INSTITUTO DE FLORESTAS
Março/ 2002
ESTRUTURA E FLORÍSTICA DE FRAGMENTOS DE FLORESTAS
JANEIRO
APROVADO EM 12/02/2001
em mim na infância.
Rio de Janeiro, filho de Fernando Antonio Gonçalves Santana e Regina Lucia Porciuncula
Rio de Janeiro em março de 1991, tendo concluído sua graduação em março de 1996. No
mesmo ano, ingressou por concurso na Secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade
do Rio de Janeiro, iniciando suas atividades no mês de outubro. Em abril de 1999, iniciou o
Apesar de ser árdua a tarefa de citar nomes, entre tantos que colaboraram para que eu
chegasse até aqui, gostaria de agradecer a algumas pessoas que deveriam compartilhar
deste momento:
Minha esposa Renata, pelo incentivo para entrar neste curso, e pelo carinho e
Minha tia avó, madrinha e segunda mãe Clarinda, pelo apoio na vida e nos estudos;
dificuldades;
A todos os colegas que participaram deste trabalho desde 1993: Nilo (que tudo
começou, por acreditar em seu delírio), Fabrício, Vânia, Jáderson, Álvaro, Alan, Carlinhos,
Magna, Renatinha, Sandrinha, Oclair, Zé Wilson, entre outros (foram tantos...), com um
muito obrigado especial para Cátia Cilene, meu braço direito nas atividades de campo;
E acima de tudo, a Deus; sem Ele nada é possível, nem tem razão de ser.
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA iii
AGRADECIMENTOS iv
BIOGRAFIA DO AUTOR vi
SUMÁRIO vii
LISTA DE TABELAS ix
LISTA DE FIGURAS x
RESUMO xi
ABSTRACT xiii
1. INTRODUÇÃO 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5
2.1 Ocupação da cidade do Rio de Janeiro 5
2.2. Ocupação dos morros da cidade 8
2.3. Desmatamento na Mata Atlântica e seus reflexos 9
2.4. Fragmentação florestal 11
2.5. Influência da floresta na estabilidade de encostas 14
2.6. Outras funções da cobertura vegetal 16
2.7. Problemas decorrentes da ocupação de encostas 18
2.8. Algumas idéias sobre a sucessão secundária, suas influências naturais e antrópicas 21
3. MATERIAL E MÉTODOS 31
3.1. Características da área de abrangência do estudo – o município do Rio de Janeiro 31
3.1.1. Localização 31
3.1.2. Clima 32
3.1.3. Vegetação 33
3.1.4. Pedologia 35
3.1.4. Geologia 35
3.2. Áreas de estudo 36
3.2.1. Área 1 (CEMAG) 37
3.2.2. Área 2 (Batalhão Tonelero) 39
3.2.3. Área 3 (Serra do Barata) 40
3.3. Metodologia de amostragem 42
3.3.1. Levantamento fitossociológico 42
3.3.2. Material utilizado 43
3.3.3. Identificação botânica 44
3.3.4. Parâmetros florísticos 45
3.3.5. Parâmetros fitossociológicos – Estrutura Horizontal 47
3.3.6. Distribuição de alturas 49
3.3.7. Distribuição de freqüências 49
3.3.8. Distribuição diamétrica 49
3.3.9. Comparação entre os fragmentos 50
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 51
4.1. Florística 51
4.1.1. Resultados por área 51
4.1.2. Similaridade florística entre as áreas de estudo 66
4.1.3. Discussão 68
4.2. Estrutura 79
4.2.1. Análise dos parâmetros fitossociológicos 79
4.2.2. Comparação entre estruturas horizontais 101
4.2.3. Comparação de diâmetros médios, distribuições diamétricas e áreas basais 104
4.2.4. Comparação de alturas 106
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 108
6. BIBLIOGRAFIA 114
7. APÊNDICE 128
7.1. Ficha de campo 128
7.2. Esquema da distribuição de parcelas no estudo 129
7.3. Áreas de estudo 130
Área 1 - CEMAG 130
Área 2 - Batalhão Tonelero 131
Área 3 - Serra do Barata 132
Localização geral das áreas de estudo 133
LISTA DE TABELAS
Nº DESCRIÇÃO PÁGINA
1 Principais características das espécies pertencentes a diversos estágios sucessionais 29
2 Espécies encontradas no fragmento de floresta secundária do CEMAG 51
3 Espécies encontradas no fragmento de floresta secundária do Batalhão Tonelero 56
4 Espécies encontradas no fragmento de floresta secundária da Serra do Barata 61
5 Espécies com ocorrência em duas ou três áreas 67
6 espécies amostradas com cinco ou mais indivíduos 67
7 Número de espécies concentrando pelo menos 50% dos indivíduos 68
8 Famílias encontradas no estudo 69
9 Espécies encontradas e síndromes de dispersão 72
10 Índice de Shannon (H) para as áreas de estudo 74
11 Parâmetros fitossociológicos na área 1 – valores absolutos 79
12 Parâmetros fitossociológicos na área 1 – valores relativos 79
13 Parâmetros fitossociológicos por família na área 1 – valores absolutos 80
14 Parâmetros fitossociológicos por família na área 1 – valores relativos 80
15 Parâmetros fitossociológicos área 2 – valores absolutos 86
16 Parâmetros fitossociológicos área 2 – valores relativos 87
17 Parâmetros fitossociológicos por família na área 2 – valores absolutos 88
18 Parâmetros fitossociológicos por família na área 2 – valores relativos 88
19 Parâmetros fitossociológicos na área 3 – valores absolutos 93
20 Parâmetros fitossociológicos na área 3 – valores relativos 94
21 Parâmetros fitossociológicos por família na área 3 – valores absolutos 94
22 Parâmetros fitossociológicos por família na área 3 – valores relativos 94
23 Espécies de maior destaque nas três áreas de estudo 100
24 Diâmetros médios encontrados por área 102
25 Diâmetros dos estágios sucessionais segundo a legislação brasileira 102
26 Valores da área basal em cada estágio sucessional 104
27 Área basal por local de estudo 104
28 Parâmetros de estrutura vertical das áreas de estudo 104
LISTA DE FIGURAS
Nº DESCRIÇÃO PÁGINA
