro usado.

Comentário:

a) Item Errado – A crise econômica em curso não afeta negativa e indistintamente todos os
setores do comércio em nosso país, uma vez que aumentaram as vendas de carros usados,
eletroeletrônicos, roupas, artigos em geral e móveis usados.
b) Item Errado – Não é verdade que o reajuste de preços é a alternativa imediata e mais racional
para estimular os negócios abalados com a crise em curso. Ao contrário, segundo Fátima
Rosana Oliveira, a alternativa para aumentar as vendas é manter os preços dos serviços:
"Para estimular os negócios, não vamos reajustar os preços dos serviços".
d) Item Errado – O consumidor brasileiro não resgatou o dinheiro que mantinha aplicado por
causa da crise do comércio de roupas e veículos, mas para "adquirir um carro usado", ou seja
para consumir produtos.

e) Item Errado – As vendas pela web não se referem a itens usados, mas, sim, a produtos novos
(eletroeletrônicos, roupas e artigos). Esse aumento de vendas serve como argumento de que a
crise não afeta todos os setores.

2. Para mostrar-se convincente, recorre o autor a todas as estratégias de argumentação abaixo,


com EXCEÇÃO da seguinte:

A) apontar dados estatísticos;


B) exemplificar o comportamento do mercado ante a nova realidade econômica;
C) recorrer à palavra de autoridade no assunto;
D) concordar parcialmente com ponto de vista divergente do seu;
E) desenvolver um raciocínio consistente.
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2. Resposta: D – Não é apresentado qualquer ponto de vista divergente.

Comentário: Estratégias argumentativas são todos os recursos que visam a convencer o


interlocutor do ponto de vista defendido.

a) Item Correto – Dados estatísticos são considerados um argumento de autoridade, ou seja,


possuem credibilidade, pois comprovam as afirmações do locutor do texto. Eis alguns
exemplos de dados estatísticos: "alta nos negócios de 10% a 15%"; "número 14,47% maior
que o registrado no segundo trimestre deste ano"; "O número de pedidos aumenta 100% a
cada mês".
b) Item Correto – A exemplificação reforça o ponto de vista apresentado, pois apresenta casos
reais a favor da tese defendida. O texto apresenta vários exemplos que comprovam a
alteração do comportamento do consumidor. Transcrevemos aqui alguns: "As roupas novas
deram lugar a remodelagens de peças antigas esquecidas no armário". / “Outros optaram por
vendê-las em brechós. O dinheiro aplicado no banco foi resgatado para adquirir um carro
usado, que já está vendendo mais que os similares zero quilômetro".
c) Item Correto – A citação de autoridades (especialistas) no assunto debatido fortalece a tese
defendida. Empresários, diretores e supervisores de empresa são exemplos de autoridades
citadas.

e) Item Correto – O raciocínio desenvolvido é consistente, ou seja, é baseado nos princípios da


lógica. O autor defende a tese de que a crise modificou o comportamento do consumidor
brasileiro. Para isso, ele usou coerentemente várias estratégias argumentativas.

3. Na argumentação desenvolvida no texto, o que se encontra enunciado na segunda frase visa a


justificar o que foi dito na primeira em todas as opções seguintes, EXCETO:

A) “E a diferença acabou compensando. Desde setembro, os modelos seminovos passaram de


80% para 90% do meu faturamento.” (4º parágrafo);
B) “Em setembro e outubro, com as vendas caindo, os preços foram reajustados e ficaram
convidativos. Tinha um estoque com 200 carros.” (6º parágrafo);
C) “Os seminovos serão as vedetes deste fim de ano. Em setembro e outubro, com as vendas
caindo, os preços foram reajustados e ficaram convidativos.” (6º parágrafo);
D) “As lojas ainda têm investido na ampliação dos serviços. A Maria Costura, em Botafogo, por
exemplo, passou a fazer roupas sob encomenda.” (9º parágrafo);
E) “Há ainda quem tente ganhar um dinheiro extra. Os brechós sentem a maior procura de
pessoas interessadas em vender roupas e móveis usados.” (10º parágrafo).
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3. Resposta: B – “Em setembro e outubro, com as vendas caindo, os preços foram reajustados e
ficaram convidativos. Tinha um estoque com 200 carros.” / Há uma relação de causalidade não
entre a primeira e a segunda frase, mas na primeira frase: a queda das vendas (causa) >
reajuste dos preços (consequência); reajuste dos preços (causa) > preços convidativos
(consequência). O período "Tinha um estoque com 200 carros" não apresenta nenhuma
causalidade, isto é, não justifica a afirmação anterior.

