MANUAL
DE
SAÚDE BUCAL
Londrina
2009
MANUAL DE SAÚDE BUCAL
PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA
Prefeito
Homero Barbosa Neto
Secretário
Agajan A. Der Bedrossian
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretora
Marly Scamdelai Coronado
Diretora
Bruna Maria Rocha Petrillo
Gerência de Odontologia
Oswaldo Pires Carneiro Júnior
Produção, distribuição e informações:
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE LONDRINA
Superintendência Municipal: Agajan A. Der Bedrossian
Diretoria Executiva: Marly Scamdelai Coronado
Diretoria de Ações em Saúde: Bruna Maria Rocha Petrillo
Endereço
Rua Jorge Casoni, 2350
CEP: 86010-250
Telefone: (43) 3376-1800
FAX: (43) 3376-1804
Email: odonto@asms.londrina.pr.gov.br
Site: www.londrina.pr.gov.br/saude
1ª Edição 2009
ISBN
Revisão
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Impressão
Gráfica Progressiva – Curitiba – Paraná
Direitos Reservados
Nenhuma parte pode ser duplicada ou reproduzida sem expressa autorização da Autarquia Municipal de Saúde de Londrina
Vários colaboradores.
Bibliografia.
ISBN
1. Saúde Bucal – Manual. 2. Saúde Coletiva – Londrina. I. Alvanhan, Domingos. II. Gonini, Cristiane de Andrade Janene.
III. Título.
Manual de Saúde Bucal
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Coordenadores
1ª edição
Autarquia Municipal de Saúde de Londrina
Autores
Lia Ogawa
Cirurgiã-Dentista da AMS - Especialista
em Endodontia e em Saúde Coletiva.
Validação interna
Validação externa
1.1 – Introdução 23
1.1 - Programa Infanto-juvenil e Gestante 23
1.3 - Saúde Bucal no Programa Saúde da Família (SB/PSF) 29
Apêndices 534
Anexo 547
Prefácio
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
CAPÍTULO 1
ATENÇÃO ODONTOLÓGICA EM LONDRINA
23
1. ATENÇÃO ODONTOLÓGICA EM LONDRINA
INTRODUÇÃO
1.2.1.1 Agendamento 1
• Horário
1
O horário de agendamento dos bebês pode ser flexível, de acordo com a realidade local.
26
b) Clínica sem TSB
Número de agendados nessa modalidade: 10 pacientes, sendo:
• Bebês: 3 pacientes
• Crianças e adolescentes
o Com procedimentos restauradores ou cirúrgicos: 3 pacientes
o Sem procedimentos restauradores ou cirúrgicos: 3 pacientes
• Gestantes: 1 paciente, com horário marcado ou reservar um período
da semana para atendimento das mesmas, agendando 5 pacientes
• Urgências
1.2.1.2 Atrasos
A tolerância máxima será de 20 minutos. Após este tempo agendar novo horário.
Deve-se levar em consideração o motivo do atraso e se a equipe tem
disponibilidade de tempo para realizar o atendimento, apesar do atraso.
• Durante o tratamento
• No retorno de manutenção
O usuário que não retornar no mês determinado para a manutenção, terá prazo
máximo de um ano para novo agendamento, a contar do mês previsto para o retorno. Caso
contrário, será excluído do atendimento, ficando condicionada nova entrada no programa à
abertura de vaga.
Exemplo: Retorno para março de 2009. Prazo máximo de agendamento: Março de
2010.
Gestantes:
Reportar-se ao Capítulo 4, item 4.1.9.
1.2.1.5 Transferência
É considerada urgência
• Dor aguda intensa, geralmente advinda de processo infeccioso ou inflamatório
agudo (abscesso dentoalveolar, pulpites, pericoronarites, entre outros)
• Trauma (dentário, ósseo, de tecidos moles ou ATM)
• Hemorragias
• Situações que incapacitem o usuário para a realização de suas atividades diárias
Considerações
a. Avaliação de Risco
2
Presença de mancha branca ativa ou cavidades de cárie ativas na dentição decídua ou
permanente. Para maiores informações reportar-se ao Capítulo 2.
32
concretize são imprescindíveis as informações fornecidas pelo ACS, a análise de dados da
Ficha A do usuário e a realização de Visita Domiciliar (VD).
Antes de iniciar os trabalhos, a ESF e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família
(NASF) deverão passar por capacitação sobre o processo de trabalho da SB/PSF e como
identificar e encaminhar os usuários/famílias prioritários para atenção odontológica. A ESB
deve entrar em acordo com a coordenação da USF sobre a melhor forma de se fazer esta
capacitação, podendo-se utilizar as reuniões mensais da USF, as reuniões de equipe do
PSF ou outras formas a serem propostas.
Conforme será descrito no item 1.3.2.3, a ESB deverá reservar no mínimo 4 horas
semanais (ou um período por semana) para Atividades Extraclínicas (AEC), como Avaliação
de Risco, Visita Domiciliar, entre outras. Sugere-se que no início do período reservado para
as AEC(s) seja realizada a avaliação das Fichas A com o ACS da microárea em questão.
Como proceder?
• Solicitar ao ACS de uma das microáreas que separe com antecedência em média 5
Fichas A de usuários que se encaixem nos critérios de prioridade para análise
• De posse da Ficha A, a ESB e o ACS avaliam o Risco Biológico (RB) e Risco Social
(RS) de cada usuário, aferindo notas, conforme os critérios a seguir. Para facilitar esta
tarefa, foi desenvolvida a Ficha de Avaliação de Risco (Apêndice B) que deve ser
parcialmente preenchida neste momento
• Após a avaliação dos usuários pré-selecionados, solicitar ao ACS que agende a VD
• No dia da VD, a ESB e o ACS, tendo em mãos a Ficha de Avaliação de Risco, devem
checar as notas previamente aferidas a RB e RS, ratificando ou retificando os dados
conforme a situação encontrada
• Em seguida, avaliar as Necessidades Bucais (NB) de cada indivíduo presente na
residência, atribuindo nota para este item. Nesta tarefa, realizar exame bucal utilizando
espátula de madeira e luz natural
• Ao final do período, deve-se calcular a nota do usuário/família
• Elaborar uma lista de usuários/famílias a serem convocados para o atendimento, em
ordem decrescente de notas
• Sempre que possível abranger não só o indivíduo afetado, mas sim toda a sua família
• Crianças entre 3 e 14 anos, pertencentes a famílias priorizadas através da Avaliação de
Risco, deverão ser preferencialmente incluídas no atendimento odontológico
33
Considerações
a. Renda Familiar per Capita: Calcula-se dividindo a renda total da família pelo número de
moradores da residência. Famílias com renda per capita inferior a 1/2 do salário mínimo
vigente no país são classificadas como abaixo da linha de pobreza
3
Tabagismo, alcoolismo e demais dependências químicas são condições que podem aumentar a incidência de doenças
crônicas e bucais.
35
d. Moradia em áreas de risco: Fundo de vales, regiões sujeitas a enchentes, acúmulo de
lixo, áreas de encosta, assentamentos, etc.
i. Trabalho infantil
j. Pessoa com incapacidade funcional para realizar atividades da vida diária sem cuidador
Considerações
4
Classificação das mobilidades dentárias:
Grau I – Mobilidade leve, até 1mm de deslocamento vestíbulo-lingual.
Grau II – Mobilidade moderada, até 2mm de deslocamento vestíbulo-lingual.
Grau III – Mobilidade severa, mobilidade > 2mm em todas as direções (vestíbulo-lingual , mésio-distal e vertical).
37
• Pacientes que têm RS e RB elevados, mas que necessitem de apenas um procedimento
que possa ser realizado em uma sessão, poderão ser encaixados imediatamente para
tratamento. Porém, caso os demais membros da família sejam incluídos no tratamento,
os mesmos terão de aguardar a ordem de chamada
• Lesões de boca com mais de 15 dias sem cicatrização devem ser encaminhadas para
avaliação na clínica odontológica imediatamente e se necessário encaminhar o paciente
para consulta especializada em Semiologia na UEL, avaliação com especialista em
Cirurgia no CEO (seguindo os critérios de encaminhamento descritos no Capítulo 5, item
5.4) ou avaliação no Instituto do Câncer de Londrina (ICL)
• Pacientes que necessitem apenas de prótese total poderão ser incluídos diretamente em
lista de espera para o CEO na especialidade de Prótese, seguindo os critérios de
encaminhamento descritos no Capítulo 5, item 5.4
• O interesse do usuário em receber o tratamento odontológico deverá ser levado em
consideração. É importante não confundir “medo de Dentista” com desinteresse. Caso
haja a recusa ao tratamento, o usuário deverá assinar a recusa ao tratamento
odontológico constante da Ficha de Avaliação de Risco (Apêndice B)
Nota do usuário/família
A nota do usuário/família é determinada pela média aritmética dos valores dos três
itens (RB+RS+NB ÷ 3). Para o cálculo da nota da família, adotar a nota mais alta
encontrada nos itens Risco Biológico (RB) e Necessidade Bucal (NB), acrescidas da nota
aferida ao Risco Social (RS), dividindo a somatória por 3.
Critérios de desempate
Caso haja empate entre usuários/famílias, utilizar os seguintes critérios:
1º - Considerar a maior nota de Necessidades Bucais apresentada
2º - Considerar a maior nota de Risco Biológico
3°- Considerar o indivíduo/família com maior interesse pelo atendimento
odontológico
4º - Família com maior número de crianças até 14 anos
5º - Famílias com maior Risco Social
38
Fluxograma 1 - Acesso dos usuários/famílias prioritários
USUÁRIO/FAMÍLIA PRIORITÁRIO
ANÁLISE DA FICHA
“A”
VISITA DOMICILIAR
(AVALIAÇÃO DE RISCO)
DETERMINAÇÃO DA PRIORIDADE
PARA TRATAMENTO
Vantagens Desvantagens
• Usuários não necessitam chegar antes • Usuário não tem garantia de atendimento
do horário programado para garantir a no dia do comparecimento, pois somente
vaga os casos mais graves serão atendidos
Considerações
Vantagens Desvantagens
Modalidades de VD
Como proceder?
Procedimentos básicos
Consideração
• À puérpera: Tem por objetivo principal fornecer as primeiras orientações para a saúde
bucal do recém-nascido e reafirmar a importância do aleitamento materno exclusivo para
o desenvolvimento harmônico da musculatura orofacial, além dos benefícios
odontológicos, como menor incidência de cárie dental e de hábitos deletérios (chupetas
e sucção de dedos). Essa visita poderá ocorrer em conjunto com a ESF e/ou NASF e ser
realizada por qualquer membro da ESB, devidamente treinado. Sempre que possível,
preencher a ficha clínica odontológica com o cadastramento do bebê, evitando-se,
assim, a ida da mãe até a USF, dispensando-a da reunião inicial para o atendimento do
bebê. A mãe deverá ser orientada a procurar a clínica odontológica para o agendamento
do bebê, conforme avaliação da ESB. Nas USF onde ocorre atendimento pelo SB/PSF e
programa infanto-juvenil e gestante, essa atividade deverá ser desenvolvida pelo
programa infanto-juvenil e gestante
43
Reuniões de equipe
Considerações
Prontuário
Adotar o prontuário único da USF a fim de, entre outros, facilitar o acesso a dados
sobre a saúde geral do usuário. Nas USF onde não seja possível utilizar o prontuário único,
recomenda-se que na primeira consulta odontológica anotem-se no prontuário odontológico
os principais problemas de saúde do usuário como também as medicações utilizadas pelo
mesmo. Nos retornos de manutenção proceder a atualização dessas informações.
Na primeira consulta, registrar a entrada do usuário no programa, adotando-se,
para isso, um livro de registro, até que esteja disponível o prontuário eletrônico. Contemplar,
no mínimo, as seguintes informações:
• Data de entrada no programa
• Nome completo do usuário
• Número de Identificação do Paciente (ID)
• Outras informações que a ESB julgar pertinentes
Preencher a anamnese e exame clínico odontológico constantes na Ficha Clínica
Odontológica (Apêndice D).
Impressos
Agendamento
• Pacientes prioritários:
o Atendimento exclusivo a adultos: Horário marcado, reservando-se de
30 a 40 minutos para cada paciente, totalizando 5 a 6 atendimentos
por período
47
o Atendimento a todas as faixas etárias, na proporção de 50% para
adultos e 50% para crianças: Horário marcado, reservando 20 a 30
minutos para cada paciente, totalizando, no mínimo, 7 atendimentos
por período
Retorno de manutenção
Atrasos
A tolerância máxima será de 10 minutos. Após este tempo agendar novo horário.
Faltas Justificadas
• Pacientes motivados
• Pacientes com RB elevado
A • Gestantes
• Pacientes em que os elementos anteriores estejam mais
afetados
• Idade do paciente
Periodontia
BIBLIOGRAFIA
SÃO PAULO. Secretaria Municipal da Saúde. Crescendo e vivendo com saúde bucal.
2006. Disponível em
<http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/saude/bucal/0007/nascendo_cresc_viv
.pdf>. Acesso em: 29 junho 2007.
53
CAPÍTULO 2
PRINCIPAIS PATOLOGIAS BUCAIS
55
OBS: As ações coletivas podem ser realizadas por membros da equipe de saúde
bucal, de preferência de nível técnico ou auxiliar, sob supervisão do CD.
• Diagnóstico
o Identificação dos fatores ou indicadores de risco de cárie
o Avaliação da atividade da doença cárie
• Tratamento
o Educativo/preventivo
o Reabilitador
o Manutenção
2.1.4.1 Diagnóstico
6
De acordo com o MS, para se instituir a aplicação tópica de flúor de forma coletiva e universal deve ser
constatada uma ou mais das seguintes situações:
• Exposição à água de abastecimento sem flúor ou com teores abaixo de 0,4 ppmF
• CPOD médio maior que 3 aos 12 anos de idade
• Menos de 30% dos indivíduos livres de cárie aos 12 anos de idade
58
grau de necessidade de intervenções terapêuticas para cada indivíduo. Esta avaliação deve
ser repetida em sucessivos intervalos, pois o risco de cárie é dinâmico.
Informações coletadas durante a anamnese podem auxiliar na identificação de
indicadores do risco de cárie, como:
• História médica
• Hábitos
o Dieta
Frequência de ingestão de carboidratos rapidamente fermentáveis
entre as refeições (salgadinhos, bolachas, café adoçado, refrigerante,
balas, chicletes, pirulito, etc.)
Consistência dos alimentos ingeridos
Consumo de líquidos com potencial cariogênico durante o sono
7
A maioria dos antibacterianos (antibióticos) analisados em uma pesquisa nacional apresentou altas
concentrações de sacarose e valores de pH abaixo de 5,5 (pH crítico, ou seja, valor abaixo do qual ocorre
desmineralização do esmalte dentário, com perda de Cálcio e Fosfato para a saliva). Pastilhas para tosse
também podem conter grande quantidade de sacarose. Verificar o uso prolongado das mesmas.
.
59
• Acesso e uso de flúor
o Água fluorada
o Dentifrício fluorado
o Soluções fluoradas
• Transmissibilidade
o Presença de cárie na família, principalmente mãe e irmãos ou cuidador
Avaliação clínica
Presente em
Inflamação gengival (sangramento) Ausente Presente em até mais de quatro
quatro dentes dentes
Considerações
8
Patologias que interfiram em fatores como fluxo salivar, capacidade de realização de higiene bucal,
levem à adoção de dieta pastosa e cariogênica, uso prolongado de medicamentos que interfiram no
fluxo salivar ou contenham sacarose, glicose, etc . Ex: Mal de Parkinson, Doença de Alzheimer,
sequelados de AVC, Artrite Reumatoide, Síndrome de Sjogren, Lúpus eritematoso, Sarcoidose,
depressão crônica severa, presença de deficência física ou mental, etc.
9
Vulnerabilidade e privação social: desemprego ou subemprego, congestionamento familiar (relação
morador/cômodo > 1), pais solteiros, pais adolescentes, mãe ou cuidador analfabeto, residência em
assentamento, idosos que moram sozinhos, portadores de doenças crônicas limitantes, famílias
dependentes de benefícios governamentais, etc
10
No caso de crianças, verificar se a escovação é realizada com supervisão dos pais.
11
Restaurada provisoriamente com material que apresente boa adaptação marginal, sem sinais de
infiltração ou atividade da lesão ou restaurada definitivamente.
12
Hipocalcificação, Hipoplasia, sulcos e fissuras profundos nos molares, etc.
61
• Após o preenchimento da tabela, a classificação quanto ao risco será
determinada pelo maior risco assinalado, podendo-se levar em consideração
outros critérios não sinalizados na tabela.
Cárie coronária
Ativa Inativa
• Opaca • Brilhante
• Superfície rugosa, corroída, como giz • Superfície lisa ao exame tátil
• Branca • Pigmentada
• Perto da margem gengival, geralmente • Geralmente longe da margem
coberta por biofilme dental gengival
• Lesão em dentina
• Lesões ativas em estágio inicial apresentam-se amolecidas, cobertas por biofilme dental,
coloração amarelada ou marrom clara
• Lesões ativas de progressão lenta têm consistência coriácea, coloração mais escura,
marrom ou preta, cavitadas ou não
• Lesões paralisadas apresentam coloração marrom escura ou preta, endurecidas,
superfície brilhante, polida, livre de biofilme e, quando cavitadas, suas margens são bem
definidas
• As lesões próximas à gengiva geralmente apresentam mais atividade do que as que se
situam distantes da mesma. Nas proximais, as lesões radiculares têm maior atividade do
que na vestibular e na lingual
2.1.4.2 Tratamento
• Monitorar dieta e higiene bucal, inclusive uso do fio dental • Monitorar dieta e higiene bucal, inclusive uso do fio dental
• Selantes: Seguir orientações constantes no Capítulo 6 • Selantes: Seguir orientações constantes no Capítulo 6
Baixo • Flúor: Seguir orientações constantes no Capítulo 6 • Flúor: Seguir orientações constantes no Capítulo 6
13 15
• Retorno de manutenção • Retorno de manutenção
14
o 3 a 6 anos – 18 meses
o 6 a 12 anos – 12 meses14
o 13 a 19 anos – 12 a 18 meses14
• Instituir controle de dieta e higiene bucal, inclusive uso do fio dental • Instituir controle de dieta e higiene bucal, inclusive uso do fio dental
• Selantes: Seguir orientações constantes no Capítulo 6 • Selantes: Seguir orientações constantes no Capítulo 6
Médio • Flúor: Seguir orientações constantes no Capítulo 6 • Flúor: Seguir orientações constantes no Capítulo 6
13 15
• Retorno de manutenção • Retorno de manutenção
14
o 3 a 6 anos – 12 meses
14
o 6 a 12 anos – 12 meses
14
o 13 a 19 anos – 12 meses
• Controle rigoroso de dieta e do biofilme dental através de escovação dentária • Controle rigoroso de dieta e do biofilme dental através de escovação
e uso do fio dental dentária e uso do fio dental
• Prevenir a transmissibilidade de cárie mãe/cuidador • Prevenir a transmissibilidade de cárie mãe/cuidador
• Escavação em massa com repleção das cavidades de cárie com ionômero de • Escavação em massa com repleção das cavidades de cárie com ionômero
vidro de vidro
Alto • Selantes: Seguir orientações constantes no Capítulo 6 • Selantes: Seguir orientações constantes no Capítulo 6
• Flúor: Seguir orientações constantes no Capítulo 6 • Flúor: Seguir orientações constantes no Capítulo 6
13 15
• Retorno de manutenção : • Retorno de manutenção
14
o 3 a 6 anos – 6 meses
14
o 6 a 12 anos – 9 a 12 meses
14
o 13 a 19 anos – 12 meses
Quadro 10 -Tratamento de acordo com o risco de cárie
13
Retorno de manutenção – a cada retorno reavaliar o risco/atividade de cárie do paciente.
14
Em indivíduos que se encontrem em fase de erupção dentária, o tempo para retorno de manutenção poderá ser determinado pelo CD levando-se em
consideração a necessidade de aplicação de selantes.
15
O retorno de manutenção deverá estar condicionado à presença de patologia crônica de maior gravidade (Ex: Diabetes Mellitus, transplantados,
insuficiências renal e/ou hepática, imunodeprimidos, etc) e outras situações de risco, após avaliação profissional da necessidade de retorno
periódico.
65
Identificação de risco de
cárie
Identificação de atividade
da doença cárie
Dentística, exodontia,
tratamento básico
periodontal, etc.
Encaminhamento à
especialidade, quando
necessário
Domingos Alvanhan
Wagner José Silva Ursi
Cristiane de Andrade Janene Gonini
INTRODUÇÃO
Considerações
• Nem toda gengivite progride para periodontite, mas a periodontite inicia-se de uma
gengivite, destacando-se a importância do diagnóstico precoce da doença
• A periodontite não é mais considerada apenas como de evolução lenta e contínua,
mas pode ter padrões variáveis de progressão, demonstrando a influência do poder
de resposta do hospedeiro frente à agressão bacteriana
• A periodontite tem sido apontada como possível fator de risco para outras alterações
sistêmicas como doenças coronarianas e respiratórias, nascimento de bebês
prematuros de baixo peso, dificuldade de controle metabólico do Diabetes Mellitus,
etc.
• O controle de biofilme dental é essencial na prevenção e no tratamento da grande
maioria das doenças periodontais
2.2.3.1 Gengivite
Características clínicas
Fatores coadjuvantes
2.2.3.2 Periodontite
Características clínicas
• Gengival
16
Na classificação da AMERICAN ACADEMY OF PERIODONTOLOGY (1999) , a Periodontite de
Estabelecimento Precoce, inclusive a Periodontite Juvenil, é denominada Periodontite Agressiva.
73
• Periodontal
• Pericoronários
o Retração gengival
o Falta de gengiva queratinizada
o Vestíbulo raso
o Freio anormal
o Crescimento gengival
o Cor anormal
• Trauma oclusal
• Doença gengival
• Periodontite
Tratamento
Considerações
Estratégias
Ações
17
Numa ação conjunta e intersetorial entre saúde e educação, pode-se estimular a escola a adotar
uma série de ações que estimulem o aprendizado e que despertem a consciência sanitária dos
alunos, como: Elaboração de calendário organizado prevendo programas contínuos para controle de
biofilme, eventos como semana da saúde bucal, pelotão da higiene, inclusão da saúde bucal no
currículo escolar.
78
2.2.5.1 Gengivite
3ª ETAPA – Tratamento
2.2.5.2 Periodontite
Avaliar:
3ª ETAPA – Tratamento
OBS: A alta clínica deve ser dada ao usuário com ausência de sinais de atividade
de doença e com controle do biofilme adequado
Identificação da atividade da
doença periodontal
Dentística, exodontia,
tratamento básico
periodontal
Encaminhamento à
especialidade, se
necessário
Introdução
• Tabagismo
• Etilismo
• Idade
É menos frequente o aparecimento dessa doença antes dos 45 anos, após essa
idade a sua frequência aumenta, principalmente em fumantes.
• Sexo
• Exposições ocupacionais
Exposição frequente à luz solar, acometendo o lábio inferior. Afeta pessoas que
trabalham em ambiente externo como agricultores, trabalhadores da construção civil,
carteiros, agentes de saúde, estivadores, portuários, etc. A maneira de prevenir é evitar o
sol entre as 10:00 e 16:00 horas. É importante o hábito de proteger com filtro solar ou uso
de chapéu.
Algumas atividades industriais submetem operários à exposição a substâncias
químicas consideradas carcinogênicas. Trabalhadores de oficinas mecânicas podem
apresentar risco mais elevado de câncer bucal e de orofaringe.
o Má higiene bucal
o Hábitos alimentares inadequados, desnutrição e imunodepressão
o Portadores de próteses mal adaptadas ou outra irritação crônica da mucosa
bucal
o Consumo excessivo e prolongado de bebidas quentes como o chimarrão
o Predisposição genética
85
Perfil de risco
O conhecimento sobre os fatores de risco de câncer de boca orienta que este deve
ser procurado em toda população, principalmente nos indivíduos que apresentem exposição
a um ou mais fatores. Resumidamente, esses indivíduos enquadram-se no seguinte perfil:
Lesões brancas
• Leucoplasia
o Placa ou mancha esbranquiçada que não pode ser removida por raspagem
o Lesões isoladas ou múltiplas
o Geralmente indolor
o Mais frequente entre homens com mais de 50 anos (70% dos casos), fumantes
(80% dos casos)
o Localização mais frequente: Bordas e face ventral da língua, soalho da boca e
mucosa jugal
o O diagnóstivo definitivo deve ser realizado através da biópsia
o Aspecto clínico:
Lesões homogêneas: São homogeneamente esbranquiçadas, de
limites definidos e superfície lisa ou levemente irregular. Representa o
tipo mais comum de leucoplasia. Quando detectada, devem-se
afastar, sempre que possível, os fatores que possam tê-la provocado
(irritantes crônicos da mucosa)
Não homogêneas ou mosqueadas: Lesões de coloração variada
podendo apresentar-se leve ou intensamente mosqueadas
(intercaladas com pontilhado ou áreas vermelhas). Podem ainda
mostrar erosões em sua superfície e têm maior potencial de
malignização do que a forma homogênea
o Prognóstico: Depende principalmente das características histopatológicas,
aspecto clínico, localização e da idade do paciente (malignização é mais
frequente nas idades mais avançadas). Risco de malignização é maior no soalho
bucal e no ventre lingual. Ressalta-se que o aspecto histopatológico é
fundamental para o diagnóstico, tratamento e prognóstico
87
• Líquen plano
Lesões vermelhas
• Eritroplasia
Áreas Pigmentadas
• Nevos
• Carcinoma epidermoide
Características
• Sarcomas
• Melanoma
O exame clínico da boca não requer instrumentos especiais e deve ser realizado
em todos os indivíduos, sobretudo nos considerados de risco para o câncer bucal, com a
finalidade de se descobrirem lesões precursoras do câncer ou lesões malignas em suas
fases iniciais.