1 Grupos sucessionais encontrados na área 1 51
2 Riqueza de espécies por família na área 1 53
3 Padrões de dispersão das espécies na área 1 54
4 Curva espécies/ área na área 1 55
5 Grupos sucessionais encontrados na área 2 58
6 Riqueza de espécies por família na área 2 58
7 Padrões de dispersão das espécies na área 2 59
8 Curva espécies/ área na área 2 60
9 Grupos sucessionais encontrados na área 3 62
10 Riqueza de espécies por família na área 3 63
11 Padrões de dispersão das espécies na área 3 64
12 Curva espécies/ área na área 3 65
13 Proporções entre as síndromes de dispersão encontradas neste estudo 73
14 Distribuição diamétrica na área 1 81
15 Distribuição diamétrica de Acacia polyphilla 82
16 Distribuição em classes de altura na área 1 82
17 Distribuição de freqüências na área 1 83
18 Distribuição diamétrica na área 2 90
19 Distribuição diamétrica de Piptadenia gonoacantha 90
20 Distribuição diamétrica de Aspidosperma ramiflorum 90
21 Distribuição em classes de altura na área 2 91
22 Distribuição de freqüências na área 2 92
23 Distribuição diamétrica na área 3 95
24 Distribuição diamétrica de Gochnatia polymorpha 96
25 Distribuição em classes de altura na área 3 97
26 Distribuição de freqüência na área 3 98
RESUMO
cidade está localizada na região anteriormente ocupada pela Mata Atlântica, hoje reduzida a
população brasileira no litoral. A cobertura vegetal possui forte relação com a estabilidade
mínima de três metros. As espécies que mais se destacaram foram Mangifera indica,
em particular, é um fator cujo controle deve ser considerado na adoção de qualquer prática
de manejo ou revegetacão.
ABSTRACT
The city of Rio de Janeiro has peculiar physical features, that, matched to the process
of occupation of the territory, had created critical situations. The city is locate in the Mata
Atlântica region, nowadays reduced to 10% of its original area, due to the deforestation and
the concentration of a great part of the Brazilian population. The vegetation has a strict
relation with the stability of hillsides, and its removal has landslides and floods as
consequences, what, in seasons of heavy rains, are the cause of serious accidents, with
material losses and deaths. The vegetation recovering and the management of the remaining
forests may be viable alternatives; however, it’s necessary to know about the characters of
these forests. Aiming at preliminarily to characterize the secondary vegetation in the city,
the fitossociologic survey in three different places was conducted. The parcel method was
DBH of 4,78 cm, and minimum height of three meters, were used. The most important
significant, through the forest fragmentation, introduction of exotic species and fire
occurrence, modifying the composition of species and the structure, with interference in the
succession process. The fire, in particular, is a factor whose control must be considered in
meados do século dezenove, muito embora desde 1763 fosse a capital do país, situação que
perdurou até 1960. Por conta disso, atraiu e ainda atrai um grande contingente de
formações florestais foram removidas, primeiramente nas baixadas, para abertura de áreas
ciclo do café, nos séculos XVIII e XIX. Houve reflexos no abastecimento d’água, com a
perda de perenidade das poucas nascentes que abasteciam a população carioca, localizadas
no maciço da Tijuca. Para tentar reverter este quadro, o Imperador D. Pedro II ordenou o
reflorestamento na região, talvez a primeira medida conservacionista de relevância no país
políticos, gerou uma grave crise habitacional entre o final do século XIX e o início do
século XX. Devido a este fato, as encostas passaram a ser ocupadas pela população. Entre
morros cariocas, que posteriormente seriam chamadas de favelas (ABREU, 1993). Este
fenômeno, que marca até os dias de hoje a paisagem do Rio de Janeiro, teve como
fortes, muitas vezes com o registro de mortes e prejuízos materiais (PENNA, MACHADO
obras de contenção, drenagem e retificação de cursos d’água, entre outras. A partir dos anos
formações quase sempre são deixadas em segundo plano sob o ponto de vista da
encostas, como fonte de alimento e abrigo para a fauna e como pólos de dispersão de
interligando áreas protegidas, para regulação hídrica e microclimática e como áreas de lazer
para a população.
secundárias no município, a despeito dos esforços feitos por diversos órgãos executivos e
sucessão florestal sob influência antrópica. De posse destas informações, seria possível o
listados:
após anos de batalhas contra os franceses que tentavam se estabelecer na região. O primeiro
Açúcar e Cara de Cão, em frente à desembocadura do rio Carioca, então a única fonte de
água potável disponível. O rio, por sua importância estratégica, seria fator determinante da
o morro do Castelo (onde hoje se localiza a esplanada de mesmo nome), continuou a ser
sua única fonte de água potável, situação que perdurou por muitos anos, influindo
início de sua ocupação uma série de relações entre a população e os maciços existentes em
seu território. Utilizadas a princípio como local de defesa, as encostas passaram a ser
madeira). A partir do final do século XIX, passaram a ser ocupadas também para habitação,
num processo que perdura até hoje e é de fundamental importância para a cidade.