Comentário: A causalidade está associada às relações de causa (= motivo) / consequência (=


efeito, resultado), ou justificativa para o que se apresentou anteriormente. Há causalidade em
todas as demais frases:

a) Item Correto – "E a diferença acabou compensando. Desde setembro, os modelos seminovos
passaram de 80% para 90% do meu faturamento.” / O fato de ter havido um aumento nas
vendas de 80% para 90% justifica a afirmação feita na primeira frase – "a diferença acabou
compensando". Em outras palavras: "E a diferença acabou compensando, pois, desde
setembro, os modelos seminovos passaram de 80% para 90% do meu faturamento.”
c) Item Correto – “Os seminovos serão as vedetes deste fim de ano. Em setembro e outubro,
com as vendas caindo, os preços foram reajustados e ficaram convidativos.” / O fato de os
preços terem sido reajustados e ficarem convidativos justifica a afirmação de que “Os
seminovos serão as vedetes deste fim de ano".
d) Item Correto – “As lojas ainda têm investido na ampliação dos serviços. A Maria Costura, em
Botafogo, por exemplo, passou a fazer roupas sob encomenda.” / Passar a fazer roupas sob
encomenda justifica (esclarece) o investimento das lojas na ampliação dos serviços.
e) Item Correto – “Há ainda quem tente ganhar um dinheiro extra. Os brechós sentem a maior
procura de pessoas interessadas em vender roupas e móveis usados.” / A procura de pessoas
interessadas em vender roupas e móveis usados justifica a o que se afirmou na primeira frase:
o fato de haver pessoas que tentem ganhar um dinheiro extra. Dito de outro modo: as pessoas
procuram ganhar um dinheiro extra porque estão interessadas em vender roupas e móveis
usados nos brechós.

4. A substituição da preposição em destaque pela locução indicada altera fundamentalmente o


sentido do enunciado em:

A) “registraram alta nos negócios de 10% a 15% com queda entre 10% e 20% nos preços,
CONTRA um recuo de 5% no valor dos automóveis novos” (1º parágrafo) / em detrimento de;
B) “cortaram preços dos modelos usados PARA estimular os negócios” (3º parágrafo) / com o fito
de;
C) “serão feitas promoções apenas de seminovos Nos próximos dias.” (5º parágrafo) / no curso
de;
D) “COM o corte de R$ 5 mil em cada um, o faturamento foi reduzido em R$ 1 milhão.” (6º
parágrafo) / Em decorrência de;
E) “viu o movimento aumentar 30% DESDE setembro em relação ao primeiro semestre deste
ano.” (7º parágrafo) / em detrimento de.
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4. Resposta: A – A preposição "contra" exprime oposição e tem o sentido de "em oposição a",
"em contraste com"; já "em detrimento de" significa "em prejuízo". Assim, como os dois termos
não são equivalentes, não pode haver a substituição de um pelo outro, sem causar prejuízo
semântico.

Comentário:

b) Item Errado – A preposição "para" indica finalidade; pode ser substituída por "com o objetivo
de", "a fim de", "com o intuito de", "com o fito de", etc.: “cortaram preços dos modelos usados
com o fito de estimular os negócios”.
c) Item Errado – Em "Nos" existe a contração da preposição "em" com o artigo "os"; essa
preposição, no texto, expressa tempo (= durante), por isso pode ser substituído por "no curso
de" (no curso de = durante): “serão feitas promoções apenas de seminovos no curso dos
próximos dias”.
d) Item Errado – Contextualmente, o conectivo "Com" expressa ideia de causa e equivale a "por
causa de", "em vista de", "em virtude de", "devido a", "em decorrência de", etc.: “Em
decorrência do corte de R$ 5 mil em cada um, o faturamento foi reduzido em R$ 1 milhão”.

e) Item Errado – Na frase, a partícula "desde" denota ponto de partida no tempo e significa "a
começar de", "a contar de", "a partir de": viu o movimento aumentar 30% a partir de setembro
em relação ao primeiro semestre deste ano".

