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Projeto e Gestão de Redes de Computadores - Artigos Page 1 of 3

A evolução da Revolução
José Mauricio Santos Pinheiro em 25/09/2005

O ser humano é capaz de realizar tarefas de altíssima complexidade, pode realizar movimentos dos mais
variados (esperados e inesperados), pode andar, correr, saltar, pular, individual ou simultaneamente e, precisa se
comunicar. Podemos perceber através da historia que essa necessidade de comunicação do ser humano sempre
existiu ao longo das civilizações.

Atualmente experimentamos uma revolução tecnológica sem precedentes e o acesso à informação, antes
privilégio de poucos, se populariza na medida em que novas tecnologias abrem novos horizontes e a
comunicação não depende mais da movimentação física das pessoas ou de mensagens escritas em papel. Uma
evolução dentro desta revolução tecnológica está acontecendo, marcada pela convergência entre as redes de
comunicação, computadores e telecomunicações.

Nascem as comunicações modernas...

O contexto em que se enquadram as redes de comunicação atuais pode ser explicado em função da evolução de
duas áreas tecnológicas distintas: a das redes de computadores e a outra, dos sistemas de telecomunicações.
Ambas tiveram trajetórias distintas até algum tempo atrás, mas suas áreas de atuação têm se confundido cada
vez mais no que se refere ao transporte de informações.

Mais antiga, a indústria de telecomunicações surgiu no final do século XIX com a instalação das primeiras redes
de telefonia e telégrafo. A evolução dessas redes foi basicamente geográfica até o início da década de 1960,
quando ocorreu a introdução das tecnologias digitais nas centrais telefônicas e nos serviços de comunicação de
longa distância. Nessa mesma época surgiu o serviço de telex para a transmissão de textos, que empregava
tecnologia e equipamentos distintos da utilizada para os serviços de voz, embora utilizasse o mesmo meio de
transmissão. Logo em seguida, na década de 1980, ocorreu a disseminação dos serviços via fac-símile (o
popular fax), que possibilitou o envio de documentos e imagens através da linha telefônica.

O funcionamento desse novo esquema, agora baseado em bits, dependia fortemente da interligação dos
computadores que controlavam as conexões entre as centrais de comunicação e que possibilitavam também
novos serviços para os usuários como redirecionamento de chamadas, chamadas em espera, entre outras.

A indústria de computadores floresceu na segunda metade do século XX, na década de 1950, com uma produção
inicial restrita às máquinas de grande porte (os famosos mainframes). O preço alto e as grandes exigências da
infra-estrutura, de suporte e pessoal para esses primeiros computadores inviabilizavam uma distribuição mais
ampla desses equipamentos até os usuários finais, o que retardou por um tempo a disseminação dos sistemas
de processamento.

Posteriormente, as novas necessidades dos sistemas de comunicação levaram ao surgimento das chamadas
redes de teleprocessamento, que ligavam as unidades centrais de processamento, normalmente grandes
empresas ou órgãos governamentais, aos terminais remotos, estes desprovidos ainda de qualquer capacidade de
processamento local (conhecidos como terminais burros), que eram utilizados pelos usuários para compartilhar
recursos (impressoras, por exemplo) e realizar seu trabalho diário.

A era dos computadores pessoais...

Os avanços da eletrônica e das tecnologias dos circuitos integrados nas décadas de 1970 e 1980 trouxeram um
significativo avanço na relação custo / benefício para a produção de computadores. Menores, mais baratos e com
significativo aumento de desempenho, os computadores tornaram-se acessíveis a um número maior de pessoas.
Empresas de todos os portes também puderam tirar proveito desse desenvolvimento, estabelecendo políticas de
automação de escritórios e processos, favorecendo a distribuição de tarefas entre os funcionários, visando
aumentar sua produtividade.

Nesse momento, a necessidade de troca de informações entre os usuários de computadores aumentou


rapidamente, mas agora assumindo uma outra característica. Quem usava um computador não desejava mais
compartilhar apenas os recursos de uma unidade de processamento centralizada, mas sim trocar informações
entre com outras unidades independentes, com capacidade de processamento local e, eventualmente,
compartilhar os recursos de dispositivos periféricos em outros locais.

Primeiramente os computadores foram ligados dois a dois, utilizando a infra-estrutura do cabeamento para voz
que já existia. Essa solução rapidamente se mostrou limitada e novas estruturas de cabeamento foram
desenvolvidas. Posteriormente, os novos ambientes computacionais, cada vez mais complexos, passaram a
permitir a comunicação entre várias máquinas simultaneamente e novos serviços como trocas de mensagens e

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transmissão de arquivos foram implementados. Esses novos ambientes que proporcionavam esse tipo de troca
de informações passaram a ser conhecidos como redes de computadores.