O maciço da Tijuca, em particular, por ter sido alvo de ocupação desde os primórdios
da cidade, pode ser tomado como síntese dos problemas ambientais do Rio de Janeiro até
os dias de hoje (ABREU, 1992). Durante os séculos XVII e XVIII as matas foram
devastadas para dar lugar a cultivos, principalmente o café. Por esta razão, as nascentes dos
grande esforço de recuperação ambiental no Rio de Janeiro deriva deste problema, pois o
sob supervisão de Manoel Gomes Archer e Thomás da Gama. Archer, no entanto, foi o
responsável pela maior área recomposta, bem como pela adoção e aperfeiçoamento de
não foi inteiramente replantada: os registros indicam apenas 127 mil árvores plantadas em
30 anos, numa área de 32 km2; tal informação permite supor que, no caso da sobrevivência
de metade dos indivíduos plantados, teriam restado apenas 20 árvores por hectare (DEAN,
século XIX, permitiu o retorno da vegetação florestal, que nos dias de hoje encontra-se em
estágio avançado de regeneração. Em 1961 foi criado o Parque Nacional do Rio de Janeiro,
que em 1967 teve o nome modificado para Parque Nacional da Tijuca, ocupando 3360 dos
9423 hectares do maciço, constituindo um dos maiores parques urbanos do mundo (IBAM,
1998).
O maciço da Pedra Branca tem sua ocupação datada do final do século XVI, mais
precisamente o ano de 1594, quando Salvador Correia de Sá doou a seus dois filhos as
terras situadas entre as restingas da Tijuca e Guaratiba. No início do século XVII os
século XIX viu o café ocupar o maciço. Posteriormente, já na década de 1920, o cultivo da
laranja ocupou algumas encostas na região. Na década de 1930 iniciou-se a subdivisão das
fazendas e o plantio de banana no maciço, que persiste nos dias de hoje. Em 1974, foi
praticamente todo o território do maciço situado acima da cota dos 100 metros (IBAM,
1998).
efetivamente implantado. A história de sua ocupação inicia-se em 1603, quando suas terras
foram concedidas a Manoel Gomes e Diogo Montarois, que nela implantaram extensos
encostas foram ocupadas por cafezais, substituídos pela urbanização com a chegada do
ramal Santa Cruz da Estrada de Ferro Central do Brasil a Bangu em 1890 e a implantação
regeneração, abrigando ainda grande biodiversidade de flora e fauna (IBAM, 1998). Boa
parte da área tem acesso restrito pela existência de quartéis militares; para DEAN (1996), a
exclusão de atividades civis pode ter preservado as florestas do Mendanha, pois “as
naturalista, ‘invioláveis’ ”.
Existem, ainda, pequenas serras isoladas na cidade, das quais podem ser destacadas:
Serra do Cantagalo/ Inhoaíba, Serra dos Coqueiros, Serra da Posse, Serra do Engenho Novo
residências os donos das melhores casas. Este fato agravou a crise habitacional e a
proliferação de cortiços, habitações coletivas ocupadas pela população mais pobre, com
precárias condições de higiene. No início do século XX, o Rio de Janeiro passou por grande
reforma urbana, com a demolição de casas para o alargamento de ruas e para o saneamento
da cidade. A erradicação dos cortiços neste período levou boa parte da população das
À questão social, deve ser somado o quadro político. Os anos finais do século XIX, e
Estes eventos exigiram o aquartelamento de tropas na então capital federal; para este fim,
expandiram-se, sendo ocupados pela população expulsa dos imóveis demolidos na reforma
econômica, a favela era também uma possibilidade de moradia próxima aos locais de
trabalho. Este fenômeno de ocupação de encostas como alternativa barata de moradia veio a
ser conhecida como favela provavelmente apenas na década de 1920, quando se tornou
também dos mais ameaçados (PEIXOTO, 1991; TERBORGH, 1992). Sucessivos ciclos
redução de sua superfície a menos de 10 % dos níveis do século XVI (FUNDAÇÃO SOS
Mata Atlântica foram, em maior ou menor medida, afetadas pelo homem, inclusive em sua
composição florística. Grande parte dos remanescentes são formações secundárias, com
influências antrópicas ou não. DEAN (1996) destaca a agricultura nos séculos XVIII e XIX
(em particular a cultura do café) como grande fator de desmatamento das encostas na área
VÁZQUEZ-YANEZ (1985), que afirmam que vivemos em uma época que poderia ser
naturais; os mesmos autores afirmam ser evidente que as atividades humanas são a
elaborado por MARTINS (1987) afirmava que a área de encostas desmatadas na cidade era
da ordem de 20.000 hectares. Muito provavelmente, parte desta área não se constitui
muito embora “sejam o ponto de partida para as outras tipologias florestais” – capoeira,
VIANA (1992) relata que este conceito deriva da teoria da biogeografia de ilhas, que
superfície. Porém, a adaptação deste conceito, derivado de estudos em ilhas oceânicas, deve
ser feito com cautela; enquanto temos a colonização de novas ilhas através da expansão de
florestal pode ser definido como qualquer área de vegetação natural contínua, interrompida
dos inerentes a cada espécie, são responsáveis pela distribuição das espécies no planeta.
Segundo os autores, as barreiras ecológicas fazem cessar o fluxo gênico, podendo levar à
sustentabilidade (VIANA, 1992). Tal fato agrava-se porque a atenção dos conservacionistas
tem se dirigido principalmente aos grandes fragmentos. Muito pouca atenção tem sido
dada para a preservação e o manejo de pequenos fragmentos florestais cuja proteção não
está prevista por lei e que hoje se encontram em propriedades particulares, apesar dos
ecossistemas naturais. O resultado é que a maior parte destes fragmentos está abandonada e
(VIANA, 1992):
pastagem);
vizinhança. Estes fatores são determinantes para o trânsito (ou não) de material genético
(pólen, sementes) entre fragmentos de uma mesma região. Grandes distâncias podem
canaviais);
fragmentação florestal, e onde seus efeitos são mais pronunciados, como aumento da
luminosidade, umidade e velocidade do vento. Estas mudanças, por seus efeitos sobre
outros efeitos.