5. O sentido de “Neste Natal, os modelos usados serão a grande aposta das empresas para as
vendas de fim de ano, JÁ QUE os negócios envolvendo carros novos seguem estacionados 'por
serem mais caros'” (5º parágrafo) altera-se sensivelmente com a substituição do conectivo em
destaque por:

A) visto como;
B) porquanto;
C) dado que;
D) tendo em vista que;
E) desde que.

5. Resposta: E – A expressão "já que" expressa relação de causa e equivale semanticamente a


"visto como", "porquanto" e "dado que", "tendo em vista que". A locução "desde que" denota
tempo ou condição, dependendo do contexto, por isso alteraria o sentido original. Vejamos:
Choro desde que você partiu (tempo). / Desde que você se esforce, terá sucesso (condição).
Observação: Em determinados contextos, "desde que" pode denotar causa (desde que =
visto que): "Desde que é rico, não lhe é difícil auxiliar o próximo" (Aurélio)
6. As palavras cujos prefixos significam o mesmo que os prefixos de SEMINOVOS e
SUPERVISORA são, respectivamente:

A) hemiciclo e hipertensão;
B) epiderme e antiaéreo;
C) eufonia e arqui-inimigo;
D) periferia e acéfalo;
E) dígrafo e sincronia.
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6. Resposta: A – Em "seminovos" e "hemiciclo", os prefixos "semi" e "hemi" são equivalentes" (=


meio ou metade); também possuem o mesmo sentido os prefixos "super" e "hiper", presentes
em "supervisora" e "hipertensão": posição superior, em cima, sobre.

Comentário:
b) Item Errado – epiderme / antiaéreo: epi = sobre, posição superior; anti = oposição, contra.
c) Item Errado – eufonia / arqui-inimigo: eu = bom, belo, bem, excelência; anti = oposição, contra.
d) Item Errado – periferia / acéfalo: peri = em torno de; a = negação, carência.

e) Item Errado – dígrafo / sincronia: di = dois, duplicidade; sin = simultaneidade, reunião.

7. Ao reescrever a voz passiva analítica como passiva pronominal, incidiu-se em ERRO na


colocação do pronome átono em:

A) “O dinheiro aplicado no banco foi resgatado para adquirir um carro usado” (1º parágrafo) /
Resgatou-se o dinheiro aplicado no banco para adquirir um carro usado.
B) “o volume de compras [...] somou US$ 295 milhões entre julho e setembro no país, número
14,47% maior que o registrado no segundo trimestre deste ano” (2º parágrafo) / o volume de
compras [...] somou US$ 295 milhões entre julho e setembro no país, número 14,47% maior
que o que se registrou no segundo trimestre deste ano.
C) “Segundo Paulo Santiago Filho [...] serão feitas promoções apenas de seminovos nos próximos
dias” (5º parágrafo) / Segundo Paulo Santiago Filho [...] Farão-se promoções apenas de
seminovos nos próximos dias”.
D) “Em setembro e outubro, com as vendas caindo, os preços foram reajustados e ficaram
convidativos” (6º parágrafo) / Em setembro e outubro, com as vendas caindo, os preços
reajustaram-se e ficaram convidativos.
E) “Com o corte de R$ 5 mil em cada um, o faturamento foi reduzido em R$ 1 milhão” (6º
parágrafo) / Com o corte de R$ 5 mil em cada um, o faturamento se reduziu em R$ 1 milhão.

Resposta: C – “Segundo Paulo Santiago Filho [...] Farão-se promoções apenas de seminovos
nos próximos dias”. / A colocação do pronome oblíquo está errada, pois não se usa ênclise
(pronome depois do verbo) quando os verbos se encontrarem no futuro do presente ou do
pretérito. Aqui, como a frase se inicia por verbo, a mesóclise (pronome no meio do verbo) é
obrigatória. Correção: Segundo Paulo Santiago Filho [...] Far-se-ão-se promoções apenas
de seminovos nos próximos dias.

Comentário: A mesóclise (pronome no meio do verbo) acontece obrigatoriamente quando as


frases começam com verbos que estejam no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
Dir-lhe-ei a verdade. / Dir-lhe-ia a verdade.
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Observações:

1. Se a frase não começar com verbo, pode-se usar indiferentemente a próclise ou a ênclise: O
homem nos obedecerá (ou O homem obedecer-nos-á). / O homem obedecer-nos -ia (ou O
homem nos obedeceria.).

