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ESCOLA CABANA

REFLETINDO A EDUCAÇÃO NO
MUNICÍPIO DE BELÉM.

UNAMA

BELÉM –PA
2001

GLEICE DO NASCIMENTO FARO


ESCOLA CABANA
REFLETINDO A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE BELÉM

ESCOLA CABANA – REFLETINDO A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE BELÉM

GLEICE DO NASCIMENTO FARO

Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado ao Curso
de Pedagogia do Centro de
Ciências Humanas e Educação
da UNAMA, como requisito
para obtenção do grau de
licenciado pleno em
pedagogia – orientação
educacional, orientado pelo
professor dr. Carlos Jorge
Paixão.

UNAMA
Belém - Pá
2001
ESCOLA CABANA – REFLETINDO A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE BELÉM

Gleice do Nascimento Faro

Avaliado por:

__________________________________

Data: _____/ _____/ _____.

UNAMA
Belém – Pá.
2001
DEDICATÓRIA

A todos aqueles que acreditam na


transformação pela Educação. A
todas as crianças e adolescentes
de nossa cidade.
“Não basta ensinar ao homem
uma especialidade, porque se
tornará assim uma máquina
utilizável.
...Deve aprender a compreender
as motivações dos homens, suas
quimeras e suas angustias, para
determinar com exatidão seu lugar
preciso em relação a seus
próximos e à comunidade”.
Albert Einstein
AGRADECIMENTOS

Um obrigada especial a um “amigo” chamado Jesus que nos


momentos de cansaço e desanimo sempre me reconfortava nas orações.
Ao meu Pai Rozemiltom que sempre torceu pelo meu sucesso desde
a época do vestibular.
A minha Mãe Onaiza pelo incentivo que mesmo sem entender meu
cansaço em certos momentos sempre me orientou.
A minha irmã Gizele que sempre me ajudando, mesmo cansada
digitava os meus textos. Ao meus irmãos Rui, Gláucia e seu esposo Claudinei
pela amizade e apoio constante.
Aos meus primo(a)s, tio(a)s e amigos pelo carinho dedicado.
A todos os professores, coordenadores pedagógicos das escolas
municipais que me ajudaram na realização deste trabalho respondendo ao
questionário, em especial alunos e professores da Escola Municipal Ida Oliveira
pelo incentivo.
Obrigada a todos os colegas da turma 4PEN2 e 4PEV3.
Ao meu orientador pela sua, paciência e confiança que me foi
depositada, em co-orientação com a profª Lucia pela indicação bibliográfica e
acima de tudo pela amizade que foi construída.
RESUMO
Na organização deste trabalho tivemos a preocupação de mostrar seu
lado teórico bem como seu lado prático, usando de todo empenho e esforço
para sua concretização.
Este estudo tenta dar uma visão de como está o funcionamento da
proposta Escola Cabana em algumas escolas do município de Belém.
Encontramos dificuldades em termos de pesquisa bibliográfica e
disponibilidade de tempo, mas visando superar essas dificuldades procuramos
profissionais de diversas escolas municipais que trabalham com a proposta
pedagógica Escola Cabana, para que pudéssemos subsidiar este estudo.
O assunto é polêmico, porque gira em torno de uma proposta nova de
educação, que sugere uma postura transformadora do educador, assim como
propõem desafios e uma consciência crítica e construtiva à luz da praxidade
social no interior das escolas. Vem ao encontro do resgate da cidadania, pois
se rompe com a questão da seriação e avança para o trabalho em ciclos
básicos de ensino na educação infantil e no ensino fundamental no município
de Belém.
SUMÁRIO

Introdução 09
Capitulo I – A Trilha Percorrida 10
Capitulo II – Cabanagem – A grande revolta no Pará 12
Capitulo III – Escola Educação e Cidadania 16
Capitulo IV – A Escola Cabana em Belém do Pará 18
4.1 Surgimento e Diretrizes da Proposta Pedagógica “Escola
Cabana” 18
4.2 Os Ciclos de Formação na Escola Cabana 20
4.3 A Educação de Jovens e Adultos: O Ensino Através de
Totalidades na Escola Cabana 23
4.4 A Formação Continuada dos Educadores na Proposta
Pedagógica Escola Cabana 25
4.5 A Gestão Democrática na Escola Cabana 27
4.6 A Avaliação na Escola Cabana 28
4.7 Algumas Políticas e Ações que Integram a Escola Cabana 30
Capitulo V – Cotidiano da Escola Cabana - Os Sujeitos Envolvidos. 32
Considerações Finais 39
Bibliografia 40
Anexos
I – Questionário 41
II – Registro Síntese de Avaliação 44
III – Momentos do dia-a-dia na Escola Cabana 45
INTRODUÇÃO

Sabemos que a educação brasileira apresenta enormes falhas em seus níveis


de ensino, desde a educação infantil ao ensino superior, estando, portanto, muito
distante do tão sonhado modelo ideal de educação. Segundo Gadotti:

Em relação à educação ouvimos freqüentemente que ela é


prioridade entre políticas, paralelamente a esse discurso, o que
temos visto no nosso dia-a-dia com algumas exceções é uma
constante deterioração das condições de trabalho dos
educadores e, conseqüentemente do ensino oferecido pela escola
pública. (p.15, 1997)

Verificamos que os problemas na área educacional chegam a se tornar


crônicos como, por exemplo: o alto índice de evasão e falta de preocupação com a
aprendizagem do aluno. Um dos pontos críticos da educação brasileira isso não
podemos negar, é a ausência de uma proposta séria de educação que vá valorizar
não só os profissionais de educação, bem como todos os sujeitos envolvidos:
educandos e educadores.
Ao ter conhecimento do surgimento da proposta educacional denominada
Escola Cabana que vem tentando minimizar a seletividade tão presente na educação
em nosso país, e em particular no Município de Belém, sentiu-se a necessidade de
desenvolver um estudo capaz de fornecer dados sobre a referida proposta.
Entretanto, por se tratar de um assunto novo houve dificuldade em encontrar
material bibliográfico para pesquisa, fazendo-se necessária a verificação in loco tendo
como alvo algumas escolas do Município de Belém nas quais se desenvolve a
proposta pedagógica “Escola Cabana”, e apesar das dificuldades, foi lançado o
desafio.
Este estudo será apresentado em capítulos. No primeiro capítulo será
mostrada a trilha percorrida para execução do estudo. No segundo capítulo será
contextualizado sobre a Cabanagem. No terceiro capítulo será feito um referencial
sobre escola, educação e cidadania dando respaldo ao tema em questão. No quarto
capítulo será mostrado como esta proposta vem sendo organizada nas escolas do
Município de Belém. No quinto capítulo serão mostrados os sujeitos envolvidos na
pesquisa de campo, o dia-a-dia da Escola Cabana e as considerações finais.
CAPÍTULO I