Para ZAÚ (1998), o efeito de borda pode ser percebido em três níveis:
altura total, menor sobreposição de copas, menor diâmetro médio das espécies arbóreas
considerável encontram-se hoje em áreas de difícil acesso em seus três grandes maciços,
rebaixando o lençol freático e criando pressões negativas, com o aumento da resistência dos
Por outro lado, também são levantadas algumas situações onde a vegetação florestal
encostas, mostram que estes podem atuar de duas maneiras: definindo rotas preferenciais de
envolve o estudo e a modelagem dos processos que governam a estabilidade das encostas,
administração, sendo que o Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro, a Lei Orgânica do
do mar como limite para urbanização através do Decreto Municipal nº 322/ 76 (RIO DE
JANEIRO, 1976).
interesse para a fauna, como fonte de alimento ou abrigo; e muitas, comerciais ou não, são
da evaporação de bacias de inundação por efeito dos ventos quentes e secos, visando a
microclimática; proteção de solo; lazer. Para este autor, floresta urbana é definida como a
de uma área reflorestada, atribuindo tal fato à redução do escoamento superficial por ação
no local. Embora se trate de uma área onde procedeu-se a regeneração artificial, fica
Um papel que vem sendo considerado nos últimos anos para a floresta é o de
globais de área a reflorestar para conter estes efeitos variam, chegando a até 500 milhões de
hectares, além de mais 200 milhões por razões que não o efeito estufa (HALL &
em particular pela população de baixa renda. No entanto, esta ocupação acontece de forma
observado nas últimas décadas, tornou-se cada vez mais freqüente a ocupação de áreas em
PENNA et alli (1990) afirmam que, devido às condições físicas locais do Rio de
Janeiro, são marcantes no processo de sua ocupação os aterros de rios e lagos, o desmonte
A ocupação humana, de acordo com SALOMÃO & IWASA (1995), constitui o fator
solo, os processos erosivos passam a ser comandados por diversos fatores naturais
Segundo AUGUSTO FILHO (1995), entre março de 1988 e março de 1991 foram
encostas. Os acidentes ocorridos nas enchentes do ano de 1988 vitimaram fatalmente mais
causaram mais de 100 mortes. Às perdas de vidas ocorridas nestes eventos, somam-se as
públicas, como ruas, redes de esgotos e águas pluviais, com grandes prejuízos financeiros.
O autor afirma, ainda, que este quadro resulta das características geológicas,
animais, gerando diversos problemas. GUIDICINI & NIEBLE (1983) citam uma feição
processos variados e diversos. Esta feição pode recobrir encostas inteiras de uma região,
sendo muitas vezes provocada pelo pisoteio sistemático de trilhas pelo gado, o que pode
escorregamento.
Dois subprodutos da ocupação das encostas são o lixo e o fogo, que trazem
conseqüências desastrosas para a cidade. O lixo, hoje, pode ser considerado como unidade
podem arrastar o manto coluvionar existente e provocar corridas de massa com resultados
Em relação ao fogo, pode-se dizer que os seres humanos modificaram muito o seu
efeito, aumentando ou diminuindo sua influência de acordo com a ocasião (ODUM, 1988).
Este autor ainda afirma que, “sob condições úmidas, o fogo favorece o capim mais que as
árvores”. Para RIZZINI (1997), o fogo pode ser considerado um fator ecológico de índole
antrópicas
tempo. Quando esta sucessão ocorre de acordo com mudanças determinadas pela própria
desocupado, enquanto aquela que começa num local anteriormente ocupado por uma
fogo.
estabelecidos;
presentes;
que a regeneração é totalmente aleatória e não previsível; a outra, que a regeneração pode
ser predita e não é aleatória. Esta segunda corrente sugere que devem ser melhor
partir do que é possível se prever até certo ponto o rumo que a sucessão pode tomar
natural seja complicada, devido à existência de diversos estágios intermediários antes que
impacto sofrido pelo ecossistema. A sucessão pode ser afetada por características de solo e
(1990), é adotada a classificação segundo a qual ecossistema degradado é aquele que teve
características:
podem ser reconhecidos: o primeiro, onde predominam herbáceas, com grande número de
concepção assemelha-se à de IBGE (1992), que mostra que o sistema secundário em área
rudimentares pioneiras;
muitas lenhosas e sublenhosas, sendo chamada capoeira rala. Terreno coberto com
multiceps em brejos;
capoeirão.