Surgem as redes...

Restrições de ordem tecnológica e econômica e necessidades diversas resultaram inicialmente em tipos de redes
de computadores com topologias e soluções proprietárias. Por exemplo, considerando-se as restrições de
alcance geográfico, as redes foram classificadas quanto a sua área de abrangência em "Wide Área
Networks" (WAN’s), ou seja, redes que conectavam computadores separados por grandes distâncias, superiores
a centenas de quilômetros e que utilizavam a infra-estrutura existente das redes de telecomunicações (sistemas
de transmissão e cabeamento). Outra classificação englobava as "Metropolitan Área Networks" (MAN’s), redes
que conectavam computadores em distâncias médias, na ordem de algumas dezenas de quilômetros, mas que
também utilizavam a rede de telefonia existente (cabeamento) para estabelecer sua comunicação. Por fim temos
as "Local Área Networks" (LAN’s) que conectam computadores em pequenas distâncias, normalmente dentro de
uma área delimitada como uma sala, um escritório, etc.

Nessa primeira etapa, outros parâmetros técnicos definiam diferentes tipos de redes, entre eles, o meio físico
empregado, o método de conexão, entre outros. O resultado foi um número significativo de tipos de redes com
padrões próprios de conexão e que muitas vezes não eram compatíveis entre si.

Criam-se padrões...

A solução encontrada para resolver os problemas de conexão entre redes diferentes foi a adoção de padrões e, a
partir daí, os sistemas que respeitassem um determinado padrão poderiam interagir cooperativamente,
compartilhando dados e funções entre si. Esses padrões estabeleceram mecanismos de troca de informações
que passaram a se chamar "protocolos".

Claro que muitos questionamentos foram colocados. Qual o padrão a adotar? Quem será o responsável pelo
desenvolvimento do padrão? Uma vez adotado o padrão, como se certificar que um sistema é aderente ao
padrão?

Inicialmente, devemos considerar que um padrão pode ser "de facto" ou "de jure". Na primeira possibilidade, um
produto de grande sucesso cria um mercado de tal dimensão e acaba tornando-se um padrão, uma referência.
Um exemplo típico é a arquitetura dos computadores pessoais, criada a partir dos modelos IBM-PC, cujo modelo
foi copiado pelas demais empresas. No segundo caso, instituições geram padrões de maneira independente do
mercado, a partir de necessidades nele verificadas. Na área de telecomunicações e redes de computadores
temos, por exemplo, o ITU-T, IEEE, EIA, TIA, entre outros.

O mundo se conecta...

Retornando ao caminho da convergência entre as tecnologias das redes de telecomunicações e das redes de
computadores, a união dos fatores apresentados anteriormente, aliados aos novos avanços tecnológicos
envolvendo a capacidade de transporte das redes de comunicação levou a um campo de atuação comum para
ambas que é o fornecimento de múltiplos serviços baseados em uma infra-estrutura única, resultado da
experiência obtida no desenvolvimento e operação tanto das redes de computadores quanto das redes de
telecomunicações.

Esse conceito de convergência é o que conhecemos hoje como "internetwork", um conjunto de dispositivos e
procedimentos que viabilizam a interconexão de redes individuais, formando redes de maiores capacidades,
fortemente baseadas no emprego de computadores e seus recursos de controle, aliadas ao emprego das
técnicas de chaveamento de pacotes e transmissão de dados dos sistemas de telecomunicações, sendo,
portanto, uma combinação de ambas as tecnologias.

O maior símbolo conhecido desse conceito de convergência é a Internet que temos hoje em nossas casas, no
trabalho, nas ruas.

Finalizando...

Um dos atuais desafios dos sistemas de comunicação ainda é a interconexão dos variados sistemas de
informação.

Na prática ainda existem muitas redes de naturezas diferentes, com novos serviços surgindo a cada dia e usando
protocolos diferentes que, obviamente, necessitam ser interligadas. Possibilitar essa comunicação utilizando a
infra-estrutura de comunicação existente para prover o intercâmbio desses usuários, proporcionando a todos um
suporte eficiente para a comunicação entre tecnologias distintas, com diferentes tipos de mídias e velocidades
variadas é um dos objetivos que se quer alcançar coma convergência das tecnologias de redes.

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Com certeza, essa evolução das redes de computadores e de telecomunicações é um caminho sem volta que
nos levará a total convergência entre as tecnologias, padrões, dispositivos e aplicações para redes de
comunicação, presentes e futuras.

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