2. Se houver palavra atrativa, a próclise será obrigatória: O chefe não nos ajudará. / O chefe não
nos ajudaria.

3. Jamais se usará ênclise com os verbos no futuro do presente ou do pretérito: Oferecerei-lhe um


presente – ERRADO. / Oferecer-lhe-ei um presente – CORRETO.

a) Item Correto – “Resgatou-se o dinheiro aplicado no banco para adquirir um carro usado”. /
Como a frase começa com verbo, a ênclise (pronome depois do verbo) é obrigatória.
b) Item Correto – “o volume de compras [...] somou US$ 295 milhões entre julho e setembro no
país, número 14,47% maior que o que se registrou no segundo trimestre deste ano”. / Antes de
pronome relativo (que), a próclise (pronome antes do verbo) é obrigatória.
d) Item Correto – “Em setembro e outubro, com as vendas caindo, os preços reajustaram-se e
ficaram convidativos”. / Como não há palavras atrativas, neste caso é indiferente a próclise ou a
ênclise. Desse modo, estaria igualmente correta a colocação do pronome "se" antes do verbo:
"... os preços se reajustaram e ficaram convidativos".

e) Item Correto – “Com o corte de R$ 5 mil em cada um, o faturamento se reduziu em R$ 1


milhão”. / Aqui também não há palavras atrativas, por isso o pronome poderia vir depois do
verbo: "... faturamento reduziu-se em R$ 1 milhão".

8. Cometeu-se um erro de concordância, ao se transformar a oração reduzida em destaque em


oração desenvolvida na seguinte opção:

A) “A crise já fez O CONSUMIDOR BRASILEIRO MUDAR DE HÁBITOS” (1º parágrafo) / que o


consumidor brasileiro mudasse de hábitos.
B) “Outros optaram POR VENDÊ-LAS EM BRECHÓS” (1º parágrafo) / por que fossem vendidas
em brechós.
C) “O dinheiro APLICADO NO BANCO foi resgatado para adquirir um carro usado” (1º parágrafo) /
que se aplicou no banco.
D) “Neste Natal, os modelos usados serão a grande aposta das empresas para as vendas de fim
de ano, já que os negócios ENVOLVENDO CARROS NOVOS seguem estacionados” (5º
parágrafo) / que envolvem carros novos.
E) “Os clientes estão pegando as peças velhas e fazendo reparos PARA PODER USAR DE
NOVO” (8º parágrafo) / para que possa usar de novo.
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8. Resposta: E – Em 'Os clientes estão pegando as peças velhas e fazendo reparos PARA
PODER USAR DE NOVO', a não flexão do infinitivo está correta, uma vez que, a flexão é
facultativa com infinitivo regido de preposição (a, de, sem, para, em): Os clientes estão pegando
as peças velhas e fazendo reparos PARA PODER (ou PODEREM USAR DE NOVO". É bom
ressaltar que ocorre erro na forma verbal "possa": o verbo na forma desenvolvida deveria
obrigatoriamente concordar com o sujeito "Os clientes". Correção: “Os clientes estão pegando
as peças velhas e fazendo reparos para que possam usar de novo.

Comentário: Infinitivo precedido de preposição:


1. Com infinitivo regido de preposição (a, de, sem, para, em), a flexão é facultativa: Trabalhamos
no domingo sem reclamar (ou reclamarmos). / Lutam para ser (ou serem) felizes. / Viajaram
para resolver (ou resolverem) problemas particulares.

2. Quando a preposição inicia complemento nominal de adjetivos ou substantivos, o infinitivo não


se flexiona: Estamos felizes (adjetivo) em ajudar. / Temos a dignidade (substantivo) de pedir
desculpas.

3. Não se flexiona o infinitivo precedido de preposição "de", "por" ou "a", formando locuções
verbais com os verbos "estar", "ficar", "andar", "acabar", "começar", "viver", "continuar" e outros
semelhantes: estar a estudar (= estar estudando), ficar a dormir (= ficar dormindo), acabaram
por sair, começaram a rir, acabaram de sair, etc.