Para GUBERT FILHO (1993), as diversas associações vegetais irão compor-se por
diversas associações vegetais possuem uma fitofisionomia própria, determinada pelo meio
físico e evolução natural. À medida que a interferência humana se acentua, temos tipologias
tipologias determinadas pelo fator antrópico e não apenas pela evolução natural. Os fatores
e macrofauna;
Ainda segundo este autor, floresta primitiva é a floresta nunca explorada pelo
primitiva por haver sofrido algum tipo de perturbação, embora ainda mantenha suas
diversidade de espécies.
pioneiras, sendo vista como a ocupação de uma área por organismos envolvidos em um
geral trabalhado para agricultura, com virtual ausência de tocos e raízes (GUBERT FILHO,
floresta semidecídua sob exploração agrícola na cidade de Paty do Alferes, estado do Rio
Tijuca, lista diversas espécies introduzidas, entre elas Eucalyptus spp. e outras trazidas do
norte brasileiro. COELHO NETTO (1993) cita a jaqueira (Artocarpus integrifolia L.,
nas partes mais baixas da mesma floresta. No estado de Minas Gerais, em subosque de
capim-colonião (Panicum maximum Jacq., Gramineae), afirma que esta espécie, trazida
pelos portugueses para a região no século XVII, em seu ambiente original (semi-árido
florestais. Observações semelhantes são feitas por MARTINS (1987), IBAM (1993) e
OLIVEIRA et alli (1995), entre outros. Assim, a introdução de espécies alienígenas pode
insolação, mas também ao antropismo, pois a mesma é muito mais suscetível aos poluentes
devido à maior concentração populacional na região. Tal fator, combinado aos freqüentes
devido à seletividade do ambiente. Assim, em trechos da vertente Norte, a mata vem sendo
melhor qualidade ambiental da vertente Sul pode ser explicada também pela maior
umidade, devido à influência do mar. ODUM (1988) afirma que os ventos oceânicos
carregados de umidade depositam a maior parte da mesma nas vertentes das serras
orientadas para o oceano; a “sombra de chuva resultante produz um deserto do outro lado
de luz para completar seu estabelecimento. São típicas de dossel, apresentando poucos
SWAINE & WHITMORE (1988), citado por FONTES (1999), simplificam esta
relação, reduzindo-a a apenas dois grupos - pioneiras e clímax, por considerar imprecisa a
separação entre os grupos. OLIVEIRA FILHO (1993), e FONTES (1999), concordam que
a divisão em grupos ecológicos é apenas uma simplificação dos processos naturais, visando
seu melhor entendimento pelo homem, posto que todos estão representados na floresta
madura.
3 - MATERIAL E MÉTODOS
Janeiro
3.1.1 - Localização
e 43º 47’40” e os paralelos 22º 45’05”e 23º 04’10”. Possui uma área de 1255,3 Km2,
Nilópolis e Duque de Caxias, ao Sul com o Oceano Atlântico, ao Leste com Magé, Duque
Itaguaí. A altitude média é de 2 metros, tendo como ponto culminante o pico da Pedra
36.200 ha de serras e maciços (IBAM, 1993). Segundo COELHO NETTO (1993), existem
altitude e os morros isolados nas baixadas permitem observar formas peculiares, morros
com vertentes convexas, suaves e topos arredondados, caracterizando uma grande área de
solos do tipo Podzólico Vermelho Amarelo, suas variações e intermediários (EMBRAPA/
3.1.2 - Clima
sendo dividida por GALLEGO (1971, apud COELHO NETTO,) em quatro zonas
vertentes Atlânticas das áreas montanhosas, maciços da Pedra Branca e Tijuca no primeiro
montanhas.
Köppen: Cfa (chuvoso sem estação seca) - com precipitações frontais e orográficas, em
cotas próximas de 500 m, nas encostas mais úmidas voltadas para o mar; Af (úmido e
chuvoso de selva tropical) - todos os meses chuvosos, o mais seco com mais de 60 mm de
encosta leste do Maciço da Pedra Branca e Alto da Boa Vista, seguindo pela zona costeira a
leste até o lado sul da Ilha do Governador; Cwa (de inverno seco e verão chuvoso) -
ocorrendo nas cristas dos maciços da Tijuca, Pedra Branca e Gericinó; e Aw (tropical de
inverno seco e verão chuvoso) - domina a maior parte da área, é o clima das baixadas e
pequenos maciços.
As médias históricas de temperaturas na cidade, registradas entre 1901 e 1990, são de
26, 7 º C (máxima) e 20,4º C (mínima), sendo a média anual entre 1851 e 1990 de 23,2 º C
(IPLANRIO, 1998).
mm ao ano, com os valores máximos no verão (397 mm) e os mínimos no inverno (144
mm). A cidade registrou a média anual de 124 dias de chuva (IPLANRIO, 1998).
3.1.3 - Vegetação
domínio original da Floresta Ombrófila Densa, que segundo IBGE (1992) se caracteriza
ombrotérmica da Floresta Ombrófila Densa estando presa aos fatores climáticos tropicais
com solos medianamente profundos, caracteriza-se por apresentar fanerófitos com alturas
país. (IBGE, 1992). RIZZINI (1997) denomina esta formação Floresta Pluvial baixo –
montana, situando-a entre as altitudes de 300 e 800 metros s.n.m., caracterizando-a através
proximidades do mar. A porção superior dos morros é bastante seca, com as depressões, ou
grotas, apresentando umidade mais elevada. IBGE (1983) situa os limites altitudinais desta
formação entre 50 e 100 metros s. n. m., nas encostas das serras litorâneas.
seco, algumas espécies perdem as folhas. Localização: Partes mais altas dos
ocorrendo nas encostas mais secas e pequenos maciços de baixa altitude. Seu
chamado campo antrópico, que recobre aproximadamente 1/5 de sua área, ou cerca de
25.600 ha. Estas áreas são ocupadas basicamente por gramíneas, em particular o capim-
colonião (Panicum maximum Jacq.), cobrindo 5.310 ha nas encostas dos maciços
3.1.4 - Pedologia
períodos geológicos, além dos podzólicos, com baixa fertilidade natural. Ocorrem, ainda,
solos litólicos em trechos das encostas (IBGE, 1992; EMBRAPA/ PCRJ, 1999). Segundo o
(EMBRAPA, 1999).