A TRILHA PERCORRIDA

Para que fosse possível a concretização deste estudo se fez necessária a


realização de alguns passos. Primeiramente sentiu-se a necessidade de realizar uma
pesquisa bibliográfica e documental a respeito da temática trabalhada. Partiu-se,
então, em busca do material a ser coletado, tais como: artigos, documentos, entre
outros. Um dos locais a ser visitado para procura destes materiais, foi a Biblioteca da
Coordenadoria de Educação da Secretaria Municipal, bem como a própria SEMEC –
Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que forneceu dados sobre as escolas do
Sistema Municipal como, por exemplo: a quantidade de escolas que a rede possui e o
telefone de algumas escolas para um possível contato. Material em mãos foi realizada
então, uma leitura minuciosa de todos os textos coletados para posterior análise.
Para um maior aprofundamento do tema em estudo, num segundo momento fez-se
necessário partir para pesquisa de campo nas escolas Municipais de Belém. Visto que
Belém possui atualmente 57 escolas municipais distribuídas em diferentes bairros,
dos diferentes distritos administrativos: DAICO, DAOUT, DAMOS, DABEN, DAGUA,
DABEL, DAENT e DASAC. Fez-se necessário então, a realização de visitas às escolas
pertencentes aos distritos administrativos. Estas visitas seriam realizadas sendo que,
em uma escola de cada distrito administrativo, para que pudéssemos verificar como
vem sendo desenvolvida a proposta Cabana nas escolas municipais de Belém, bem
como, ter um maior contato com os envolvidos diretamente com a proposta em
pauta. Devido ao fator tempo, para a realização da referida pesquisa, foram visitadas
cinco escolas pertencentes aos seguintes distritos administrativos:
Distrito Administrativo de Belém (DABEL) – Escola Municipal Profª Benvinda
de França Messias.
Distrito Administrativo do Entroncamento (DAENT) – Escola Municipal Profª
Ida Oliveira.
Distrito Administrativo do Guamá (DAGUA) – Escola Municipal Profº Ruy da
Silveira Britto.
Distrito Administrativo de Icoaraci (DAICO) - Escola Municipal Profº Alfredo
Chaves e
Distrito Administrativo de Mosqueiro (DAMOS) - Escola Municipal Profª Anna
Barrau Mininéa.
Para se obter uma visão global dos sujeitos envolvidos no dia-a-dia do
desenvolvimento da proposta Cabana, desde Mosqueiro, passando por Icoaraci, até
chegar ao Município de Belém do Pará.
O material utilizado para a coleta destes dados foi o questionário (ver anexo).
Foi possível registrar através de fotografias momentos de atividades vivenciados no
interior das escolas visitadas.
CAPÍTULO II

CABANAGEM – A Grande Revolta no Pará

Para que possamos explicitar sobre a Proposta Pedagógica Escola Cabana fez-
se necessário recorrermos antes de tudo ao movimento da Cabanagem, movimento
este que serviu de inspiração para a citada proposta pedagógica, que recebeu até
mesmo a sua denominação. Iremos então, mostrar o que foi o Movimento da
Cabanagem, a origem e as causas desta revolta.

Em 1833, Bernardo Lobo de Sousa foi nomeado presidente da Província do


Pará (assim era chamado o estado do Pará naquela época). Autoritário, indispôs-se
com líderes populares locais, como o cônego Batista Campos. Também entrou em
conflito com fazendeiros, como os irmãos Francisco e Antônio Vinagre, o jovem
cearense Eduardo Angelim e Félix Antônio Clemente Malcher. Bernardo Lobo de
Sousa era apenas um transmissor das ordens portuguesas, não se preocupava com o
progresso do Pará e de seus habitantes, nem com problemas sociais e econômicos
vividos por estes, além de perseguir os que não respeitavam suas ordens.
O autoritarismo de Bernardo Lobo de Sousa contribuiu, em grande parte, para
que ocorresse uma revolta popular, que foi uma das mais importantes revoltas, da
Regência no Brasil, a Cabanagem.
A Cabanagem ocorreu no Pará entre 1835 e 1840, e foi assim denominada
por envolver pessoas humildes, que moravam em cabanas, dentre outros moradores
pobres das cidades e dos vilarejos ribeirinhos, além de índios, negros e mestiços. De
caráter fortemente popular, a revolta irrompe em Belém, em 7 de janeiro de 1835,
com o assassinato das duas principais autoridades provinciais: o presidente e o
comandante de armas.
A Cabanagem foi uma reação a opressão, ao autoritarismo e ao descaso
imperial.
Perseguido por Bernardo Lobo de Sousa, Batista Campos (líder popular) fugiu
e morreu. Seus seguidores ocuparam Belém e mataram o presidente da Província,
Lobo de Sousa, em janeiro de 1835. Começa então, a Cabanagem; segundo Rocque:

Um dos mais, senão o mais notável movimento popular do


Brasil. O único movimento em que as camadas mais
inferiores da população conseguem ocupar totalmente uma
província com certa estabilidade. Apesar de sua
desorientação, e da falta de continuidade que o caracteriza,
fica-lhe, contudo a glória de Ter sido a primeira insurreição
popular que passou da simples agitação para uma tomada
efetiva do poder. (p.73, 1994)
Félix Antônio Malcher assumiu o cargo de Lobo de Sousa, mas era tão
autoritário quanto seu antecessor e acabou deposto. Em março, a caminho da prisão,
foi morto. Francisco Vinagre ocupou o cargo e enfrentou as tropas enviadas do Rio
de Janeiro para reprimir o movimento. Preferiu conversar com Manuel Jorge
Rodrigues, novo presidente nomeado pela Regência, em vez de enfrentá-lo. Os
cabanos diziam não pretender se separar do Império, mas queriam escolher seu
governo provincial. Feito o acordo, surgiram boatos de que o movimento continuava
no interior. Rodrigues mandou prender os líderes cabanos. Estes, em represália,
reocuparam Belém, em agosto de 1835. Eduardo Angelim assumiu o governo cabano
e governou até maio de 1836.

A continuidade da revolta levou a Regência a enviar mais tropas ao Pará.


Belém foi invadida em maio de 1836 e os cabanos, perseguidos, refugiaram-se no
interior. O butim das tropas regenciais incluía colares de orelhas secas de cabanos
mortos. Angelim foi preso alguns meses depois, mas os cabanos continuaram a agir.

Em 1840, a Província finalmente foi controlada à custa de um banho de


sangue. Trinta mil pessoas — cerca de 20% da população local — morreram ao longo
da revolta.
Os chefes cabanos formam
um "governo revolucionário", liderado
pelo fazendeiro Clemente Malcher, e
anunciam a autonomia da província
diante da Regência, até a maioridade
de dom Pedro II.

Divergências internas, porém, provocam conflitos entre os


próprios cabanos. Malcher é substituído por um líder popular, Francisco
Vinagre. Em julho, tropas imperiais do Rio de Janeiro, com o apoio de
mercenários ingleses comandados por John Taylor, entram em Belém e
expulsam os rebeldes.