• Sequência
A inspeção das estruturas da cavidade bucal tem por objetivo observar o volume ou
o contorno das mesmas, cor e a textura da mucosa de revestimento, em busca de
anormalidades como as já descritas.
92
Inspeção geral
Inspeção da boca
Após a inspeção dos lábios e da cavidade bucal, deve-se proceder à sua palpação,
a fim de que se definam melhor as características de consistência, sensibilidade, limites,
mobilidade e textura da superfície das áreas.
o Usando luva, palpar os lábios em suas faces externa e interna, assim como a
mucosa jugal de ambos os lados
o Depois, uma mão traciona a língua pela ponta, envolvida em gaze ou lenço de
papel, e o dedo indicador da outra mão a palpa em toda a sua extensão,
especialmente a sua base
o Com os dedos indicadores (um dentro e o outro fora da boca), buscar
anormalidade nos tecidos moles do soalho bucal, nas glândulas salivares
submandibulares, e no contorno da mandíbula
o Com o indivíduo mantendo a boca totalmente aberta e a cabeça inclinada para
trás, palpar o palato duro. Depois, com o indivíduo mantendo a boca fechada,
palpar os linfonodos submandibulares e submentonianos
Palpação do pescoço
Técnica
• Lavar a boca, remover próteses
• Observar a pele do rosto e pescoço
• Puxar com os dedos o lábio inferior para baixo, expondo sua parte interna.
Palpar. Fazer o mesmo com lábio superior
• Com a ponta do indicador, afastar a bochecha e examinar sua parte interna
• Fazer isto dos dois lados
94
• Colocar indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do
queixo e palpar
• Inclinar a cabeça e dizer ÁÁÁÁÁ...
• Pôr a língua para fora e observá-la toda
• Esticar a língua com um pedaço de pano e palpar
• Examinar o pescoço, comparar os lados
• Colocar polegar embaixo do queixo e palpar todo o contorno
O que procurar
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Classificação dos tumores malignos:
T – Tumor – extensão
N – Nódulos ou gânglios linfáticos
M - Metástase
95
Profissionais
Ações possivelmente Locais
envolvidos
• > 40 anos
• Sexo masculino
• Tabagistas crônicos
• Etilistas crônicos
• Má higiene bucal
• Desnutridos e imunodeprimidos
• Portadores de próteses mal ajustadas
• Consumo excessivo e prolongado de chimarrão
Não Sim
Referência para
especialidade
CEO
Semiologia UEL
FEATHERSTONE, J.D.B et al. Caries risk assesment in practice for age 6 through adult.
CDA Journal, v. 35, n. 10, p. 70313, October, 2007. Disponível em:
<http://www.cdafoundation.org/library/docs/jour1007/featherstone.pdf>. Acesso em: 25
agosto 2008.
KAHN, M A. Oral cancer and other pathologic lesions of the geriatric patient. Tufts
University Open Courseware. 2007. Disponível em
<http://ocw.tufts.edu/data/18/302929.pdf.> Acesso em: 10 junho 2008.
NARVAI P.C. et al. Cárie dentária no Brasil: declínio, iniquidade e exclusão social. Rev
Panam Salud Publica, v.19, n. 6, p. 385–93, 2006.
SÃO PAULO. Secretaria Municipal da Saúde. Crescendo e vivendo com saúde bucal.
2006. Disponível em:
<http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/saude/bucal/0007/nascendo_
cresc_viv.pdf>. Acesso em: 29 junho 2007.
100
HEBLING, E. Prevenção das doenças periodontais. In PEREIRA, A. C (Org).
Odontologia em Saúde Coletiva. Planejando ações e promovendo saúde. Artmed,
2003.
CAPÍTULO 3
ATENÇAO ODONTOLÓGICA POR CICLO DE VIDA
103
3. ATENÇAO ODONTOLÓGICA POR CICLO DE VIDA
Objetivo
Periodicidade
Tempo de duração
Horário e local
• Introdução
o Objetivos da reunião
o Apresentação da equipe
o Rotina do programa, faixa etária de atendimento e área de abrangência
o Funcionamento da clínica: Normas, horários de agendamento,
esterilização, dinâmica de trabalho e procedimentos clínicos
o Objetivos do atendimento às crianças de 0 a 36 meses
• Amamentação
o Importância
o Benefícios
o Orientações
106
o Amamentação e desenvolvimento facial
o Período de amamentação exclusiva
o Processo de desmame
• Dentes decíduos
• Hábitos bucais
o Chupeta
o Dedo
o Mamadeira
o Possíveis relações com a maloclusão
• Doença Cárie
o O que é
o Qual a sua causa
o Quando inicia
o Sinais e sintomas: dor, mancha branca, cavidade e sua evolução
o Enfoque à cárie precoce de infância (cárie de mamadeira)
o Transmissibilidade de micro-organismos cariogênicos e como evitá-la
o Como identificar o biofilme dental visível
• Prevenção
Caso este passo tenha sido realizado na reunião educativa, desconsiderar este
tópico.
Considerações
Considerações
Risco Fatores
Compõe-se de:
• Reversão dos fatores de risco
• Aumento da resistência dentária
• Tratamento de choque
• Tratamento de manutenção clínico e caseiro
Estratégias
• Aplicação clínica de fluoreto de sódio 0,2%, verniz com flúor e/ou diamino
fluoreto de prata 30%
• Aplicação caseira de fluoreto de sódio 0,02%, pelo menos uma vez ao dia
Terapia intensiva para controle dos fatores de risco e aumento da resistência dos
dentes, através do uso de soluções de fluoreto de sódio 0,2%, verniz com flúor ou diamino
fluoreto de prata 30%.
Objetivos: Eliminar fatores geradores da cárie e aumentar a resistência de forma
rápida.
Estratégias
• Baixo risco
Procedimentos clínicos
Procedimentos caseiros
• Alto risco
Procedimentos clínicos
Consulta inicial
Tratamento de choque
Tratamento de manutenção
o Idem baixo risco, dando ênfase ao controle dos fatores geradores de cárie tais
como: Controle de ingestão de sacarose e de mamadas noturnas,
higienização, etc.
• Utilização de diamino fluoreto de prata 30% nos dentes com lesões de cárie
19
Também conhecido por ART (Atraumatic Restorative Treatment)
115
Considerações
3.1.8 Procedimentos
3.1.8.1 Caseiros
Usar ponta de tecido macio seco ou embebido em água filtrada ou fervida para
limpeza dos dentes e da boca, inclusive a língua, no mínimo 01 vez ao dia.
Após a erupção dos primeiros molares decíduos, substituir a limpeza pela
escovação dos dentes sem o uso do creme dental ou com dentifrício sem flúor.
Aplicar 4 gotas de fluoreto de sódio 0,02% em cada ponta do cotonete. Esfregar uma
ponta na arcada superior e a outra na arcada inferior, após a limpeza ou escovação.
Recomendar não ingerir nada por 30 minutos. Este procedimento deverá ser realizado pelo
menos uma vez ao dia.
O Quadro 14 resume os procedimentos caseiros voltados para as crianças de 0 a 36
meses de idade, incluindo também orientações sobre alimentação.
20
Maiores informações consultar o Guia de Orientação – Saúde Bucal nos primeiros anos de vida CRO
(Paraná), 2008, Coleção Manuais.
118
3.1.8.2 Clínicos
PROCEDIMENTOS CLÍNICOS
0 - 6 meses 6 - 12 meses 12 - 24 meses 24 - 36 meses
Procedimento Objetivo Procedimento Objetivo Procedimento Objetivo Procedimento Objetivo
Verificar: Verificar: • Exame Verificar: Verificar:
• Dentes natais e • Erupção clínico • Erupção • Erupção
• Exame neonatais • Exame clínico • Oclusão • Usar macri • Oclusão • Exame clínico • Oclusão
bucal • Pérolas, nódulos, de rotina • Dentes ou técnica • Dentes • Usar macri, • Dentes
• Usar macri cistos • Usar macri ou • Tecidos moles joelho a • Tecidos moles cadeira • Tecidos moles
ou técnica • Doenças de boca técnica joelho • Formação de biofilme joelho • Formação de odontológica ou • Formação de
joelho a • Tumores a joelho dental biofilme dental técnica joelho a biofilme dental
joelho • Anomalias congênitas, • Cárie • Cárie joelho • Cárie
etc. • Gengivite • Gengivite • Gengivite
Diagnóstico diferencial
Alteração Localização /características Conduta e observações
• Presentes ao nascer
• Dentes mais afetados: Incisivos centrais inferiores
o Maduros: Estrutura e implantações normais • Encaminhar para exame radiográfico • Através de exame
o Imaturos: Estrutura e/ou implantação anormais • Dentes da série normal e maduros: radiográfico
Dente natal • Podem determinar lesões na base da língua (Riga-Fede) e no Preservação, lixar bordas cortantes e instituir • Diferenciar de cistos,
peito da mãe higiene e aplicação clínica e caseira de flúor nódulos e pérolas
• Da série normal (95%) ou extranumerários (5% dos casos) • Dentes extranumerários ou imaturos: • Verificar possível
Exodontia após 1ª semana de vida relacionamento com
síndromes
Dente • Aparecem dentro de 30 dias após o nascimento • Idem dente natal • Idem dente natal
Neonatal • Idem dente natal
• Remanescentes de tecido mucoso glandular • Não é necessária intervenção • Dente natal ou neonatal
• Nódulos múltiplos esbranquiçados • Involuem nos primeiros meses de vida • Abscessos de tecidos
• Firmes à palpação moles
Nódulos de • 1 a 3 mm de diâmetro; não aumentam
Bohn • Localizados principalmente nas faces vestibular e
lingual/palatina (longe da rafe palatina) do rebordo gengival
• Remanescentes de tecidos epiteliais aprisionados ao longo da • Não é necessária intervenção • Angina hérpica
rafe palatina mediana • Involuem nos primeiros meses de vida • Úlceras traumáticas
Pérolas de • Branco acinzentado
Epstein • 1 a 3 mm de diâmetro
• Presentes em 80% dos recém-nascidos
• Seu conteúdo é de remanescentes da lâmina dentária • Não é necessário intervenção • Diferenciar dos dentes
Cistos da • Localizados na crista alveolar do rebordo gengival, na região • Involuem nos primeiros meses de vida natais e neonatais pela
Lâmina mais posterior dos arcos, próximos à região do primeiro molar localização
Dentária decíduo
• Podem ser bilaterais
• Lesões granulares branco amareladas • Não é necessário intervenção • São tão evidentes que não
Granulações de • Levemente elevadas • Tendem a se acentuar com a idade se confundem com outras
Fordyce • Mais na mucosa do lábio ou bochecha enfermidades
• Nódulo mole, séssil, superfície lisa ou rugosa, da mesma cor da • Não é necessário intervenção • Abscessos dentários ou
Papila mucosa circundante periodontais
retrocanina • Localizada entre a gengiva livre e junção mucogengival • Cistos gengivais
• Na região lingual do canino inferior • Papilomas, fibromas
Quadro 16 - Manifestações Congênitas e de Desenvolvimento - Síntese
122
Diagnóstico diferencial
Alteração Localização /características Conduta e observações
• Fissuras, sulcos e pregas com profundidade
relativa • Limpeza com gaze e água oxigenada 3% diluída na proporção 1:4, de
• Sulco central longitudinal de onde partem 3 a 4 vezes ao dia
Língua inúmeros sulcos laterais com aspecto • Escovação lingual • Língua geográfica
Fissurada arboriforme • VASA 2%, aplicar com cotonete 3 a 4 vezes ao dia, em caso de
21
• Fácil acúmulo de biofilme na superfície da sensibilidade
língua
• Sensível quando inflamada
Língua • Despapilização do dorso da língua • Relativo à origem (avitaminoses
Pelada • Aspecto vermelho brilhante • Encaminhar para o médico B, discrasia sanguínea, etc)
• Áreas irregulares rosa-avermelhadas com
Lingua perdas de papilas filiformes • Limpeza com gaze e água oxigenada 3% diluída na proporção 1:4, de • Candidíase
Geográfica • Bem definidas, levemente elevadas. 3 a 4 vezes ao dia, caso esteja associada à língua saburrosa • Língua fissurada
ou • Áreas afetadas variam de um dia para o outro; • Em caso de sensibilidade, aplicar VASA 2%, 3 a 4 ao vezes ao dia • Liquen plano
Glossite mapa que muda continuamente • Orientar quanto a controle de dieta condimentada e ácida em caso de
Migratória Benigna • Pode ocorrer perda do paladar e sensibilidade sensibilidade
a cítricos e picantes
• Etiologia desconhecida, podendo ser
hereditária
• Condição benigna transitória, comum em
Língua indivíduos com baixa resistência sistêmica • Limpeza do dorso da língua com gaze e água oxigenada 3% diluída na • Língua geográfica
Saburrosa • Acúmulo de biofilme nas papilas filiformes – proporção 1:4, de 3 a 4 vezes ao dia • Candidíase
aspecto esbranquiçado ou amarelado • Escovação do dorso da língua
• Frenectomia somente nos casos abaixo relacionados:
• Freio lingual curto ou inserção do freio na o Dificuldade de amamentação no recém-nato
Anquiloglossia ponta da língua ou o Deglutição dificultada
• Freio lingual longo com inserção deltoide na o Alteração da fala
mandíbula o Alterações periodontais
• Infecção por mononucleose
• Pequenas manchas vermelhas, com 1 a 4 mm • Não requer tratamento específico • Desordens sanguíneas
Petéquias de diâmetro • Procurar estabelecer diagnóstico diferencial (púrpura trombocitopênica)
Bucais • Podem aparecer em qualquer área da mucosa • Decorrentes de vômito ou tosse
bucal, incluindo o palato • Pode indicar abuso da criança
• Cisto associado à erupção dos dentes
Hematoma decíduos ou permanentes • Pode se romper sozinho. Massagem digital ajuda a romper. • Cistos da lâmina dentária
ou • Tumefação translúcida, regular, indolor • Incisão para drenagem, somente se houver dificuldade na alimentação. • Hemangioma
Cisto de • Se ocorrer sangramento no espaço cístico, Geralmente não é preciso anestesiar
Erupção apresentará coloração negra-azulada
(hematoma)
• No recém-nascido a inserção palatina é • Acompanhamento: Diagnóstico da indicação cirúrgica após a erupção
Freio teto labial normal dos caninos permanentes
superior persistente • Nova inserção vestibular se definirá com • Cirurgia no bebê somente quando impossibilita amamentação
erupção dentária e crescimento ósseo
21
VASA 2%: 600mg de violeta de genciana, 1,5 mL de lidocaína 2% ,sem vasoconstritor, 0,5 mL de sacarina e 30 mL de água q.s.p.
123
Diagnóstico
Patologia Localização /características Conduta Diferencial e
Observações
• Limpeza da boca: Utilizar pano limpo ou gaze enrolada no
dedo, embebida em água fervida ou filtrada ou em solução de
bicarbonato de sódio (1 colher de café rasa diluída em 1 copo
de água filtrada ou fervida), 3 a 4 vezes ao dia, para a retirada
do excesso de crostas
• Uso de antifúngicos tópicos:
• Infecção oportunista principalmente por Cândida albicans o 1ª opção: Nistatina suspensão oral: (Micostatin
• Fatores que contribuem para aparecimento: Uso prolongado de 100.000 UI/mL, frasco com 50 mL). Embeber gaze • Biofilme dental
Candidíase antibióticos, imunossupressão (HIV, etc.), Diabetes Mellitus, com a solução e realizar a limpeza da boca, 3 a 4 • GEHA
Oral candidíase neonatal por contaminação no trato vaginal durante o vezes ao dia, por 7 dias a 10 dias. O excesso pode • Queimadura
(Candidose, parto normal ser deglutido
Sapinho, • A candidíase neonatal em geral não é notada nas primeiras semanas o 2ª opção: Miconazol (Daktarin® gel oral 2%, frasco
Monilíase) de vida. Bebê mostra dificuldade de mamar e irritação com 40g), após a limpeza, aplicar com gaze enrolada
• Forma mais comum em bebês: Pseudomembranosa com placas no dedo, quatro vezes ao dia, de 6 em 6 horas, por 10
brancas ou amareladas, macias, que são facilmente removidas dias
deixando a superfície vermelha e com ardência o 3ª opção: VASA 2%, 3 a 4 vezes ao dia até a cura
• Localização: Mucosa jugal, labial, língua e palato o 4ª opção: Camomila 10% em orobase, 3 a 4 vezes
• Indagar à mãe sobre presença de lesões nas suas mamas ou nas ao dia
nádegas do bebê. Neste caso, encaminhar para médico • Desinfecção de objetos contaminados: Ferver chupetas, bicos e
talheres por 5 minutos diariamente, até a cura e acondicionar
em ambiente seco e fechado
• Higiene de mamilo e aréola com água filtrada ou fervida,
utilizando gaze ou pano limpo
• Aplicar no mamilo e aréola Nistatina solução oral. Realizar
antes e após as mamadas por 07 dias em média
• Fissuras radiais profundas nas comissuras labiais que ulceram e
sangram • Tratamento é sintomático, com uma das opções abaixo:
• Crosta exsudativa • Úlcera
Queilite • Sensação de ardência e secura o Lubrificar lábios com vaselina ou manteiga de cacau herpética
Angular • Mais comum em respiradores bucais e crianças que molham o lábio o VASA 2%, 3 a 4 vezes ao dia secundária
com frequência o Antifúngico local (Nistatina) por 7 dias a 10 dias • Impetigo
• Quando se apresenta de forma recorrente, pode estar associada à o Camomila 10% em orobase, 2 vezes ao dia, por 14
carência de vitamina B12 dias
• Podem deixar cicatrizes • Em caso de recidivas, encaminhar para avaliação médica
Quadro 17 - Lesões Bucais Patologias mais Frequentes - Síntese - Continuação
125
Diagnóstico
Patologia Localização /características Conduta Diferencial
• Lesões vesículo bolhosas que se rompem formando crostas • Recomendar lavar com água e sabão
de cor âmbar ou cor de mel • Banho com permanganato de potássio (1 comprimido • Herpes
Impetigo • Localização: Face, região peribucal e lábio. Mucosa bucal para 4 litros de água), 2 a 3 vezes ao dia labial
Contagioso raramente é afetada • Aplicar antibiótico tópico, 2 a 3 vezes ao dia (neomicina • Alergia de
• Etiologia: Stafilococos áureos ou bacitracina) contato
• Podem se infectar secundariamente por Estreptococos • Casos mais graves, com lesões disseminadas: • Varicela
Encaminhamento médico • Queilite
• Orientar para separar os pertences pessoais, como: angular
Bucha de banho, sabonete, toalhas, roupas de cama,
etc.
Diagnóstico
Doenças Etiologia Manifestações clínicas Localização Diferencial Tratamento
Incubação de 7 a 10 dias
• Sinais prodrômicos22 (6 dias): Febre, mal estar, coriza,
dor nos olhos, conjuntivite, fotofobia, tosse, pequenos
nódulos no pescoço, podendo haver reação dolorosa no
abdômen
• Lesões bucais patognomônicas (manchas de Koplik): • Manchas de • Avaliação
Máculas irregulares pequenas, branco azuladas, com Koplik: Mucosa médica
centro necrótico e halo avermelhado, que surgem na jugal e conduto imediata. Podem
Sarampo Paramixovírus mucosa, na altura dos pré-molares. Aparecem nas de Stenon ocorrer
(vírus RNA) últimas 24 horas do período prodrômico (saída do ducto complicações
• Período exantemático: Piora dos sintomas, desânimo, parotídeo) como
exantema típico céfalo-caudal, que aparece atrás das pneumonia,
orelhas e na face, depois no tronco e persistem por 5 a encefalite,otites
6 dias médias,
• Período de convalescença ou descamação furfurácea – laringites,
manchas se tornam escuras e descamação fina, diarreias
lembrando farinha
• Transmissão por gotículas de saliva ou por contato com
lesões.
• Incubação de 10 a 21 dias
• Período de contágio: 2 dias antes da erupção das • Bochecha, • Estomatite • Avaliação
vesículas e até 5 dias após o aparecimento das língua, gengiva, herpética médica
mesmas palato, mucosa • Contraindicação:
Varicela Vírus Varicela – Zoster • Período prodrômico: Cefaleia, nasofaringite, anorexia e da faringe e AAS
febre, seguida de erupções máculo-papulares ou mucosa jugal
vesiculares da pele, que começam no tronco e
disseminam-se para face, membros superiores e
inferiores. Vesículas evoluem para pústulas que se
rompem e formam crostas
• Vesículas intrabucais se rompem formando úlceras
com aspecto de aftas
Quadro 18 - Lesões Bucais Relacionadas a Enfermidades Sistêmicas - Síntese
22
Sinais que antecedem a manifestação clínica da doença
127
Diagnóstico Tratamento
Doenças Etiologia Manifestações clínicas Localização Diferencial
• Pilares anteriores
• Fase aguda: Dor de garganta, disfagia, febre baixa e das fauces,
• Vírus do grupo renitente paredes Em caso de dor
Herpangina Coxsackie A e • Ulcerações com 2 a 4 mm de diâmetro que são posteriores da Herpes simples VASA 2% ou
B precedidas de vesículas não muito dolorosas faringe, mucosa aciclovir tópico
jugal, língua, às
vezes no palato
mole e duro e
orofaringe
Rubéola • Togavírus • As tonsilas se tornam edemaciadas e congestionadas. • Mucosa bucal, Avaliação médica
Podem aparecer máculas no palato tonsilas e palato
• Incubação de 2 a 3 semanas
• Sinais prodrômicos: Cefaleia, anorexia, hipertermia, • Glândulas Abscesso de Repouso, nutrição
Caxumba • Paramixovírus náuseas, vômitos e dor subauricular salivares, origem dentária adequada,
ou • Tumefação uni ou bilateral das glândulas salivares, em especialmente a avaliação médica
Parotidite geral da parótida, abertura do ducto parotídeo pode parótida
estar edemaciada
Quadro 18 - Lesões Bucais Relacionadas a Enfermidades Sistêmicas - Síntese - Continuação
128
• Concussão/Comoção
• Subluxação
• Luxação intrusiva
• Luxação extrusiva
• Luxação lateral
• Avulsão ou exarticulação
• Trinco de esmalte
• Fratura de esmalte
• Fratura de esmalte - dentina
• Fratura de esmalte - dentina - polpa
• Fratura de esmalte - dentina - cemento
• Fratura de esmalte - dentina - polpa - cemento
• Fratura de raiz
129
23
Tipo de trauma Descrição Tratamento imediato Tratamento tardio Observações
• Retorno em 15 dias
• Lesão das estruturas de • Esplintagem rígida com Com mobilidade: • Alertar responsável sobre
sustentação, com fio de aço 0,5 mm, fio de • Esplintagem rígida possibilidade de escurecimento do
afrouxamento anormal, latão ou resina por 15 a com fio de aço por 15 dente e aparecimento de abscesso
sem deslocamento do 20 dias a 20 dias
24
dente • Remoção de hábitos de • Solicitar RX • Retorno em 15 dias
• O sinal clínico comum é sucção (chupeta,
Subluxação o sangramento do sulco mamadeira, dedo) Sem mobilidade: • Controle radiográfico a cada 3 meses
gengival devido ao • Alimentação pastosa por • Observação
24
rompimento de algumas 72 horas • Solicitar RX
24
fibras do ligamento • Solicitar RX
periodontal
• Dente sensível à
percussão e às forças
oclusais
Quadro 19 - Lesões do Tecido Periodontal - Síntese
Adaptado de Boer et al, 2004.
23
Imediato - Até aproximadamente 3 a 4 horas depois de ocorrido o traumatismo.
24
Técnica de Mankopf para crianças com até 2 anos e Randoll para maiores de 2 anos
130
Tipo de
trauma Descrição Tratamento imediato Tratamento tardio Observacoes
Tipo de
trauma Descrição Tratamento imediato Tratamento tardio Observações
25
Técnica de Mankopf para crianças com até 2 anos e Randoll para maiores de 2 anos.
133
25
• Formação radicular • RX + • Alertar para a possibilidade de
Fratura de incompleta: Criança com + ou Pulpectomia + necrose pulpar (abscesso)
esmalte, – 2 anos de idade: Pulpotomia Restauração • Primeiro retorno após uma semana,
dentina e alta (com broca esférica alta com exame radiográfico para
polpa • Fratura da coroa, rotação, retira-se 2 a 3 mm da avaliação
ou comprometendo polpa + pasta Ca(OH)2 p.a + • Próximo retorno em 4 semanas
Fratura o esmalte, a CIV + restauração de resina • Controle radiográfico a cada 3 meses
complicada dentina e
da coroa estendendo-se • Formação radicular
até a polpa completa: Criança com mais
de 2 anos de idade:
Pulpectomia + restauração de
resina
25
• Solicitar RX
Quadro 20 - Lesões dos Tecidos Duros Dentários e da Polpa - Síntese - Continuação
Adaptado de Boer et al, 2004
134
segunda vertente, acredita-se haver relação evidente entre sintomas locais e sistêmicos, da
mesma forma que pode ocorrer com o parto, menstruação e a digestão, que também são
processos fisiológicos, podendo o organismo perder seu ritmo normal e manifestar
desequilíbrio local ou sistêmico.
Os dentes decíduos podem erupcionar sem nenhum sintoma, porém em pelo
menos dois terços das crianças observam-ser sinais e sintomas que podem estar
relacionados a este processo. Apesar da controvérsia, tem-se observado uma mudança de
atitude dos profissionais da área médica quanto a este assunto, no sentido de se admitir que
alguns distúrbios leves podem ocorrer.
Os sinais e sintomas mais observados durante a erupção dentária estão relatados
no Quadro 23.