3.1.5 -Geologia
da Pedra Branca são formados por rochas intrusivas alcalinas, e os maciços da Tijuca,
Pedra Branca e Gericinó são oriundos da suíte intrusiva da Serra dos Órgãos e complexo
predominantes na cidade.
Outra característica comum às áreas de estudo é o fato de
terem sofrido ação antrópica significativa em período
razoavelmente recente (menos de 50 anos).
A idade dos fragmentos foi estimada a partir de
informações recolhidas com moradores antigos das redondezas,
mapas e fotos aéreas dos sobrevôos feitos na cidade em 1976 e
1999, em posse do Instituto Pereira Passos, da Prefeitura da
Características gerais
aproximadamente 7 (sete) hectares, orientada para Sul, com declividade de 36%, estando
ladeada por dois reflorestamentos ecológicos, executados pelo CEMAG e pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, este último ainda em execução. A área também possui divisa
grande assentamento de baixa renda no sopé, conhecido como Vilar Carioca. A criação de
Antropismos
Como boa parte da área de influência da Mata Atlântica, a região foi dominada pela
cultura do café até o início deste século. Posteriormente a laranja constituiu-se na principal
atividade econômica, até que o abandono da cultura, causado pelo empobrecimento das
terras, levou à utilização do território como pastagem. A criação de gado estende-se até os
dias de hoje, sendo responsável por danos à regeneração por pisoteio, compactação de solo
e eventuais incêndios.
(IBDF/ FBCN, 1980), que perdurou na área do CEMAG até os anos 80. Ainda hoje podem
ser observados caminhos utilizados para o transporte de material, bem como blocos e
Solos
todos fase floresta subcaducifólia relevo forte ondulado) e PVa3 ( Associação Pva Tb
álico raso A moderado textura média/ argilosa fase floresta subcaducifólia relevo forte
Vegetação
espécies como o jequitibá (Cariniana spp, Lecythidaceae). Existem, ainda, frutíferas, como
Características gerais
estudado possui conexão com áreas mais extensas de floresta do maciço, tendo uma área de
Antropismos
A Serra do Mendanha foi dominada por culturas (cana-de-açúcar e café) até o final do
século XIX, após o que se iniciou a regeneração das florestas nas vertentes do maciço. No
entanto, nas áreas mais baixas os cultivos de subsistência e de cítricos continuaram a ser
feitos. Nos anos 60, para a instalação do quartel do Batalhão, houve a desapropriação de
aproximadamente 35 anos.
Outra atividade intensa no maciço, embora não exerça influência direta sobre a área
Solo
Na área de estudo predominam os solos PE1 (Podzólico Vermelho Amarelo tb
eutrófico A moderado textura média/ argilosa fase floresta subcaducifólia relevo ondulado)
tb eutrófico raso ambos moderado textura média/ argilosa + Solos Litólicos indiscriminados
fase substrato rochas gnáissicas ácidas todos fase floresta subcaducifólia relevo forte
ondulado).
Vegetação
regeneração. Além das espécies nativas, são freqüentes mangueiras (Mangifera indica L.,
Características gerais
A Serra do Barata é parte do Maciço da Pedra Branca, situada em sua vertente Norte.
O bairro de Realengo, onde está situada a área, é bastante populoso, sendo intensa a pressão
terreno, no topo da Serra; por esta razão, o terreno é bastante úmido. Sua declividade é de
20,2%.
A jusante da área existe uma comunidade de baixa renda denominada Cosme e
Solo
Vegetação
composto por espécies variadas, existem pequenos fragmentos de baixa diversidade, onde
Antropismos
deste século, a região passou a ser utilizada como pastagem. São constantes os incêndios,
seguintes parâmetros:
- Estrutura horizontal;
- Distribuição diamétrica;
- Regeneração natural;
- Distribuição de freqüências;
- Índices ecológicos.
10 x 10 metros. Nestas parcelas foram medidos todos os indivíduos com quinze centímetros
ou mais de circunferência à altura do peito (CAP) e três metros de altura ou mais, sendo
sua influência nos processos que se dão no interior da mesma. Assim, caso houvesse
curvatura no tronco e sua copa estivesse fora da parcela, considerava-se que por seu sistema
- clinômetro;
- bússola;
- fita métrica;
- trena;
coletados;
- estufa;
placas de PVC, sendo nestas marcado o número de série do indivíduo no campo. Em cada
As identificações foram feitas, sempre que possível, ainda no campo. Quando isto
não foi possível, coletaram-se amostras que foram comparadas com exsicatas dos herbários
LORENZI, 1992, 1998; AGUIAR et alli, 1993; CARVALHO, 1994; CARAUTA, 1996;
- Grupos ecológicos.
KIKKAWA (1986) afirma que o conceito de diversidade diz respeito tanto ao número
determinada através da curva de espécies/ área, onde à medida que são plotadas novas
representação gráfica desta relação é uma curva que, ao assumir a orientação horizontal,
indica que um aumento do esforço amostral resultará em um aumento mínimo do número
de espécies.
o número de espécies e o número de indivíduos. Este permite uma primeira inferência sobre
a homogeneidade da formação;
Onde:
Este índice, frente a outros que medem a diversidade, permite fazer comparações,
J = H’ / ln S
Onde:
J = Índice de Eqüabilidade
KIKKAWA (1986) considera que espécies que dividem uma mesma história
podem exigir a comparação entre amostras, que pode ser feita através do Índice de
Is = 2C / A + B
ou espaço por ela requerido, e expressa-se como a soma das projeções horizontais de
se a área basal dos indivíduos em lugar do diâmetro de copa, posto que existe uma
participação das espécies nos processos da comunidade. Desta forma, CURTIS &
soma dos valores relativos dos três parâmetros anteriormente citados (Dominância,
Cobertura (VC), que oferece a noção do espaço ocupado por espécie na biocenose.