4. Flexiona-se o infinitivo precedido de preposição em alguns casos:

a) se a preposição estiver combinada com artigo (= ao): Apagaram as luzes ao chegarem.


b) se o infinitivo preceder o verbo da oração principal: Para fazerem o trabalho, necessitam de
instrumentos adequados.
c) quando o verbo for reflexivo, pronominal ou passivo: Levantaram-se para se cumprimentarem
(verbo reflexivo; se = pronome reflexivo recíproco). / Calaram-se para não se aborrecerem
(verbo pronominal; se = parte integrante do verbo). / Liguei a máquina para se lavarem as
roupas (voz passiva sintética: para se lavarem as roupas = para as roupas serem lavadas; se =
pronome apassivador).

a) Item Correto – que o consumidor brasileiro mudasse de hábitos. / A forma verbal "mudasse",
singular, concorda com o sujeito "o consumidor brasileiro".
b) Item Correto – “Outros optaram POR VENDÊ-LAS EM BRECHÓS” / por que fossem vendidas
em brechós. / O verbo "ser" está no plural, visto que seu sujeito possui forma de plural:
"Outros". Observação: A expressão "por que", além de significar "por qual motivo", "pelo qual",
"pelos quais", também é equivalente a "para que", indicando finalidade.
c) Item Correto – “O dinheiro APLICADO NO BANCO foi resgatado para adquirir um carro usado”
/ que se aplicou no banco. / A forma verbal "aplicou" está no singular para concordar com o
sujeito paciente "O dinheiro (O dinheiro que se aplicou = O dinheiro que foi aplicado).

d) Item Correto – “Neste Natal, os modelos usados serão a grande aposta das empresas para as
vendas de fim de ano, já que os negócios ENVOLVENDO CARROS NOVOS seguem
estacionados” / Está no plural o verbo "seguir" para respeitar a concordância com o sujeito "os
negócios".
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9. A frase em que o verbo OBEDECER tem a mesma regência que em “pois obedece o calendário
das fábricas” (3º parágrafo) é a seguinte:

A) Quando dizemos que um indivíduo é disciplinado, não queremos dizer que ele obedece
passivamente.
B) A propaganda eleitoral obedece regras injustas.
C) Pouco manda quem quer que muito lhe obedeçam.
D) Um bom burocrata deve obedecer, no relato dos acontecimentos, à ordem cronológica.
E) Sua instalação obedeceu a todos os dispositivos legais em vigor na época.

9. Resposta: B – Tanto em “pois obedece o calendário das fábricas” quanto em "A propaganda
eleitoral obedece regras injustas", o verbo "obedecer” foi usado como transitivo direto (obedecer
o quê – o calendário das fábricas; o calendário das fábricas = objeto direto / obedecer o quê –
regras injustas; regras injustas = objeto direto). A propósito, vejamos o que nos informa o
dicionário Aurélio sobre o emprego de "obedecer" como transitivo direto: Pop. Obedecer (1):
Obedece o pai. [Ocorre, em bons autores, como t.d.; é melhor, entretanto, na linguagem culta
formal, usar a regência indireta.]

Comentário: Na norma culta, o verbo "obedecer" é transitivo indireto, com preposição "a" (quem
obedece, obedece a algo ou a alguém). Foi com essa regência que se empregou o verbo nas
opções C, D e E. Na opção A, o verbo foi usado como intransitivo.

a) Item Errado – “Quando dizemos que um indivíduo é disciplinado, não queremos dizer que ele
obedece passivamente”. / Verbo intransitivo, com o sentido de "executar ordens".
c) Item Errado – “Pouco manda quem quer que muito lhe obedeçam”. / Verbo transitivo indireto
(lhe obedeçam: lhe = objeto indireto).
d) Item Errado – “Um bom burocrata deve obedecer, no relato dos acontecimentos, à ordem
cronológica”. / Verbo transitivo indireto (deve obedecer à ordem cronológica: à ordem
cronológica = objeto indireto).

e) Item Errado – “Sua instalação obedeceu a todos os dispositivos legais em vigor na época”. /
Verbo transitivo indireto (obedeceu a todos os dispositivos legais”: a todos os dispositivos
legais = objeto indireto).

10. Na frase “O número de produtos À VENDA nas páginas virtuais subiu 9,8%, para 5,6 milhões
de unidades” (2º parágrafo), permanece obrigatório o acento grave no “a” com a substituição do
termo grifado por:

A) à disposição do consumidor
B) a nossa disposição;
C) a pesquisar;
D) a preço convidativo;
E) a prazo.
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10. Resposta: A – Em "O número de produtos À VENDA", a crase é obrigatória antes de "venda",
visto que a expressão "à venda” é adjunto adverbial feminino. Sabemos que, se substituirmos a
palavra feminina por uma masculina qualquer, houver a correlação "à > ao", ocorrerá crase.
Observemos: a correlação com palavra masculina: O número de produtos À VENDA > O
número de produtos Ao DISPOR. Pelo mesmo motivo haverá crase com a expressão adverbial
feminina "à disposição do consumidor".