• Manejo
Tratamento farmacológico
Agentes tópicos
Medicação sistêmica
Consideração
• Demanda espontânea
• Puericultura
• Vacinação
• Pediatria
• Pré-Natal Odontológico
• Visita Domiciliar
• Maternidade Municipal
Reunião inicial
Atenção individual
Manutenção Manutenção
Retorno: 3 meses Retornos mensais até a reversão do risco
Após reversão, retornos em 3 meses
143
• Audição
• Desenvolvimento da linguagem
• Órgãos fonoarticulatórios
• Respiração
• Reflexos
• O aleitamento materno exclusivo até os seis (6) meses de vida proporciona benefícios
nutricionais e imunológicos, possibilita trocas afetivas fortalecendo o vínculo entre mãe
e filho além de influenciar no desenvolvimento orofacial, fisiologia da fala, deglutição e
respiração
• Sugere-se a posição vertical do bebê, com o propósito de evitar as possibilidades de
otite lactente, favorecendo maior exercitação da musculatura orofacial e melhor
funcionamento digestivo
• Ao nascer, o bebê apresenta uma grande desproporção entre o crânio e a face,
retroposição mandibular (distância antero-posterior entre o rebordo superior e o
inferior), além de pequena altura da face. Esta disposição é fisiológica e estímulos que
vêm da amamentação, da mastigação e da respiração levarão ao desenvolvimento
normal crânio-facial do bebê
• Enquanto mama, o bebê respira pelo nariz, pois não solta o peito. A respiração nasal
favorece para que a deglutição seja feita de forma correta. Além disso, aquece o ar,
evitando instalação de doenças como a amigdalite
• O ar que entra pelo nariz favorece o crescimento do maxilar superior
146
• Para sugar o leite, o bebê é obrigado a morder, avançar e retrair a mandíbula que é
estimulada a crescer. Após 6 meses de amamentação exclusiva a diferença maxila
mandíbula pode diminuir de 8 a 12 mm para 1 mm
• Maxilares bem desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição,
diminuindo a necessidade futura de tratamento ortodôntico
• Músculos firmes ajudarão na fala
• A amamentação (ordenha) é a primeira fase da mastigação. Os músculos respondem
aos estímulos e na fase seguinte estarão prontos para mastigar. Nas duas fases
trabalham os mesmos músculos. Desta forma, a amamentação prepara a criança para
a mastigação
• Ressalta-se que no caso de mãe HIV/AIDS a amamentação está contraindicada
• A inibição da baba fisiológica deve ocorrer por volta do 15° mês. A realização de
massagens com movimentos circulares na região orofacial e intraoral pode facilitar
esta inibição
• Quando as crianças estão com sono, aborrecidas, estressadas, frustradas, de mau
humor, agitadas ou insatisfeitas após a mamada, precisam se acalmar e se satisfazer
emocionalmente, com sensações agradáveis de prazer, carinho, aconchego e
segurança. Caso a mãe perceba que o hábito de sucção de dedo está se instalando,
ela poderá ofertar a chupeta (bico ortodôntico) de tamanho compatível com a idade da
criança. No início, devido a sua imaturidade motora oral, ela terá dificuldade para
manter a chupeta na boca sozinha. Essa troca demandará tempo e paciência por parte
da mãe, que precisará segurar a chupeta por alguns minutos para que a criança
desenvolva a coordenação do ato de sucção
• A chupeta ou mamadeira pode, dependendo da frequência, duração e intensidade,
levarem a transtornos de desenvolvimento orofacial como: Instalação de respiração
bucal, mordida aberta, mordida cruzada, interposição lingual, deglutição atípica,
atresia palatal, entre outros
• No primeiro ano de vida, a sensação de fome e a necessidade de sucção ocorrem ao
mesmo tempo e o ideal seria que ambas fossem saciadas juntas. Entretanto, para
alguns bebês isto não acontece e estes acabam necessitando de sucção adicional
aumentando assim sua necessidade emocional deste ato. Então a chupeta acaba
sendo usada para satisfazer a necessidade de sucção. Desta forma, torna-se
necessário orientar os pais sobre o uso mais racional da mesma
147
• O disco em volta da chupeta para apoio dos lábios deve ser de plástico, grande o
suficiente para cobrir os lábios e parte da bochecha, evitando que a criança o coloque
dentro da boca. Deve ter dois grandes orifícios de cada lado para permitir que a pele
seja ventilada
• Não se deve ofertar a chupeta a todo instante, a qualquer sinal de choro ou
desconforto e até mesmo para acalmar a criança, pois isto pode levar ao hábito.
Limitar o seu uso ofertando-a após as mamadas, por tempo limitado, complementando
a necessidade de sucção ou para induzir o sono. Com o passar do tempo, evitar
ofertar da chupeta durante o dia, se necessário, oferecer somente na hora de dormir.
Sempre que a criança adormecer, retirar a chupeta
• Evitar pendurar a chupeta na roupa da criança para que esta não esteja disponível a
toda hora. Não amarrá-la com fita, corrente ou cordão no pescoço, sob o risco de
estrangulamento. Não amarrar fralda na argola da chupeta, pois o peso da mesma
puxará os dentes mais para fora e provocará flacidez muscular. Se possível, indicar
chupeta sem argola, que tenha somente uma saliência para pega. Evitar deixar várias
chupetas disponíveis pela casa e no berço da criança
• Remover o hábito de sucção da chupeta entre um e dois anos, devendo a mãe
começar a preparar a criança psicologicamente para isso. Evitar a retirada do hábito
em períodos desfavoráveis para a criança (criança doente, novo irmão, gravidez da
mãe, separação de familiares, etc.) Dedicar mais tempo à criança nesta fase,
principalmente na hora de dormir. A mãe poderá contar estórias, cantar, acariciar,
ajudando a criança a substituir a chupeta por outras formas de carinho
• Não mergulhar a chupeta em substâncias doces
• Desinfetar a chupeta e mamadeira diariamente, através de fervura por 5 minutos
• O bico da mamadeira deve ser ortodôntico e com tamanho adequado à idade da
criança. Não aumentar o furo (o líquido deve cair como o de um contagotas) e não
permitir que a criança englobe toda a porção de borracha com a boca. O bico precisa
ser trocado quando se apresentar melado, poroso e com alteração de coloração, para
evitar a proliferação de bactérias
• A introdução de outros alimentos deve ser iniciada a partir do 6° mês com orientação
médica e deverão obedecer as seguintes etapas de consistência: Pastosos,
semissólidos e sólidos
• O hábito de roer unhas (onicofagia) e bruxismo poderão estar ligados ao
psicoemocional (ansiedade) e a incoordenação neuromotora dos músculos da
mastigação. Esses hábitos são retirados mediante a orientação e reeducação
miofuncional
148
BIBLIOGRAFIA
ASSED, S. Odontopediatria: bases científicas para a prática clínica. São Paulo: Artes
Médicas, 2005. 1069 p.
WALTER, L.R.F., FERELLE, A., ISSAO. Odontologia para o bebê. São Paulo: Artes
Médicas, 1996. 246 p.
151
• Demanda espontânea
• Programas sociais
• Escolas /CEIs
• Encaminhamentos de outros profissionais da USF
• Indicação de usuários assistidos pela equipe de Odontologia
• Visita Domiciliar
• Bebê-Clínica da UEL
Deve ser realizado pela equipe de odontologia em todos os momentos que estiver
em contato com o usuário.
Idade Abordagem
No quadro 26 estão listados temas a serem abordados em palestras, oficinas e dinâmicas de grupo pela equipe de saúde bucal.
Assunto Detalhamento
• Alimentação balanceada: Frutas, verduras, carnes, dieta fibrosa
• Evitar:
Dieta saudável o Consumo de doces e alimentos açucarados no intervalo entre as refeições
o Uso abusivo de chicletes, bolachas, balas, etc.
Importância do estabelecimento de rotina • Horários para: Dormir, brincar, estudar, escovar os dentes
de horários para criança
• Número de dentes
Dentição decídua • Função/Importância: Mastigatória, estética, fonética, manutenção de espaço para dentes
permanentes e guia de erupção
• Número de dentes
• Período de erupção. Frisar a erupção do 1º molar em torno dos 6 -7 anos, e que o dente “nasce atrás”
sem que tenha esfoliado outro decíduo
Dentição permanente • Importância
• Problemas decorrentes de perdas dentárias (erupção contínua do antagonista, dentes vizinhos se
inclinam)
• Definição
• Formação
Cárie dentária • Transmissibilidade
• Evolução
• Consequências
• Escovações: Número diário, tipo de escova, creme dental (enfatizar cuidados para evitar sua
deglutição), crianças menores necessidade de supervisão pelo adulto
Prevenção da cárie dentária • Enfatizar a importância da higienização (escova e fio dental) antes de dormir
• Importância do uso do fio dental
• Demonstrar com macromodelo: Técnica de escovação e uso do fio dental
• Durante a ingestão de medicamentos açucarados (contêm açúcar: Xaropes, antibióticos em solução,
Cuidados adicionais com a higienização pastilhas para garganta)
• Importância do vedamento labial e da respiração nasal
Criança respiradora bucal • Se necessário, encaminhar para avaliação da fonoaudiologia, otorrinolaringologia, fisioterapia e
ortodontia
155
Assunto Detalhamento
• Selante de fóssulas e fissuras: O que é, para que serve
• Restaurações
Procedimentos realizados na USF • Exodontias
• Endodontia de dentes decíduos
• Enfatizar cuidados pós-operatórios (Exemplo: Cuidados com regiões anestesiadas)
• Ortodontia, endodontia de dentes permanentes, prótese dentária
Procedimentos não realizados na USF • Orientação sobre o CEO (especialidades e acesso)
Rotina da USF • Horários, normas para agendamentos, oferta de vagas, faltas justificadas e não justificadas
Traumas dentários e outras urgências • Condutas e procedimentos a serem adotados
Responsabilidade dos pais e • Importância do acompanhamento diário dos filhos. Trabalho conjunto: Equipe de saúde e
cuidadores na construção da saúde família
bucal dos filhos
• Definição/ Causas
• Gengivite
Doença Periodontal • O que é cálculo dental
• Evolução da doença periodontal (casos mais graves perda óssea e do elemento dentário)
• Prevenção e tratamento
• Chupeta, dedo, mamadeira, unhas
Hábitos • Estimular a criança a desenvolver outras atividades com a mão
• Consequências para a saúde
Quadro 26 - Roteiro para palestra direcionada a crianças e seus cuidadores - Continuação
156
Assunto Conduta
Identificar a origem do choro: Por medo, dor, birra, etc.
•
Choro Respeitar o temor, não proibí-lo e procurar dialogar para
•
ajudar a criança a superar os seus medos
Mentiras • Nunca engane a criança
• Diga-lhe que o CD é uma pessoa amiga, que estudou e
Visita ao Cirurgião-Dentista emprega seus conhecimentos para ajuda-la a ter saúde
bucal
• Evitar fazer promessas. O mais correto é obter a
Promessas cooperação por meio de técnicas de controle de
comportamento.
• Deixe a criança expressá-las com sinceridade, linguagem
Curiosidades clara e objetiva. Esclareça-as ou peça ajuda
Medo e temores dos • Controle-os. Jamais transfira para a criança os seus
próprios pais e cuidadores próprios temores
Confiança • Estimule a criança a confiar na equipe de saúde
• Procure não interromper os diálogos entre a equipe de
Diálogos saúde bucal e a criança
Quadro 27 - Abordagens em relação ao comportamento das crianças
concordar, a equipe não poderá obrigá-lo a sair. Nesse caso, não sendo possível
realizar o tratamento odontológico, dar ciência do fato ao mesmo, registrando no
prontuário e solicitando sua a assinatura (ciência)
• Recomenda-se que haja sempre um cuidador responsável pela criança na USF
durante os atendimentos odontológicos
• A presença do pai ou responsável pela criança muitas vezes propicia segurança e
bem estar a ela, além de favorecer a corresponsabilização pelo tratamento
Consideração
3.2.13.2 Selantes
A escovação dos dentes e a utilização do fio dental são elementos essenciais para
a remoção do biofilme dental.
• Escova dental: É o produto mais comum para a remoção do biofilme dental. A escova
macia é indicada para a maioria dos casos em odontopediatria por não causar trauma nos
tecidos gengivais e facilidade de limpeza das áreas interproximais. É preferível utilizar
uma escova de cabeça pequena e cabo um pouco mais volumoso do que para adulto. Em
média, deverá ser substituída, em média, a cada três meses. Deve promover uma
eficiente limpeza em todas as superfícies dentais, ser de fácil acesso e manuseio pelo
paciente. Escovas unitufo ou elétricas devem ser recomendadas de acordo com a
avaliação do profissional
• A técnica de escovação e o uso do fio dental devem ser indicados de acordo com a idade
do paciente e a sua habilidade manual, a partir dos 3 anos de idade. Até os 2 anos de
idade a responsabilidade pela escovação é exclusivamente dos pais
• A escovação dental e o uso do fio dental deverão ser realizados pelos pais, pelo menos
uma vez ao dia, até a idade de seis anos
• A partir dos sete anos de idade, inclusive na adolescência, os pais deverão supervisionar
a higiene bucal, complementando a escovação e o uso do fio dental nas áreas de maior
dificuldade apresentadas pela criança
161
Atenção à Criança
Tipo de atendimento
Palestras p/ crianças
e/ou cuidadores
Tipo de Tipo de
Programa Programa
Agendamento Avaliação
Agendamento conforme de risco
disponibilidade familiar
de vaga
163
Acetaminofeno (Paracetamol)
• Potência analgésica semelhante à do Ácido Acetil Salicílico (AAS), porém
não apresenta ação anti-inflamatória comprovada. É o analgésico de
Aspectos gerais eleição em odontopediatria, em razão de raramente apresentar toxicidade
em doses terapêuticas. Indicado para dores leves a moderadas
• 10 a 15 mg por peso em Kg, de 6 em 6 horas ou de 4 em 4 horas, se
Dose pediátrica necessário. Uso máximo de 5 dias e não mais que 5 aplicações por dia
Apresentação • Gotas 100 mg/mL e 200 mg/mL26, líquido em suspensão, suspensão oral
pediátrica concentrada
• Paracetamol 200 mg/mL (medicamento genérico), Dórico gotas 100
mg/mL e 200 mg/mL, Tylenol gotas 200 mg/mL, Tylenol Bebê Suspensão
Nomes comerciais Oral Concentrada (100 mg/mL), Tylenol Criança Líquido em Suspensão
(32 mg/mL)
• Gotas 200 mg/mL: 1 gota/Kg/dose até o limite de 35 gotas, de 6 em 6
horas
• Gotas 100 mg/mL: 2 gotas/Kg/dose, de 6 em 6 horas
• Suspensão oral concentrada (100 mg/mL): Acompanha seringa dosadora
Posologia por Kg de peso, de 6 em 6 horas (indicado para crianças de 0 a 3 anos)
• Líquido em suspensão (32 mg/mL ou 160 mg/5mL): Acompanha copinho
dosador, para crianças acima de 3 anos: 12 a 15 Kg (5 mL), 16 a 21 Kg
(7,5 mL), 22 a 26 Kg (10 mL), 27 a 32 Kg (12,5 mL), acima de 32 Kg (15
mL) de 6 em 6 horas
• Reação alérgica cutânea (rara), doses diárias acima de 2 g podem ser
Efeitos adversos tóxicas para fígado e rim, anemia hemolítica, icterícia, perda de apetite
• Condições que exigem cautela: Anemia, doença cardiovascular,
Contraindicações gastrintestinal ou hepática, doença renal
Quadro 29 - Informações sobre o uso de Acetominofeno para crianças
26
20 gotas correspondem a 1 mL
165
Ibuprofeno
• AINH menos tóxico, com sintomas gastrintestinais em menos de
Aspectos gerais 3% das crianças, baixa atividade antiplaquetária. Apresenta ação
analgésica em 30 minutos e pico em 1 a 2 horas
Nomes comerciais • Dalsy suspensões orais 100 mg/5 mL – Frasco com 100 e 200 mL
• Alívium gotas 50 mg/mL e 100 mg/mL
• Suspensão oral
• Dalsy (acompanha seringa dosadora)
Posologia • Alívium Gotas:
o 50 mg/mL- 2 gotas por Kg de peso corporal por dose
o 100 mg/mL – 1 gota por Kg de peso corporal por dose
Cetoprofeno
• Anti-inflamatório, analgésico e antipirético. Indicado somente para
Aspectos gerais crianças acima de 1 ano de idade
• De 1 a 6 anos – 1 mg por Kg de peso corporal a cada 6 a 8 horas
Dose pediátrica • De 7 a 11 anos – 25 mg a cada 6 a 8 horas
Apresentação
pediátrica • Solução oral com 20 mL - gotas
Nome comercial • Profenid gotas
• Acima de 1 ano: 1 gota por Kg de peso a cada 6 a 8 horas
Posologia • De 7 a 11 anos: 25 gotas a cada 6 a 8 horas
• Pode causar aftas, ulcerações ou irritação da mucosa oral.
Efeitos adversos Manifestações gastrintestinais como dor epigástrica, náuseas,
vômito, constipação, diarreia, cefaleia, vertigem, sonolência,
erupções cutâneas, crises asmáticas, etc.
• Hipersensibilidade ao AAS, úlcera gastrintestinal em evolução,
Contraindicações insuficência renal e hepatocelular grave. Pacientes em uso de
anticoagulantes
Quadro 33 - Informações sobre o uso de Cetoprofeno para crianças
• Indometacina – Indocid
• Ácido mefenâmico – Ponstan
• Fenilbutazona – Butazolidina
• Oxifenilbutazona – Tandrex
• Nimesulida – Nisulid ou Scaflan
5.2.14.3 Antimicrobianos
• Penicilinas
São bactericidas, pois inibem a síntese da parede celular. Atuam contra anaeróbios
e Estreptococos.
168
Ampicilina
Amoxicilina
• Tem espectro de ação igual ao da ampicilina, porém, com menos
efeitos adversos. É bem absorvida oralmente. É um dos
Aspectos gerais antibióticos de escolha na profilaxia da Endocardite Infecciosa por
atingir níveis séricos mais altos que a ampicilina. Pode ser
administrada com alimentos. Indicada para afecções moderadas
• 20 a 50 mg/Kg/dia a cada 8 horas, por 7 a 10 dias. A dose de
Dose pediátrica criança não deve ultrapassar aquela recomendada para adultos
Apresentação
pediátrica • Suspensão de 250 mg/5 mL
• Amoxil, Amoxifar, Amoxicilina (medicamento genérico), Hiconal,
Nomes comerciais Amoxiped, Novocilin
• 1 mL/ Kg/dia ou peso em Kg dividido por 3 = mL em cada 8 horas,
Posologia por 7 a 10 dias
• Choque anafilático, candidíase bucal, diarreia, erupção cutânea,
Efeitos adversos lesões bucais, problemas bucais, tontura, vômito
Penicilinas G – benzilpenicilinas
169
Penicilina G procaína
Penicilina G Benzatina
• Normalmente utilizada para profilaxia antibiótica nos casos em que
seja necessária (Ex: Profilaxia da Febre Reumática). Nas infecções
agudas, devido aos baixos níveis séricos atingidos, deverá estar
Aspectos gerais associada a outras penicilinas (geralmente Penicilina G Procaína)
ou substituída por outros fármacos mais eficazes. Os níveis séricos
se mantêm por 3 a 4 semanas. Administrada por via intramuscular
profunda. Em crianças e lactentes, o local de aplicação é a face
lateral da coxa
Dose • 50000 UI/ Kg, em dose única
Apresentação • Frasco/ampola para diluição com 600000 UI ou 1200000 UI
Nomes
comerciais • Benzetacil, Longacilin, Penicilina G Benzatina
• Crianças até 10 Kg – 300000 UI, em dose única
Posologia • Crianças > 10 até 30 Kg – 600000 UI, em dose única
• Crianças > 30Kg – 1200000 UI, em dose única
• Candidiase oral, choque anafilático, diarreia, dificuldades para
Efeitos adversos respirar, dor articular, dor no local da injeção, erupção cutânea,
náusea, vômito
Cefalosporinas
170
São bactericidas, pois inibem síntese da parede celular. Apresentam largo espectro
de ação. Mais indicadas para infecções consideradas graves.
Cefalexina
• Macrolídeos
171
Eritromicina
• Apresenta espectro de ação similar ao da penicilina, com adição de micro-
Aspectos gerais organismos produtores de penicilinase. Indicadas para pacientes alérgicos
a penicilinas
• Para crianças até 35 Kg, 30 a 50 mg/Kg por dia, fracionados em 3 a 4
Dose pediátrica vezes, por 7 a 10 dias. A dose máxima não deve ultrapassar 2 g por dia
Novos macrolídeos
Claritromicina
172
• 7,5 mg por Kg de peso corporal, 2 vezes por dia, até um máximo de 500
Dose pediátrica mg, por 7 a 10 dias
Apresentação
pediátrica • Suspensão pediátrica com 125 mg/5 mL e 250 mg/5 mL
Nomes comerciais • Klaricid suspensão pediátrica com 125 mg/5 mL e 250 mg/ 5mL
Posologia • 5 mg por Kg de peso corporal 2 vezes por dia, até um máximo de 500 mg
por 7 a 10 dias
Azitromicina
• Apenas uma dose diária. Semelhante à Claritomicina. Prescrita por curto
período de tempo. Baixo índice de efeitos gastrintestinais. Tem papel
Aspectos gerais importante nas infecções cutâneas e de tecidos moles. Seu uso na
odontologia ainda não é corroborado
Dose pediátrica • 10 mg/Kg, em dose única
Apresentação
pediátrica • Suspensão oral com 200 mg/5 mL (40 mg/mL)
Nomes comerciais • Zitromax suspensão oral com 200 mg/5 mL (40 mg/mL)
• 5 a 14 Kg: 10 mg/kg, 1 vez ao dia, por 3 dias
• 15 a 24 Kg: 200 mg, 1 vez ao dia, por 3 dias
Posologia • 26 a 35 Kg: 300 mg, 1 vez ao dia, por 3 dias
• 36 a 45 Kg: 400 mg, 1 vez ao dia, por 3 dias
• Acima 46 Kg: Dose de adulto
• Alterações sanguíneas, angioedema, choque alérgico, diarreia, dor
Efeitos adversos abdominal, erupção cutânea, gases, náusea, problemas hepáticos, vômito
• Insuficiência hepática, arritmias cardíacas e alergia a macrolídeos como
Contraindicações Eritromicina, Lincomicina e Clindamicina
Quadro 41 - Informações sobre o uso de Azitromicina para crianças
Consideração
comercial pediátrica
Analgésicos
Antibióticos
Consideração
Lidocaína Lidocaína
ou ou Prilocaína Articaína Bupivacaína
Droga Mepivacaína Mepivacaína 3% 4% 0,5%
2% 3% (30 mg/mL) (40 g/mL) (5 mg/mL)
(20 mg/mL) (30 mg/mL)
Dose
máxima 4,4 4,4 6,0 6,6 1,3
mg/Kg
mg/tubete 36 54 54 72 9
BIBLIOGRAFIA
176
ISSAO, M., GUEDESPINTO, A.C. Manual de odontolopediatria. 10. ed. São Paulo:
Pancast, 1999.
PINTO, V.G. Saúde Bucal Coletiva. 4 ed. São Paulo: Santos, 2000.
WALTER, L.R.F., FERELLE, A., ISSAO. Odontologia para o bebê. São Paulo: Artes
Médicas, 1996. 246 p.
3.3.1 A Adolescência
• Violência
• Problemas familiares (abandono, maus tratos, agressões)
• Depressão
• Drogas ilícitas e tabagismo
• Álcool
• Gravidez não planejada
• Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)27
• Obesidade
• Bulimia
• Anorexia
• Acidentes
• Problemas dermatológicos (acne e outros)
• Piercing
3.3.3 Abordagem
3.3.4 Acolhimento
o Expressão de sentimentos
o Opiniões
o Dúvidas
o Inseguranças
27
A equipe deve estar atenta à presença de lesões orais. Suspeitar ou diagnosticar as DSTs, haja vista a
possibilidade de prática de sexo oral, muitas vezes sem proteção.
179
Assunto Abordagem
• Riscos e malefícios do uso de drogas lícitas (álcool, tabaco e outras), drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack,
Ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, skank, chá de cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio
e outras)
• Podem causar:
o Halitose
Vida Saudável o Câncer bucal
o Manchas nos dentes (pelo fumo)
o Doença periodontal
• Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)
• Gravidez na adolescência e métodos preventivos
• Importância da atividade física
• Dieta balanceada
• Adolescência: Tendência a consumo exagerado de lanches rápidos, salgadinhos, chicletes, guloseimas e
Alimentação saudável refrigerantes sem a disciplina de higienização conquistada na infância
• Evitar excesso de refrigerantes (pode também levar à erosão dentária)
• Valorização do sorriso na estética do indivíduo: Boa aparência física
• Principais funções dos dentes: Estética, fonética, mastigação
Dentes • Enfatizar a estética: “Cartão de visita” e diferencial para o mercado de trabalho competitivo
• Período de erupção dos 3ºs molares. Reforçar a importância de cuidados com a higienização dos dentes em
erupção
Halitose • Etiologia: Fatores fisiológicos, fatores extrabucais e bucais. Reforçar a importância da higienização para evitar
acúmulo de biofilme nos dentes e saburra na língua
• Etiologia
• Medidas preventivas:
Cárie dentária o Escovação e fio dental: Ensinar técnica, explicar o uso correto do fio dental com macromodelo e/ou
outros recursos visuais disponíveis (cartazes, slides, folders, fotos). Para maiores informações,
reportar-se ao Capítulo 2
Quadro 45 - Roteiro para palestra direcionada a adolescentes e seus cuidadores
181
Assunto Abordagem
• Etiologia
Doença periodontal • Medidas preventivas (para maiores informações, reportar-se ao Capítulo 2)
3.3.6 Halitose
3.3.7.1 Gengivite
3.3.7.2 Periodontite
Atenção ao Adolescente
Tipo de atendimento
Grupos, oficinas ou
palestras
Tipo de Tipo de
Programa Programa
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde Bucal. Cadernos de Atenção Básica, n. 17. Brasília,
2006.