Na interpretação dos resultados, foi dado destaque às espécies que perfizessem 50%
SPIEGEL (1961).
onde foram alocadas as espécies. Grande concentração de espécies nas menores classes
indica alta heterogeneidade, assim como concentração nas maiores classes mostra maior
levando à forma de “j” invertido; e também se as populações podem ser consideradas auto-
perpetuantes (ODUM, 1988; LAMPRECHT, 1990). Como na distribuição de alturas, a
Sörensen (ODUM, 1988). Também foi efetuada uma comparação com base na estrutura,
onde o número de espécies é substituído pela Dominância Absoluta das principais espécies.
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 - FLORÍSTICA
a) Área 1 - CEMAG
Das cinco espécies com maior número de indivíduos, apenas Mangifera indica, exótica,
não é pioneira ou secundária inicial. Este comportamento se estende às dez primeiras, onde
CEMAG
A presença de duas espécies do gênero Miconia pode indicar que a comunidade está
associações pretéritas, ou resultantes de rebrota. Este ponto de vista é reforçado pelo fato
destas espécies, de crescimento lento, serem representadas por indivíduos que estão entre os
Riqueza
A riqueza de espécies por família destaca a família Leguminosae, que possui cinco
espécies (25 % do total). Moraceae vem a seguir, com três, devido à presença de
duas espécies cada, e as famílias restantes possuem apenas uma espécie. A Figura 2 ilustra
estas relações.
6
nº de espécies
5
4 3
3 2 2
2 1 1 1 1 1 1 1
1
0
M cea e
Le
M min
M cea
U stom
So cea
Ph ace
M lac
La acea
A cea
A yna
lm
po e
na ce
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ur e
a
ca ae
c
a
t
a ...
o
a
rd
ia
...
.
a
famílias
Figura 2 – Riqueza de espécies por família na área 1
no processo da sucessão secundária. Segundo MARTINS (1991), tal fato pode ser
integrifolia) atesta a influência antrópica, comum nas florestas da cidade do Rio de Janeiro.
As duas são frutíferas muito apreciadas pela população e também pela fauna. Por questões
culturais, costuma-se preservar estas árvores, que se mantém como fonte de alimento e
abrigo para a fauna em caso de remoção da cobertura vegetal. Estas espécies poderiam
5%
30%
Autocoria
Anemocoria
Zoocoria
Barocoria
55%
10%
Índices ecológicos
O quociente de mistura de 0,43 foi o mais elevado encontrado neste estudo. O índice
possui relativamente poucas espécies, com poucos indivíduos para cada uma delas, o que se
notar dois pontos em que a curva parece iniciar a estabilização, e abruptamente torna a se
elevar. Estes pontos são parcelas situadas em áreas de clareira, onde ocorrem condições de
25
20
nº de espécies
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
parcela (100 m2)
Tonelero
Tabela 3 – Continuação...
Espécie Nome Vulgar Família Grupo No.Ind
Ecológico
NI3 - NI NI 1
NI4 - NI NI 1
NI5 - NI NI 1
NI6 - NI NI 1
NI7 - NI NI 1
trabalhar com indivíduos de pequenas dimensões, que muitas vezes ainda não alcançaram a
total – Figura 5), com pioneiras e secundárias tardias nas posições seguintes. Embora a
espécie com maior número de indivíduos (Piptadenia gonoacantha) seja uma secundária
décadas.
apresentar boa parte de seus indivíduos já em fase de senescência, tendendo a ceder espaço
6%
20%
Pioneira
Sec. Inicial
Sec. tardia
Clímax
17% 48% NI
9%
Riqueza
A Figura 6 mostra a riqueza de espécies por família no local. O grupo de espécies não
8 7 7
7
nº de espécies
6
5 4
4
3 2 2 2 2
2 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1
0
N
Le
M ino
A eae
Fl rdia
La rtia
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A tom
Bi nac eae
Bo iac
Le inac
M ida
Ru eae
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I
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cy tac
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nd
ce
ac
ce
on e
th
m
a
c ae
ae
ce
a
e
s
e
e
famílias
Figura 6 – Riqueza de espécies por família na área 2
tardias (Figura 7). É possível que este fato indique a ocupação da área por espécies do
geradas pela queda de árvores. Tal fato pode relacionar-se à abertura do dossel causada pela
morte de diversas árvores no local, constatadas pela presença de tocos e indivíduos mortos
9%
20%
31% Autocoria
Anemocoria
Zoocoria
NI
40%
Figura 7 – Padrões de dispersão das espécies na área 2
Índices ecológicos
considerado alto para floresta secundária. Esta diversidade pode ser explicada pela
A curva de espécies/ área não alcançou a estabilidade, indicando que existe uma
40
35
nº de espécies
30
25
20
15
10
Figura 8 – Curva espécies/ área na área 2
as espécies pertencem aos grupos de pioneiras (71%) e secundárias iniciais (29%) (Figura
Barata
polymorpha. Esta possui padrões autoecológicos típicos de pioneiras de áreas abertas, tais
estagnação do processo sucessional; este parece ser caso da área de estudo, que sofre
29%
Pioneira
Sec. inicial
71%
representadas por apenas uma espécie. A baixíssima riqueza (Figura 10) evidencia não
apenas uma sucessão em seus estágios iniciais, como a existência de perturbações que agem
2
nº de espécies
1 1 1 1 1
1
0
Co
Le
Sa
na
yr
or
pi
gu
m
ca
tac
ac
nd
po
m
rd
ea
ac
in
ea
sit
ia
e
os
ea
e
ae
ce
ae
e
ae
famílias
A presença de espécies que têm sua dispersão efetuada por pássaros, como a goiaba, a
Anemocoria
Zoocoria
Autocoria
57%
Índices ecológicos
baixo, mesmo se considerando o fato deste estudo ser conduzido em fragmentos de pouca
A curva é mostrada na Figura 12. Existem duas parcelas onde ocorrem saltos na
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5
parcela (100 m2)
• Área 1 x Área 2
similaridade entre as áreas, pois apenas três espécies – Piptadenia gonoacantha, Guarea
guidonia e Miconia sp.1 - são comuns a ambas. O índice encontrado foi de 10,53 %.