Governo popular – Em violenta reação, os cabanos retomam a capital em


agosto e formam novo governo, de caráter ainda mais radical e popular, liderado por
Eduardo Angelim. Proclamam a independência do Pará e a República e expropriam
armazéns e depósitos de alimentos para distribuí-los entre a população pobre. A
partir de maio de 1836, a repressão oficial ganha força e o governo rebelde é
destituído. Liderados por Antônio Vinagre, irmão de Francisco, que consegue escapar
da repressão, os cabanos dispersam-se e refugiam-se no interior da província.
Mobilizando as populações ribeirinhas do rio Amazonas e do baixo Tocantins, os
cabanos mantêm sua rebelião até 1840. Nos últimos três anos da revolta estima-se
que cerca de 30 mil cabanos foram mortos, a maioria homens. Causas da revolta –
Como todas as revoltas do período regencial, a Cabanagem é uma insurreição
provincial contra o governo central do Império, enfraquecido pela crise da Regência.
Mas a revolta apresenta algumas características particulares. O Pará havia sido uma
das províncias brasileiras mais envolvidas na luta pela independência, entre 1821 e
1823, o que fortaleceu em suas elites o espírito autonomista. Além disso, durante a
colonização, o estado teve relações comerciais mais constantes com Lisboa do que
com o Rio de Janeiro. Com a independência do país e a separação da antiga
metrópole, fica difícil a situação econômica da província. Os grandes proprietários e
comerciantes, muitos deles portugueses, queixam-se do excesso de impostos, da
falta de incentivo às exportações e do alto preço dos escravos, apoiando inicialmente
a revolta dos cabanos. A população pobre, no entanto, é mais duramente atingida
pelo agravamento das dificuldades econômicas. São suas necessidades e aspirações
que sustentam a luta quando as elites retiram seu apoio, no momento em que
lideranças populares assumem o controle do movimento. Entre os motivos que
originaram a Cabanagem, destacamos:
- A insatisfação do povo paraense com a política dos Governantes
Portugueses, que era muito autoritária;
- A NÃO participação nas tomadas de decisões do governo, que, quase
sempre, não eram favoráveis ao povo paraense.
- O Fim da Escravidão.
A Cabanagem se desenvolveu por vários municípios do Pará, como, por
exemplo: Acará, Belém, Cametá, Vigia entre outros. Tendo Belém como palco
principal da rebeldia do povo, que cheio de coragem enfrentou bombardeios, numa
luta em que morreram muitos paraenses.
CAPÍTULO III

ESCOLA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA.


A Proposta Pedagógica Escola Cabana, tem como eixo centralizador
o resgate da cidadania e o pleno desenvolvimento do educando. A
cidadania, no entanto, é uma prática que não está desvinculada da escola,
visto que, a mesma não está dissociada da realidade. Segundo Pinsky:

A escola ajuda a transformar o educando num ser social. Ao passar


valores específicos de uma região ou de um país, passa também
comportamentos e permite ao aluno acesso ao patrimônio cultural da
humanidade. (p. 96, 1999)
A pedagogia libertadora, proposta por Paulo Freire, fundamentada
no humanismo e no materialismo dialético, também proposto por
Vygotsky, ressalta o diálogo como troca de experiências e o avanço nas
reflexões em direção a um novo conhecimento e a descoberta da realidade.
Conseqüentemente valoriza não só o conhecimento sistematizado, mas o
saber e a experiência de vida. Esta valorização centraliza-se no
pressuposto, como nos mostra Freire:
Não há saber nem ignorância absolutos: há somente uma
relativização do saber ou da ignorância. (p.29, 1993)

Assim percebe-se que os homens estão num processo permanente


de educação. Moacir Gadotti completa, com:

A educação sempre foi política, o que precisamos é ter clareza do


projeto político que ela defende, que modelos sociais iremos
transmitir, que conteúdo estamos veiculando, que classe estamos
defendendo, de que ponto de vista estamos pensando a
educação.(p.140,1995)
A única maneira de conciliar um estudo neste sentido, face ao atual
sistema educacional é estudar a possibilidade de criar espaços para uma
prática pedagógica que possa ser assumida pelas classes populares. A
educação é, portanto, caracterizada como ato eminentemente político,
como também o é, o papel do educador.
Atualmente a escola vem tentando garantir uma formação
acadêmica interdisciplinar, que vá ao encontro das reais necessidades do
educando. Neste sentido, buscou-se respaldo teórico também, nas teorias
de Vigotsky, no que se refere ao desenvolvimento e aprendizagem do
aluno, suas experiência de vida, segundo Vygotsky, desenvolvimento real.
Estes autores, ao longo dos anos, vêm realizando estudos que se
fundamentam na concepção de educação tentando redefinir os papéis da
escola, do educador, do educando e da sociedade, pois o papel do educador
e do educando não é o de reproduzir o conhecimento, mas “criar cultura
num mundo que se desfaz e refaz”. Assim reconstruindo e desenvolvendo a
cultura, o homem se humaniza e a educação adquire uma nova dimensão: a
de transformação social.
CAPITULO IV

A ESCOLA CABANA EM BELÉM DO PARÁ


4.1- Surgimento e Diretrizes da Proposta Pedagógica “Escola Cabana”

A Escola Cabana é um Projeto Pedagógico de grande abrangência, pois visa


atingir todo um sistema educacional em nível municipal. Teve inicio em meados de
janeiro de 1997; através de uma reunião denominada Jornada Pedagógica, que foi
realizada com a participação de membros de todas as escolas pertencentes à Rede
Municipal de Educação de Belém, com o Secretário Municipal de Educação e
membros da Coordenadoria de Educação. A reunião teve como objetivo: conhecer e
iniciar o diálogo com os profissionais acerca da realidade educacional ora vivenciada
nas escolas municipais de Belém. A Proposta Pedagógica Escola Cabana é mais um
plano de ação educativa, sendo que com um sentido diferente, pois não é só uma
meta política a ser cumprida. Tem um sentido de preocupação com o lado
pedagógico, não sendo construída aleatoriamente. Segue exemplos de propostas que
vêm dando certo no Brasil com, por exemplo, a Escola Candanga em Brasília.
Contudo, sem perder de vista o lado regional e o cultural de Belém.
A Escola Cabana pautada nos princípios de inclusão social e da construção da
cidadania possui como Diretrizes:
- A democratização do acesso e a permanência com sucesso do educando
na escola;
- A gestão democrática do sistema municipal de educação;
- A valorização profissional dos educadores através de um programa de
formação continuada e o reconhecimento de que o momento de estudo
faz parte da jornada de trabalho do professor e
- A qualidade social da educação.

A Proposta Cabana, assim denominada por ter como inspiração a força, a


coragem do povo paraense no movimento da Cabanagem, vem resgatar os valores
históricos e culturais do Belenense, valendo-se de suas diretrizes se articula na
perspectiva de consolidar no município de Belém uma escola pública democrática,
emancipadora e prazerosa, em que o foco principal seja a formação de homens e
mulheres, e a garantia do direito a educação para todos.
A proposta político–pedagógica Escola Cabana insere a sua filosofia de acordo
com as características de cada escola, procurando reverter o quadro de dificuldades
pedagógicas de aprendizagem escolar. Sendo assim, tanto os professores, quantos
funcionários, alunos e corpo administrativo terão a oportunidade de expressar suas
opiniões, terão espaço para refletir e agir na construção desta prática pedagógica
inovadora.
Sobre a elaboração de novos propostas educacionais Gadotti vem nos
afirmar:
A formação de políticas e a elaboração de planos só se
tornam eficazes na medida em que atendam demandas
concretas da sociedade e esta os legitime através da
participação ativa, assegurada pela difusão das informações
e por canais de comunicação abertos pelo poder público. A
comunidade precisa discutir, propor e participar da
elaboração da política educacional.
Não acredito em planos de educação preparados em
gabinetes fechados, mesmo que elaborados pelos melhores
técnicos. (p.78,1992)

Constata-se que a participação dos educadores e demais setores ligados à


área educacional é de fundamental importância para a elaboração de qualquer
proposta educacional, até mesmo para poder ser concretizada de fato, no dia-a-dia
dentro das escolas.
A Escola Cabana possui também, como objetivos estimular educandos a sua
inquietude, estimulando-os a não aceitar sua submissão frente à classe dominante,
caracterizada pela opressão que opera na exploração das classes populares que é
composta, na sua grande maioria, pelos desfavorecidos economicamente.

