Resolução

Para o exercício, considera-se que V é um espaço vetorial com produto interno definido, W é um subespaço de
V e T: V→V é uma transformação linear e, para cada uma das afirmações em destaque, pretende-se prová-la ou
fornecer um contra-exemplo para contestá-la:

{a} T possui, pelo menos, um autovetor.

Seja Tₐ: ℝ²→ℝ² dada por Tₐ(x, y) = (y, -x). Pode-se notar que Tₐ é uma aplicação linear — e um caso particular
de T —, porque:
• ∀ (x₁, y₁), (x₂, y₂) ∈ ℝ², Tₐ(x₁, y₁) + Tₐ(x₂, y₂) = (y₁, -x₁) + (y₂, -x₂) = (y₁ + y₂, -x₁ - x₂) = (y₁ + y₂,
-[x₁ + x₂]) = Tₐ(x₁ + x₂, y₁ + y₂)
• ∀ α ∈ ℝ, ∀ (x, y) ∈ ℝ², α·Tₐ(x, y) = α·(y, -x) = (α·y, α·[-x]) = (α·y, -α·x) = Tₐ(α·x, α·y)

Também se pode notar que, no caso de, V = ℝ² é um espaço vetorial sobre ℝ, um auto-valor é, por causa de
sua definição, um escalar quetem de ser um número real. Em seguida, supõe-se que existe um vetor (b,c) tal que
Tₐ(b,c) = λ·(b,c) para algum escalar λ ∈ ℝ. Tem-se que:

{
(c, -b) = λ·(b,c) ⇒ (c, -b) = (λ·b,λ·c) ⇒
c = λ·b
-b = λ·c
⇒ { c = λ·b
-b = λ·(λ·b) {
⇒
-b = λ²·b
c = λ·b
⇒ { λ²·b + b = 0
c = λ·b

⇒ { (λ² + 1)·b = 0
c = λ·b
⇒ { λ² + 1 = 0 ou b = 0
c = λ·b
⇒ { λ² = -1 ou b = 0
c = λ·b
⇒ { b=0
c = λ·b
⇒ { b=0
c=0

Assim, o vetor nulo [o = (0,0)] é o único vetor que, dado o escalar λ, satisfaz a condição Tₐ(b,c) = λ·(b,c); daí
não existe um autovetor (que teria que ser não nulo e satisfazer essa condição). Como Tₐ é um exemplo
particular de T , então a 1ª afirmação é falsa.

{b}Se T = -T* e v é autovetor de T, então T(v) = o. (T* = T transposta e conjugada)

{c} Se T = Pw, então T é diagonalizável e seus possíveis autovalores são 0 e 1. (Pw = projeção de um vetor
em W)

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Fonte
Foi consultado o título Álgebra Linear e Aplicações (6ª edição, de 1990, livro cujas informações estão
disponíveis em http://www.feferraz.net/br/Livros/Algebra_Linear_Callioli ou
http://compare.buscape.com.br/algebra-linear-e-aplicacoes-callioli-carlos-8570562977.html).

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