ELIAS, M.S. et al. A importância da saúde bucal para adolescentes de diferentes estratos
sociais do município de Ribeirão Preto. Rev. latinoam. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 9,
n. 1, p. 88-95, janeiro, 2001.
ISSAO, M., GUEDESPINTO, A.C. Manual de odontolopediatria. 10. ed. São Paulo:
Pancast, 1999.
PINTO, V.G. Saúde Bucal Coletiva. 4. ed. São Paulo, Livraria Santos Editora, 2000.
SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Nascendo e Crescendo com Saúde Bucal.
Atenção à saúde bucal da gestante e da criança. São Paulo, 2007.
187
Introdução
As ações de promoção à saúde bucal podem ser realizadas por toda equipe de
saúde bucal, dentro ou fora da USF, de forma individual ou coletiva.
Estratégias
• Abordagem familiar
• Trabalho integrado com a USF em grupos operativos (diabéticos, hipertensos,
terapia comunitária, etc), incluindo o tema saúde bucal
• Atuação em espaços de trabalho (fábricas, construção civil, estabelecimentos
comerciais, etc.) e espaços sociais (associação de moradores, sindicatos, reunião de
189
Considerações
2) Anamnese
• História odontológica
o Queixa principal
o História odontológica anterior
o Hábitos dietéticos, de higiene bucal, fumo, consumo de álcool, uso de
medicamentos, etc.
3) Exame clínico
• Avaliação extrabucal
o Face
o ATM e músculos da mastigação
o Cadeias de gânglios cervicais para se observar presença de linfonodos
aumentados
191
• Avaliação intrabucal
o Lábios e mucosa labial
o Comissura, mucosa bucal e vestíbulo
o Palato mole e duro
o Orofaringe
o Língua
o Soalho da boca
o Observar presença de
• Ulcerações ou lesões que não cicatrizam há mais de 14 dias
• Lesões brancas
• Lesões vermelhas
• Lesões brancas associadas com áreas vermelhas
o Identificar áreas de irritação crônica como próteses mal adaptadas ou
quebradas, dentes fraturados e com bordas cortantes
• Rebordo alveolar
• Periodonto
• Dentes
4) Preenchimento do odontograma
Anestésicos Locais
Observação
Avaliar a condição sistêmica e indicar o anestésico mais seguro para cada patologia
em questão, conforme descrito no Capítulo 4.
Analgésicos
Observação
Avaliar a condição sistêmica e indicar o analgésico mais seguro para cada
patologia em questão, conforme descrito no Capítulo 4.
Anti-inflamatórios
Observação
Avaliar a condição sistêmica e indicar o anti-inflamatório mais seguro para cada
patologia em questão, conforme descrito no Capítulo 4.
193
Antibióticos
Atenção ao Adulto
Acesso ao tratamento
• Acamado
• Encaminhamento pela USF
• Grupos operativos
• Urgência
• Demanda espontânea
Avaliação de Risco
Visita Domiciliar
Acolhimento na USF
Encaminhamento a
especialidades (CEO)
BIBLIOGRAFIA
SONIS, S.T; FAZZIO, R.E.C; FANG, L. Princípios e prática da medicina oral. 2. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan. 1996.
197
INTRODUÇÃO
3.5.2 Classificação
A Lei do Idoso, editada no Diário Oficial da União, em 1994, que dispõe sobre a
política Nacional do Idoso, considera idosa, para efeito de lei, a pessoa maior de sessenta
(60) anos de idade.
A OMS também considera idosos, em países em desenvolvimento, pessoas acima
de sessenta (60) anos de idade. Classifica a população na seguinte progressão:
Alterações fisiopatológicas
28
Redução da massa muscular associada com a idade
201
Alterações psicossociais
• Perda do cônjuge
• Abandono repentino do trabalho (aposentadoria)
• Mercado de trabalho excludente
• Condições financeiras, muitas vezes, desfavoráveis
• Abandono familiar, integração a um asilo
• Capacidade reduzida de manter uma dieta balanceada
• Aspecto físico externo, aparência estética comprometida
29
Esta manobra baseia-se na palpação da artéria radial após insuflação do manguito acima da
pressão sistólica. Diz-se que a manobra de Osler é positiva quando a artéria permanece palpável,
mas sem pulsações. Classicamente é considerada uma indicação de pseudo-hipertensão arterial.
Para maiores informações, reportar-se ao Protocolo de Saúde do Adulto da AMS.
202
Considerações Odontológicas
Acima dos 60 anos, aproximadamente 40% de todos os óbitos têm como causa a
doença coronariana. A hipertensão, o tabagismo, a dislipidemia (alterações no colesterol) e
o diabetes são os principais fatores de risco, atuando de forma sinergística.
30
Queda brusca da PA em 20 mmHg quando o indivíduo fica de pé. Causas: HA descontrolada,
desidratação, medicamentos (anti-hipertensivos, vasodilatadores, sedativos, antidepressivos
tricíclicos, etc.)
203
Verificar
o Lista de medicamentos
o Uso de vasoconstritores adrenérgicos
o Risco para hipotensão postural
o Contatar o médico
o Para maiores informações, reportar-se ao Capítulo 4, item 4.5.2
crônicas, visão turva, muita sede, emagrecimento, hipoglicemia, etc. Na dúvida, encaminhar
o paciente para avaliação médica.
Considerações odontológicas
3.5.4.4 Osteoporose
• Doença crônica que remove cálcio da estrutura do tecido ósseo e aumenta o risco de
fraturas em situações diárias de impactos pequenos ou mesmo inexistentes
• Mais comum em mulheres após a menopausa e em homens após os setenta anos de
idade
• É a maior causa de fraturas em idosos e vem tendo uma importante repercussão na
Saúde Pública
• Não é incomum ocorrerem artrites e alterações degenerativas associadas
Considerações odontológicas
• Desordem progressiva do Sistema Nervoso Central (SNC), que afeta de forma gradativa
as células do cérebro, levando à morte neuronal e causando perda de memória,
confusão mental e mudanças de comportamento. Em fase avançada, compromete a
habilidade do indivíduo de andar, falar e deglutir
• A prevalência da doença aumenta com a idade, passando de pouco mais de 10% em
pessoas com mais de 65 anos, alcançando 47% por volta dos 85 anos
• O distúrbio começa com simples sinais de esquecimento e impedimento cognitivo suave.
É a forma mais prevalente de demência
Estágios
Inicial/leve
Moderado
o Escolher roupas
o Lembrar nomes de familiares próximos
o Recordar números de telefone usados há muitos anos
Observação
Considerações Odontológicas
• Sinais clínicos
207
Considerações odontológicas
• Os efeitos das medicações para diminuir a salivação provocam secura da boca e podem
dificultar a deglutição. Instituir medidas para diminuir o risco de patologias bucais
(controle de dieta, uso de flúor, controle de biofilme, manutenção periódica, manejo de
hipossalivação)
• O tratamento odontológico pode ser dificultado por causa do tremor presente nos
músculos da mastigação e da língua
• Pacientes depressivos podem não ser colaboradores e não seguirem recomendações
• Pode haver prejuízo na higiene bucal por perda de destreza e coordenação para segurar
dispositivos de limpeza bucal. Neste momento, a participação dos familiares e/ou do
cuidador, com as devidas instruções sobre controle do biofilme e da dieta, se faz
necessária
• Pode apresentar dificuldade de adaptação de próteses devido aos movimentos
involuntários maxilares e à hipossalivação
• Ardência na língua
• Tempo limitado para o tratamento odontológico devido à dificuldade de manter a boca
aberta por muito tempo
• Problemas na deglutição (engasgos) são frequentes
• Nomes comerciais do Levodopa: Prolopa e Prolopa HBS, Cronomet, Levocarb, Sinemet
3.5.4.5.3 Depressão
• Antidepressivos tricíclicos
o Podem causar hipotensão ortostática
o Ação anticolinérgica, com hipossalivação e xerostomia
o Vasoconstritor - limite de 2 a 3 tubetes com adrenalina 1:100000 e com
administração lenta
• Doença autoimune de progressão lenta que leva à infiltração linfocítica das glândulas
exócrinas, principalmente as lacrimais e salivares, resultando numa função secretora
comprometida
• Afeta 0,5 a 1% da população, predominantemente mulheres na meia idade (90% dos
pacientes são mulheres após a menopausa, com 50 anos de idade ou mais), podendo
ocorrer também em qualquer idade
• O envolvimento das glândulas salivares maiores e menores leva a uma secreção salivar
diminuída, com múltiplas consequências para a saúde bucal e a qualidade de vida
• Características
Principais componentes
• Bronquite crônica
• Enfisema pulmonar
Considerações odontológicas
3.5.4.9 Asma
Considerações odontológicas
• Evitar o uso de penicilina, AINH, AAS pois podem desencadear crise de asma caso o
paciente seja susceptível aos mesmos
212
Edentulismo
A perda dos elementos dentais traz, para o idoso, consequências para a fala,
deglutição e mastigação, comprometendo o início do processo digestivo, a ingestão de
nutrientes, o apetite, a comunicação e a autoestima, podendo acarretar a necessidade de
uso de dieta pastosa e cariogênica.
Cárie dentária
Doença periodontal
Candidíase Bucal
Tratamento
• Miconazol 20 mg: Passar no local uma camada fina, sem friccionar, 4 vezes ao dia,
durante uma semana ou , no caso de uso de prótese, aplicar na parte interna da
mesma, durante 14 dias
• A queilite angular pode ser tratada com agentes tópicos como creme à base de
Nistatina, PVPI (Polivinilpirrolidona-iodo), até a regressão da lesão. Quando se
manifestar de forma recorrente, solicitar avaliação médica
Líquen plano
Tratamento
Herpes simples
Doença infecciosa aguda viral, causada pelo vírus do Herpes Simples 1 (HSV1).
Manifestações clínicas
Tratamento
Câncer bucal
Hipossalivação
Halitose
Principais causas
Manejo
• No diálogo com o idoso é importante o contato visual direto, sem o uso da máscara
• Sempre que possível, dirija-se ao idoso antes do cuidador
• Chame-o pelo nome, evitando usar expressões como “titio” ou “vovô”
• Fale de maneira clara e devagar. Se necessário, repita a mensagem com outras
palavras
• O local deve estar o mais silencioso possível
• Demonstre carinho, atenção, paciência e respeito
• Forneça informações detalhadas sobre o atendimento, exames e marcação de
consultas especializadas, pois os mesmos sentem-se inseguros
• Em caso de problema severo de audição, pode-se lançar mão da escrita
• O cuidador tem um papel importante durante o tratamento dentário e deve ser
encorajado a sentar-se ao lado do paciente para que este fique menos ansioso
• Em muitos casos, o sucesso no tratamento do idoso dependerá do envolvimento do
cuidador, o qual também poderá se apresentar desmotivado. Para motivá-lo como
promotor de saúde bucal, às vezes se torna necessário realizar também o seu
tratamento odontológico
219
2) Anamnese
• História médica pregressa e atual (reportar-se ao item 3.4.3)
o Lista de medicamentos (polifarmácia)
o Queixa principal (geralmente apresentam mais de uma)
Características
• Explique devagar e com clareza ao paciente tudo o que ele tem e porque precisa tomar
a medicação
• Evite utilizar nas receitas expressões como
o Tomar como indicado
o A cada 6 horas
o 3 vezes ao dia ou 4 vezes ao dia, com uma dose à noite
o 1 comprimido a cada refeição
• Ao invés disso, escreva
o Tomar um comprimido a cada 6 horas (às 6 horas da manhã, ao meio dia, às 6
horas da tarde e à meia noite)
221
Analgésicos
Anti-inflamatórios
Antibióticos
Anestésicos locais
As ações de promoção à saúde bucal do idoso podem ser realizadas por toda
equipe de saúde bucal, dentro ou fora da USF, de forma individual ou coletiva.
Estratégias
Outro aspecto importante é que uma mastigação inadequada leva o idoso a trocar
as frutas, legumes e verduras por alimentos pastosos como biscoitos, papinhas, etc, com
baixo valor nutritivo para a faixa etária em questão.
Uma higiene bucal deficiente também favorece a colonização de bactérias bucais
que causam infecções respiratórias e doenças pulmonares.
Sendo assim, torna-se muito importante cuidar adequadamente da saúde bucal
também na 3ª idade, como forma de se colaborar com a saúde geral do idoso.
Dicas importantes
Higiene bucal
Acesso ao tratamento
•Idoso institucionalizado
• Idoso acamado
• Encaminhamentos da USF
•Grupos operativos
• Atendimento odontológico de
urgência
• Demanda espontânea
Avaliação de Risco
Visita domiciliar ou à
Acolhimento na USF instituição de idoso
Anamnese Anamnese
Exame clínico Exame clínico
Educação ao idoso/ cuidador Educação ao idoso/ cuidador
Orientações gerais Orientações gerais
Encaminhamento para
CEO
BIBLIOGRAFIA
BRITISH MEDICAL JOURNAL. Evidência Clínica: Conciso. Porto Alegre: Artmed, 2005.
624 p.
LONDRINA. Autarquia Municipal de Saúde. Asma: protocolo. Londrina, Pr: [s.n], 2006. 88
p.
PERUSSI, M. R. et al. Squamous cell carcinoma of the mouth in the elderly in São Paulo.
Rev. Assoc. Med. Bras. São Paulo, v. 48, n. 4, 2002.
SONIS, S.T. et al. Princípios e prática da medicina oral. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. 1996.
CAPÍTULO 4
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Lisete Rosa e Silva Benzoni
Lucimar Aparecida Britto Codato
INTRODUÇÃO
• Antibióticos de maneira geral, quando bem indicados, não causam problemas dentários
• O cálcio não é retirado dos dentes da mãe e repassado para o feto
• A ingestão de flúor durante a gestação, não torna os dentes do bebê mais resistentes à
cárie dental
• A gravidez não é causa de aumento de cárie na gestante
• Inflamação gengival
A gengiva pode passar por alterações durante a gestação, devido a uma resposta
exacerbada dos tecidos moles gengivais aos fatores locais, principalmente presença de
biofilme dental e em decorrência do aumento da vascularização da gengiva mediada pelas
alterações hormonais.
ulcerada, coberta por exsudato amarelado. Aparece geralmente entre as papilas gengivais
dos dentes ântero superiores. Tem crescimento rápido, mas geralmente não ultrapassa 2
cm de diâmetro. Apresenta característica histológica semelhante ao granuloma piogênico.
• Hipossalivação / xerostomia
Estudos recentes têm indicado a associação entre saúde bucal precária e efeitos
negativos na gravidez. A presença de doença periodontal, infecção bucal aguda e focos de
infecção têm sido apontados como fatores de risco para parto prematuro (antes de 37
semanas) e bebês de baixo peso ao nascer (inferior a 2500g).
O possível mecanismo de ação da infecção bucal com parto prematuro está
resumido no esquema abaixo.
INFECÇÕES BUCAIS NA GESTAÇÃO
Infecção periodontal
Reservatório de bactérias gram negativas anaeróbicas
Resposta do hospedeiro
Níveis elevados de mediadores químicos Ação direta de
Prostaglandinas (PG), Interleucinas (IL) e Fator de endotoxinas
Necrose Tumoral (FNT)
Parto prematuro
Mediadores do trabalho de parto (PG, IL, FNT) que
induzirão a bebês prematuros e de baixo peso
238
Por outro lado, muitos recursos terapêuticos não podem ser simplesmente omitidos
sem incorrer no comprometimento da própria vida da paciente. É o caso das infecções,
diabetes, cardiopatias, hipertensão, entre outras.
Portanto, é importante o reconhecimento das reais necessidades de uma terapia
medicamentosa aliada a uma criteriosa seleção e boa anamnese, reconhecendo
exatamente, seja o médico ou o CD, quais os medicamentos que representam menor perigo
para o nascituro, observando-se os momentos críticos teratogênicos. Por isso o trabalho em
equipe é de fundamental importância, principalmente em relação ao médico que acompanha
a gestante.
Lembremos que a mãe e o feto podem apresentar diferentes respostas
farmacológicas à administração de um determinado medicamento, daí a importância de se
conhecer os momentos de maior risco. Vários autores estimam que somente 2 a 3 % das
anomalias encontradas sejam oriundas por fármacos. Esta sinalização é difícil de ser
diagnosticada, pois a relação causa e efeito abrange múltiplos aspectos.
Trimestre Procedimentos
• Anamnese e preenchimento da ficha clínica
o Avaliação geral da paciente – história médica e odontológica
o Exame clínico – necessidades de tratamento odontológico
• Planejamento do tratamento a ser realizado
• Assinatura do termo de consentimento informado
• Educação em saúde bucal
• Adequação do meio bucal
1º o Instrução de higiene bucal
o Controle de biofilme dental
o Raspagem e polimento coronário
o Aplicação de fluoretos e antimicrobianos
o Escavação e repleção das cavidades de cárie com CIV
o Remoção de irritantes locais (restaurações em excesso, bordos ou arestas
dentais)
o Eliminação de focos infecciosos e da dor (exodontias, procedimentos
endodônticos, drenagem de abscessos, etc.)
• Educação em saúde bucal
• Adequação do meio bucal
o Instrução de higiene bucal
o Controle de biofilme dental
o Raspagem e polimento coronário
o Aplicação de fluoretos e antimicrobianos
2º o Escavação e repleção das cavidades de cárie com CIV
o Remoção de irritantes locais (restaurações em excesso, bordos ou arestas
dentais)
o Eliminação de focos infecciosos e da dor (exodontias, procedimentos
endodônticos, drenagem de abscessos, etc.)
• Tratamento odontológico de rotina (restauradores e cirúrgicos)
• Educação em saúde bucal
• Adequação do meio bucal
o Instrução de higiene bucal
o Controle de biofilme dental
o Raspagem e polimento coronário
o Aplicação de fluoretos e antimicrobianos
o Escavação e repleção das cavidades de cárie com CIV
3º o Remoção de irritantes locais (restaurações em excesso, bordos ou arestas
dentais)
o Eliminação de focos infecciosos e da dor (exodontias, procedimentos
endodônticos, drenagem de abscessos, etc.)
• Tratamento odontológico de rotina (restauradores e cirúrgicos)
Quadro 48 - Tratamento odontológico da gestante e trimetres gestacionais
241
É exatamente por estar grávida que a mulher precisa dos cuidados do CD para que
seja mantida ou reestabelecida a sua saúde bucal. Mais uma vez reforça-se que é de
extremo valor que o CD procure uma interação com a equipe de saúde, estabelecendo
contatos numa relação de profissional para profissional. Se houver a necessidade de
prescrever medicamentos, troque ideia com o médico a respeito das drogas mais
recomendadas para o caso em questão. O profissional não é somente responsável pelo
atendimento eficaz e seguro à gestante, como também deve se preocupar com a segurança
do feto.
Analgésicos
• Paracetamol: Pode ser prescrito em qualquer fase de gestação, em curto período (48 a
72 horas). Tem sido o mais utilizado e não há relatos de teratogenicidade
• Medicamentos à base de AAS: Não devem ser utilizados nos últimos 3 meses de
gestação, pela possibilidade de ocorrer inércia uterina (partos mais trabalhosos) e/ou
fechamento prematuro do conduto arterial do feto
• Dipirona: Em doses medicamentosas e por períodos curtos (48 a 72 horas), não tem
contraindicação. Pode levar à hipotensão materna
Anti-inflamatórios
Anestésicos
sua absorção é rápida (30 minutos), sendo necessárias altas doses de anestésico e com
isso a sua concentração será alta, tanto para a mãe como para o feto, além de causar
estresse desnecessário devido as recorrentes reaplicações.
Estudos demonstram que as gestantes têm sensibilidade aumentada à anestesia
local e desta forma menores doses são necessárias para se alcançarem efeitos similares.
Além disso, o tempo de latência parece ser menor e o de duração mais longo.
• Mepivacaína: Seu uso é contraindicado, pois contém base anestésica que não é
metabolizada pelo fígado do feto
• Bupivacaína: Alguns autores comentam que a mesma apresenta uma maior toxicidade
em gestante. Por ser um anestésico de longa duração (média de 5 a 6 horas), não tem
seu emprego justificado no tratamento odontológico habitual em gestantes
243
Consideração
Antimicrobianos
Consideração
Uso de Flúor
• Vários autores comentam que não há diferença significativa na incidência de cárie entre
as crianças de mulheres que receberam suplementos de flúor no período pré-natal,
comparado com as que não receberam. Inclusive essa suplementação na gestação não
foi aprovada pela American Dental Association (ADA). Sabe-se que o ion flúor é capaz
de atravessar a placenta e ser armazenado nela. Por isso, não é recomendado o seu
uso na gravidez
• Já a fluorterapia tópica no período gestacional é sempre indicada de acordo com o risco
e a atividade de cárie da mãe, conforme indicação terapêutica
Educação em saúde
• Procurar planejar a educação em saúde bucal juntamente com outras áreas da USF e
inserir assuntos específicos da odontologia nos grupos de gestante já existentes
• Sugerem-se grupos pequenos, com no máximo 15 gestantes
• Preferir metodologia problematizadora, estabelecendo-se um clima informal. Oferecer
informações importantes e objetivas, de acordo com o interesse das gestantes,
interagindo com as participantes através de perguntas, propiciando troca de
experiências. Contar, se possível, com equipe multiprofissional
• Garantir, no mínimo, 3 encontros com as gestantes durante o pré-natal (1 por trimestre)
• É importante o uso de materiais educativos nestes grupos
1º Encontro
• Dieta
o Uso racional do açúcar
Usar em menor quantidade e em menor frequência
Consistência de alimentos menos aderente possível
2º Encontro
• Aleitamento materno
o Benefícios para a saúde geral e bucal do bebê e aleitamento exclusivo até os seis
meses de idade
A amamentação prepara a criança para a mastigação
Durante a amamentação aprende-se respirar corretamente pelo nariz
É também responsável pelo crescimento harmonioso da face e dentição
3º Encontro
Resultado positivo
para Gravidez
Anamnese
+
Evidenciação de placa
bacteriana +
Escovação supervisionada
+
Mostrar locais de risco e de
atividade de doença
Sem Com
doença doença Urgência
Tratamento
Procedimentos Educativo
Reforço de clínicos
Instrução de higiene
bucal + flúor
+
Reforço de higiene
bucal Adequação do
meio
Tratamento
Curativo
252
Anestésico local
Analgésicos
• 1a opção
Paracetamol ou acetaminofeno (Tylenol, Tylol, Dôrico 500 mg): 500 mg de 6/6 horas
• 2a opção
Dipirona (não utilizar em gestantes hipotensas): Novalgina comprimidos ou gotas,
Magnopyrol comprimidos ou gotas: 1 comprimido de 6/6 horas ou 35 gotas de 6/6 horas
Anti-inflamatórios
• 1a opção
o Meios físicos. O uso de frio, imediatamente após o procedimento, nas primeiras
horas
• 2a opção
o Diclofenaco (não utilizar antes da 9 semanas e após 32 semanas de
gestação). Cataflan, Voltaren, Diclofen, Biofenac, etc., todos de 50 mg, de 8/8
horas por 3 dias
253
Antibióticos
• 1a opção
Amoxacilina 500 mg de 8/8 horas, por 7 a 10 dias
• 2a opção
Alergia às penicilinas e seus derivados : Estearato de Eritromicina 500 mg 6/6 horas por
7 a 10 dias
Anestésicos Locais
• Lidocaína • B • Ok • Ok
• Prilocaína • B • Ok • Ok
• Mepivacaína • C • Use com cautela • Ok
• Bupivacaína • C • Use com cautela • Ok
• Procaína • C • Use com cautela • Ok
Analgésicos
Antimicrobianos
• Penicilina/Amoxicilina • B • Ok • Ok
• Eritromicina • B • Ok, evite o estolato • Ok
• Clindamicina • B • Ok • Ok
• Cefalosporina • B • Ok • Ok
• Tetraciclina • D • Evite • Evite
• Metronidazol • B • Evite, controverso • Evite
•
Sedativos
A. Estudos controlados em mulheres não demonstram riscos para o feto no primeiro trimestre e a possibilidade
de dano fetal parece remota, não havendo evidências de riscos em estudos posteriores
B. Estudos de reprodução animal não tem demonstrado risco fetal, mas não há nenhum estudo controlado em
mulheres grávidas ou estudos de reprodução animal mostrando efeitos adversos no feto
C. Estudos em animais revelaram efeitos adversos no feto e não há nenhum estudo controlado em mulheres.
Só deveriam ser dadas essas drogas se o benefício justificar o risco potencial para o feto.
D. Há evidências positivas de risco fetal humano, mas os benefícios de uso em mulheres grávidas podem ser
aceitáveis apesar do risco.
X. Estudos em animais e seres humanos demonstram anormalidades fetais ou a evidências de riscos para o
feto baseando-se em experiências humanas, ou ambos, o risco de uso de fármacos está claramente acima
do possível benefício. A droga é contraindicada em mulheres que estão ou podem ficar grávidas.
02) O que posso fazer para assegurar a minha saúde bucal e a do meu filho?
R. A melhor maneira de cuidar dos dentes do seu filho que ainda não nasceu, é
cuidar dos seus próprios dentes e de sua saúde geral. Isto significa:
• Seguir uma dieta saudável e, se possível, com pouco açúcar
• Escovar os dentes e passar fio dental diariamente
• Evitar beliscar doces e alimentos ricos em amido, principalmente entre as
refeições
• Visitar o Dentista regularmente para avaliação odontológica
A placa bacteriana é uma ameaça constante à saúde bucal. As bactérias da placa
usam o açúcar e o amido que você consome para produzir ácidos. A ação desses ácidos
sobre o esmalte dos dentes pode causar a cárie. Outros produtos da placa também causam
doença na gengiva.