4.2- OS CICLOS DE FORMAÇÃO NA ESCOLA CABANA

Na tentativa de superar o modelo de escola tradicional, a proposta


pedagógica Escola Cabana vem trazendo uma nova organização de ensino escolar: os
ciclos básicos do conhecimento. Esta nova organização é feita adotando um sistema
bastante diferente do tradicional utilizado pelas escolas Estaduais e Particulares. A
experiência vem sendo construída gradativamente pelas escolas municipais, ao passo
que das 57 escolas que integram a Rede Municipal de Educação de Belém, 10 escolas
se encontram de forma seriada.
Vale ressaltar que a idéia de ciclo de formação já foi implantada no Brasil nas
Escolas Municipais de Belo Horizonte, na proposta pedagógica, então denominada
“Escola Plural”, e em Brasília onde esta proposta pedagógica é denominada “Escola
Candanga”.

Essa nova organização de estrutura escolar vem sendo construída a partir de


práticas pedagógicas, englobando os seguintes aspectos:
- O trabalho com o conhecimento na perspectiva interdisciplinar como meio
de superar a fragmentação do ensino;
- A avaliação na perspectiva emancipatória, rompendo-se com a função
classificatória que tem contribuído para a exclusão do direito à
continuidade dos estudos de uma enorme parcela de crianças e
adolescentes oriundos das classes populares;
- A valorização e o reconhecimento dos diversos saberes sócio-culturais dos
educandos, assim como a construção e reconstrução do conhecimento,
partindo das experiências;
- A organização do processo escolar em ciclos de formação, como meio de
superar a estrutura seletiva do regime seriado e de construção de uma
escola inclusiva;
- A adoção da prática do planejamento participativo, enquanto elemento
fundamental na construção do projeto político-pedagógico de uma escola;
- A efetivação da gestão democrática, através dos espaços de participação
na escola (conselho escolar, eleições para diretor, por exemplo!);

Os ciclos de formação (CB) na Rede Municipais de Educação de Belém


compreendem, atualmente, desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental.
A Educação Infantil na Rede Municipal de Educação de Belém vem sendo
desenvolvida em dois ciclos de formação, correspondendo a alunos na faixa etária de
0 à 3 e de 4 à 5 anos.

A educação com crianças de 0 à 3 anos na Escola cabana, vem se


desenvolvendo através do que antes era chamado de creche. Após ser incorporada
ao sistema municipal de ensino como nos mostra a LDB em seu artigo 89:

As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser


criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da
publicação desta lei, integrar-se ao sistema de ensino.
(art.89,1996)

No sistema municipal de educação de Belém, a partir de 1998 foram


incorporadas as creches existentes, não mais somente com características
assistencialistas, mudando até mesmo sua nomenclatura para Unidades de
Educação Infantil, passando a ter características educacionais.
A proposta de se trabalhar por ciclos na Educação Infantil pressupõe a
inclusão da criança, enquanto cidadã no mundo do conhecimento e da cultura,
respeitando suas vivências, interesses e possibilidades de construção. Com isto,
Vygotsky nos afirma:

É o aprendizado que possibilita e movimenta o processo de


desenvolvimento, o aprendizado que pressupõe uma
natureza social
específica e um processo através do qual as crianças
penetram na vida intelectual daqueles que as cercam. O
aprendizado é o aspecto necessário e universal, uma espécie
de garantia do desenvolvimento das características
psicológicas especificamente humanas e culturalmente
organizadas. (p. 99,1984)

Através da teoria Vigotskyana, percebemos que embora o aprendizado da


criança se inicie muito antes dela freqüentar a escola, o aprendizado escolar introduz
elementos novos no seu desenvolvimento.
Quanto ao ciclo básico de formação (CB) no ensino fundamental, ficou
organizado com duração de nove anos e é vivenciado da seguinte maneira na Escola
Cabana:
Ciclo Básico I – são atendidas crianças na faixa etária de 6, 7 e 8 anos;
Ciclo Básico II – são atendidas crianças com idades de 9 e 10 anos;
Ciclo Básico III – são atendidas crianças na faixa etária de 11e 12 anos;
Ciclo Básico IV – são atendidas crianças com idades entre 13 e 14 anos.
A incorporação dos alunos de 6 anos no ensino fundamental deve-se a
compreensão de que as crianças com idades entre 6 e 7 anos são próximas em seus
interesses, experiências, nível de maturação, constituindo um ciclo da infância cujo
momento é peculiar aos processos de representação da realidade e, segundo a teoria
de Jean Piaget, é o período em que a criança estará transitando de um estágio pré-
operacional para o estágio das operações concretas, sendo a criança capaz de uma
organização assimilativa, podendo manipular o seu ambiente através de ações reais e
concretas.
No ciclo básico I o aluno passará por um período de 3 anos, caso o aluno
obtenha avanços em sua aprendizagem antes do período “estipulado”, pode-se
ocorrer à progressão automaticamente para o ciclo básico II.
No ciclo básico II o aluno passará por um período de 2 anos, assim como nos
ciclos básicos III e IV.
Para cada ciclo básico são definidos os objetivos a serem alcançados em
relação às dimensões: cognitiva, afetiva, cultural, política, à construção de
habilidades e alcance dos conteúdos significativos nas diferentes áreas do
conhecimento. Desta forma o trabalho requer que se considere, que a divisão em
ciclos básicos são, mas que uma simples memorização de informações e que se
avance para a percepção dos alunos enquanto sujeitos históricos em permanente
processo de formação.
4.3 - A Educação de Jovens e Adultos: O Ensino Através de Totalidades na
Escola Cabana.

A proposta pedagógica Escola Cabana na Educação de Jovens e Adultos,


parte do principio que o processo de ensinar surge do conhecimento que os alunos
trazem, de suas experiências. Sendo estes somados ao saber sistematizado,
acumulado pela humanidade, proporcionando ao educando condições para recriar
este conhecimento. Com isto o educador, Freire afirma:
O respeito pelo saber do educando, a convicção de que não
existe ninguém plenamente educado, capaz de atuar sobre
os outros são princípios da educação para a cidadania.
(p.55,1994)
O movimento de construção curricular do Ensino de Jovens e Adultos, na
proposta pedagógica Escola Cabana, vem desenvolvendo um projeto pautado na
compreensão do processo de totalidades do conhecimento. A compreensão de que se
aprende de forma interdisciplinar construindo conhecimento a partir da relação com
o outro e com o objeto a ser conhecido, rompe-se com a compreensão de currículo
baseado na ordem seqüencial e nas disciplinas estruturadas que fragmentam a
realidade.
A organização pedagógica da educação de jovens e adultos visa quebrar a
lógica tradicional, no sentido de superação das grades curriculares por conteúdos
significativos, onde os saberes trazidos da vivência dos educandos serão sempre
ponto de partida do processo de aprendizagem.
A educação de jovens e adultos é organizada em oito totalidades
momentos, que por não se encerrarem em si mesmas, possibilitam aos educadores
descobrirem as estruturas significativas da realidade. Cada totalidade de
conhecimento tem a duração de um semestre, o educando pode, a cada período
semestral avançar em seus estudos, caso se afaste da escola recomeçará do ponto
interrompido, sem precisar reiniciar novamente, desde o princípio de seus estudos.
Na perspectiva das “totalidades de conhecimento” todas as disciplinas têm a
mesma importância e um fazer interdisciplinar.
As “Totalidades de Conhecimento”, na Escola Cabana, têm como Princípios
Básicos:
- Assegurar a unidade do conhecimento constituindo-se num movimento
de ação-reflexão-ação;
- Constituir em quatro anos o ciclo de Educação de Jovens e Adultos
proporcionando aos educandos conhecimentos que os habilita a dar
continuidade aos seus estudos no ensino médio;
- Garantir ao educando o acesso à escola e a permanência com sucesso;
- Vivência à prática de avaliação emancipatória na perspectiva de
redimensionar o ato educativo.
Na busca por um currículo voltado para a construção da cidadania, se faz
necessário que o trabalho seja um dos princípios educativos, pois os homens e as
mulheres se humanizam através do trabalho e da educação. Na busca pela cidadania,
sobre isto, Pinsky nos afirma:
A cidadania não é, contudo, uma concepção abstrata, mas
uma prática cotidiana. Ser cidadão não é simplesmente
conhecer, mas, sim, viver. (p.96,1999)

