Os transgênicos são alimentos modificados geneticamente com a alteração do código
genético. Ou seja, quando são inseridos no organismo genes provenientes de outro. Esse procedimento pode ser feito até mesmo entre organismos de espécies diferentes (inserção de um gene de um vírus em uma planta, por exemplo) e realizado com plantas, animais e micro-organismos.
Os alimentos geneticamente modificados (AGM) ou GMO (Genetically Modified
Organisms, em inglês) são obtidos através da transgenia, área da biotecnologia que utiliza técnicas da engenharia genética para desenvolver novos organismos com base na recombinação do DNA de diferentes espécies (DNA recombinante).
Como são produzidos os alimentos transgênicos
Os produtos transgênicos são feitos em laboratórios, onde estão sujeitos à experimentos com embriões de diferentes tipos de espécies de alimentos. Essas pesquisas visam a criação da melhor "receita" para o desenvolvimento de um produto final que atinja o objetivo traçado pelos cientistas.
No entanto, para que haja a concepção de um organismo geneticamente modificado,
os pesquisadores precisam seguir uma série de passos:
Passo 1: identificar o problema que motiva a interferência do homem no
desenvolvimento da espécie (um fungo, melhorar quantidade de produção, melhorar o sabor, etc). Passo 2: identificar genes de outras espécies que poderiam solucionar o problema. Pode ser parte do material genético de um animal, de um vírus, de uma bactéria, etc. Passo 3: remover o gene do organismo doador e implantar no DNA da planta. A partir de então deverão ser observadas vários fatores essenciais, como: a estabilidade do gene;
os efeitos nutricionais que o produto transgênico possui;
efeitos de possíveis reações alérgicas;
demais efeitos desenvolvidos a partir da inserção do gene.
Passo 4: plantar novas sementes e testar.
Todas essas etapas devem garantir a segurança alimentar e ambiental, por isso devem seguir rigorosamente as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), por exemplo.
Vantagens dos alimentos transgênicos
Os alimentos transgênicos possuem uma série de vantagens e desvantagens, das quais se destacam: Maior produtividade; Redução de custos; Aumento do potencial nutricional do alimento; Plantas mais resistente às pragas (insetos, fungos, vírus, bactérias) e aos agrotóxicos, inseticidas e herbicidas; Aumento da tolerância das plantas as condições adversas de solo e clima; Redução do uso de agrotóxicos.
Desvantagens dos alimentos transgênicos
Desenvolvimento de doenças (reações alérgicas, câncer, etc.); Desequilíbrio ambiental (poluição do solo, da água e do ar, desaparecimento de espécies, perda da biodiversidade, contaminação de sementes, etc).
Exemplos de alimentos transgênicos
Milho: o milho é um dos alimentos transgênicos mais consumidos no Brasil. Aproximadamente 90% de toda a produção nacional é geneticamente modificada, existindo diversas variações que, principalmente, se tornam mais resistentes ao ataque de pragas e insetos, por exemplo.
Soja: no Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) permite a
produção de cinco variações diferentes de soja transgênica. Na maioria, essas espécies geneticamente modificadas são tolerantes à herbicidas e ao ataque de insetos. Aproximadamente um terço de toda a produção de soja no país é de procedência transgênica.
Abobrinha: existem algumas variedades de abobrinha que foram geneticamente
modificadas para resistirem a alguns tipos de vírus. Embora seja comercializada nos Estados Unidos e outros países, essas abobrinhas transgênicas não foram aprovadas para o consumo no Brasil. Feijão: A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolveu um tipo de feijão geneticamente modificado resistente ao vírus "Mosaico Dourado". Esta doença é uma das que mais afeta as plantações de feijão em toda a América do Sul