Uma dieta balanceada e uma adequada higienização para a remoção de placa são
fatores indispensáveis para se assegurar uma boa saúde bucal.
03) Os alimentos que eu como afetam os dentes do meu bebê que ainda não
nasceu?
R. Sim, enquanto o dente de leite está se formando, cálcio, fósforo e outros
minerais são necessários. Quando a sua dieta é balanceada, uma quantidade adequada
desses alimentos nutre você e seu bebê. É incorreto afirmar que a criança retira cálcio dos
dentes da mãe. Quando o bebê necessita de cálcio ele retira dos alimentos ingeridos pela
mãe.
Há indícios, ainda não comprovados, de que durante a gravidez se desenvolve o
paladar da criança, portanto, recomendamos que a mãe evite o consumo exagerado de
açúcares durante a gravidez, principalmente entre o quarto e quinto mês da gestação. As
gestantes que consomem grande quantidade de açúcar neste período poderão ter bebês
ávidos por açúcar.
256
14) Meu bebê necessita de vitaminas com flúor para ter os dentes fortes?
R. Não. Se a água de beber é fluorada, como é o caso da água da zona urbana de
Londrina e de alguns Distritos, ela fornecerá a quantidade necessária de flúor para evitar a
cárie. Ressaltamos que dieta balanceada e uma boa higienização dos dentes, são os fatores
mais importantes para a prevenção e a manutenção de uma boa saúde bucal.
15) Qual a idade que as crianças poderão escovar os dentes e usar fio dental
sozinhas?
R. Até que a criança chegue aos 8-9 anos, ela necessitará da supervisão e
assistência para se ter certeza que está realizando uma higiene eficiente.
Use sempre pequenas quantidades de pasta e com concentrações de flúor
recomendado pelo seu Dentista. Evite que a mesma engula restos de pastas dentais que
poderão ocasionar a fluorose dental.
16) O que eu deveria fazer quando um dente decíduo (de leite) é perdido muito
cedo?
R. Consulte o Dentista imediatamente. Os dentes vizinhos poderão se inclinar para
o espaço livre, diminuindo o espaço e comprometendo o nascimento do dente permanente.
O Dentista poderá recomendar o uso de um aparelho.
259
18) Quando devo levar meu filho ao Dentista pela primeira vez?
R. Logo após o nascimento, antes mesmo da erupção dos primeiros dentes. Não
espere a criança ter dor para procurar o Dentista, pois a melhor conduta é sempre a
prevenção.
20) Meu filho de três anos não consegue passar o dia sem beliscar alimentos,
isto pode prejudicar seus dentes?
R. Sim, se a criança ingerir alimentos, açucarados ou não, entre as refeições, sem
a adequada higienização dos dentes, aumentará consideravelmente o risco de desenvolver
cárie.
BIBLIOGRAFIA
ABDALLA , A. E. et al. Cuidados com a gestante. JADA Brasil, v. 2, agosto, p. 7880, 1999.
NEW YORK STATE DEPARTMENT OF ORAL HEALTH. Oral health care during
pregnancy and early childhood. Practice Guidelines. Disponível em
<www.healthstate.ny.us/publications/0824.pdf. >. Acesso em: 10 setembro 2007.
RODRIGUES, G. Da boca para o resto do corpo. Revista Isto É, São Paulo, p. 8485, 24
out. 2007.
VIEIRA, A. R. O flúor ministrado na gravidez previne mesmo a cárie? Pediatria Atual, v. 11,
p. 78, 1998.
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Raquel Cristina Guapo Rocha
Hiperglicêmica (Cetoacidose)
• Alta taxa de glicose no sangue (hiperglicemia > 200 mg/dL), como resultado
de dieta e administração inadequada de hipoglicemiantes (orais e insulina)
predispondo à desidratação e choque hipovolêmico, podendo evoluir para
coma diabético
• Sinais e sintomas: Polidipsia, poliúria, polifagia, rubor facial, respiração
rápida e profunda, dores abdominais, hálito cetônico. Pode apresentar
sinais de desidratação como impaciência, língua seca, enrugada e
avermelhada
• Tratamento
o Avaliação da glicemia capilar (hemoglucoteste ou HGT)
o Encaminhar para avaliação na USF
o Postergar tratamento odontológico, se possível
o Verificar presença de infecção bucal que possa ser a causa do
controle deficiente da glicemia, sempre trabalhando integrado com
médico na troca de informações
Hipoglicemia
• É a baixa concentração de glicose no sangue (menor que 60 mg/dL), como
resultado do excesso de agentes hipoglicêmicos orais, insulina ou ingestão
inadequada na dieta. Desenvolve-se de forma rápida, podendo culminar
com perda de consciência e eventualmente convulsões
• Sinais e sintomas: Fraqueza, nervosismo, tremores, distonia dos músculos
da mastigação (contrações musculares involuntárias), palpitações e
sudorese excessiva, pele úmida e pálida, letargia, agitação e confusão,
dificuldade de fala, progredindo para convulsão e coma.
• Tratamento
o Avaliação da glicemia capilar (hemoglucoteste ou HGT), se
considerar necessário
o No paciente consciente
Oferecer carboidratos de absorção rápida (de preferência
líquido), na dose de 10 a 20 gramas (Ex: 01 colher de açúcar
em meio copo de água, meio copo de refrigerante comum,
suco de laranja, etc.)
Pode ser necessário repetir a dose após 15 minutos
o No paciente inconsciente
Auxílio da equipe médica da USF
Administração de 25 a 30 mL de solução de glicose a 25%
Quadro 51 - Caracteríticas e tratamento das complicações agudas do DM
Hipoglicemiantes orais
• Biguanidas • Metforminas*
• Troglitazona
• Tiazolidinedionas ou glitazonas • Rosiglitazona
• Pioglitazona
* Disponíveis na USF
Quadro 52 - Hipoglicemiantes orais mais utilizados no DM
Insulina
• Cárie dentária
• Doença periodontal
Estudos têm apontado que 40 a 80% dos diabéticos relatam a sensação de boca
seca, quando descompensados, apresentando um fluxo salivar diminuído em relação ao
paciente saudável.
O aumento bilateral da parótida também pode ser observado em cerca de 24 a 48%
dos pacientes, porém é um fenômeno assintomático.
• Infecções fúngicas
o Tipo de DM (1 ou 2)
o Controle de glicemia pelo paciente
o Níveis recentes de glicemia
o Frequência de hipoglicemia
o Medicações antidiabéticas utilizadas (insulina e/ou hipoglicemiantes orais), com
dosagens e horários de administração
o Uso de medicações concomitantes para controle ou prevenção de comorbidades.
Ex: O uso diário de AAS é indicado rotineiramente ao diabético com finalidade de
prevenção de coagulopatias
o Existência de complicações do DM (doenças cardiovasculares ou renais,
hipertensão, etc.) e que podem interferir no planejamento do tratamento dentário
o Consultar médico responsável pelo paciente sempre que houver dúvida sobre
controle metabólico da doença ou necessidade de ajuste na dose de
medicamentos
270
Anestésicos Locais
• 1a opção
Prilocaína 3% com felipressina. Evitar derivados de adrenalina
• 2ª opção
Mepivacaína 3% sem vasoconstritor
Analgésicos
• 1a opção
Paracetamol (Tylenol, Dôrico) - 500 a 750 mg de 6/6 horas
• 2a opção
Dipirona (Novalgina, Anador, Magnopyrol) – 1 comprimido ou 35 gotas de 6/6 horas
OBS: Cuidado no uso da Dipirona, pois é discreto hiperglicemiante. Não utilizar AAS, pois
sinerge com a insulina, podendo, nos pacientes insulinodependentes, provocar um choque
hipoglicêmico.
Anti-inflamatórios
• 1ª opção
Diclofenaco (Cataflan, Voltaren, Diclofen, Biofenac) - 50 mg de 8/8 horas por 3 a 5 dias.
Cautela no uso em paciente hipertenso. Contraindicado na presença de nefropatia
• Realizar profilaxia
• Tipo 1 Procedimentos cruentos e antibiótica em todos os
endodônticos pacientes
• Realizar profilaxia
• Tipo 2 Procedimentos cruentos e antibiótica quando taxa de
endodônticos glicose ≥ 200 mg/dL ou
insulinodependentes
Hipogliceminates Hiperglicemiantes
• Salicilatos • Dipirona
• Dicumarol • Adrenalina
• Bloqueadores β • Corticosteroides
• Inibidores da Mono Amino Oxidase • Tiazidas
(IMAO) • Contraceptivos orais
• Sulfonamidas • Fenitoína
• Inibidores da enzima angiotensina • Produtos para tireoide
• Bloqueadores de canal de cálcio
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Fabrício Parra Garcia
Introdução
4.3.5 Classificação da PA
4.3.7 Tratamento
Inibidores da enzima conversora da • Enalapril 5 e 20 mg • Perda do paladar • AINH e uso excessivo de vasoconstritores
angiotensina (ECA) • Captopril 25 mg (mais de 3 tubetes) podem antagonizar o
efeito anti-hipertensivo do medicamento
Quadro 57 - Medicamentos disponíveis para o tratamento da HA na USF, possíveis efeitos edversos na cavidade bucal e interações
medicamentosas no tratamento odontológico
279
Conduta
Considerações odontológicas
Pressão Pressão
sistólica Diastólica Conduta
• Aferir pressão antes de todas as consultas
Até 139 Até 89 • Tratamento odontológico e uso de vasoconstritor: Sem
restrição
• Aferir pressão antes de todas as consultas
• Checar se paciente tomou medicação anti-hipertensiva
de rotina
• Uso de anestésico
o 1ª opção: Lidocaína 2% com adrenalina 1:100000 (2
a 3 tubetes no máximo)
140 -159 90 - 99 o 2ª opção: Prilocaína com felipressina (máximo de 2
tubetes, no caso de coexistência de DM). Não
recomendado no caso de isquemia cardíaca
o 3ª opção: Mepivacaína 3% sem vasoconstritor
• Tratamento odontológico: Sem restrição
• Acompanhamento médico e controle da hipertensão
• Aferir pressão antes de todas as consultas
• Checar se paciente tomou medicação anti-hipertensiva
de rotina
• Se PA ≥ 160/100: Medicação anti-hipertensiva para
tentar obter redução na PA, seguindo fluxograma de HA
do Protocolo de Saúde do Adulto da AMS pág. 70
(Londrina,2006)
160 -179 100 -109 • Após medicação
o PA ≤ 159/99
Procedimentos não cruentos liberados
Uso de anestésico: Vide quadro acima
o PA ≥ 160/100, o paciente deve:
No caso de dor: Receber tratamento
paliativo
Atendimento programado deve ser
adiado
• Acompanhamento médico e controle da hipertensão
• Aferir pressão antes de todas as consultas
• Providenciar atendimento imediato na USF, conforme
Protocolo de Saúde do Adulto – pág. 70 (Londrina, 2006)
• Adiar o atendimento odontológico de rotina
≥ 180 ≥ 110 • Em caso de dor, após níveis pressóricos corrigidos
o No caso de dor: Receber tratamento paliativo
o Atendimento programado deve ser adiado
• Acompanhamento médico e controle da hipertensão
≥ 140 < 90 • Vide quadros acima, de acordo com nível pressórico
aferido
Quadro 58 - Tratamento odontológico de acordo com os valores de PA
283
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Fabrício Parra Garcia
4.4.1 Definição
4.4.3 Medicamentos
Considerações odontológicas
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Fabrício Parra Garcia
Angina instável
• A angina instável que não cede mesmo em situação de repouso e nem com o uso de
vasodilatadores coronarianos deve ser considerada como risco iminente de infarto do
miocárdio e ser assistida imediatamente
• Características: Paciente apresenta dor, pressão ou queimação na região retroesternal
que pode se irradiar para mandíbula (diferencial), base do pescoço e braço esquerdo
• A fase mais crítica pós-infarto são os primeiros 6 meses, com risco de sofrer um novo
infarto em 20 a 30 % dos casos nos 3 primeiros meses
• Nesse período, o tratamento odontológico deve ser protelado, com exceção às urgências
que devem ser tratadas prontamente, pois a dor persistente pode desencadear
alterações hemodinâmicas e disritmias cardíacas
• Recomenda-se o atendimento das urgências em ambiente hospitalar
• Tratamento dentário de rotina após 6 meses decorridos do tratamento da angina
• Vasoconstritor não deve ser usado
• A realização de bochecho com solução de gluconato de clorexidina 0,12%, por um
minuto, antes de procedimentos dentários reduz o risco de bacteremia
Angina estável
• Digitálicos
• Diuréticos
• Inibidores de ECA
• Beta-bloqueador
• Anticoagulantes orais
Consideracões Odontológicas
Consideracões Odontológicas
4.5.4 Arritmias
o Tontura
o Dispneia
o Hipotensão
o Síncope
• Complicações
o Cardiopatia isquêmica (angina, infarto do miocárdio, ICC, parada cardíaca)
o Ataques isquêmicos passageiros
o Acidente cerebrovascular
• Valores de referência:
Adulto
o Frequência cardíaca normal: 60 a 100 batimentos por minuto (BPM)
o Bradicardia: < 60 BPM
o Taquicardia: > 100 BPM
Criança
Considerações odontológicas
Considerações odontológicas
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Fabrício Parra Garcia
4.6.1 Conceito
• Usuário de drogas
• Portadores de lesões orovalvares
• Portadores de próteses valvares
• AIDS/ imunocomprometimento
Condições
Profilaxia recomendada Profilaxia não recomendada
(Alto risco) (Baixo risco)
• Portador de prótese cardíaca valvar • Presença de septo atrial
• Valvopatia corrigida com material protético • Correção cirúrgica de defeito de septo atrial
ou ventricular ou pacientes com persistência
de ducto arterioso (sem resíduo após seis
meses)
• Antecedentes de EI • Cardíaco prévio com revascularização
miocádica
• Valvopatia adquirida em paciente • Prolapso da válvula mitral com ou sem
transplantando cardíaco regurgitação e/ou espessamento dos folhetos
• Cardiopatia congênita cianogênica não • Doença de Kawasaki33 prévia sem disfunção
corrigida ou corrigida, mas que evoluiu para valvar
lesão residual
• Cardiopatia congênita corrigida com material • Antecedente de febre reumática sem
protético disfunção valvar
• Shunt sistêmico pulmonar: Condutos • Marcapasso cardíaco intravascular e
pulmonares cirurgicamente construídos Epicárdio e desfibibrilador implantado
• Antecedente de febre reumática com • Grandes próteses articulares
disfunção valvar
• Cardiomiopatia hipertrófica
• Pacientes com defesa imunológica
prejudicada por doenças (AIDS, doenças
autoimunes, neutropenia) ou por
medicamentos (corticosteroide,
imunossupressores, transplantados)
• Infecção facial severa
• DM
• Doença renal
• Hepatite crônica ou ativa
Quadro 60 - Recomendações quanto à antibioticoterapia em Odontologia
Considerações
• Indivíduos com risco EI devem manter a melhor condição bucal possível para que se
reduzam as fontes potenciais de disseminação bacteriana, o que pode ser obtido através
de cuidados profissionais regulares e manutenção caseira pelo paciente (escovação
dentária e uso do fio dental)
• A realização de bochecho com solução de gluconato de clorexidina 0,12%, por um
minuto, antes de procedimentos dentários, reduz o risco de bacteremia
• De preferência, realizar vários procedimentos em uma única sessão
• No caso de várias sessões, respeitar o período de pelo menos sete dias entre as
consultas, a fim de se evitar resistência ao antibiótico
33
É uma enfermidade que envolve a boca, a pele e nódulos linfáticos e afeta, principalmente,
crianças abaixo de 5 anos de idade. De causa desconhecida, mas se seus sintomas forem
reconhecidos logo, as crianças com esta doença podem se recuperar em poucos dias. Se não
tratada, pode levar a sérias complicações que podem envolver o coração. É uma vasculite que pode
provocar aneurismas principalmente das artérias coronárias.
295
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Fabrício Parra Garcia
34
Varfarina sódica – nomes comerciais: Warfarin®, Marevan®, Coumadim®, Dicumarol®, Varfarina®.
299
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Raquel Cristina Guapo Rocha
35
Alteração esquelética causada pelo metabolismo alterado de cálcio e fosfato, de vitamina D e pelo
aumento da atividade do paratormônio.
300
Manifestações bucais
• IRC com início na infância pode causar hipoplasia do esmalte, estreitamento da câmara
pulpar, manchas nos dentes, crescimento mandibular e maxilar alterados, maloclusão e
erupção dentária retardada
• Reabsorção óssea, migração, mobilidade ou até perdas dentárias
• A higiene bucal deficiente e a acidose facilitam o desenvolvimento de erosão, aumento
da deposição de cálculo (principalmente nos pacientes de diálise) e problemas gengivais
com tendência a edema e sangramento
• Presença de dor à percussão dental e à mastigação
• Hálito amoniacal, gosto metálico, candidíase, hipossalivação e estomatite urêmica36
• Palidez da mucosa bucal, em pacientes em diálise, devido à anemia
• Remodelação óssea anormal após a extração, devido à deficiência de reabsorção da
lâmina dura e deposição de osso esclerótico
• Pacientes em diálise podem apresentar baixa incidência de cárie, em decorrência do
efeito anticariogênico dos níveis de ureia na saliva
Considerações odontológicas
36
Estomatite causada devido aos altos níveis de amônia na saliva, com consequente alteração do pH
salivar e com repercussões na mucosa bucal
301
Considerações odontológicas
37
Medicamento utilizado para prevenir rejeição do órgão transplantado
38
É a maior causa de morbidade e mortalidade principalmente em pacientes submetidos a transplante
de medula óssea. As células do enxerto reconhecem os antígenos do hospedeiro como estranhas,
desencadeando uma série de complicações na mucosa bucal, pele, fígado, trato gastrintestinal e
sistema linfoide do transplantado. As alterações na cavidade bucal podem preceder as manifestações
da DECH em outros órgãos, sugerindo a pesquisa e diagnóstico nos mesmos. Na cavidade bucal
podem ocorrer as seguintes manifestações semelhantes ao líquen plano: leucoedema, estrias
brancas, microstomia, úlceras dolorosas, ardência bucal, xerostomia, mucoceles, etc. O CD
geralmente é o primeiro profissional da equipe a diagnosticar a DECH. O não diagnóstico pode levar
à evolução de um quadro de infecção generalizada, responsável por altos índices de morbi-
mortalidade do paciente
304
Hepatites
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
• Virais
o Vírus hepatotrópicos
Atualmente reconhecem-se 7 tiposn de vírus
Vírus A (HAV), Vírus B (HBV), Vírus C (HCV): Mais comuns
Vírus Delta (HDV), Vírus E(HEV), Vírus F (HFV), Vírus G (HGV)
• Não Virais
• Fases
Considerações odontológicas
Principais causas
• Álcool
• Hepatites virais B, B/D e C
Considerações odontológicas
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Quimioterapia
• Osteorradionecrose
• Trismo
• Desenvolvimento dentário anormal, quando a radioterapia coincide de formação do
órgão dentário
O Quadro 63 apresenta as caracteríticas das principais complicações bucais e a
conduta do CD diante das mesmas.
310
Alteração Descrição
• Diminuição no fluxo salivar em até 90% que pode ser transitória ou definitiva (rara)
• Queixas frequentes
o Ardência bucal
o Dificuldade de deglutir alimentos secos
o Dificuldade de falar
o Diminuição do paladar
o Aumento do consumo de líquidos
o Úlceras dolorosas
Hipossalivação o Aumento de lesões cariosas
• Redução progressiva do quadro de hipossalivação após o tratamento radioterápico
• Tratamento. Para maiores informações, reportar-se ao Capítulo 8
o Aumentar consumo de água
o Controle biofilme dental
o Controle de dieta
o Fluorterapia
o Goma de mascar sem açúcar
o Outros
• Severa inflamação da mucosa bucal
• Início após a segunda semana de quimioterapia ou radioterapia
• Eritema e lesões ulceradas em diferentes regiões da boca
• Dor intensa
• Febre
• Possibilidade de infecções secundárias
• Dificuldade de alimentação e de fala
• Difícil de prevenir
Mucosite
• A regeneração da mucosa bucal submetida à radiação ocorre 30 a 90 dias após o
término da radioterapia
• Tratamento
o É paliativo
o Analgésicos, dependendo da severidade
o Evitar alimentos condimentados e ácidos, muito quentes ou muito gelados e
de consistência sólida
o Higiene bucal meticulosa com escova dental extramacia e pasta dental
infantil de sabores não ácidos e não mentolados ou que possam causar
ardência
o Na impossibilidade de escovação normal, o paciente deverá realizar
bochechos com solução fisiológica 0,9%, 4 vezes ao dia
o Bochecho com hidróxido de alumínio ou magnésio, 4 vezes ao dia, podem
ser indicados
o Laser de baixa potência pode ser indicado
• Sequela de ocorrência tardia, com incidência maior nos primeiros três anos pós-
radioterapia, mas que pode ocorrer até 5 anos após a mesma
• Necrose óssea provocada por exodontias, procedimentos invasivos e cirúrgicos,
próteses mal adaptadas, infecções periodontais e periapicais por toda a região
irradiada
• Acomete mais a mandíbula
• Tratamentos conservadores (restaurações, endodontias ou remoções de cálculos
Osteorradionecrose dentários supragengival): Sem restrição quando executados com cautela
• Procedimentos cirúrgicos invasivos são contraindicados. Liberados somente após 5
anos, sempre com profilaxia antibiótica e espaço de tempo de 15 dias de uma
intervenção para outra
• Tratamento da osteorradionecrose
o Radical: Remoção cirúrgica da necrose óssea
o Conservador: Solução de iodeto de sódio a 2% e água oxigenada 3% em
partes iguais promovendo assim o sequestro da porção necrosada
Quadro 63 - Complicações bucais decorrentes de quimioterapia e/ou radioterapia
311
Alteração Descrição
OBS: Má nutrição, higiene bucal inadequada, dentes em mau estado, infecções crônicas e
gengivite potencializam o risco de mucosite, além de possibilitarem o aparecimento de
infecções dentais agudas, que podem levar a uma septicemia durante o tratamento
oncológico, devido à queda de resistência.
313
Quimioterapia
Radioterapia
Considerações adicionais
4.13 Artrite
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Considerações odontológicas
Hemofilia
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
DVW, o tratamento requer a infusão de concentrado de fator rico em FVW ou por meio do
hormônio sintético derivado da desmopressina (DDAVP). O DDAVP é indicado para o
tratamento de episódios hemorrágicos de algumas formas da DVW e da hemofilia leve.
Considerações odontológicas
4.15 Anemia
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Valores de referência
• Hemácias
o Homens: 4,4 a 5,7 milhões/mm3
o Mulheres: 3,9 a 5,0 milhões/mm3
• Hemoglobina
Normal
o Homens: 14 a 18 g/L
o Mulheres: 12 a 16 g/L
• Hematócrito
Normal
o Homens: 40 a 54%
o Mulheres: 37 a 47%
Causas
Sintomas
Classificação
• Anemia hemolítica
Causada pela destruição acelerada (hemólise) dos glóbulos vermelhos
Tipos
o Anemia falciforme: Afeta a membrana da hemácia
o Anemia microangiopática: Rompimento da hemácia por traumas (vasos
sanguíneos com alterações anatômicas na parede interna)
o Anemia autoimune: Destruição das hemácias pelo sistema imune do
paciente. Captação da hemácia pelo baço
39
Ou Anemia Mediterrânea é um tipo de anemia hereditária de transmissão recessiva, causada pela
redução ou ausência da síntese da cadeia de hemoglobina
322
Considerações odontológicas
• Pacientes sem história de anemia, mas sintomáticos, devem fazer hemograma completo
(analisar o eritrograma)
• Detectada alguma alteração: Encaminhar ao médico para identificação do tipo de
anemia
• Após avaliação médica, conduzir os procedimentos cruentos, realizando a profilaxia
antibiótica, quando recomendada
• Contraindicado o uso de prilocaína em todas as anemias
• Anemia leve: Lidocaína com adrenalina 1:100000 (2 a 3 tubetes)
• Anemia moderada: Mepivacaína 3% sem vasoconstritor para procedimentos menos
invasivos
• Anemia severa: Adiar tratamento eletivo. Realizar somente procedimentos paliativos
para controle da dor e infecção
• AAS e AINH: Contraindicados, pois podem causar disfunção de plaquetas, gastrite,
acidose
• Paracetamol: Sem restrição, na dose terapêutica
• Penicilinas: Sem restrição
• Macrolídeos: Evitar na anemia ferropriva
• Sulfa: Contraindicada na anemia por G6PD
• Anemia falciforme e autoimune com uso de conticoide: Realizar profilaxia antibiótica para
EI (Quadro 62 deste Capítulo) no caso de procedimento cruento
324
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
4.16.1 Hipertireoidismo
• Intolelância ao calor
• Nervosismo
• Tremores
• Sudorese
• Fraqueza muscular
• Aumento de apetite
• Perda de peso
• Taquicardia
• Pele quente
• Aumento dos reflexos
• Exoftalmia
• Bócio
• Desenvolvimento dentário acelerado quando presente em crianças
• Má oclusão
Considerações odontológicas
• Solicitar avaliação médica antes de realizar procedimentos invasivos e/ou sob anestesia
local
• No paciente não controlado o tratamento odontológico está contraindicado
• Pacientes controlados
o Anestésico com adrenalina está contraindicado
o Indicação: Mepivacaína 3% sem vasoconstritor
• O controle de estresse é fundamental e pode ser necessário utilizar medicação
ansiolítica, pois o estresse pode levar o paciente a uma crise tireotóxica
• Contagem de plaquetas e tempo de protrombina podem estar alterados
• Aferir pressão arterial antes das consultas
4.16.2 Hipotireoidismo
Causas
Sinais e sintomas
• Fadiga
• Ganho de peso
• Intolerância ao frio
• Prognatismo, atraso no desenvolvimento dentário e macroglossia quando inicia-se na
infância
Considerações Odontológicas
4.17 Tuberculose
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
• Fadiga
• Perda de apetite
• Perda de peso
• Febre vespertina baixa
• Sudorese noturna
• Tosse persistente acompanhada ou não de escarro com hemoptise
Tratamento médico
• Recidivas após o abandono ou após a cura: Outras drogas farão parte do tratamento,
conforme Protocolo da tuberculose do Ministério da Saúde: Estreptomicina, Etionamida
e o Etambutol. O tratamento pode perdurar por um ano
Considerações odontológicas
Medicamentos
4.18 Asma
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
A asma é uma doença pulmonar na qual a reatividade aumentada das vias aéreas
conduz a uma obstrução reversível. Em muitos asmáticos a crise pode ser desencadeada
tanto por fatores alérgicos como não alérgicos. Os fatores psicológicos têm papel
modificador, podendo agravar a crise asmática.
