FERREIRA
Utilização
de líquidos ou pastilhas
contendo cloro.
Aplicação de água sanitária com
2% de cloro ativo: duas gotas para
cada litro de água; para 100 litros
de água, adicionar uma colher de
sobremesa de água sanitária.
Sempre que se aplicar um produto
desinfetante, deve-se promover a
mistura completa com a água e
esperar um determinado tempo
(de 15 a 30 minutos), para que
ocorra a sua ação germicida.
O tipo depende da qualidade do
manancial, do número de pessoas a
serem abastecidas, dos recursos
disponíveis e das facilidades de
operação e manutenção.
A escolha de determinada tecnologia
de tratamento deve ser de menor
custo, sem deixar de lado a segurança
na produção de água potável.
CAPTAÇÃO
A seleção da fonte abastecedora - manancial com
vazão capaz de proporcionar o abastecimento à
comunidade. Considerando:
-Topografia da região
-Presença de possíveis focos de contaminação
A captação pode ser:
Superficial - rios, lagos ou represas, por gravidade
ou bombeamento(uma casa de máquinas é
construída junto à captação).
Subterrânea - poços artesianos (perfurações com 50
a 100 metros).
A água dos poços artesianos está, em sua quase
totalidade, isenta de contaminação por bactérias e
vírus, além de não apresentar turbidez.
Tratamento da água de captação
superficial
Oxidação - Oxidar os metais presentes na água
(Fe, Mn) que normalmente se apresentam
dissolvidos na água bruta. Usa-se cloro
tornando os metais insolúveis na água.
Coagulação - A remoção das partículas de
sujeira se inicia no tanque de mistura rápida
com adição de sulfato de alumínio ou cloreto
férrico que são coagulantes e aglomeram a
sujeira (flocos). Para otimizar o processo
adiciona-se cal, que mantém o pH da água no
nível adequado.
Floculação - a água já coagulada movimenta-se
de tal forma dentro dos tanques que os flocos
misturam-se, ganhando peso, volume e
consistência.
Decantação- os flocos sedimentando-se no
fundo dos tanques.
Filtração - A água ainda contém impurezas que
não foram sedimentadas, por isso, ela passa
por filtros constituídos por camadas de areia
ou areia e antracito suportadas por cascalho
de diversos tamanhos que retêm a sujeira
ainda restante.
Desinfecção - A água já está limpa e
adiciona-se o cloro, que elimina os germes
nocivos à saúde e garante a qualidade da
água nas redes de distribuição e nos
reservatórios.
Correção de pH - Para proteger as
canalizações das redes e das casas contra
corrosão ou incrustação, a água recebe uma
dosagem de cal para corrigir seu pH.
Dependendo do valor de pH da água, são
aplicados produtos que provocam a sua
diminuição (ácido clorídrico ,ácido sulfúrico)
ou a sua elevação (cal hidratada, hidróxido
de sódio, bicarbonato de sódio).
Fluoretação - atendendo à Portaria do Ministério
da Saúde. A aplicação de uma dosagem de
composto de flúor (ácido fluossilícico, fluoreto
de cálcio ou fluorsilicato de sódio).
-Reduz a incidência da cárie dentária,
especialmente no período de formação dos
dentes, que vai da gestação até a idade de 15
anos.
Quando a água tem boa qualidade (poços
profundos), pode-se usar apenas a sua
desinfecção para prevenir contra uma possível
contaminação na reservação ou distribuição.
Em cidades pequenas, dependendo da qualidade
da água bruta (turbidez não elevada), pode ser
adotado o sistema de filtração lenta mais
desinfecção.
Às vezes um sistema de tratamento pode adotar
a filtração rápida ascendente precedida pela
coagulação, não utilizando a floculação e a
decantação.
Ou adota-se o sistema convencional, o
tratamento de água completa.
Toda água utilizada deve ser coletada e tratada
antes de ser lançada ao solo ou em corpo
d’água.
Existem diversos tipos de esgotos:
Esgotos industriais: diferentes para os vários
tipos de fábricas. Além da matéria orgânica,
podem carrear substâncias químicas tóxicas
ao homem e a outros animais.
Esgotos hospitalares.
Esgotos domésticos: contêm cerca de
99,9% de água e apena 0,1% de
sólidos orgânicos e inorgânicos, têm
composição conhecida, com algumas
variações, em função das
características da cidade, do clima, da
situação econômica e dos hábitos da
população.
Mesmo assim, quando introduzida nos
mananciais, provoca o consumo do
oxigênio da água, com impactos
sobre a vida aquática.
Em cidades, é recomendável que exista um
sistema coletivo de esgotamento, composto de
uma rede coletora e de uma estação de
tratamento para as águas residuárias.
As soluções individuais, fossas, são indicadas
para o meio rural.
Fossa séptica – tanques enterrados na terra para
receber os esgotos residenciais. Retêm a parte
sólida e inicia o processo biológico de
purificação da parte líquida (efluente). Evitando
assim os riscos de contaminação.
A limpeza das fossas sépticas são feitas por
empresas de desentupimento de Esgoto.