Constata-se, portanto, que a prática da cidadania não pode ser imposta, e sim
conquistada. Cabendo aos educadores e ao sistema educacional, resgatar e ampliar o
debate sobre a cidadania, principalmente na educação de jovens e adultos, os quais,
em sua grande maioria, são trabalhadores que não tiveram oportunidades de
estudar.

4. 4 – A Formação Continuada dos Educadores na Proposta Pedagógica


Escola Cabana.

A proposta pedagógica de formação dos educadores dentro da Escola Cabana vem


beneficiando o trabalho dos professores a partir do seu local de atuação, assim sendo
em cada escola da rede municipal de Belém, os professores possuem um momento
de estudo chamado HP – Hora Pedagógica, é a hora em que o professor deixa o
espaço da sala de aula.
A Hora Pedagógica é o momento em que os professores se reúnem com seus grupos.
Por exemplo, cada professor do CB I se reúne com os demais professores do mesmo
ciclo, assim também ocorre com cada professor dos demais ciclos e seus respectivos
grupos. Estes encontros ocorrem em um determinado dia da semana, onde os
professores trocam idéias, elaboram atividades, estudam e discutem sobre diferentes
temas, como, por exemplo: aprendizagem, avaliação, problemas relacionados aos
alunos, tema gerador entre outros. É o momento utilizado também, para que os
professores organizem suas aulas. Vale-se ressaltar que a Hora Pedagógica é
acompanhada pelos supervisores junto aos professores.
A formação continuada dos educadores da Rede Municipal é entendida como aquela
em que se deva efetivar de forma contínua e sistemática, tendo como lócus
privilegiado a escola, expressada por uma concepção de educação que se amplia
pelas relações, onde se busca aprofundar e avaliar a práxis do trabalho pedagógico.
Nóvoa nos mostra que:
A formação deve ser encarada como processo permanente, integrado
ao dia-dia dos educadores e da escola.(p.29,1992)

Como vimos, o processo ensino-aprendizagem é algo que se constrói e reconstrói no


cotidiano, e que precisa ser incorporado às experiências e vivências da realidade
escolar. Faz-se necessário que os educadores ampliem seu olhar sobre a diversidade
tão presente na escola e compreendam que professores e alunos são sujeitos que
constroem sua trajetória numa teia de relações que se estabelecem no dia-a-dia da
escola. Com isso torna-se importante a formação dos educadores para a
concretização de muitos propósitos, como por exemplo: a democratização do ensino,
a renovação de sua prática pedagógica, entre outros.
Além da Hora Pedagógica que é acompanhada pelos técnicos da escola, há também o
assessoramento, realizado pelos técnicos da Coordenadoria de Educação da SEMEC
que são distribuídos em equipes distritais. Estas oito equipes assessoram as escolas
municipais pertencentes a cada Distrito Administrativo: DAICO, DAOUT, DAMOS,
DABEN, DAGUA, DABEL, DAENT e DASAC. Sendo cada equipe composta por
representantes das diversas equipes técnicas: educação infantil, ensino fundamental,
educação de jovens e adultos e membros da coordenadoria de esporte, arte e lazer.
Existe também na rede municipal de Belém a chamada formação por coletivos de
educadores, que são encontros permanentes. Estes encontros acontecem através de
eventos tais como: seminários, fóruns, cursos, conferencia, oficinas e os chamados
encontros distritais onde se reúnem para troca de experiências: os professores,
supervisores, orientadores, etc, das escolas pertencentes ao mesmo distrito
administrativos.

4.5 – A Gestão Democrática na Escola Cabana.


A sociedade em que vivemos estabeleceu um estado profundamente
excludente, possuindo uma das mais injustas concentrações de renda, jogando
milhões de brasileiros à margem da sociedade, a essa maioria é negada a
participação efetiva nas decisões políticas, inclusive a educação pública de qualidade.
Por tudo isso, a proposta Cabana inclui como um dos seus princípios a constituição
de uma escola coletiva, utilizando a idéia de que o coletivo é infinitamente de melhor
qualidade que a produção individualizada, pois uma proposta que resgata a cidadania
deve estar articulada enquanto rede, e que deve partir de um esforço que vai para
além dos muros da escola. Com isto Gadotti vem nos mostrar que:
A participação possibilita a população um aprofundamento
do seu grau de organização e uma melhor compreensão do
Estado, influindo de maneira mais efetiva no seu
funcionamento.

Em relação à escola, ela contribui para a democratização das


relações de poder no seu interior e, conseqüentemente, para
a melhoria da qualidade do ensino. Todos os seguimentos da
comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola, conhecer com mais profundidade todos os que nela
estudam e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela
e, assim, acompanhar melhor a educação ali oferecida. (p.16,
1997)

Constata-se com isso que na Escola Cabana a participação tanto dos


professores quanto dos pais, alunos, grupo de apoio (limpeza, merenda, etc) é
importante na efetivação de qualquer projeto que vá acontecer na escola, rompendo-
se com a visão de que só o diretor ou os coordenadores pedagógicos tem o poder
nas tomadas de decisões da escola. Desta forma, espera-se, que cada um exercendo
a cidadania na escola consiga efetivá-la também na sociedade.

4.6 – A Avaliação na Escola Cabana.

A Escola Cabana tendo como um de seus princípios construir uma escola


efetivamente democrática, que favoreça o acesso e a permanência com sucesso do
aluno, e que assume a perspectiva de rompimento com valores que permeiam a
lógica seletiva e excludente da avaliação classificatória reconstruindo uma nova
prática pedagógica.
Na Escola Cabana a progressão continuada do aluno não significa uma saída
fácil para os problemas da reprovação e distorção idade/série, assim como não
significa adesão à política do abandono, simplesmente efetivar a passagem do aluno
com o único objetivo de corrigir o fluxo escolar, diminuindo os gastos com a
manutenção do ensino. Neste sentido, Vasconcelos vem afirmar:
O problema da avaliação é muito sério e tem raízes
profundas: não é problema de uma matéria, série, curso ou
escola; é de todo um sistema educacional, inserido num
sistema social determinado, que impõe certos valores
desumanos como o utilitarismo, a competição, o
individualismo, o consumismo, a alienação, a marginalização,
valores estes que são incorporados em práticas sociais, cujos
resultados colhemos em sala de aula, uma vez que
funcionam como “filtros” de interpretação do sentido da
educação e da avaliação. (p.14, 2000)

Com isso constata-se que a avaliação é um problema que exige um constante


pensar e repensar de toda uma prática educacional dos sujeitos envolvidos:
administradores, diretores, supervisores, orientadores e não apenas dos professores.
É um pensar coletivo.
Tendo em vista assegurar o processo continuado de formação, sem que
recaia na desqualificação do ensino, a proposta Cabana visa a progressão de duas
maneiras:
- O educando que não apresenta dificuldades no seu processo de ensino-
aprendizagem progredirá, ao final do ciclo ou ano letivo, para o ciclo
seguinte;
- Aquele educando que vivencia muitas dificuldades em seu processo
ensino- aprendizagem, demonstrando defasagem na construção de
conhecimentos, também progredirá em seu ciclo sendo que com a
orientação de um Plano Pedagógico de Apoio – PPA, que é uma tentativa
de ajudar o aluno a superar suas dificuldades em relação à
aprendizagem.