É prudente solicitar ao paciente asmático que traga o medicamento do qual faz uso,
já que o mesmo está habituado, para ser empregado numa possível crise aguda.
O uso de anestésicos locais com vasoconstritores não é contraindicado. Na
realidade, a adrenalina até poderia ter uma ação benéfica com consequente melhoria das
condições respiratórias. Para pacientes asmáticos alérgicos deve-se, entretanto ter cuidado,
pois sulfitos (conservantes de alimentos que causam alergias) são também incorporados às
soluções anestésicas que contém vasoconstritores do tipo amina simpaticomimética, para
evitar a oxidação e consequente inativação dos mesmos. Deve-se, em pacientes asmáticos
dependentes de corticoides, evitar estes vasoconstritores, dando-se preferência à
felipressina.
334
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Caso o paciente não esteja tomando sua medicação de forma regular ou tenha
relatado algum episódio convulsivo recente, o mesmo deve ser encaminhado para uma
avaliação médica antes do início do tratamento odontológico. Deve-se verificar
preventivamente, se o paciente tomou sua medicação no dia do atendimento e também
avaliar seu grau de estresse ao procedimento planejado. A maioria das convulsões são
autolimitadas. Após a recuperação, sob os cuidados de um adulto, o paciente pode ser
dispensado com recomendação de não dirigir qualquer tipo de veículo.
335
Síntese
Anestésicos Locais
Analgésicos
Anti-inflamatórios
Antibióticos
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
São pacientes que têm o hábito de consumo de álcool e, muitas vezes, apresentam
resistência ao tratamento odontológico, necessitando de muita habilidade por parte da
equipe, isso em decorrência de problemas sociais, psíquicos e biológicos que se
apresentam nesses pacientes. Geralmente, são hepato e gastropatas, com metabolismo
acelerado, insuficiência excretora, vasodilatação sistêmica e problemas de hiperglicemia.
O consumo prolongado de álcool retarda as funções do sistema imunológico,
levando a uma maior propensão para doenças infecciosas, pneumonias, tuberculose e
mesmo câncer. Pode-se dizer que o consumo intenso de álcool afeta, de forma irreversível
todas as funções do sistema imunológico, com isso aumenta as chances de contaminação,
devido à imunodepressão. Também pode causar perda do apetite que resulta em
deficiências nutricionais, principalmente vitaminas A, E, C e do complexo B.
Anestésicos locais
a
• 1 opção: Prilocaína com felipressina. Evitar derivados de adrenalina
• Os pacientes etílicos geralmente têm uma potencialização anestésica difícil
Analgésicos
• 1 opção: Dipirona (Novalgina®, Anador®, Magnopyrol®, etc.)
a
Anti-inflamatórios
• 1 opção: Benzidamina (Benflogin®, Benzitrat®, Eridamin® 50 mg)
a
Antibióticos
• Sem restrições, indicado conforme a patologia em questão
Domingos Alvanhan
Lázara Regina de Rezende
Considerações odontológicas
• É um processo inflamatório
• Realizar higiene do local com
devido a contaminação por
solução de gluconato clorexidina a
estreptococos, estafilococos e
0,12% ou
• Queilite Angular Candida albicans, localizado
no ângulo labial, caracterizado • PVPI (polivinilpirrolidona-iodo)
por discreto edema, eritema, oral e, em seguida, aplicação de
descamação, erosão e fissuras antimicóticos (cetoconazol creme)
ou a perda da dimensão até a regressão da lesão
vertical de oclusão
• Profilaxia antibiótica
o Recomenda-se cautela no uso de antibióticos, pois a indicação não ocorre
somente pelo fato do paciente ser portador do HIV/AIDS
o A necessidade de profilaxia antibiótica deve ser baseada nas condições gerais
de saúde, sempre em consonância com médico responsável pelo mesmo
o Situações em que se recomenda a profilaxia antibiótica
Endocardite infecciosa: Seguir indicações descritas no Quadro 62, deste
Capítulo
Granulocitopenia (contagem abaixo de 500/mm3 em pacientes que não
recebem antibióticos bactericidas) seguir indicações decritas no item 4.6
deste Capítulo
Não há necessidade de usar cobertura antibiótica para prevenir infecção
pós-procedimento. O uso de antibióticos deve ser analisado a cada caso
• Tratamento endodôntico
o A presença do HIV não altera a resposta ao tratamento endodôntico. Se ocorrer
alguma sintomatologia será suave e poderá ser controlada com anti-inflamatórios
e antibióticos, dependendo da sua natureza
• Procedimentos cirúrgicos
o Uma preocupação constante quando da manipulação cirúrgica de tecidos em
portadores do HIV e doentes de AIDS diz respeito à habilidade de reparação
tecidual. De acordo com vários estudos parece não existir diminuição da
capacidade de reparação tecidual ou aumento da ocorrência de alveolite.
Tratamento básico periodontal e adequação do meio bucal devem ser realizados
antes do tratamento cirúrgico com o objetivo de reduzir a possibilidade de
infecção sistêmica
o Recomendam-se enxágues com solução antibacteriana (gluconato de clorexidina
a 0,12%, por um minuto) antes do tratamento e duas vezes ao dia, por 3 dias
após o mesmo, com o objetivo de reduzir o risco de complicações sistêmicas
343
• Procedimentos reaturadores
o Não há restrições quanto aos procedimentos a serem executados, como:
Restauração com amálgama de prata, resina composta ou ionômero de
vidro
Coroas e outros aparelhos protéticos
• Consultas de retorno
o O retorno do paciente deverá ser de rotina, o tempo será determinado de acordo
com o risco de cada paciente
344
Fluxograma 11 - Atenção odontológica ao portador do HIV e doente de AIDS
Anamnese
Lesões em
tecidos moles?
Sim Não
Encaminhamento
para serviço de
referência
especializado
Tratamento
odontológico
Preventivo
Restaurador
Endodôntico
Peridontal
Cirúrgico
Protético
Manutenção
346
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Martha Beatriz Esgaib Issa
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) dez por cento da
população mundial apresenta algum tipo de deficiência sejam estas físicas, motoras ou
sensoriais. Segundo o Censo de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
o Brasil apresenta 24,5 milhões de pessoas com deficiência, o que equivale a 14,5% da
população. Na realidade o conceito de paciente especial tem se modificado e se distanciado um
pouco daquele que definia o do excepcional (portador de retardo mental).
Estudos epidemiológicos têm demonstrado que estes pacientes acabam por
concentrar maior prevalência de doenças bucais, especialmente pela dificuldade de acesso ao
serviço que, quando oferecido, ocorre em caráter emergencial.
Alguns pacientes podem, eventualmente, impor certa dificuldade ao atendimento
odontológico, muitas vezes, devido à limitação intelectual que possuem ou decorrente de medo
frente ao atendimento.
A aplicação de técnicas de gerenciamento comportamental pode ser útil no
atendimento a certos pacientes, no entanto, em outros podem se mostrar ineficazes justificando
a utilização de métodos de contenção física, química ou hospitalar, com isso oferecendo a estes
pacientes um atendimento mais seguro e menos estressante.
É importante que se destaque a necessidade do atendimento ao paciente com
deficiência mental ser, primeiramente, oferecido pela USF do seu local de moradia, quando este
se mostrar cooperativo.
Dentro do grupo desses pacientes, o CEO oferece atendimento especializado a
aqueles com deficiência mental, distúrbios comportamentais que imponham alguma dificuldade
ao atendimento na USF.
347
Causas conhecidas
• Anormalidades cromossômicas
• Condições pré-natais (rubéola, consumo de álcool, uso de drogas, etc.)
• Condições perinatais (anóxia ou hipóxia, prematuridade, hiperbilirrubinemia, infecções, etc.)
• Condições pós-natais (meningite, encefalite, trauma, desnutrição severa, privação
econônima e sociocultural, etc.)
O retardo mental pode ser definido através do Quociente de Inteligência (QI) ou por
outras categorias. Estas classificações, embora possam servir como parâmetro, nem sempre
são recomendadas, o melhor seria uma abordagem individualizada.
Desordens associadas
Considerações odontológicas
• Permita que o paciente se familiarize com o ambiente clínico e com os membros da equipe
antes de manipulá-lo
• Sugira que o paciente traga de casa um objeto favorito para segurar durante a visita
(bichinho de pelúcia ou brinquedo)
• Converse sempre com o paciente, mesmo que aparentemente ele não entenda
• Fale devagar, seja repetitivo e use termos simples
• Procure tocá-lo suavemente e sorrir, uma vez que seu grau de sensibilidade é extremanente
aguçado, apresentando maior nível de compreensão do que pode demonstrar
• Dê somente uma explicação de cada vez
• Elogie-o após o término de cada sessão
• Ouça-o, estando atento aos gestos e pedidos verbais
350
Causas
Manifestações comuns
• Retardo mental: Aproximadamente 60% das pessoas com PC apresentam algum grau de
retardo metal
• Desordens convulsivas: Aparecem em 30 a 50% dos casos, ocorrendo primariamente
durante a infância. A maioria dos ataques pode ser controlada com anticonvulsivantes
• Deterioração da audição
• Estrabismo
• Contrações articulares: Posturas anormais dos membros, principalmente por desuso do
grupo dos músculos
• Reflexo de sobressalto
• Reflexo de náusea
• Sensibilidade a toques, jatos de ar e água
• Engasgos frequentes
Condições bucais
Considerações
Características gerais
• Órbitas pequenas
• Olhos inclinados para cima
• Nariz em sela
• Orelhas malformadas e de implantação baixa
• Retardo mental, com a maioria variando na faixa de leve a moderado
• Baixa estatura
• Ocasionalmente obesos
• Pescoço e tronco curtos
• Nuca plana
354
OBS: A grande maioria dos pacientes com SD é agradável, alegre, afetuoso, colaborador.
Normalmente podem ser tratados em consultório dentário do mesmo modo que os demais
pacientes
4.22.4 Autismo
Causas pré-natais
• Atrofia óptica
• Microftalmia
• Catarata
• Coloboma40
• Tumores
• Toxoplasmose
• Sífilis congênita
• Rubéola congênita
• Meningite tuberculosa
• Doença de inclusão citomegálica41
Causas pós-natais
• Trauma
• Fibroplasia retrolental42
• Hipertensão
• Nascimento prematuro
• Policitemia verdadeira43
• Desordens hemorrágicas
• Leucemia
40
Nome dado a qualquer fissura, fenda ou descontinuidade em qualquer segmento do globo ocular de
origem congênita
41
Infecção congênita por citomegalovírus
42
Fibrose vitreorretiniana, com formação de novos vasos, decorrente de hiperoxigenação de incubadora
43
Aumento da massa de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito, acompanhado de um aumento do
volume sanguíneo total. Como são demasiados, tornam o sangue muito viscoso e podem "entupir" alguns
vasos ou facilitar que sangrem
357
• Diabetes Mellitus
• Glaucoma
Considerações odontológicas
• Fatores pré-natais
o Infecções virais, tais como rubéola e influenza
o Drogas ototóxicas
o Sífilis congênita
o Síndromes hereditárias
• Fatores perinatais
o Toxemia tardia na gravidez
o Prematuridade
o Trauma ao nascimento
o Anóxia
o Eritroblastose fetal
• Fatores pós-natais
o Infecções virais (caxumba, sarampo, catapora, influenza, poliomielite, meningite, etc.)
o Traumas
o Drogas ototóxicas como aspirina, estreptomicina, neomicina, canamicina
359
Considerações odontológicas
Considerações gerais
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VIEIRA, A. R. O flúor ministrado na gravidez previne mesmo a cárie? Pediatria Atual, v. 11, p.
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WASYLKO, L. et al. A review of common dental treatments during pregnancy: implications for
patients and dental personnel. Journal of the Canadian Dental Association. v. 64, n. 6, p.
4343, June, 1998.
CAPÍTULO 5
ATENÇÃO ESPECIALIZADA
367
368
5. ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
João Fernando Balan
Euterpe Frigeri Barczysczyn
5.2 ENDODONTIA
Referência
Encaminhar
Critérios de encaminhamento
• Verificar
o Se a coroa clínica será restaurável após tratamento endodôntico
o Se há condições de receber isolamento absoluto. Caso contrário,
encaminhar previamente para o serviço de Periodontia para aumento de
coroa
o Se o dente irá necessitar de uma prótese (orientar o usuário quanto ao seu
custo, já que a mesma não será realizada pelo CEO)
• Antes de encaminhar o usuário, remover toda a cárie do dente suspeito e verificar o
potencial de reversão do processo patológico, realizando:
o Proteção pulpar direta ou indireta
o Aguardar por um período para verificar a reação pulpar, realizando testes de
vitalidade
o Verificar se o dente apresenta sintomas de alteração pulpar
o Dentes com indicação de endodontia, fazer abertura coronária,
reconstrução de paredes ausentes e curativo de demora (formocresol ou
tricresol)
• Estabelecer diagnóstico diferencial entre dor de origem endodôntica ou periodontal
antes de encaminhá-lo ao serviço especializado
• Dente com evidência clínica de abscesso com tumefação facial e/ou dor, realizar a
devida intervenção e medicação anti-infecciosa com o intuito de aliviar os sintomas,
antes de encaminhar ao serviço especializado
371
Não encaminhar
Consideração
USF
• Diagnóstico
• Remoção de cárie
• Acesso endodôntico
• Curativo de demora
(formocresol ou tricresol)
Endodontia
• Realiza a endodontia
• Encaminha o usuário para a USF
de origem para a conclusão do
tratamento
USF
5.3 PERIODONTIA
Referência
Encaminhar
• Dentes com bolsa periodontal > 4 mm e/ou nos casos de insucesso após raspagem
subgengival
• Cirurgia pré-protética: Aumento de coroa clínica para restaurações ou próteses
(dentes que apresentem fraturas ou cárie subgengival e casos de prótese anterior
ou posterior em que o paciente tenha condições de arcar com o custo da mesma)
• Frenectomia: De freio lingual e em casos onde o freio labial é bem desenvolvido,
que penetre na papila, causando diastemas. Este procedimento deverá,
preferencialmente, ser realizado após a erupção dos incisivos superiores
permanentes
• Bridectomia: Quando sua inserção dificultar a higienização e/ou estiver causando
recessão gengival
• Contenção (Splintagem): Em caso de mobilidade severa dos dentes causada por
doença periodontal avançada desde que haja controle adequado de biofilme dental
• Cunha distal ou mesial: Nos casos de bolsas > 4 mm, onde se verifique hiperplasia
gengival que impossibilite a higienização ou restauração adequada
• Gengivectomia e gengivoplastia: Onde exista hiperplasia gengival, inclusive
induzida por medicamento
Não encaminhar
Considerações
44
Classificação das mobilidades dentárias:
Grau I – Mobilidade leve, até 1mm de deslocamento vestíbulo-lingual
Grau II – Mobilidade moderada, até 2mm de deslocamento vestíbulo-lingual
Grau III – Mobilidade severa, mobilidade > 2mm em todas as direções ( vestíbulo-lingual , mésio-distal e vertical)
376
CEO
Paciente atende aos
critérios
estabelecidos?
Sim
Não
CEO realiza
tratamento
periodontal
Referência
Encaminhar
Não encaminhar
Considerações
Avaliação pelo CD da
Especialidade
O CEO confecciona:
• Prótese parcial removível
• Prótese total
• Prótese unitária anterior
Referência
Encaminhar
Não encaminhar
• Exodontias simples, inclusive para finalidade protética (devem ser realizadas nas
USF)
• Raízes residuais
• Procedimentos para atendimento em ambiente hospitalar
• Usuários com patologias sistêmicas não compensadas
383
Considerações
Avaliação pelo CD da
Especialidade
Avaliação clínica e de
imagens
Resultado do Resultado do
exame exame Retorno para USF
positivo para negativo para
câncer câncer
Proservação
Encaminhamento
para especialista
em Oncologia
386
Referência
Encaminhar
Agendamento
• Contato telefônico com o CEO para efetuar o agendamento. O usuário deve retirar
a guia de agendamento na USF de origem
Considerações
É colaborador?
Não Sim
Manutenção na USF
Não Sim
Atendimento ambulatorial
Atendimento • Educação em saúde
hospitalar • Procedimento clínico
Manutenção no
CEO
389
390
CAPÍTULO 6
PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS
392
6. PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS
Durante muitos anos prevaleceu o conceito de que o importante seria a ingestão de flúor
durante a fase de desenvolvimento dentário, visando-se sua incorporação ao esmalte e
obtenção de um dente mais resistente à ação dos ácidos provindos do biofilme dental. Assim,
sua principal ação seria pré-eruptiva, justificando sua ingestão somente até os treze anos de
idade, época em que os dentes permanentes estariam com suas coroas formadas, excetuando-
se os terceiros molares.
Atualmente, entretanto, predomina o conceito da ação dinâmica do flúor durante os
processos de desmineralização (DES) e remineralização (RE) do esmalte dentário ou de uma
atuação predominantemente pós-eruptiva. De acordo com este pensamento, o flúor deve estar
presente de forma contínua na saliva, com isto ofecerendo efeito tópico e terapêutico nos
dentes, participando ativamente na inibição de cárie.
Nos métodos sistêmicos (água fluorada ou suplementos de flúor), o reservatório de flúor
é o osso renovável, o qual se mantém como manancial deste elemento para o plasma e,
posteriormente, para a saliva.
Nos métodos tópicos, o uso frequente dos fluoretos leva à formação de um mineral
semelhante ao fluoreto de cálcio (CaF2), o qual se deposita sobre superfície dentária,
funcionando como reservatório local de flúor. Nos episódios de queda do pH, em que ocorre a
desmineralização, o flúor é liberado desta camada, potencializando o processo de
remineralização.
• Água fluorada
A sua utilização pós-natal para o bebê não está indicada na região urbana de Londrina,
pois a água de abastecimento público é fluorada.
Em localidades sem água fluorada, seu uso também não está indicado, já que a
população infantil tem acesso a dentifrícios com flúor.
• Dentifrícios fluorados
o 2 anos: 65%
o 3 anos: 36%
o 4 a 5 anos: 26%
o 6 a 7 anos: 20%
Vantagens
Desvantagens
Indicações
Frequência de utilização
Quantidade
o 3 a 6 anos de idade: Equivalente a 1 grão de arroz (ou dois tufos de cerdas), com
concentração 500 ppm de flúor
o 6 anos de idade: Equivalente a 1 grão de ervilha ou técnica transversal, com
concentração de 1000 a 1100 ppm de flúor
o Adulto: Técnica transversal, com concentração de 1000 a 1500 ppm de flúor
397
Concentração de flúor
Indicação
Vantagens
Desvantagens
o Adesão ao método
o Risco de toxicidade aguda
o Contraindicado para menores de 7 anos devido ao risco de ingestão
Técnica de aplicação
o Bochecho com 10 mL de solução por 1 minuto, uma vez ao dia, antes de dormir. A ação
do flúor não é diminuída em função da presença de biofilme dental. Entretanto, como
forma de se estimular o hábito, reforça-se a necessidade de escovação dentária. Não
ingerir nada ou lavar a boca durante os primeiros 30 minutos.
398
Concentração de flúor
Indicação
o Para grupos de indivíduos que apresentem uma ou mais das seguintes condições, deve-
se instituir o bochecho semanal
Exposição à água de abastecimento sem flúor ou com teores abaixo de 0,4 ppm
de flúor
CPOD médio maior que 3 aos 12 anos de idade
Menos de 30% dos indivíduos livres de cárie aos 12 anos de idade
o Aplicação clínica em crianças de 0 a 36 meses de idade, para aumento da resistência à
cárie, conforme descrito no Capítulo 3, item 3.1.5.2
o No tratamento domiciliar de sensibilidade dentinária
399
Vantagens
Desvantagens
Técnica de aplicação
o Bochecho semanal
Bochecho com 10 mL de solução por no mínimo 1 minuto, uma vez por semana. A
ação do flúor não é diminuída em função da presença de biofilme dental. Entretanto,
como forma de se estimular o hábito de higiene bucal, reforça-se a importância da
escovação dentária. Para se garantir a eficácia do método é preciso realizar, no
mínimo, 25 aplicações por ano
Bochecho com 10 mL de solução por no mínimo 1 minuto, uma vez ao dia, para
dessensibilização dentinária, até a remissão dos sintomas apresentados
400
Concentração de flúor
Indicação
Vantagens
Desvantagens
o Gotejar a solução na ponta de um cotonete até que a mesma esteja bem molhada
(aproximadamente 4 gotas por arco) e esfregar a mesma em todos os dentes após a
realização de limpeza/escovação (sem dentifrício fluorado), no mínimo uma vez ao dia
• Flúor gel
Gel Acidulado
O gel de flúor fosfato acidulado consiste em uma mistura de fluoreto de sódio, ácido
fluorídrico e ácido fosfórico, com concentração de 1, 23% de fluoreto (12300 ppm de íon flúor),
0,98% de ácido fosfórico e um pH de 3,0 a 3,5. Sua utilização clínica leva a uma redução de
aproximadamente 22% no índice de cárie.
Indicações
Vantagens
o Praticidade na aplicação
o Pode ser aplicado por TSB ou ASB, devidamente treinados
o pH ácido da solução incrementa a incorporação de flúor pelo esmalte
Desvantagens
Técnica de aplicação
o A aplicação tópica de flúor (ATF) pode ser realizada utilizando-se moldeira ou por
pincelamento / embrocação
Frequência de aplicação
Gel Neutro
O flúor gel neutro contém fluoreto de sódio 2%, apresentando 9040 ppm de íon flúor.
Indicação
o Pacientes de médio e alto risco de cárie, com facetas de resina ou porcelana em dentes
anteriores ou grandes restaurações anteriores de resina
o Pacientes de médio e alto risco de cárie, com problemas gástricos como gastrite, úlcera,
etc.
Vantagens
o Praticidade na aplicação
o Pode ser aplicado por CD ou TSB ou ASB, devidamente treinados
Desvantagens
Tem como objetivo prolongar o contato entre o esmalte dentário e os íons de flúor e,
desta forma, aumentar a deposição deste elemento químico na superfície dentária. O produto
contém 5% de fluoreto de sódio (equivalente a 2,26% de íon flúor ou 22600 ppm de F), em uma
base de resina natural, apresentando-se como um material viscoso amarelado que após o
endurecimento torna-se uma película de cor amarela-amarronzada sobre o dente. Atualmente já
405
existem no mercado produtos com tonalidades mais compatíveis com a cor do esmalte.
Apresenta uma efetividade clínica na redução de cárie de aproximadamente 38%.
