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APOLOGÉTICA, RAZÃO, FÉ E FILOSOFIA (Pt. 1)


WILLIAM LANE CRAIG

A fé e a razão podem funcionar juntas, ou elas são mutuamente exclusivas? Qual é o


papel dos fatos e das evidências quando se trata da fé cristã? Esse é o programa Fé
Racional, conversas com o Dr. William Lane Craig. Eu sou Kevin Harris e, em nome
do Dr. Craig, quero dar-lhe boas vindas a essa discussão onde o Dr. Craig examina
Apologética, Razão, Fé e Filosofia.

Kevin Harris, anfitrião do “Fé Racional”

Kevin: Dr. Craig, muitas pessoas não gostam da palavra "Apologética" porque, elas dizem,
"pelo quê temos que pedir desculpas?" E muitas vezes esse termo repele as pessoas...

Craig: Sim, realmente é repelente. Eu também não gosto da palavra inglesa "Apologetics"
porque ela tem essa conotação. Mas, se você entender a derivação da palavra, vai entender que
não tem nada a ver com pedir desculpas por ser cristão. Ela vem da palavra grega "apologia"
significa "defesa", como em um tribunal. Então, esse seria o campo da teologia especializado
em apresentar uma defesa das declarações de veracidade do Cristianismo. Então, eu
frequentemente prefiro falar em "defender a fé" em vez de "apologética" porque a palavra tem
essa conotação enganosa em inglês.

Kevin: Então é isso que significa: dar uma razão, uma defesa de porque você acredita no que
acredita.
Craig: Sim, eu definiria a apologética como o ramo da teologia cristã que tenta responder a
questão "qual é a justificação racional das declarações de veracidade do Cristianismo?" Ou
"qual é a justificação racional para pensar que o Cristianismo é verdade?"

Kevin: Obviamente, nós queremos saber se temos uma justificativa bíblica para se envolver em
apologética...

Craig: Bem, eu suponho que isso está certo: se isso fosse algo não-bíblico, não nos
envolveríamos nisso. Então, nós olhamos para o que as Escrituras dizem e acho que
descobrimos que tanto Jesus quanto os apóstolos apresentavam razões e evidências da
veracidade da mensagem que eles proclamavam.

Kevin: O versículo chave que nos frequentemente ouvimos nessa área é I Pedro 3.15: "Sempre
estejam preparados para dar uma resposta para qualquer um que lhes perguntar sobre a
esperança que vocês têm."

Craig: Sim, e a palavra que você nos deu, "Resposta", é "apologia": dar uma defesa ou razão
para a esperança que há em vocês.

Kevin: Paulo parece ter feito isso também quando o encontramos confrontando os brilhantes
filósofos no Areópago em Atos 17. Ele estava fazendo apologética ali?

Craig: Absolutamente! E também em outros lugares no livro de Atos. O livro de Atos é


bastante marcante quando vemos o procedimento típico de Paulo. Ele "argumentava"... essa é
a linguagem usada por Lucas para descrever o que Paulo fazia: "Ele argumentava nas
sinagogas, persuadindo as pessoas, tentando convencê-las de que Jesus é o Cristo." E ele ia a
lugares públicos. Ele, por exemplo, alugava a Escola de Tirano e dava palestras diárias,
tentando persuadir as pessoas e convencê-las da veracidade do Evangelho.
E, é claro, como você disse: Em Atenas, ele confrontou os filósofos estóicos e epicureus e
argumentou a favor da veracidade do Evangelho cristão que ele proclamava. Então, o
procedimento padrão de Paulo era não simplesmente pregar o Evangelho, mas também
apresentar argumentos a favor da Sua veracidade.
Agora, eu gostaria de dizer que, quando falamos de "argumentar", não queremos dizer
"brigar". Nunca devemos brigar com um descrente. Nós queremos dizer "apresentar razões,
apresentar provas para a veracidade do que fazemos." Mas, como I Pedro continua a dizer,
"Nós fazemos isso com gentileza e reverência."

Kevin: Sim, porque você pode vencer o argumento mas perder a alma.

Craig: Absolutamente!

Kevin: Paulo conhecia o material deles, me parece. Quando leio Atos 17, ele lhes citou o
material deles. Ele citou os poetas pagãos, com quem eles tinham familiaridade, e usou isso na
sua apologética.

Craig: Isso mesmo, Paulo era culturalmente afinado com os artistas e pensadores dos seus dias
e abordou sua mensagem de uma forma culturalmente sensível quando estava lidando com
essas diferentes audiências.

Kevin: Agora, muita gente pensa que isso é uma coisa nova que surgiu: já que nossa cultura
tende a ser pós-cristã, se tornou mais necessário se envolver na apologética e usar a
apologética no evangelismo. Embora isso possa ser verdade, a Igreja sempre usou apologética?

Craig: Sim, definitivamente! Na verdade, alguns dos primeiros cristãos pais da igreja eram
chamados de "Os Apologistas." E estou pensando em pessoas como Justino o Mártir,
Atanágoras, Tatiano e outros. Esses eram tipicamente referidos como apologistas cristãos.
Esses foram escritores antigos que tentaram dar uma defesa do Cristianismo a pessoas cultas
romanas e gregas, dizendo por que eles achavam que o Cristianismo era verdadeiro. Algumas
das apologéticas foram também escritas com audiências judaicas em mente, como o Diálogo de
Justino o Mártir com Trifo, um judeu. Um maravilhoso livro sobre esse assunto é o livro de
Avery Dulles "Uma história da apologética cristã." Avery Dulles é um cardeal católico, um
grande estudioso e historiador. Ele escreveu um tremendo livro sobre toda a história da
apologética cristã desde o tempo do Novo Testamento até o século 20. E essa sempre foi uma
parte importante da vida intelectual da Igreja.