O CONSELHO DE CICLO:

Constitui um espaço de troca-reflexão entre professores, coordenadores


pedagógicos (supervisores, orientadores, etc), pais e alunos, sendo este o momento
que turmas são avaliadas pelo conjunto de professores (ed. artística, ed. física, sala
de recursos, informática e professores de sala de aula). A implementação desta
experiência ajuda a romper com práticas avaliativas centradas no aluno, com a visão
de apenas um professor, buscando-se entender a totalidade dos processos
vivenciados nas escolas.
O professor avalia seus alunos através de observações, participação nas
atividades em sala de aula, na escola como um todo e nas atividades que são
realizadas fora da escola com o educador. O professor faz suas observações
registrando suas análises em diferentes momentos do processo ensino-
aprendizagem. Estas observações são feitas através de anotações em diário de
classe (ver modelo anexo), registro síntese de acompanhamento individual
do aluno (ver anexo). Vale-se ressaltar que a rede municipal de educação vem
passando por momentos de discussões, com os professores, deste novo modelo a
ser implantado a partir de 2002 nas escolas municipais de Belém, visto que o atual
modelo foi alvo de muitas críticas por parte dos educadores que acham repetitivos
alguns itens do referido registro.
Trabalhando a avaliação numa perspectiva emancipatória, a Escola Cabana
pretende romper com o caráter burocrático e com a função classificatória que tem
contribuído para a exclusão do direito à continuidade dos estudos de uma enorme
parcela de crianças e adolescentes oriundos das camadas populares.

4.7 – Algumas Políticas e Ações que Integram a Escola Cabana.

Estas políticas e ações são marcas da proposta Cabana, que visam combater
as desigualdades e a exclusão tão presentes em nossa sociedade.

!"BOLSA – ESCOLA:

O Programa Bolsa-Escola, que atende a 4820 famílias, sendo no valor de um


salário mínimo, é uma proposta que vem tentando minimizar a evasão escolar e tirar
crianças e adolescentes do mercado de trabalho aumentando o desempenho escolar
dos alunos. Além disso, vem inserindo os pais de maneira cooperativada no mercado
de trabalho, diminuindo o número de crianças na rua.

!"CONTADOR DE HISTÓRIA:

É um projeto que tem como objetivo reviver a oralidade literária adormecida


dentro do imaginário do aluno, objetivando portanto, estimular a leitura e a
expressão oral dos educandos.

!"SAÚDE E LAZER:

Vem sendo realizado em praças e passeios públicos da cidade, consistindo em


atendimento gratuito à população que caminha nestes espaços, com orientação de
exercícios de acordo com a capacidade física dos participantes proporcionando uma
prática constante, orientada e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.

!"PÓLO ESPORTIVO:

Este projeto oportuniza crianças, adolescentes a aprender as modalidades


esportivas (vôlei, futsal, futebol, natação, judô, etc). vem acontecendo na escolas
municipais e praças públicas.

MALA DO LIVRO:
!"

A mala do livro passa um determinado tempo em cada comunidade,


composta por vários tipos de leituras, sendo uma biblioteca ambulante. São várias
malas de madeira com alças, feitas por artistas plásticos que constroem e enfeitam a
mala.

PRODUÇÃO CULTURAL DAS ILHAS:


!"
Este projeto valoriza a produção artesanal, promovendo a inter-relação dos
saberes entre o produtor e as escolas municipais, bem como, socializar e divulgar os
trabalhos artísticos das Ilhas próximas a Belém como, por exemplo: Mosqueiro,
Icoaraci e Outeiro.

!"MOVIMENTO DE ALFABETIZAÇÃO “PAULO FREIRE” – MOVA:

É uma ação criada recentemente e que está sendo desenvolvida este ano
(2001), possui como objetivo alfabetizar adultos que se encontravam fora das
escolas, tendo como inspiração o método Paulo Freire. É mais uma tentativa de
minimizar o analfabetismo tão presente em nosso meio.
CAPÍTULO V

COTIDIANO DA ESCOLA CABANA - OS SUJEITOS ENVOLVIDOS

Para que se possa explicitar com clareza a pesquisa de campo ora efetivada
faz-se necessário, primeiramente, mostrar a diagnose das escolas ora visitadas:
Escola 1 - Escola Municipal de Ed. Infantil e Ens. Fundamental Anna Barrau Mininéa,
está situada na rua José Mariano Cavaleiro de Macedo, s/n, bairro Ariramba,
Mosqueiro, Belém-Pa.
Atuação: funciona em quatro turnos, sendo que, primeiro e segundo turno funcionam
com Ed. Infantil e CB I e CB II, no terceiro turno Ed. Infantil CB III e CB IV, no
quarto turno Ed. de Jovens e Adultos. Possui 982 alunos, 62 funcionários, sendo que,
29 são professores. Tem 8 salas de aulas, um laboratório de informática, uma sala de
leitura, parquinho para as crianças, uma sala de recursos, uma sala de professores,
copa, banheiros para alunos e professores. Corpo administrativo: diretor profº
Francisco Antônio Almeida, supervisoras profªs Maria de Nazaré e Sandra Suely,
orientadoras profªs Francinete de Almeida e Maria Lucia Farias, administradoras
profªs Maria de Jesus e Rosângela Fonseca.
Escola 2 - Escola Municipal de Ens. Fundamental Profº Alfredo Chaves, esta situada
na av. 2 de dezembro, s/n, Icoaraci, Belém-Pa.
Atuação: funciona em quatro turnos, sendo que, primeiro e segundo turno funcionam
com CB I e CB II, no terceiro turno CB I e CB II, no quarto turno Ed. de Jovens e
Adultos. Possui 1293 alunos, 56 funcionários, sendo que, 36 são professores. Tem 10
salas de aulas, um laboratório de informática, uma sala de leitura, uma sala de
recursos, uma sala de supervisão e orientação, uma sala de professores, sala da
direção, secretaria, copa, refeitório, banheiros para alunos e professores, um
auditório, quadra de esportes e uma quadra de areia. Corpo administrativo: diretora
profª Sandra Lemos, supervisor, duas orientadoras, duas administradoras.
Escola 3 - Escola Municipal de Ens. Fundamental Profª Benvinda de França
Messias, esta situada na praça Floriano Peixoto, nº 805, bairro de São Brás, Belém-
Pa.
Atuação: funciona em quatro turnos, sendo que, primeiro e segundo turno funcionam
com CB I e CB II, no terceiro turno CB I e CB II, no quarto turno Ed. de Jovens e
Adultos. Possui 622 alunos, 54 funcionários, sendo que, 23 são professores. Tem 6
salas de aulas, uma sala de leitura, uma sala de educação artística, uma sala de
supervisão e orientação, uma sala de professores, sala da direção, secretaria, copa,
refeitório, banheiros para alunos e professores, um auditório, quadra de esportes.

