1. RESUMO
2. INTRODUÇÃO
A motivação para que este trabalho fosse desenvolvido nasceu de uma aula de
instrumentação no ensino de física na qual foi proposto um conjunto de práticas que envolvessem o
tema energia. Escolhemos assim a geração de energia elétrica através da energia térmica, contudo
queríamos fugir da representação clássica que é discutir a energia elétrica produzida através de
usinas termo-elétricas, não que esse tipo de geração de energia não tenha seu grau de importância,
porém queríamos nos aproximar mais no que está escrito na LDB e no PCN+ para o ensino de
física, que será descrito em maiores detalhes nas linhas abaixo.
Este trabalho vem de encontro com as necessidades apontadas pela LDB lei sancionada em
20/12/1996 (número 9394/96) onde encontramos as diretrizes e bases da educação nacional,
contudo iremos nos concentrar no artigo 35° onde encontramos: “O ensino médio, etapa final da
educação básica, com duração mínima de três anos terá como finalidades:” [1] inciso IV “A
compreensão dos fundamentos científicos - tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a
teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.” [1] E mais no artigo 36º “O currículo do
ensino médio observará o disposto Na seção I deste capítulo e as seguintes diretrizes:” [1] inciso I
“destacará a educação tecnológica básica, a compreensão da ciência, das letras e das artes; o
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Tomando partido das claras necessidades acima apontadas para o ensino de física propomos
uma prática sobre o efeito Seebeck, que ainda se mostra pouco difundida no banco das escolas,
porém utilizado em diversas aplicações industriais e comerciais. Assim sendo é necessário uma
pequena introdução sobre o efeito seebeck e efeito Peltier em maiores detalhes, mas antes vamos
definir importantes grandezas físicas:
Calor: “Forma de energia que se transfere de um sistema para outro graças à diferença de
temperatura entre eles.” [3].
Força eletromotriz: “Nome utilizado para indicar a energia cedida a um circuito por uma
fonte de alimentação, que é medida como o trabalho sobre uma carga unitária que completa o
circuito”. [3]
Foi durante uma observação de efeitos eletromagnéticos de um circuito com duas ligas
metálicas, sendo a primeira de bismuto-cobre e a segunda bismuto-antimônio que Seebeck (Thomas
Johann Seebeck, nascido a 9 de Abril de 1770 e falecido a 10 de Dezembro de 1831)[4] descobriu a
corrente termoelétrica, que é uma corrente elétrica gerada pela diferença de temperatura. É
importante frisar que a geração desta corrente elétrica depende diretamente das ligas metálicas
utilizadas [5], como exemplificado para alguns casos na tabela 1. Para uma determinada liga, tal
dependência pode ser descrita por:
dEs = α ABdT ,
onde dEs é a diferencial da voltagem; a AB, o coeficiente Seebeck da liga; e dT, a diferencial da
temperatura.
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Tabela 1. Valores de coeficientes Seebeck de diferentes ligas metálicas, indicadas por para
0 e 200o C [5].
Agora vamos fazer pequenas considerações sobre as leis que regem os circuitos
termoelétricos.
1ª- “Uma corrente termoelétrica não pode ser mantida por um único material homogêneo,
pela aplicação de uma única fonte de calor”. [5]
2ª- “A soma das forças termo eletromotrizes num circuito feito por quaisquer numero de
matérias diferentes será 0 se o circuito está a uma temperatura uniforme”. [5]
São dispositivos constituídos, em geral, por dois fios metálicos diferentes soldados nas
extremidades que, quando submetidos a temperaturas diferentes estabelecem uma força eletromotriz
(fig.1).
T2
x B
Fonte
fria
T1
A
Fonte
y
Quente
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Temperatura (°C)
2.6 Aplicações
Por fim vamos trazer à tona as aplicabilidades práticas dos efeitos acima citados. Para o
efeito seebeck vamos ilustrar as aplicações gerais para termopares do tipo J, K, E e T.
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Uso veterinário.
Mini-hipodérmicos.
Eletrônica.
Aplicações industriais.
3. OBJETIVOS
O objetivo do presente trabalho e buscar demonstração prática do efeito Seebeck para alunos
do ensino médio proporcionando a eles uma maior aproximação das novas tecnologias presentes no
cotidiano.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Placa de madeira
Multímetros
Secador de cabelo
Conectores
Termômetro
O experimento foi montado sob a placa de madeira de forma a deixar claro a região onde
seria aplicada a diferença de temperatura, no nosso caso utilizamos uma fonte de calor quente
(secador de cabelo, o qual foi escolhido visando uma maior segurança na demonstração) e a outra
fria (meio ambiente).
Os termopares foram dispostos de forma a deixar o mais claro possível a diferença entre eles
(cores, caminhos percorridos diferentes). Porém os multímetros utilizados foram escolhidos
respeitando uma lógica completamente oposta às disposições dos fios, pois nesta parte do
procedimento procura-se minimizar possíveis desconfianças sobre a validade do experimento. Os
termopares foram escolhidos seguindo o critério de maior eficiência a baixas temperaturas.
Legenda
1 1 1 1 à Multímetros
2 à Conectores
3.a à termopar do
2 tipo K
3.b à termopar do
3. b 3. c tipo T
3.c à termopar do
3. a tipo J
4 à região de
aplicação da fonte
de calor.
Um outro ponto positivo desta experiência é o simples tratamento matemático que pode ser
empregado. Por exemplo, propriedades das equações de primeiro grau e seus gráficos, porém esta
simples matemática gera resultados importantes e de fácil observação.
Esta experiência pode apresentar certas dificuldades. Por exemplo, as ligas metálicas
utilizadas devido ao seu grau de pureza, os multímetros e por fim o secador de cabelos. São de certa
forma materiais simples de serem encontrados, porém cada um destes materiais não tem um preço
acessível a todas as camadas sociais.
5. REFERÊNCIAS
1. LDB (lei número 9394/96), retirada do sítio: www.mec.gov.br/legis/default.shtm
2. PCN+, retirado do sítio www.sbfisica.org.br/arquivos/PCN_FIS.pdf
3. Roditi, I.; Dicionário Houaiss física.
4. Wikipedia, retirado do sítio : http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Seebeck.
5. ASTM, Manual on the use of thermocouples in temperature measurement.
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