MIN 225 – Exercícios – 2009 – Arranjos de Pilares

1) Uma mina será lavrada com abandono de pilares infinitos (rib pillars), de 5m de largura,
escavando-se aberturas de 5m de largura. O peso específico do capeamento é de 23kN/m3. A
profundidade é de 261 m. Calcule as tensões médias sobre os pilares para:
a) pilares de 20m de altura;
b) pilares de 1,25m de altura.

2) Uma mina de bauxita será lavrada por câmaras e pilares a uma profundidade de 100m em um
maciço rochoso de peso específico da ordem de 27kN/m3. O projeto da mina sugere um fator de
segurança igual a 2 contra a ruptura compressiva dos pilares. Um substancial banco de dados
mostra que a resistência compressiva pode ser calculada pela expressão a seguir, onde A e a
área do pilar.
σp= 10 + 45 exp (-0,18 A)
Por razoes operacionais, a câmara deve ter a largura mínima de 5m.
a) Calcule a resistência à compressão uniaxial medida em laboratório e a resistência limite.
b) Determine a maior razão de extração que pode ser obtida com essa dimensão de abertura.
c) Se o teto da escavação for sustentado com parafusos de ancoragem, a largura máxima da
abertura será cerca de 8m. Verifique a implicação econômica disso.

3) De forma a melhorar a lucratividade da mina do exercício anterior, investigue a possibilidade de

reduzir a largura da abertura e a dimensão do pilar. Desenhe a curva de razão de extração versus
largura da abertura, para aberturas de 0,5 a 4m e determine a melhor largura de abertura e razão
de extração. Determine o valor de fator de segurança requerido para a largura de abertura ser
3,5m.

4) Um pilar de razão largura/altura de 1,2 será sujeito a níveis de tensões que excedem a
resistência de pico do maciço rochoso. Para a faixa elástica, calcula-se a rigidez do pilar, λ , de 20
GN/m. A razão λ ‘/ λ varia com a razão largura / altura do pilar, onde λ ‘ é a rigidez do pilar no
regime pós-pico. Ensaios in situ produziram os da tabela 1. Análise de convergência da posição
do pilar para cargas normais distribuídas, P, de várias magnitudes aplicadas na posição do pilar,
produziram os resultados da tabela 2. Avalie a estabilidade do pilar.

Tabela 1
Wp /h 1,0 1,33 1,85 2,14
λ ‘/ λ - 0,60 - 0,43 - 0,29 - 0,23

Tabela 2
P (MN) 0,0 125,0 220,0 314,0
converg (m . 10 -3) 32,0 22,0 14,0 6,0

5) A resistência dos pilares de silvinita da mina de Taquari-Vassouras (SE) é dada por uma
equação da forma a seguir, onde: K = 3401,60 e ko = -0,415 para teores de 20 a 30% de KCl; K =
3158,80 e ko = -0,391 para teores de 30 a 40% de KCl; K = 3180,38 e ko = -0,396 para teores de
40 a 50% de KCl.
S = k λ - ko , em tf/m2.
a) Usando uma taxa de extração de 0,5, especifique as dimensões dos pilares regularmente
espaçados que possuem comprimento duas vazes maior que a largura. Considere: profundidade
da camada mineralizada – 400m, altura da câmara – 7m, largura da câmara – 10m, comprimento
da câmara – 15m, peso específico do maciço – 2,3tf/m3.

b) Avalie o arranjo (lay-out) proposto no item a do ponto de vista geomecânico.

(Fontes de consulta: Brady & Brown, 1985, Rock Mechanics for Underground Mining, pp. 320/350;
Hoek e Brown, 1982, Underground Excavations …, a. p. p. 113; Harrison e Hudson, 2007, a. p. p.
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