Corpo administrativo: diretora profª Socorro Rocha, dois supervisores, duas


orientadoras, duas administradoras e um assistente social.
Escola 4 - Escola Municipal de Ed. Infantil e Ens. Fundamental Profº Ruy da Silveira
Britto, esta situada na trav. Enéas Pinheiro, s/n, bairro do Marco, Belém-Pa.
Atuação: funciona em quatro turnos, sendo que, primeiro e segundo turno funcionam
com CB I e CB II, no terceiro turno CB III e CB IV, no quarto turno Ed. de Jovens e
Adultos. Possui 1780 alunos, 70 professores. Tem 11 salas de aulas, um laboratório
de informática, uma sala de leitura, secretaria, copa, refeitório, banheiros para alunos
e professores, quadra de esportes e três anexos funcionando com Ed. Infantil. Corpo
administrativo: diretora profª Rose Brasil, supervisoras Profªs Firmina e Selma,
orientadoras profªs Ângela e Roseane, administradora profª Rosali.
Escola 5 - Escola Municipal de Ed. Infantil e Ens. Fundamental Profª Ida Oliveira,
esta situada no conjunto Providência, quadra 17, s/n, bairro Val-de-Cans, Belém-Pa.
Atuação: funciona em quatro turnos, sendo que, primeiro e segundo turno funcionam
com Ed. Infantil, CB I e CB II, no terceiro turno Ed. Infantil, CB I e CB II, no quarto
turno Ed. de Jovens e Adultos. Possui 1474 alunos, 87 funcionários, sendo que, 54
são professores. Tem 12 salas de aulas, um laboratório de informática, uma sala de
leitura, uma sala de recursos, uma sala de supervisão e orientação, uma sala de
professores, sala da direção, secretaria, copa, refeitório, banheiros para alunos e
professores, um auditório, quadra de esportes e um anexo com Ed. Infantil. Corpo
administrativo: diretora profª Deusarina Mardock, supervisoras profªs Angelina
Wanzeler e Josineide Reinald, duas orientadoras profªs Angélica e Wilza Moraes,
duas administradoras profªs Afife de Fátima e Sandra.
Para que a pesquisa de campo pudesse ser realizada fez-se a aplicação de um
questionário (ver anexo), junto a professores e alguns coordenadores pedagógicos
(diretores e supervisores). Pois assim podemos ter uma visão de como a proposta
Cabana vem acontecendo em algumas escolas de Belém. Vamos então, conhecer as
respostas dos sujeitos envolvidos na proposta pedagógica Escola Cabana.

Em relação à escola do passado e a escola Cabana:

P1: “A ESCOLA ANTES DA PROPOSTA


CABANA, ERA UM SISTEMA FECHADO E
REGADO DE HIERARQUIA. A PARTIR DA
IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA ESTE
SISTEMA FOI QUEBRADO E PROCURA
AGIR EM CONJUNTO”.
P2: “A escola é o lugar de produção do conhecimento científico diversificado e no
coletivo. A proposta Cabana veio resgatar através de seus objetivos a diversificação
desses conhecimentos no coletivo”.
CP1: “A Escola Cabana é uma proposta que veio valorizar o aluno, o profissional de
educação enquanto sujeito construtor da historia, o que antes não acontecia”.
CP2: “A escola é o local onde se ministra o ensino coletivo, a Escola Cabana assume
a proposta política que vem sendo construída no coletivo”.

Com isso verifica-se que a proposta Cabana vem atendendo as necessidades


dos professores e coordenadores pedagógicos, pois vem rompendo com a mesmice
de um passado não muito distante para a educação, pois os professores trabalham
de uma forma mais livre em sala de aula.
As vantagens que a Escola Cabana trouxe para o ensino-
aprendizagem:

CP3: “o trabalho com o conhecimento na perspectiva interdisciplinar, a avaliação na


perspectiva emancipatória, rompendo-se com o caráter burocrático e com a função
classificatória”.
CP4: “todas as vantagens que possamos imaginar, citaremos algumas:
acompanhamento para os alunos com dificuldades de aprendizagem, avaliação
através do conselho de ciclos e hora pedagógica”.
P4: “a Escola Cabana nos trouxe vantagens como: inclusão dos portadores de
deficiências, interdisciplinaridade através do tema gerador, hora pedagógica, bolsa
escola e formação continuada”.
P5: “aprender a viver com as diferenças dos indivíduos respeitando-os através de
suas limitações”

Percebeu-se que a proposta Cabana veio valorizar o potencial do aluno, assim


como suas limitações, pois trabalha com todos os sujeitos sem discriminação,
inclusive com os portadores de necessidades especiais.

A família, a comunidade conhece a Escola Cabana:

CP1: “este conhecimento ainda está acontecendo de maneira gradativa”.


CP4: “temos feito o possível para esclarecer a toda comunidade a proposta da Escola
Cabana, porém cada momento é momento de esclarecimento a respeito da mesma”.
P1: “acredito que a família precisa conhecer melhor a proposta Cabana, pois
inúmeras vezes os pais cobram ações pedagógicas ultrapassadas”.
P4: “parcialmente”.

Em se tratando das famílias ficou evidenciado que necessitam de maior


esclarecimento e informação sobre a proposta.

O que é mais vantajoso para o aluno, à escola seriada ou a proposta


de se trabalhar em ciclos:
CP3: “para mim com certeza é a escola ciclada, pois contempla de forma global a
educação dos alunos”.
CP2: “a proposta de ciclo de formação é, na minha opinião, a mais viável porque
rompe com lógica fragmentada do processo escolar”.
P2: “as duas propostas de trabalho são bastante viáveis para a educação, porém
para obtenção de frutos precisa de aprofundamentos diante de tais propostas”.
P3: “a escola seriada limita os possíveis avanços do educando. Enquanto a escola
ciclada possibilita esta progressão, no entanto é preciso ajustar alguns aspectos no
sistema educacional, no caso das escolas cicladas, para que funcionem positivamente
os ciclos”.

Constata-se que os sujeitos consideram que a proposta de trabalho em ciclos


apresenta algumas vantagens em relação à escola seriada, necessitando apenas um
maior aprofundamento para que os professores se sintam seguros em relação à
proposta ciclada.

Quais as atividades escolares do dia-a-dia que põem em prática a


Escola Cabana:

P1: “AS ATIVIDADES ESCOLARES

COTIDIANAS, LEITURA E

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, AVALIAÇÃO

CONTÍNUA”.

P4: “avaliação contínua, e trabalho interdisciplinar”.

CP2: “A SOCIALIZAÇÃO DAS

ATIVIDADES DIÁRIAS ENTRE ALUNOS E

PROFESSORES, TRABALHOS COM TEMAS

GERADORES E OUTROS”.

CP3: “encontros com os professores, troca de experiências, conselhos de ciclos e


integração escola-família”.
Observou-se que as escolas vêm tentando trabalhar na prática a proposta
Cabana, outro ponto enfocado pelos sujeitos foi a vantagem de se trabalhar
interdisciplinaridade. De maneira que as escolas vêm tentando fazer do seu cotidiano
a práxis da Escola Cabana.

Você acredita que tenham pontos negativos na Escola Cabana:

CP2: “SIM, A FALTA DE COMPROMISSO

POR PARTE DE ALGUMAS PESSOAS QUE

INTEGRAM A COMUNIDADE ESCOLAR”.