Indicações
Vantagens
o Facilidade de aplicação
o Diminuição do tempo de trabalho
o Liberação de flúor por aproximadamente 12 horas (a maior liberação seria nas primeiras
quatro horas)
o Alta margem de segurança
o Não exige elevada cooperação do paciente
o Endurece em contato com água ou saliva, podendo-se utilizar isolamento relativo para
proteção dos tecidos moles
o Sabor aceitável
Desvantagens
Técnica de aplicação
o Aplicação de fina camada com aplicador ou pincel descartável, cotonete ou com bolinha de
algodão (neste caso, utilizar a pinça hemostática para evitar risco de deglutição da bolinha
pelo paciente). A quantidade necessária para se cobrir a dentição decídua completa varia
de 0,3 a 0,5 mL de verniz
o O produto irá se solidificar em contato com umidade
o Orientar o paciente a não escovar os dentes ou comer alimentos duros nas primeiras 4
horas
OBS: Aplicar somente nas superfícies dentárias afetadas ou sob risco de cárie
Frequência de aplicação
• Na prevenção de cáries
Indicações
Vantagens
Desvantagens
Marcas comerciais
Técnica de aplicação
Consideração
No mínimo
Adulto 2 vezes ao Não Não Não Não Não Não
dia
45
Nos atendimentos clínicos
46
Uso caseiro diário
410
Diamino
Faixa etária Dentifrício Gel Verniz fluoreto de Fluoreto de Bochecho
prata sódio 0,2% diário
NaF 0,05%
0 a 36 meses*
• Remineralização de Prevenção e
manchas brancas: No controle de cárie
mínimo 3 aplicações com em decíduos: 3 a 4 Não Não
3 a 6 anos 2 vezes ao dia Não intervalo de 7 dias aplicações com
• Dentes em erupção: 1 intervalo de 7 dias
aplicação
• Remineralização de Prevenção e
manchas brancas: No controle de cárie
No mínimo 2 1 a 2 aplicações ao ano mínimo 3 aplicações com em decíduos Após avaliação do
7 a 19 anos vezes ao dia intervalo de 7 dias posteriores: 3 a 4 Não profissional:
• Dentes em erupção: 1 aplicações com 1 vez ao dia
aplicação intervalo de 7 dias
* Na faixa etária de 0 a 36 meses a classificação de médio risco não é utilizada, conforme descrito no Capítulo 3, item 3.1.4
Quadro 66 - Utilização do flúor tópico em indivíduos com MÉDIO RISCO de cárie
411
Faixa Dentifrício Gel Verniz Diamino fluoreto de prata Fluoreto Fluoreto de Bochecho
etária de sódio sódio 0,02% diário
0,2% NaF 0,05%
• Prevenção e controle de
cárie em dentes decíduos
Dentes anteriores: No posteriores: 4 aplicações
47 48
0 a 36 Não Não mínimo 3 aplicações com com intervalo de 7 dias Sim Sim Não
meses intervalo de 7 dias • Cárie de mamadeira: 4
aplicações com intervalo
de 7 dias
• Remineralização de
manchas brancas: Prevenção e controle de cárie
No mínimo 3 em decíduos posteriores: 3 a 4
3a6 2 vezes ao Não aplicações com aplicações com intervalo de 7 Não Não Não
anos dia intervalo de 7 dias dias
• Dentes em erupção:
1 aplicação
• Remineralização de
manchas brancas: Prevenção e controle de cárie Após
7 a 19 No mínimo 2 3 a 4 aplicações No mínimo 3 em decíduos posteriores: 3 a 4 Não Não avaliação do
anos vezes ao dia ao ano aplicações com aplicações com intervalo de 7 profissional: 1
intervalo de 7 dias dias vez ao dia
• Dentes em erupção:
1 aplicação
• Remineralização de
manchas brancas: Após
Adulto No mínimo 2 1 a 2 aplicações No mínimo 3 Não Não Não avaliação do
vezes ao dia ao ano aplicações com profissional: 1
intervalo de 7 dias vez ao dia
Quadro 67 - Utilização do flúor tópico em indivíduos com ALTO RISCO de cárie
47
Nos atendimentos clínicos
48
Uso caseiro diário
412
• Após avaliação do
No mínimo 2 vezes ao dia No mínimo 3 aplicações com profissional
intervalo de 7 dias • 1 vez ao dia, enquanto
persistir a sensibilidade
Quadro 68 - Terapia com flúor na sensibilidade dentinária para adolescentes e adultos
Quadro 69 - Terapia com flúor na atenção coletiva em CEI(s) – Zonas urbana e rural
413
Quadro 71 - DPT dos diferentes tipos de flúor para uso tópico na odontologia
49
1 mL corresponde a 20 gotas
415
Sinais e sintomas
Definição
Período de risco
Características Clínicas
• Nos casos muito leves e leves notam-se finas linhas brancas e opacas cruzando o dente em
todas as partes da superfície do esmalte e “cobertura de neve” nas pontas das cúspides, bordas
incisais ou cristas marginais. Pequenos desgastes da superfície do esmalte e pigmentação
amarelada ou marrom podem aparecer, com o passar do tempo, pela impregnação de corantes
dos alimentos
• Nos casos mais severos o esmalte é extremamente poroso e opaco, altamente friável, podendo
se partir (destacar) e pigmentar após a erupção do dente
• O diagnóstico diferencial mais importante é com mancha branca decorrente de cárie e com
outras opacidades
Fatores de risco
Tratamento
Prevenção
Ações educativas
• Suplementos de flúor
o Seu uso está contraindicado em Londrina, pois a água já é fluorada. Orientar sobre riscos
de automedicação. Para indivíduos não expostos à água fluorada, indica-se o uso de
dentifrícios com flúor
• Dentifrícios fluorados
o Concentração de flúor
Até os seis anos: 500 ppm
Sete anos ou mais: 1000 a 1100 ppm
Adolescentes e adultos: 1100 a 1500 ppm
o Frequência
3 a 6 anos: Duas vezes ao dia
7anos ou mais: No mínimo 2 vezes ao dia
420
o Quantidade utilizada em cada escovação
3 a 6 anos:
• Um grão de arroz ou
• Dois tufos de cerdas da escova ou
• Técnica da tampa: Com a bisnaga fechada, pressionar levemente o tubo de
modo a que fique retida na parte interna da tampa uma pequena quantidade
de pasta. Em seguida, abre-se o tubo e pressionam-se as cerdas da escova
a fim de se transferir a quantidade de pasta ali retida
> 6 anos de idade:
• Um grão de ervilha ou
• Técnica transversal, que consiste em, com o tubo de dentifrício em posição
perpendicular ao longo eixo da escova, dispensar sobre as cerdas centrais
da mesma uma quantidade de pasta equivalente a, no máximo, metade da
largura da cabeça da escova. Esta técnica também é recomendada para
adolescentes e adultos
o Orientar quanto a
Necessidade de supervisão da escovação pelos pais / responsáveis ou cuidador
Evitar a ingestão ou deglutição do dentifrício pela criança
Manter produto longe do alcance da criança
• Aleitamento materno50
o Incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade como forma de evitar
o consumo de água ou outros líquidos fluorados
50
O aleitamento materno está contraindicado no caso de mães HIV positivo ou doente de AIDS
421
do total de superfícies da dentição permanente, sendo responsáveis por mais de 60% das
cáries. A explicação para este fato está na morfologia das mesmas, que favorece o acúmulo de
biofilme dental, não sendo possível sua remoção mecânica, além de não se beneficiar da
proteção oferecida pelo flúor como as superfícies lisas.
Os selantes, por sua vez, são efetivos na prevenção de cárie de fóssulas e fissuras. O
uso dos mesmos deve se basear no risco de cárie do indivíduo e da fóssula/fissura analisada. A
morfologia da fissura e a experiência passada de cárie são os principais preditores da doença
cárie, devendo-se considerar também fatores como o diagnóstico clínico, o padrão de
exposição ao flúor e de higiene bucal, além da experiência do profissional .
O risco de cárie pode se alterar devido mudanças de hábitos, das condições físicas, da
microflora do paciente, etc. Desta forma, as fissuras devem ser analisadas continuamente até a
idade adulta.
A seguir, o Quadro 72 apresenta as condutas para a indicação de selantes.
Condição encontrada na
fóssula/ fissura Conduta
• Fóssulas e fissuras profundas: Selar
Ausência de cárie • Fóssulas e fissuras rasas e coalescentes: Não selar51
• Optar por uma das alternativas abaixo
Cárie questionável o Selar52
o Restauração Preventiva de Resina (RPR)53
Mancha branca
(ao longo do sulco) Selar•
Optar por uma das alternativas abaixo
•
Cárie limitada ao esmalte o Selar
o RPR
• Optar por uma das alternativas abaixo
Cárie em dentina o RPR
o Restauração classe I convencional
Quadro 72 - Indicação de selantes segundo condição da fóssula /fissura
51
No caso de diagnóstico duvidoso quanto à profundidade do sulco, indica-se selar
52
A integridade marginal do selante é fundamental para a não evolução de cárie. Por isso, o controle do selante
deverá ser periódico.
53
Restauração preventiva de resina (RPR) segundo classificação de Simonsen (1977):
• Tipo A – Broca esférica (alta rotação) ¼ ou ½ - esmalte – selante
• Tipo B – Broca esférica (alta rotação) 1 ou 2 – esmalte – resina ou CIV + selante
• Tipo C – Broca esférica (alta rotação) ≥ 2 – dentina – resina ou CIV + selante
422
Considerações
Técnica de aplicação
CLARK. D. C. Appropriate uses of fluorides for children: guidelines from the Canadian Workshop
on the Evaluation of Current Recommendations Concerning Fluorides. CMAJ, v. 149, n. 12, p.
1787–1793, 1993.
CONDE, N. C.O; REBELO, M. A. B.; CURY, J. A. Evaluation of the fluoride stability of dentifrices
sold in Manaus, AM, Brazil. Pesquisa Odontológica Brasileira, v. 17, n. 3, ISSN 15177491,
2003.
DITTERICH, R.G. et al. Diamino fluoreto de prata: uma revisão de literatura. Publ. UEPG Ci.
Biol. Saúde, Ponta Grossa, v. 12, n. 2, p. 4552, jun. 2006. Disponível em
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Paulo: Santos, 2000.
VILLENA, R.S.; CORRÊA, M.S.N.P. Uso tópico profissional de flúor. In: CORRÊA, M.S.N.P.
Odontopediatria na primeira infância. 2 ed. São Paulo: Santos, 2005.
VILLENA, R.S.; CURY, J. A. Uso racional do flúor na infância. In: CORRÊA, M.S.N.P.
Odontopediatria na primeira infância. 2 ed. São Paulo: Santos, 2005.
ZANIN, L; PARDI, V. PEREIRA, A.C. Métodos de utilização de flúor tópico. In: PEREIRA, A. C.
Odontologia em Saúde Coletiva: Planejando ações e promovendo saúde. Porto Alegre:
Artmed, 2003.
425
WHITFORD, G. M. Acute and Chronic Fluoride Toxicity. J Dent Res, v. 71, n. 5, p. 1249, 1992.
Disponível em: <http://jdr.iadrjournals.org/cgi/reprint/71/5/1249>. Acesso em: 23 outubro 2008.
426
6.2 PROCEDIMENTOS CURATIVOS BÁSICOS
• Dentística
• Periodontia
• Cirurgia
o Exodontia
o Hemorragia e hemostasia
o Alveolite
o Acidentes e complicações cirúrgicas
427
• Endodontia
o Em dente decíduo
o Em dente permanente
o Urgência endodôntica em dente permanente
428
6.2.1 Dentística
Indicação
Para amálgama
• Cavidade rasa
o Lavar com água de cal (hidróxido de cálcio p.a. + água destilada) ou solução/gel de
gluconato de clorexidina 2%54, por 30 segundos
o Aplicar 2 camadas de verniz cavitário, flúor ou sistema adesivo
54
Assepsia com gluconato de clorexidina a 2% (gel ou solução) antes dos procedimentos restauradores
não interfere na adesão e ajuda na prevenção da entrada de bactérias gram negativas e positivas nos
túbulos dentinários, podendo minimizar a sensibilidade pós-operatória. Essa assepsia deverá ser
realizada por 30 segundos, em seguida lavar e secar.
429
• Cavidade média
o Lavar com água de cal (hidróxido de cálcio p.a. + água destilada) ou solução/gel de
gluconato de clorexidina 2%, por 30 segundos
o Inserir cimento de ionômero de vidro ou cimento de óxido de zinco modificado na
parede de fundo (pulpar e/ou axial)
o Aplicar 2 camadas de verniz cavitário, flúor ou sistema adesivo
• Cavidade profunda55
o Lavar com água de cal (hidróxido de cálcio p.a. + água destilada) ou solução/gel de
gluconato de clorexidina 2%, por 30 segundos
o Aplicar cimento de hidróxido de cálcio na parede de fundo (axial e/ou pulpar)
o Inserir cimento de ionômero de vidro ou cimento de óxido de zinco modificado
o Aplicar 2 camadas de verniz cavitário, flúor ou sistema adesivo
• Cavidade rasa
o Lavar com água de cal (hidróxido de cálcio p.a. + água destilada) ou solução/gel de
gluconato de clorexidina 2%, por 30 segundos
o Aplicar sistema adesivo
• Cavidade média
o Lavar com água de cal (hidróxido de cálcio p.a. + água destilada) ou solução/gel de
gluconato de clorexidina 2%, por 30 segundos
o Inserir cimento de hidróxido de cálcio ou cimento de ionômero de vidro nas paredes
de fundo (axial e/ou pulpar)
o Aplicar sistema adesivo
55
Sugere-se, em cavidades profundas, com possibilidade de sensibilidade pós-operatória, aplicar
®
curativo à base de corticosteroide (Otosporin - sulfato de polimixina B, sulfato de neomicina e
hidrocortisona), durante 5 minutos, antes do forramento. Atua na redução/controle da pressão interna da
polpa dental após a realização do preparo cavitário reduzindo, assim, a sensibilidade.
430
• Cavidade profunda56
o Lavar com água de cal (hidróxido de cálcio p.a. + água destilada) ou solução/gel de
gluconato de clorexidina 2%, por 30 segundos
o Inserir cimento de hidróxido de cálcio ou cimento de ionômero de vidro nas paredes
de fundo (axial e/ou pulpar)
o Aplicar sistema adesivo
• Cavidade profunda57
o Lavar a cavidade com água de cal (hidróxido de cálcio p.a. + água destilada) ou
solução/gel de gluconato de clorexidina a 2%, por 30 segundos
o Aplicar nas paredes de fundo (axial e/ou pulpar) cimento de hidróxido de cálcio
o Tratamento dentinário com ácido poliacrílico (10 a 20%), por 15 segundos, de forma
ativa (esfregar), lavar e secar (sem ressecar a dentina)
o Inserir o cimento de ionômero de vidro na cavidade
56
Idem nota 53.
57
Sugere-se, em cavidades profundas, com possibilidade de sensibilidade pós-operatória, aplicar
®
curativo à base de corticosteroide (Otosporin ), durante 5 minutos, antes do forramento
431
o Cobrir com matriz de poliéster sob pressão durante a presa inicial, por
aproximadamente 5 minutos, a partir da manipulação
o Proteger superficialmente com verniz cavitário, sistema adesivo ou esmalte de unha
incolor
o Realizar o acabamento para remoção dos excessos com instrumento cortante
manual (lamina de bisturi) e reaplicar a proteção superficial
o Polimento deve ser realizado em outra sessão
Profundidade da cavidade
Material
Rasa Média Profunda
restaurador
• Lavar a cavidade com soro fisiológico ou água de cal (hidróxido de cálcio p.a. + água
destilada)
• Secar a cavidade com bolinhas de algodão estéreis
• Aplicar curativo à base de corticosteroide (Otosporin®), durante 5 minutos. Lavar com soro
fisiológico ou água de cal
• Colocar hidróxido de cálcio p.a. (puro ou em pasta) em contato com o tecido pulpar exposto
• Forrar as paredes de fundo (axial e/ou pulpar) com cimento de hidróxido de cálcio
• Inserir cimento de ionômero de vidro como base cavitária
• Restaurar o dente com amálgama de prata, resina composta e/ou cimento de ionômero de
vidro, de acordo o descrito no protocolo
Técnica
• Estabelecer a forma de acesso ao tecido cariado através de broca esférica grande em baixa
rotação
• Remover todo tecido cariado nas paredes circundantes e, em especial, próximo ao ângulo
cavo-superficial para permitir adequado selamento da cavidade
• Remover a camada mais superficial do tecido cariado com colher de dentina afiada de
tamanho compatível com a lesão, deixando-se remanescente de tecido cariado no assoalho
da cavidade
• Lavar a cavidade com solução de hidróxido de cálcio, secando-a em seguida com bolinhas
de algodão estéreis
58
Diante da polpa exposta, quer seja após remoção total do tecido cariado ou frente a um dente com
fratura.
434
• Sobre a parede de fundo, aplicar uma fina camada de pasta de hidróxido de cálcio, obtida a
partir da associação do hidróxido de cálcio p.a. e um veículo aquoso ou oleoso inerte
(propilenoglicol)
• Restaurar provisoriamente a cavidade com cimento de ionômero de vidro ou cimento de
óxido de zinco modificado por um período de aproximadamente 45 dias, quando o material
restaurador provisório deverá ser removido para reavaliação das condições do tecido
dentinário (consistência e coloração)
Indicações
Este material restaurador é indicado para a substituição de tecido dental perdido por
cárie, trauma (fratura) e/ou desgaste, principalmente em regiões onde existe comprometimento
estético. O dente deve ser adequadamente isolado para evitar a contaminação com umidade ou
saliva.
Indicações
Indicações
59
Este material não está indicado para pacientes vulneráveis à carie dentária e em condições nas quais o
controle da contaminação por saliva seja deficiente.
436
• Restaurações de Classe III e V em dentes decíduos e permanentes
• Base cavitária em restaurações de amálgama de prata e/ou resina composta
• Selamento cavitário em dentes tratados endodonticamente ou com tratamento expectante
• Adequação do meio bucal em paciente com alto risco à doença cárie
• Tratamento Restaurador Atraumático (TRA)
• Reparo de restaurações
• Selamento de cicatrículas e fissuras, principalmente em dentes parcialmente erupcionados
Técnica
• Anestesia, se necessária
• Prova do fragmento em posição no remanescente dental para checar a adaptação
• Isolamento absoluto ou relativo do campo operatório, conforme a possibilidade
• Profilaxia do remanescente dental e limpeza do fragmento
• Preparo do remanescente dental
o Condicionamento ácido da dentina e do esmalte dental60
o Lavagem e secagem
o Aplicação do sistema adesivo, sem fotopolimerização
• Preparo do fragmento dental
o Alívio interno do tecido dentinário, sem tocar na margem em esmalte, para
compensar a espessura do material de proteção do complexo dentina/polpa, caso
esse seja inserido sobre a dentina no remanescente dental
o Lavagem e secagem
o Condicionamento ácido da dentina e do esmalte dental
o Lavagem e secagem
o Aplicação do sistema adesivo, sem fotopolimerização
• Aplicação da resina no fragmento61
60
Se necessário, dependendo do grau de comprometimento do tecido dentinário, idade do paciente e
volume pulpar, antes do condicionamento ácido, pode-se utilizar cimento de hidróxido de cálcio e/ou CIV
para proteção do complexo dentina/polpa, antes da realização do condicionamento ácido.
437
• Adaptação do fragmento ao remanescente dental
• Remoção dos excessos de resina (se necessário)
• Fotopolimerização por 40 segundos, por face (vestibular e lingual)
• Acabamento
• Avaliação da oclusão
• Polimento
Técnica
• Anestesia
• Isolamento absoluto ou relativo do campo operatório, conforme a possibilidade
• Lavar a área de exposição do tecido pulpar com soro fisiológico ou água de cal (hidróxido
de cálcio p.a. + água destilada)
• Secar o local com bolinhas de algodão estéreis
• Aplicar curativo à base de corticosteroide (Otosporin®), durante 5 minutos. Lavar com soro
fisiológico ou água de cal
• Colocar hidróxido de cálcio p.a. em contato com o tecido pulpar exposto
• Inserir nas paredes de fundo (axial e/ou pulpar) cimento de hidróxido de cálcio e, se
necessário e tiver espaço suficiente, cimento de ionômero de vidro
• Prova do fragmento em posição no remanescente dental para checar a adaptação
• Profilaxia do remanescente dental e limpeza do fragmento
• Preparo do remanescente dental
o Condicionamento ácido da dentina e do esmalte dental62
o Lavagem e secagem
o Aplicação do sistema adesivo, sem fotopolimerização
61
Por necessidade estética, quando não há uma boa adaptação do fragmento ao remanescente dental ou
para aumentar a resistência na linha de colagem entre fragmento e remanescente, pode-se confeccionar
canaleta na linha de união fragmento/remanescente vestibular, com ponta diamantada esférica, em alta
rotação. Recondicionamento ácido, aplicação de sistema adesivo, inserção da resina composta e
fotopolimerização.
62
Se necessário, dependendo do grau de comprometimento do tecido dentinário, idade do paciente e
volume pulpar antes do condicionamento ácido, pode-se utilizar cimento de hidróxido de cálcio e/ou CIV
para proteção do complexo dentina/polpa, antes da realização do condicionamento ácido.
438
• Preparo do fragmento dental
o Alívio interno do tecido dentinário, sem tocar na margem em esmalte, para
compensar a espessura do material de proteção do complexo dentina/polpa, caso
esse seja inserido sobre a dentina no remanescente dental
o Lavagem e secagem
o Condicionamento ácido da dentina e do esmalte dental
o Lavagem e secagem
o Aplicação do sistema adesivo, sem fotopolimerização
• Aplicação da resina no fragmento63
• Adaptação do fragmento ao remanescente dental
• Remoção dos excessos de resina (se necessário)
• Fotopolimerização por 40 segundos, por face (vestibular e lingual)
• Acabamento
• Avaliação da oclusão
• Polimento
Técnica
• Anestesia
• Profilaxia dos dentes anteriores
• Seleção da resina composta: Tipo(s) e cor(es)
• Isolamento absoluto ou relativo do campo operatório, conforme a possibilidade
• Profilaxia do remanescente dental
• Limpeza do fragmento dental
• Bisel do ângulo cavo-superficial
• Forramento do complexo dentina/polpa
• Condicionamento ácido do esmalte e/ou dentina
• Lavagem e secagem
• Aplicação do sistema adesivo e fotopolimerização
• Colocação da matriz de poliéster e cunha de madeira
63
Idem nota 59.
439
• Inserção da resina composta em incrementos
• Fotopolimerização de cada incremento por 40 segundos
• Acabamento
• Avaliação da oclusão
• Polimento
440
6.2.2 Periodontia
Domingos Alvanhan
Wagner José Silva Ursi
Cristiane de Andrade Janene Gonini
• Descrição
• Tratamento
o Drenagem do abscesso e remoção do agente agressor
• Descrição
• Tratamento
1ª Sessão
OBS: No caso de risco de EI, realizar também a profilaxia antibiótica conforme descrito no
Capítulo 4, item 4.6
2ª Sessão
6.2.2.1.3 Pericoronarite
• Descrição
o Processo inflamatório dos tecidos gengivais que recobrem as coroas dos dentes em
erupção ou parcialmente erupcionados através de bactérias ali colonizadas
442
• Tratamento
1ª Sessão
2ª Sessão
3ª Sessão
• Descrição
• Tratamento
o Limpeza da boca com água oxigenada 3% diluída na proporção 1:4 ou com água
boricada três a quatro vezes ao dia
o Aplicação tópica de VASA 2% antes das refeições e após a limpeza
o Prescrição de
Vitamina B (10 a 20 gotas ao dia até o término do frasco)
Vitamina C (Ex: CETIVA AE®) uma gota por Kg peso corporal, duas vezes ao
dia, até término do frasco, para aumentar a resistência do organismo.
Analgésicos: Paracetamol ou Dipirona
o A higiene bucal diária, feita em casa, é de extrema importância para o controle de
infecção secundária por bactérias ou fungos
444
o No caso de infecção secundária pode-se dissolver uma cápsula de Tetraciclina 500
mg na solução de VASA 2% e aplicar no local antes das refeições e após a limpeza
o Recomendar dieta pastosa ou líquida e fria (chá, leite, sucos, gelatina, iogurte,
sorvete, mingau, etc.)
o Hidratação adequada
• Descrição
• Sinais bucais
1ª Sessão
2ª Sessão
3ª Sessão
4ª Sessão
Domingos Alvanhan
José Roberto Pinto
Wagner José Silva Ursi
Cristiane de Andrade Janene Gonini
6.2.3.1 Exodontias
• Indicação
o Decíduos
o Permanentes
449
• Cuidados operatórios
• Condutas do ASB
• Principais causas
o Exames radiográficos insuficientes ou com distorções
o Técnica cirúrgica não compatível com o procedimento
o Planejamento inadequado
o Desconhecimento anatômico da área a ser operada
o Preparo insuficiente em relação à técnica cirúrgica
o Uso de instrumentais inadequados e insuficientes
Luxação da ATM
Conduta
o Proteger os dedos com gaze ou com tecido, devido ao impacto no retorno à posição de
oclusão
o Prender fortemente a mandíbula com os polegares introduzidos na boca, sobre os
dentes inferiores, e os demais dedos por baixo da mandíbula, empurrando-a para baixo,
para trás e para cima
o Receitar analgésico e relaxante muscular
o Orientar repouso para a ATM (alimentação pastosa, evitar movimentos amplos da
mandíbula)
o Na impossibilidade de redução: Encaminhamento para atendimento hospitalar
Principais causas
Complicações
Hilton Hirabara
Pedro Sperandio Lopes Morales
José Roberto Pinto
Wagner José Silva Ursi
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Anticoagulantes
Heparina Sódica
64
O INR é um exame que mede o tempo de coagulação e o compara com uma média. Pessoas sadias
apresentam um INR até 1.3. Pessoas anticoaguladas têm um INR entre 2.0 e 4.0. Um INR > 4.0 pode
indicar que a coagulação sanguínea está excessivamente lenta, criando um risco de hemorragia
incontrolada.
454
alterações da coagulação, impedindo a função plaquetária e aumentando a permeabilidade
vascular.
• Eritromicina
• Claritromicina
Antibióticos / antifúngicos • Metronidazol
• Trimetropim
• Trimetropim-sulfametoxazol
• Salicilatos
Anti-inflamatórios e analgésicos • Fenilbutazona (doses elevadas)
Antiarrítmicos • Amiodarona
• Andrógenos
Miscelânia • Cimetidina
• Glucagon
• Hormônio tiroideano
Quadro 74 - Drogas que potencializam a ação da Varfarina de forma significativa
Drogas antitiroideanas
Barbitúricos
Rifampicina
Carbamazepina
Colestiramina
Quadro 75 - Drogas que inibem a ação da Varfarina de forma significativa
455
• Acetaminofem
Aumentado • Anti-inflamatórios não hormonais
• Miconazol, fluconazol, cetoconazol
• Anticoncepcional oral
• Griseofulvina
Diminuído • Espiranolactona
• Diuréticos tiazídicos
Quadro 76 - Drogas mais utilizadas que possuem interações com a Varfarina em menor
intensidade
• Acido Acetilsalicílico
• Dipiridamol (Persantim®)
• Sutura
• Compressão com gaze
• Utilização de gelo
• Colocação de esponja de fibrina no alvéolo
• Colocação de cera cirúrgica no alvéolo
• Infiltração local com solução anestésica com vasoconstritor
• Cauterização com instrumento metálico aquecido
• Cauterização com bisturi elétrico
456
Consideração
Caso essas medidas não produzam resultado e de acordo com a gravidade do caso, é
aconselhável o encaminhamento do paciente para um serviço médico e/ou para cirurgião buco-
maxilo-facial.
1. Anamnese criteriosa
2. Curetagem de tecido de granulação
3. Compressão digital para aproximação das paredes do alvéolo
4. Sutura
5. Compressão com gaze por 15 minutos
6. Aplicação de gelo por 15 minutos
Fluxograma 17 - Conduta frente à hemorragia pós-exodontia
457
Pronto-atendimento
Aferição da PA
Inspeção da intensidade
do sangramento e sua
origem (tecidos moles
ou ósseo?)