Kevin: Eu imagino, Dr. Craig, se a apologética pode ser aplicada a qualquer campo. Parece
que, historicamente, sempre foi associada à defesa da fé cristã, mas se você é um ateu e está
dando razões defensivas para acreditar no ateísmo, então você é um apologista ateu, não é?

Craig: Eu acho que está certo. Um apologista é alguém que apresenta uma defesa para um
ponto de vista, então, por exemplo, podemos dizer que Hillary Clinton foi uma apologista pelo
plano de saúde universal nos Estados Unidos. Alvin Plantinga, o filósofo cristão,
frequentemente fala de uma "apologética ateológica", ou seja, argumentos ateístas para uma
visão naturalista do mundo.

Kevin: Me parece que não podemos escapar do fato de que nós representamos uma visão. Se
nós sustentamos uma visão nós representamos essa visão com nossas vidas e com o que nós
dizemos. De certa forma, somos todos apologistas.

Craig: De certa forma, nós todos representamos aquilo que pensamos ser verdade. Mas a
apologética focaliza apresentar uma justificação ou base racional para a fé cristã. E, por
exemplo, o testemunho de uma vida bem vivida, embora seja uma evidência da verdade do
Evangelho, não é realmente apologética, que é apresentar uma justificação e uma base
racional. E eu acho que infelizmente pouquíssimos cristãos estão envolvidos em apresentar
esse tipo de apologética racional pela fé cristã.
Kevin: Muitos cristãos ficam intimidados com isso, eles pensam que terão que fazer uma
graduação no seminário ou um phD para usarem apologética em suas atividades de
evangelismo.

Craig: Bem, na verdade, eu encorajo as pessoas a obter graduações avançadas, se tiverem a


oportunidade. Certamente não é necessário... eu acho que qualquer leigo cristão pode ter
argumentos simples sobre por que essa pessoa acredita que Deus existe, por exemplo, e por
que ela acredita que Deus se revelou em Jesus Cristo. E eu encorajo todos os cristãos a
memorizar os pontos principais de algumas evidências básicas e simples, que eles podem ter à
sua disposição imediatamente na memória quando alguém diz "porque você é cristão?" ou
"porque você acredita que Deus existe?" E isso não é muito difícil de fazer, Kevin. Pode ser
muito simples.

Kevin: Um escritor disse, "conheça a Bíblia e desenvolva sua apologética depois, em vez de
desenvolver a apologética e depois estudar a Bíblia." Porque, nossa apologética deveria
sustentar as Escrituras e ser baseada nelas.

Craig: Eu acho que é verdade que a apologética é uma disciplina que alguém deveria estudar
depois de ter começado a dominar os conteúdos do Novo Testamento, do Velho Testamento e
da teologia cristã. Eu de forma alguma penso na apologética como o início e o fim de ser
cristão. É apenas um aspecto disso. E a primeira e mais importante coisa que uma pessoa deve
fazer para ser transformada pela renovação da sua mente é aprofundar-se na doutrina e
teologia cristã. Então, certamente nós queremos fazer nossa teologia e doutrina primeiro para
colocá-las no seu lugar, antes de começar a estudar filosofia, evidências cristãs, ciência e
história, etc.

Kevin: Porque, de outra forma, teremos a tendência de fazer a Bíblia se encaixar em nosso
molde em vez de conhecer a Bíblia e, a partir disso, fazer boa filosofia e apologética.
Craig: É verdade, você pode começar a distorcer o que você acredita para se encaixar nos seus
argumentos, e isso seria um erro, mas eu quero dizer, em termos da vida espiritual, em termos
da nossa caminhada cristã com Deus, é muito mais importante conhecer a verdade sobre quem
Deus é, quem Cristo é, o plano da salvação, qual é nossa necessidade dEle, do que poder dar
argumentos a favor dessas coisas. Antes você precisa saber qual é a Verdade para depois
argumentar a favor dela.

Kevin: Eu descobri que a apologética é tanto para o cristão como para o não-cristão porque ela
glorifica a Deus e fortalece nossa fé ao ver a maravilha, beleza e majestade de Deus na criação.

Craig: Bem, eu acho que há duas audiências para quem a apologética é direcionada. Uma é
definitivamente o descrente, quando buscamos dar-lhe razões ou bases para fazer um
compromisso a Cristo. Mas, por outro lado, eu descobri em minha experiência que a
apologética é tremendamente fortalecedora e encorajadora para os cristãos. Quando eu vou a
algum campus universitário e tenho um debate com um professor local que é conhecido como
um devorador de cristãos em suas aulas, e que mostra ser bastante indigesto no debate e a
visão cristã termina vencendo, os estudantes saem desses eventos audaciosos por Cristo,
orgulhosos por ser cristãos, suas cabeças erguidas e ansiosos para testemunhas de sua fé no
seu campus. Então, eu vi repetidamente o tremendo encorajamento que pode ser para os
cristãos ter uma sólida base intelectual para aquilo em que acreditam.

Kevin: Para mais recursos como esse do Dr. William Lane Craig, vá para o
ReasonableFaith.Org1 e muito obrigado por ouvir ao "Fé Racional", com William Lane Craig.

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