Resumo Crítico sobre “A dialética e o caos nas organizações – versão em

português”

O artigo “A dialética e o caos nas organizações” aborda a questão da desordem e formalidade

da gestão nas empresas. Segundo o artigo, as organizações estão sob influência de um ambiente

misto entre dinâmico não-linear e formal.

Desta forma, a gestão das organizações, na prática, baseia-se em decisões que funcionaram

anteriormente e seus resultados são imprevisíveis e incontroláveis em longo prazo, ou seja, nem

sempre a base em modelos tradicionais de gestão traz os resultados esperados na prática. As

organizações estão sujeitas a fatores internos e externos e são muito sensíveis a mudanças

ambientais trazendo como conseqüência situações caóticas e complexas, que exigem decisões

menos formais e mais dinâmicas e estas situações de caos geram uma desordem que futuramente

transforma-se em uma nova ordem para se seguir, ou seja, significa inovar. Depreende-se do artigo

que as empresas devem ser vistas como os sistemas não-lineares, os quais apresentam como

principais características o dinamismo, a complexidade e imprevisibilidade, ou seja, é impossível

prever o que pode acontecer nas organizações interna e externamente.

Para sustentar as idéias apresentadas no texto são citados casos de sucesso, como por

exemplo, a empresa BSN que inicialmente atuava no ramo de vidros e sob a gestão de Riboud

Antoine transformou-se em uma grande empresa mundial alimentícia. O resultado foi conseqüência

de oportunidades que surgiram do acaso e decisões tomadas intuitivamente e por conveniência.

O artigo apresenta a introdução, o desenvolvimento de idéias através de casos que

sustentam as afirmações feitas na introdução e a conclusão, em que o autor relata que em geral o

sucesso da administração nas empresas não se baseia em uma ordem e planificação, mas, na

prática baseia-se em experiências anteriores próprias devido a um ambiente que apresenta

mudanças constantes e alta complexidade.

 Porém, nem sempre decisões como a de Riboud Antoine podem trazer resultados positivos,

podemos perceber isto no caso de Jack Nicklaus1, que deixou os negócios que não se relacionavam

ao golfe e passou a se dedicar àqueles que se relacionavam. Como não conhecia a fundo o mercado

em que estava atuando, a decisão trouxe conseqüências negativas e Jack Nicklaus precisou voltar a

se concentrar em atividades que conhecia profundamente.

Em geral as empresas necessitam de um planejamento estratégico, pois, caso contrário pode

haver desordens indesejáveis e situações que fogem ao controle. De acordo com o site da

DECNEWS2, uma pesquisa realizada pelo SEBRAE revelou que a falta de planejamento estratégico é

uma das principais causas de falências de micro e pequenas empresas no Brasil, pois, os

empresários desconhecem o próprio empreendimento, tomam decisões sem conhecimentos da

realidade da empresa e alguns consideram o planejamento uma ferramenta desnecessária.

Desta forma, pode-se concluir que em um mundo globalizado, altamente competitivo e

sensível a mudanças, as empresas precisam atuar como em um jogo de xadrez, devem estar

preparadas para as próximas jogadas do adversário. Sendo assim, a questão do caos organizacional

pode ser vista como algo que apenas complementa os métodos tradicionais de gestão.

1
MEGGINSON Leon C.; MOSLEY Donald C.; PIETRI JR Paul H. Administração – Conceitos e Aplicações.
São Paulo: 4º Edição, Editora Harbra, 1998, p. 9.
2
Disponível em http://www.decnews.com.br/distribuidor-cosmeticos/9/artigo157271-1.asp. Acesso em
01/10/2010.