Rede coletora: tubulações dispostas nas vias
públicas, a estação de tratamento e o lançamento
final em um corpo receptor.
É importante a escolha do corpo receptor porque ,
mesmo tratado, o esgoto ainda contém
impurezas que podem ocasionar a poluição dos
recursos hídricos.
Devem ser considerada a capacidade de
autodepurar a carga poluidora remanescente.
Por exemplo, quando se lança esgoto de uma
cidade de grande porte no mar, o tratamento é
bem mais simplificado do que se a disposição for
em um rio, que tem menor capacidade de
depurar as impurezas.
Tratamento preliminar:
- remoção de sólidos grosseiros (grade)
- remoção de areia (caixa de areia)
Tratamento primário:
- decantação de sólidos – lodo (decantador
primário)
- digestão do lodo (digestor)
- secagem do lodo (leitos de secagem,
adensamento, desidratação)
Tratamento secundário:
- remoção da matéria orgânica (tratamento
biológico)
- decantação do lodo (decantador secundário)
- eliminação de microrganismos patogênicos
(desinfecção)
Tratamento terciário:
- remoção de: nutriente, metais pesados,
compostos não biodegradáveis,
microrganismos patogênicos.
Normalmente, utiliza-se até o nível de
tratamento secundário, sendo o tratamento
terciário para casos especiais, quando se
deseja um efluente de qualidade bem melhor.
Gradeamento - tem como objetivo a
retenção dos sólidos de maior
dimensão, carreados pelo esgoto.
Caixa de areia - ficam retidos os
detritos minerais inertes.
Juntos são feitos com a finalidade de
proteger as tubulações, válvulas,
bombas e outros equipamentos das
estações de tratamento.
Decantadores - unidades que
proporcionam a remoção dos sólidos
sedimentáveis (lodo).
Em estações convencionais, existem os
decantadores primário e secundário.
O lodo do decantador primário sofre um
tratamento separado: digestão,
secagem e pode ser utilizado como
adubo orgânico em práticas agrícolas.
O tratamento biológico tem por objetivo a
remoção da matéria orgânica ainda presente
no esgoto efluente do tratamento primário e
é feito, através de dois processos:
lodo ativado- é o floco produzido no esgoto
pelo crescimento de bactérias ou outros
microrganismos, na presença de oxigênio.
Esse lodo funciona como coagulante e é
sedimentado no decantador secundário.
Parte do lodo do decantador secundário é
destinada ao tanque de aeração, para
funcionar como floculador.
O esgoto permanece por cerca de 6- 8 horas
no tanque de aeração (reator) e o lodo fica de
4 a 10 dias no sistema.
Unidade de aeração (reator aeróbio)- é
fornecido oxigênio ao esgoto, através de
aeradores ou insufladores de ar (difusores).
O oxigênio é utilizado pelas bactérias aeróbias
na decomposição da matéria orgânica.
Outros processos usados para tratamento de
esgoto:
As lagoas de estabilização: processo de
tratamento de esgoto que aproveita
fenômenos naturais, sendo mais indicadas
para regiões de clima tropical:
Lagoas facultativas, anaeróbicas e de
maturação.
Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente
(RAFA) – É um reator fechado por tratamento
biológico com processo anaeróbio. A
decomposição da matéria orgânica é feita
por microorganismos presentes num manto
de lodo.
A eficiência atinge de 65% a 75% e é
necessário um tratamento complementar
que pode ser feito através da lagoa
facultativa.
É um mecanismo compacto e de fácil
operação.
Quando se deseja reduzir a área da
lagoa, indroduz-se oxigênio no
esgoto através de equipamentos de
aeração superficiais ou difusores.
Ocupam áreas menores e retêm o
esgoto por um período menor, mas
apresentam como desvantagem o
consumo de energia elétrica.
É um produto que transforma o lodo do processo
de tratamento de esgotos em adubo.
É desenvolvido na estação de tratamento de Franca
e pode ser utilizado no plantio de café, banana e
reflorestamento. Rico em matéria orgânica e
nutrientes como nitrogênio e fósforo, ele
melhora visivelmente as condições do solo e
favorece o crescimento das plantas.
Seu uso não é recomendado para adubar culturas
que sejam consumidas cruas ou em contato
direto com o solo, como batata, cenoura e
hortaliças.
Se caracteriza como um sistema que auxilia na
reciclagem de nutrientes, repondo a matéria
orgânica da terra e mantendo o solo equilibrado.
As condições ambientais têm grande influência
sobre a saúde da população.
Um ambiente onde não há água de boa
qualidade e os resíduos são dispostos de forma
inadequada, favorecem à proliferação de
organismos patogênicos ou de substâncias
nocivas, contribuindo para a existência de
muitas doenças.
A melhor forma de prevenir é a implantação de
saneamento básico, onde os resíduos
produzidos sejam adequadamente tratados e
dispostos não danificando o meio ambiente.
ÁGUAS DE JOINVILLE. Companhia de Saneamento básico. Estação de
tratamento do esgoto. Disponível em:
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Acesso em 27 de out de 2010.
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