Pequeno Grande
Resolução do
sangramento?
Sim
Não
Observação por
30 minutos e
recomendações
Encaminhamento
hospitalar em
conformidade
com fluxo da USF
Retorno após 24
horas para nova
avaliação
Avaliação pelo
cirurgião buco-
maxilo-facial
458
6.2.3.4 Alveolite
Classificação
• Alveolite seca: Alvéolo aberto, sem coágulo, paredes ósseas expostas, dolorosas,
tecido gengival pouco infiltrado, muito doloroso, sobretudo nos bordos. É uma lesão em
que, por falta imediata ou por desaparecimento prematuro do coágulo, o alvéolo ficará
aberto, o qual, entra em comunicação com a cavidade bucal, com suas paredes ósseas
desprotegidas e seus bordos gengivais separados. Suas paredes ósseas apresentam
uma cor acinzentada, a dor é irradiada e ocorre entre dois a três dias após a cirurgia
Fatores de risco
• Exodontias mandibulares
• Exodontias de dentes inclusos mandibulares
• Exodontias traumáticas e difíceis
• Exodontias no sexo feminino quando utiliza anticoncepcional
• Higiene bucal precária
• Tabagismo
• Diabetes Mellitus
• Senilidade
• Ausência de adoção de medidas de biossegurança
• Pacientes imunodeprimidos (Ex: HIV/AIDS)
459
Prevenção
Tratamento
1ª opção
2ª opção
Pulpotomia
Indicação
Técnica
• Anestesia
• Isolamento absoluto ou relativo, conforme disponibilidade
• Remoção do tecido cariado mais contaminado com brocas
• Remoção da polpa coronária com cureta afiada ou brocas esféricas estéreis, em
baixa ou alta rotação.
• Hemostasia com água oxigenada 3%
• Aplicação de bolinha de algodão esterilizada com formocresol
• Capeamento com óxido de zinco e eugenol + 1 gota de formocresol ou CTZ
(Cloranfenicol + Tetraciclina +Cimento Oxido de Zinco)
• Forramento, de preferência com CIV
• Restauração
463
Pulpectomia
Indicação
Contraindicação
Condições especiais
Técnica
• Anestesia, se necessária
• Isolamento absoluto ou relativo, conforme disponibilidade
• Remoção total de tecido cariado e polpa coronária
• Localização dos condutos
• Remoção do tecido necrótico com limas endodônticas. Na ausência de isolamento
absoluto, é obrigatório o uso de amarrilhas com fio dental nos cabos das limas
endodônticas para evitar a deglutição acidental das mesmas
• Lavagem e irrigação com soro fisiológico, água destilada ou água oxigenada 3%
• Secagem com cones de papel
464
• Colocação da medicação (pasta de iodofórmio + Rifocort®65 + paramonoclorofenol
canforado - PC ou CTZ)
• Forramento, de preferência com CIV
• Restauração
• Em presença de fístulas realizar sua curetagem
Pulpotomia
Técnica
65
Rifamicina SV sódica + acetato de prednisolona
465
• Lavagem e irrigação com soro fisiológico ou água destilada abundantemente até a
hemostasia, sem formação de coágulo
• Secagem com mecha de algodão hidrófilo estéril
• Gotejamento com medicação à base de corticoesteroide e antibiótico (Otosporin®),
aguardando um período de 3 a 5 minutos de ação
• Lavagem da cavidade com solução saturada de hidróxido de cálcio (água de cal)
• Secagem da cavidade com mecha de algodão hidrófilo estéril
• Aplicação de uma camada de hidróxido de cálcio p.a., forrando o assoalho da
câmara pulpar
• Colocação de base forradora (cimento de óxido de zinco modificado ou similar)
• Colocação de CIV
• Restauração final
• Ajuste oclusal
• Prescrição de analgésicos, se necessário
Técnica
Dor provocada
ou exacerbada
Aguda com frio, Cárie, - - - Sensível Ligeira - Tratamento
localizada, Restauração sensibilidade conservador
curta duração, ou Prótese
cessando com dentária
Alteração inflamatória pulpar
analgésicos
Dor forte,
espontânea,
exacerbada
pelo calor, Cárie, Ligeira - Ligeira Sensível Exacerbação Espessamento
Pulpite diminuída pelo Restauração sensibilidade sensibilidade da dor do espaço Pulpectomia
Fase Irreversível
Sensação de
Pericementite Aguda
Polpa dente crescido, dor Contato Positiva Positiva Vitalidade Vitalidade Espessamento Remoção da
vital localizada e prematuro Sensibilidade pulpar pulpar do espaço causa com ajuste
permanente pericementário oclusal e
Alteração periapical aguda
analgésico
Fonte: Cadernos de Saúde Bucal – Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, 2005
Quadro 78 - Alterações periapicais agudas e conduta
469
Cárie,
restauração,
Alteração periapical crônica
Cárie, Rarefação
Granuloma Assintomático restauração Sensível - Sensível - - óssea
ou prótese periapical
dentária circunscrita
Necropulpectomia
Medicação
sistêmica, se
Cárie, necessário
Assintomático, Restauração Rarefação
Cisto abaulamento ou prótese Sensível - Sensível - - óssea
ósseo dentária periapical
abaulamento circunscrita
ósseo
Fonte: Cadernos de Saúde Bucal – Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, 2005
Quadro 79 - Alterações periapicais crônicas e conduta
470
BIBLIOGRAFIA
BERG, J.H. Glass ionomer cements. Pediatric Dentistry, v. 24, n. 5, p. 43-08, 2002.
CAPÍTULO 7
TRAUMATISMO EM DENTES PERMANENTES
474
Alice T. Ogawa
Antônio Ferelle
Domingos Alvanhan
Cristiane de Andrade Janene Gonini
O exame dos pacientes com traumatismo dentário deve ser feito o mais
rápido possível, logo após o acidente. Neste exame deve-se conseguir o máximo de
informações como: Histórico do paciente (anamnese), histórico do trauma, exames clínicos
e radiográficos, que deverão ser anotados na ficha para posterior consulta.
7.1 ANAMNESE
História do trauma
Conduta
Fratura do esmalte
Conduta
Conduta
Conduta
Conduta
Conduta
Conduta
Conduta
Sub-luxação
Conduta
Extrusão parcial
Conduta
Intrusão
Conduta
Avulsão total
Conduta
O tempo que o dente fica fora da boca é que irá estabelecer os procedimentos
clínicos.
Considerações gerais
• Nunca manusear o dente pela raiz, sempre prendê-lo pela região da coroa
483
Procedimentos clínicos
• Anestesia
• Isolamento absoluto ou relativo
• Acesso coronário com broca de alta rotação com bastante refrigeração a partir
do local em que a polpa está exposta, com o cuidado de não se introduzir
demais a broca no interior da polpa
• Remoção parcial da polpa com uma broca diamantada de alta rotação (esférica,
tronco-cônica ou cilíndrica) com bastante refrigeração. Não se recomenda a
utilização de curetas, escariadores de dentina ou brocas de baixa rotação
para esse procedimento, devido ao deslocamento da polpa e introdução de
484
BIBLIOGRAFIA
ANDREASEN, J.O., ANDRESEN, F.M. Texbook and Color Atlas of Traumatic Injuries to
the Teeth 3rd ed. Copenhagen, Munksgaard Publishers, 1993.
BARRET, E.J., KENNY, D.J. Avulsed permanent teeth: a review of the literature and
treatment guidelines. Endod Dent Traumatol, v. 13, p. 153-163, 1997.
CAPÍTULO 8
HIPOSSALIVAÇÃO
487
488
8. HIPOSSALIVAÇÃO
Patologias ou condições
Medicamentos
Sinais e sintomas
Bucais Sistêmicos
Recomendações e conduta
Bibliografia
CAPÍTULO 9
ABUSO INFANTO-JUVENIL
494
9. ABUSO INFANTO-JUVENIL
Domingos Alvanhan
Renato Mikio Moriya
Cristiane de Andrade Janene Gonini
Violência Física
Violência psicológica
• Isolamento emocional
• Baixa autoestima e autoconfiança
• Dificuldades de fala ou linguagem
• Fraco desempenho escolar
• Comportamento regressivo
• Medo (real ou aparente) em relação ao agressor(es)
• Agressividade ou violência e comportamento suicida
496
Violência sexual
Configura-se a violência sexual doméstica como todo ato ou jogo sexual, em uma
relação hetero ou homossexual, entre um ou mais adultos e uma criança ou adolescente,
tendo por finalidade obter a estimulação sexual da criança ou adolescente ou utilizá-la para
obter uma estimulação sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa. O abuso sexual,
mesmo quando não traz danos visíveis à integridade física da criança e do adolescente, é
um fenômeno danoso. Em 80% dos casos, o abuso é praticado por membros da família ou
por pessoas conhecidas da vítima.
Esta forma de abuso inclui a presença da violência, como no estupro, brutalização
ou mesmo assassinato de crianças e adolescentes. Inclui também atos onde não há contato
físico, como exibicionismo e “voyeurismo”; onde há contato físico, como os físico/genitais,
contato oral e genital e uso sexual do ânus.
No caso do CD, cabe lembrar que o abuso sexual pode acarretar infecções no
complexo bucofacial e sistêmico, em decorrência do sexo oral (felação), tais como:
• HIV
• Hepatite B
• Gonorreia
• Condiloma acuminado
• Sífilis
• Infecção por Herpes Tipo II
• Monilíase
• Tricomona vaginalis
Avaliação odontológica
Tratamento
Encaminhamento
BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 10
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE SAÚDE BUCAL
503
504
BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 11
BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA
512
INTRODUÇÃO
11.2.1 Imunização
Consideração
Toda a equipe deve utilizar os seguintes EPIs: Gorro, máscara, luvas, sobreluvas,
óculos de proteção, jaleco e sapatos fechados.
Gorro ou touca
• Deve ser descartável, colocado antes da lavagem das mãos, cobrindo todo o cabelo
• Descartar a cada período ou em qualquer indício de contaminação como presença de
respingos de sangue
• No caso de procedimentos cirúrgicos, o mesmo deve ser descartado após o atendimento
Máscara
Luvas
o Tipos de luvas
Óculos de proteção
Jaleco (avental)
• Pode ser de tecido ou descartável66, ter colarinho alto, mangas longas e ser,
preferencialmente, na cor branca
• Deve ser colocado antes da lavagem das mãos e ser usado abotoado
• Retirá-lo todas as vezes que se ausentar da clínica
• Deve ser trocado no final do período ou em qualquer indício de contaminação como
presença de respingos de sangue
66
Se a opção for por jaleco descartável, o mesmo deverá ser descartado no final do período.
515
Calçados
Considerações
(Ex: Superfícies do equipo odontológico, placas de vidro e potes de Dappen, mufla, arco
de Young, óculos de proteção, sacabroca e outros).
Artigos semicríticos: Materiais que entram em contato com secreções
orgânicas (saliva) e que não invadem o sistema vascular. Requerem esterilização ou
desinfecção de alto nível para uso. Ex: Espelhos clínicos, sonda exploradora, pinça
clínica, moldeiras, material de dentística (instrumentais para amálgama, resina, porta-
matriz e outros), canetas de baixa e alta rotação sem contaminação com sangue.
Artigos críticos: Materiais utilizados em procedimentos de alto risco para
desenvolvimento de infecções ou que penetram no sistema vascular, em tecido
conjuntivo ou ósseo (áreas corporais desprovidas de flora própria). Requerem
esterilização para uso (Ex: Agulhas, seringas, materiais para os implantes, pinças
cirúrgicas, instrumentos de corte ou pontiagudos, instrumentos de periodontia e de
cirurgia, broca cirúrgica, instrumentos endodônticos, canetas de baixa e alta rotação e
outros).
Considerações
67
Em situações corriqueiras, as canetas de baixa e alta rotação são classificadas como artigos
semicríticos. Se houver contato com sangue, são classificadas como artigos críticos. A recomendação
nesta situação é a esterilização em autoclave. Não sendo possível, proceder a desinfecção com ácido
peracético 0,5% por fricção durante 20 a 30 segundos. A utilização da imersão em ácido peracético
está contraindicada por causar corrosão às mesmas, principalmente nas partes internas.
518
• Manter somente o material que será utilizado na área de trabalho, a fim de evitar
contaminação desnecessária
• Lavar a pia e o espelho onde os pacientes escovam os dentes (escovódromo) após a
escovação de cada turno
• Os materiais restauradores deverão ser manipulados preferencialmente pelo ASB, com a
utilização de sobreluvas. Caso se observe presença de matéria orgânica nos frascos,
realizar desinfecção com ácido peracético 0,5% (Peresal®)
• Realizar desinfecção com álcool 70% ou gel de clorexidina a 2%, nos tubetes de
anestésico antes do seu uso, sem imergi-los em nenhum tipo de solução desinfetante
• Calçar sobreluvas se for necessário atender telefone ou porta durante o atendimento ou
tocar na alça do refletor, botões de acionamento da cadeira, puxadores, canetas, lápis,
prontuários, etc. e descarta-las depois de cada paciente
• Entregar instrumentos pontiagudos ou cortantes e seringa Carpule montada para o
operador de forma muito cuidadosa, evitando acidentes
• Nunca passar quaisquer materiais ou instrumentos ao operador sobre a face do
paciente, principalmente olhos, evitando acidentes
• Manter a agulha usada protegida pela tampa, inserindo-a após o uso dentro do
respectivo protetor sobre a mesa auxiliar sem tocá-lo com os dedos (técnica de
pescagem). Uma vez que a agulha esteja introduzida no protetor, com a mão livre
ajustá-lo pela base à seringa, nunca colocando a mão ou os dedos à frente da agulha
• Ao substituir o tubete de anestésico para nova infiltração, fazê-lo sob rigorosa atenção,
observando que o protetor da agulha esteja ajustado à base e a agulha usada bem
protegida e não posicionar a mão ou os dedos à frente da agulha. Muita perícia também
ao entregá-la e recebê-la do CD
• Para o descarte da agulha, proceder da mesma forma: Desrosquear o conjunto
agulha+protetor da seringa sem posicionar a mão ou os dedos à frente da agulha.
Depositá-los na caixa ou frasco rígidos próprios para receber descartes perfurocortantes
• Notificar ocorrências de acidente de trabalho aos encarregados (CD e Coordenador da
USF) e seguir as orientações previstas para estas situações, conforme as disposições
ao final deste capítulo
• Não manipular envelopes, prontuários, canetas, lápis e carteirinhas dos pacientes com
luvas contaminadas.
• Moldagens, modelos, peças de prótese e aparelhos ortodônticos devem ser
considerados sempre como contaminados. Os mesmos devem ser lavados em água
519
Embora haja controvérsias quanto à técnica e produtos desinfetantes para este fim,
considerando a concentração e o tempo de exposição do material de moldagem e possível
alteração dimensional, medidas de biossegurança no tratamento dos moldes se fazem
imprescindíveis.
O quadro 82 resume as principais informações concernentes à desinfecção dos
materiais de moldagem, próteses e impressão em cera.
68
Aspergir: Borrifar
520
Remover a broca
Acionar o sistema de ar e água, por 20 a 30 segundos, a fim de eliminar ou
reduzir o refluxo do líquido aspirado
Limpar as pontas com gaze umidecida em água e detergente ou sabão líquido
para remoção das sujidades
Secar em gaze ou papel toalha
Lubrificar, se necessário
Retirar o excesso de óleo acionando a ponta novamente por 20 a 30 segundos
Friccionar ácido peracético (Peresal) 0,5% por 20 a 30 segundos
• Materiais termorresistentes
Remover a broca
Acionar o sistema de ar e água, por 20 a 30 segundos, antes de retirar a peça a
fim de eliminar ou reduzir o refluxo do líquido aspirado
Limpar as pontas com gaze umidecida em água e detergente ou sabão líquido
para remoção das sujidades
Secar em gaze ou papel toalha
Lubrificar
Retirar o excesso de óleo acionando a ponta novamente por 20 a 30 segundos
Acondicionar
Autoclavar
Antes de utilizar, lubrificar novamente
Autoclave
Estufa
Onde não há uma Central de Esterilização, como no CEO, e que todo o processo
de esterilização fica sob responsabilidade da Odontologia, os seguintes cuidados deverão
ser observados pela equipe auxiliar, durante o ciclo de esterilização.
Autoclave
Cuidados básicos
o Realizar limpeza semanal externa e interna da autoclave com bucha, água e sabão
o Carregar somente 80% da capacidade do equipamento, favorecendo a penetração
do vapor nos pacotes e a secagem
o Posicionar os pacotes de modo vertical e com as aberturas voltadas para o fundo da
câmara, para facilitar a entrada e a circulação do vapor, bem como a eliminação do
ar
o Dispor os pacotes de forma que não fiquem muito apertados, permitindo que o vapor
passe por todos os itens
o As embalagens de acondicionamento devem ser permeáveis ao vapor e de tamanho
suficiente para envolver o item a ser esterilizado
o Todas as embalagens devem ser lacradas com fita termocrômica (que indica o que
foi esterilizado) e conter datas de esterilização e de validade
o A porta da autoclave deve ser aberta lentamente após o término do processo e
mantida entreaberta de 5 a 15 minutos para auxiliar na secagem do material
o Descarregar a autoclave usando máscara e luvas de proteção térmica e os materiais
devem ser dispostos em superfície protegida com campo para evitar a diferença
brusca de temperatura e umidecimento dos pacotes por condensação, podendo levar
à contaminação
o A autoclave deve realizar automaticamente o processo de secagem efetivo. Se
ocorrer que os pacotes saiam úmidos, isto deverá ser comunicado ao responsável
para que o equipamento seja encaminhado à manutenção. Pacotes úmidos não
524
Estufa
Ciclo de esterilização 70
Cuidados Básicos
o Realizar limpeza semanal externa e interna da estufa com bucha, água e sabão
o A temperatura deverá ser controlada por termômetro externo tipo bulbo
o Distribuir os materiais no interior da estufa. As caixas devem ser colocadas de
maneira que fique um espaço entre elas, permitindo que o ar circule livremente
dentro da câmara. As caixas menores devem ser colocadas sobre as maiores e
nunca ao contrário
o Fechar a porta da estufa
o Aguardar o termômetro indicar a temperatura desejada
o Quando o termômetro já indicar a temperatura desejada, marcar o tempo de
esterilização: O material deve ficar exposto por 1 hora a 170ºC
70
O ciclo de esterilização adotado pela Autarquia Municipal de Saúde: 170º C por uma hora.
525
11.5.6 Considerações
• O operador que realizar a limpeza do material deverá calçar luvas de borracha grossa,
avental impermeável, além dos demais EPIs
• Analisar o prontuário antes de calçar as luvas. Caso seja necessária sua manipulação
durante o atendimento, usar sobreluvas e, prevendo esta situação, deixá-lo em local de
fácil acesso
• Fazer o ajuste na cadeira e no refletor antes de calçar as luvas de procedimento
• Supervisionar os procedimentos de biossegurança realizados pela equipe e também se
os testes químicos e biológicos estão sendo realizados conforme recomendação
• Descartar no LIXO INFECTADO luvas, sobreluvas usadas, máscaras, gorro e tudo mais
que contiver sangue e secreções purulentas e, em seguida, lavar as mãos
• Preencher os relatórios e prontuários sem luvas, após lavagem das mãos
527
• Devem ser acondicionados nas lixeiras com tampa e pedal, forradas com sacos plásticos
branco leitosos, com identificação de RESÍDUO INFECTANTE. Exemplo: Recipientes e
materiais contendo sangue ou líquidos corpóreos (gaze, algodão, campos, barreiras,
aventais, luvas, máscaras, peças anatômicas provenientes de procedimentos cirúrgicos,
etc.)
• O uso de sacos individuais pequenos (como os usados para sanduíches) como porta
detritos permite o descarte prático e seguro de pequenos dejetos
• São resíduos contendo substâncias químicas que apresentam riscos à Saúde Pública ou
ao meio ambiente. Exemplo: Desinfetantes, reveladores, fixadores, restos de amálgama,
mercúrio, frascos de medicamentos ou de produtos odontológicos sólidos e líquidos,
medicamentos, cápsulas de amálgama vazias, etc.
• Devem ser acondicionados em recipientes individualizados, de compatibilidade química
com o resíduo, de forma a evitar reação química entre os componentes, não permeáveis
e encaminhados para empresa devidamente licenciada pelo órgão ambiental
competente para tratamento
• São todos os resíduos gerados nos serviços odontológicos que não apresentam riscos
biológico, químico ou radioativo. Exemplo: Papel toalha, embalagens de esterilização
não contaminadas, papel de uso sanitário, papéis em geral, caixas de papelão e de
medicamentos, copos descartáveis de uso comum, etc.
o Devem ser descartados como lixo comum ou reciclável
o As lixeiras devem ser forradas com plástico e ter tampas e pedais, devendo ser a de
lixo comum separada da de material contaminado
• Resíduos recicláveis: Recomenda-se não armazenar no interior da clínica. Seguir fluxo
da USF para tais resíduos. Exemplos de materiais recicláveis: Caixas de papelão, de
medicamentos, papéis em geral não contaminados, copos descartáveis de uso comum,
etc.
530
Considerações
Bibliografia
APÊNDICES
536
USF
Coordenador(a)
Assessores
Técnicos
Componentes da ESF
A B C D
ACS
Auxiliar de
Enfermagem
Enfermeiro(a)
Médico (a)
NASF
Demais
membros
da
USF
Grupos
de Apoio/
Programas
537
2. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
USF:
População/Área A B C D TOTAL
0 a 19 anos
20 a 59 anos
> 60 anos
Casos de
Hipertensão
Arterial (HIPERDIA)
Casos de Diabetes
Mellitus (HIPERDIA)
Nº de Acamados
(preso ao leito)
Nº de pessoas com
deficiência de
locomoção
Nº médio de
gestantes
% de
abastecimento
público de
água
(água fluorada)
3. ÁREA DE ABRANGÊNCIA
USF: ÁREA:
4
539
Afirmo que as declarações abaixo foram fornecidas por mim durante a realização da Visita Domiciliar
da equipe de saúde bucal da USF a qual pertenço e são de minha inteira responsabilidade. Declaro
estar ciente da forma de seleção para tratamento odontológico (avaliação de risco) e autorizo a
utilização das informações para estudos científicos.
( ) autorizo a realização da Visita Domiciliar e do Tratamento Odontológico (se necessário)
( ) autorizo a realização da Visita Domiciliar, mas não autorizo o Tratamento Odontológico
( ) não autorizo a Visita Domiciliar e nem o Tratamento Odontológico
Observações:______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Avaliação de Risco
Risco Biológico
Critérios
1 – Indivíduos saudáveis
2 – Indivíduos com uma única patologia crônica controlada
3 – Indivíduos com duas ou mais patologias crônicas controladas ou com uma patologia sem controle
adequado
4 – Indivíduos com duas ou mais patologias sem controle adequado
5 – Indivíduos acamados, transplantados (órgãos vitais) ou insulino dependentes
Risco Social
Critérios
A. Renda Familiar: Renda per capita inferior a 1/2 salário mínimo vigente no país
B. Congestionamento familiar excessivo presente: Relação nº morador/nº cômodos > 1
C. Habitação de risco: Barracos, taipa, construções com materiais reaproveitáveis, entre outros
D. Moradia em áreas de risco: Fundo de vale, regiões sujeitas a enchentes, acúmulo de lixo, áreas de encosta,
assentamentos, invasões, etc.
E. Violência Intrafamiliar: Abusos físicos, psicológicos, sexual, negligência, além do uso de drogas e álcool por
parte dos cuidadores.(Verificar com ACS)
F. Presença de crianças com idade abaixo de 14 anos
G. Crianças com cuidadores abaixo dos 12 anos
H. Participação em programas sociais (Ex: Bolsa Família)
I. Trabalho infantil
J. Pessoa com incapacidade funcional para realizar atividades da vida diária sem cuidador
71
Grau I – Mobilidade leve, até 1mm de deslocamento vestíbulo-lingual.
Grau II – Mobilidade moderada, até 2mm de deslocamento vestíbulo-lingual.
Grau III – Mobilidade severa, mobilidade > 2mm em todas as direções (vestíbulo-lingual , mésio-distal e vertical).
541
USF: _____________________________________________________________
ENDEREÇO: TELEFONE:
ANAMNESE
ESTÁ EM TRATAMENTO MÉDICO? SIM NÃO QUAL?
18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
55 54 53 52 51 61 62 63 64 65
85 84 83 82 81 71 72 73 74 75
48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
ODONTOGRAMA
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\\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\ \\
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DATA: ___/___/___
OBS: _____________________________________________________________
________________________________________________________________________
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DATA: ___/___/___
OBS: _____________________________________________________________
545
Eu, _______________________________________________________________
responsável pelo(a) paciente__________________________________________________:
( ) Autorizo a aplicação de diamino fluoreto de prata nos dentes ( ) anteriores ( )
posteriores do mesmo (a) e estou ciente que este flúor poderá levar ao escurecimento
irreversível destes dentes, na cor marrom ou preta. Fui informado(a) também que o objetivo
desta(s) aplicação(ões) é contribuir para paralisação de cárie dentária
( ) Não autorizo a aplicação de diamino fluoreto de prata (cariostático). Estou
ciente sobre a dificuldade de controle de cárie neste caso.
ANEXO
549
4- PROCEDIMENTOS/ENCAMINHAMENTOS
( ) Conselho Tutelar ( ) IML ( )Outros Serviços de Saúde/qual:
( ) Hospital de Referência ( ) Centro de Proteção ( ) Programas da rede de Assist. Social/qual:
( ) Delegacia de Polícia ( ) Outros/qual:
Condutas/ intervenções
imediatas