CP1: “SIM, É UMA PROPOSTA MUITO

BOA, MAS QUE PRECISA SER MAIS

DIVULGADA E ASSUMIDA POR TODOS”.

P5: “EXISTEM FALHAS, POIS É UMA

PROPOSTA NOVA E REQUER MAIOR

COMPROMISSO”.

P1: “SIM, A FALTA DE COMPROMISSO

POR PARTE DE TODOS”.

Assim como toda proposta nova requer mudanças de ações,


verificou-se que a Escola Cabana também requer, como foi citado
nas respostas obtidas, um maior compromisso por todos os
envolvidos na referida proposta.
Você acredita na escola ciclada? :

CP4: “eu acredito na escola ciclada pelas vantagens que os ciclos de formação
proporcionam ao processo escolar”.
CP1: “acredito que a escola ciclada é a melhor forma de organização existente,
também promove uma educação global não enfatizando somente o cognitivo, mas o
biopsicossocial da criança”.
P3: “entendo que nos ciclos de formação o conhecimento é um processo no qual é
elaborado e re-elaborado onde a cultura do aluno é valorizada, eu acredito nessa
escola”.
P2: “a escola ciclada veio favorecer o potencial de nossos alunos, sendo que esta
proposta não está sendo bem entendida pelo meio escolar”.

Em relação à escola ciclada todos acreditam, pois a mesma vem


proporcionando a auto-estima do aluno, porém falta um maior esclarecimento sobre
o processo de ciclos em toda comunidade escolar.
Quais as suas expectativas em relação à proposta pedagógica Escola
Cabana:

CP4: “AS EXPECTATIVAS SÃO MUITAS,

PORÉM PODEMOS CITAR UMA, QUE É A

QUESTÃO DO COMPROMISSO E O

ENVOLVIMENTO DE TODOS PARA QUE A

PROPOSTA CONTINUE DANDO CERTO”.

CP2: “eu espero que a Secretaria Municipal de Educação sempre esteja nos
apoiando, e que toda a comunidade assuma com compromisso a proposta que vem
sendo construída coletivamente”.
CP1: “espero que o município de Belém consiga implementar cada vez mais sua
proposta pedagógica, investido sempre na formação do educador e tentando
melhorar cada vez mais o atendimento ao aluno”.
P1: “que a prefeitura municipal de Belém tenha condições financeiras para manter a
proposta, já que tudo depende de um conjunto para um bom andamento”.
P5: “na minha opinião é que tenha uma revolução positiva nas idéias das pessoas
para que aconteça a proposta pedagógica cabana”.
P2: “tenho a esperança que melhore, para que possamos concretizar a educação
para todos”.

Vale ressaltar que de todos os sujeitos que se propuseram a responder o


questionário apenas dois estão concluindo o curso superior, os demais são pós –
graduados.
Com isso constatou-se que as expectativas em relação à proposta Cabana
vêm se fundamentando em torno de um maior compromisso por parte de todos os
envolvidos: desde a comunidade intra e extra-escolar, até a Prefeitura Municipal de
Belém. Para que a Escola Cabana continue sendo construída à luz das necessidades e
expectativas de todos, e não com atos e ações isoladamente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ficou evidenciado que a proposta Cabana trouxe um repensar de ações na


prática pedagógica, pois as escolas municipais de Belém, vivenciam momentos de
profunda reflexão traduzidos em melhorias no ato e processo de aprender a
aprender, resgatando toda uma valorização cultural, cidadã, construtiva e crítica do
fazer pedagógico.

Segundo Freire:
A escola para ser cidadã é aquela que se assume como um
centro de direitos e de deveres. O que caracteriza é a
formação para a cidadania. Uma escola cidadã então, é a
escola que viabiliza a cidadania de quem está nela e de quem
vem a ela. Não pode ser uma escola cidadã em si e para si.
(p.48, 1997).

Em suma, refletimos que a proposta pedagógica Escola Cabana possui sua


importância no bojo de uma instituição escolar, pois visa por em prática seus
princípios norteadores. Para que continue dando certo, entendemos que, é de
fundamental importância o compromisso de todos os atores envolvidos (professores,
coordenadores pedagógicos, diretores, supervisores, etc) no desenvolvimento da
proposta nas referidas escolas municipais de Belém, cada um se sentido peça
fundamental na construção da Escola Cabana, como semeadores de uma nova
forma de trabalhar a educação no município de Belém do Pará, como um novo
repensar e praticar o ensino-aprendizagem em todas as classes sociais.
BIBLIOGRAFIA

FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo. Cortez. 2000.

GADOTTI, Moacir e José E. Romão, Autonomia da Escola: Princípios e


Propostas. São Paulo. Cortez. 1997

MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de


Pesquisa. São Paulo. Atlas. 1996.

NÓVOA, Antonio (Org). Formação do Professor e Profissão Docente: in Os


Professores e sua Formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992

PINSKY, Jaime. Cidadania e Educação. São Paulo. Contexto,


1999
REGO, Tereza Cristina. VYGOTSKY- Uma Perspectiva Histórico-Cultural da
Educação. São Paulo. Vozes. 1994.

ROCQUE, Carlos - Grande Enciclopédia da Amazônia – AMEL –


Amazônia. Ltda. 1994.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Caderno de Educação nº1.


“Escola Cabana: Construindo uma Educação Democrática e Popular”.
Belém, PA, Outubro/1999.

SEMEC. Projeto Político – Pedagógico: Escola Cabana. Belém: Mimio,


1998.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação – Concepção Dialética-


Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. São Paulo: Libertad. 2000.
ANEXO I

UNAMA – UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

Tendo em vista a conclusão do curso de Pedagogia do Centro de Ciências


Humanas e Educação – CCHE – Universidade da Amazônia, solicito a Vossa Senhoria
colaboração quanto ao preenchimento do questionário a seguir, referente à pesquisa
de campo como requisito para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso –
TCC, do referido curso.
Pois tal instrumento é significativo para colher informações a respeito da
temática trabalhada: Escola Cabana – Refletindo a Educação no Município de Belém.
Desde já, agradeço Vossa colaboração e compreensão.

Gleice do Nascimento Faro.


Concluinte do Curso de Pedagogia –
Orientação Educacional. UNAMA /2001.

QUESTIONÁRIO
1° Qual sua visão em relação à escola do passado (seriada) e a Escola Cabana?
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2º Quais as vantagens que a Escola Cabana trouxe para o ensino-aprendizagem?


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3º A família, comunidade em torno da escola conhece a proposta Cabana?
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4º O que é mais vantajoso para o aluno(a), na sua visão, a escola seriada ou a


proposta de se trabalhar em ciclos?
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5º Para você quais as atividades escolares do dia-a-dia, que põem em prática


proposta pedagógica Escola Cabana?

6º Você acredita que existam pontos negativos na Escola Cabana? Quais?


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7º Você acredita na escola ciclada?


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8º Quais suas expectativas em relação à Escola Cabana? Dê sugestões.


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ANEXO II
REGISTRO SÍNTESE DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ALUNO.
ANEXO III
MOMENTOS DO DIA-A-DIA NA ESCOLA CABANA
CAMINHADA CÍVICA PELA CIDADANIA

VALORIZANDO A CULTURA REGIONAL.

ANEXO III
MOMENTOS DO DIA-A-DIA NA ESCOLA CABANA

RESGATANDO A CIDADANIA.

ESCOLA CABANA
VALORIZANDO A CULTURA
MOMENTOS EM SALA DE AULA.

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