Comentário:
b) Item Errado – a nossa disposição / Antes de pronomes possessivos adjetivos (pronomes que
precedem substantivos) femininos no singular, a crase é facultativa: produtos à nossa
disposição (ou produtos a nossa disposição).
c) Item Errado – a pesquisar / Não ocorre crase antes de verbo.
d) Item Errado – a preço convidativo / Não ocorre crase antes de palavra masculina.
e) Item Errado – a prazo / Não ocorre crase antes de palavra masculina.

11. A opção em que a concordância é facultativa, podendo o verbo, conforme indicado, empregar-
se na terceira pessoa do singular ou do plural, é a seguinte:

A) “a procura por eletroeletrônicos, roupas e artigos em geral AUMENTOU no terceiro trimestre


deste ano” (2º parágrafo) / aumentaram;
B) “o volume de compras de itens usados pela SOMOU US$ 295 milhões entre julho e setembro”
(2º parágrafo) / somaram;
C) “os negócios envolvendo carros novos seguem estacionados 'por serem mais caros', DIZEM os
empresários” (5º parágrafo) / diz;
D) “Os clientes estão pegando as peças velhas e fazendo reparos para PODER usar de novo” (8º
parágrafo) / poderem;
E) “O número de pedidos AUMENTA 100% a cada mês, desde setembro” (9º parágrafo) /
aumentam.

11. Resposta: D – Em “Os clientes estão pegando as peças velhas e fazendo reparos para
PODER usar de novo”, a flexão do infinitivo é facultativa (poder ou poderem), visto que o
infinitivo está precedido de preposição. Este assunto já foi comentado na questão 8.

Comentário:

a) Item Errado – "a procura por eletroeletrônicos, roupas e artigos em geral AUMENTOU no
terceiro trimestre deste ano” / O núcleo do sujeito é singular (procura), por isso o verbo deve
ficar no singular (aumentou).
b) Item Errado – “o volume de compras de itens usados pela SOMOU US$ 295 milhões entre
julho e setembro” / O núcleo do sujeito é singular (volume), desse modo o verbo deve ficar no
singular (somou).
c) Item Errado – “os negócios envolvendo carros novos seguem estacionados 'por serem mais
caros', DIZEM os empresários” / A oração apresenta sujeito com núcleo no plural, por
conseguinte é obrigatório usar o verbo no plural (dizem).

e) Item Errado – “O número de pedidos AUMENTA 100% a cada mês, desde setembro” / O verbo
deve ficar no singular (aumenta), uma vez que o núcleo do sujeito apresenta seu núcleo no
singular (número).
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12. A passagem do texto em que o uso das vírgulas tem motivação sintática diversa daquela que
levou Machado de Assis a empregá-las em “Eu, Brás Cubas, escrevi este romance com a pena
da galhofa e a tinta da melancolia” é:

A) “De acordo com dados do Mercado Livre, principal portal da rede, o volume de compras de
itens usados pela web somou US$ 295 milhões entre julho e setembro no país” (2º parágrafo);
B) “A rede Conserte, com dez lojas no Rio e 188 funcionários, viu o movimento aumentar 30%
desde setembro em relação ao primeiro semestre deste ano” (7º parágrafo);
C) “Fátima Rosana Oliveira, supervisora geral da companhia, lembra que as vendas costumam
cair depois de agosto devido ao lançamento da coleção de verão no varejo” (7º parágrafo);
D) “Soraia Vasconcelos, sócia do espaço, diz que não está mais aceitando pedidos” (9º
parágrafo);
E) “Sávio Carlos, dono da 'Desculpe eu sou chique', diz que a oferta no espaço aumenta há três
meses” (10º parágrafo).

12. Resposta: B – Em “A rede Conserte, com dez lojas no Rio e 188 funcionários, viu o
movimento aumentar 30% desde setembro em relação ao primeiro semestre deste ano”,
as vírgulas isolam o adjunto adverbial deslocado "com dez lojas no Rio e 188
funcionários".

Comentário: Em “Eu, Brás Cubas, escrevi este romance com a pena da galhofa e a tinta da
melancolia”, as vírgulas separam o aposto explicativo "Brás Cubas". Nas demais
alternativas, as vírgulas também separam aposto explicativo.

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