• Área 1 x Área 3
uma espécie em comum entre as duas áreas - Psidium guajava, com um indivíduo cada.
Embora as duas áreas sejam pouco densas, a área 1 possui estrutura mais complexa,
• Área 2 x Área 3
comuns, Piptadenia paniculata e Schinus terebinthifolius, cada uma ocorrendo com apenas
situação de clareira, posto que a floresta já possui dossel relativamente fechado. Na área 3,
Piptadenia paniculata ocorre nas duas áreas de maneira isolada e com indivíduos em
Nenhuma espécie foi comum às três áreas de estudo. Foram encontradas ocorrendo
5):
posteriormente para uma organização mais complexa (ODUM, 1988) (Tabela 7).
e 3 (100 %), não significando necessariamente pouca idade dos fragmentos. Pode haver um
processo seletivo, por conta de perturbações antrópicas, como o fogo (OLIVEIRA et alli,
1995; SAMPAIO, 1997) e a poluição (GAETA et alli, 1989; POMPÉIA et alli, 1988;
OLIVEIRA et alli, 1995), comuns em áreas urbanas. Estas pressões seriam responsáveis
pela manutenção de espécies mais resistentes no sítio pelo espaço de tempo em que durem
as perturbações.
das espécies). SAMPAIO (1997) afirma que proporções altas destes grupos ecológicos
em duas áreas.
que áreas bem conservadas possam apresentar um número elevado de espécies arbóreas,
TABARELLI e MANTOVANI (1999) mostram que as árvores com mais de 10 cm de DAP
representam apenas 15 a 22% das espécies neotropicais, pois são excluídas as lianas,
DAP mínimo de 2,5 cm, afirmam que as famílias responsáveis pela maior riqueza de
Florestas secundárias possuem uma riqueza bem menor. GAETA et alli (1989),
encontradas.
com seis espécies cada, e Lauraceae com quatro. O total de espécies encontrado foi de 59,
Uma alta freqüência de incêndios, combinada a outros fatores, pode levar a floresta a
sofrer um processo de retração, havendo a substituição de uma formação arbórea por outra,
de aspecto savânico, composta por espécies de baixo porte e ciclo de vida curto (ou mesmo
deterioração do solo, pois a tendência natural é que sejam substituídas por espécies arbóreas
de ciclo longo.
anemocoria. Apenas a área 1 tem a autocoria como síndrome com grau de importância
indivíduos em duas das três áreas de estudo são autocóricas, oriundas do banco de sementes
do solo. Apenas a área 3 tem como espécie de maior abundância de indivíduos uma
anemocórica.
Tabela 9 – Continuação...
Índices ecológicos
florestas secundárias, onde poucas espécies iniciam o processo sucessional, com paulatina
A área 3 apresentou o valor mais baixo. Na Tabela 10, podem ser vistos os índices
seletividade do ambiente, que exige alta capacidade adaptativa das espécies que nele se
instalem inicialmente.
influência sobre este parâmetro, por induzir a clímaces diferentes do esperado para a flora
regional (SAMPAIO, 1997). Apesar de, teoricamente, esta característica poder levar a uma
centímetros.
centímetros alcançou o valor de 3,71 para amostragem de 2250 m2 e de 3,61 para 1385 m2.
Entretanto, este estudo, como boa parte dos existentes, foi realizado em florestas com bom
informações disponíveis.
paniculata, com 25 anos de idade. Neste caso, os índices relativamente altos se devem a
poucas perturbações no período, existência de remanescentes próximos e de meios de
em Magé (RJ).
no estado do Paraná, encontrou valores de 1,771 para uma capoeira e 3,084 para capoeirão.
Ao se comparar estes resultados ao presente estudo, tem-se que a área 3 possui um valor
muito inferior ao da capoeira; a área 2 situa-se próxima ao capoeirão, seguida pela área 1
demonstrar:
(BENGTSSON, 1994).
foi suficiente para abarcar a diversidade existente. Além disso, a floresta se encontra em
transição para estágios mais avançados, tendo como conseqüência o crescente aumento da
diversidade.
A área 3 foi a única a ter sua curva iniciando a estabilização. Por se tratar de floresta
a) Área 1 – CEMAG
possui quase 1/ 3 do VI total (92,11). O parâmetro de maior peso neste resultado foi a
dominância relativa, que respondeu por quase 60% do total da amostra (59,56%). A espécie
densidade relativa.
Acacia polyphylla foi a segunda espécie mais importante, tendo se destacado como a
esta proporção sobe a 75% para as oito mais importantes (40 % das espécies encontradas).
No que se refere ao Valor de Cobertura (VC), a ordem das oito primeiras espécies é a
O VI das doze espécies que ocorreram na área com apenas um indivíduo foi de 76,07
seguida de muito perto por Anacardiaceae (93,08). As duas, assim, perfazem mais de 60 %
ainda, em freqüência.
Espécie No. Ind. No. Amo. Dens. Abs. Dom. Abs. Freq. Abs.
Mangifera indica 8 5 80 7,0326 50
Acacia polyphylla 9 3 90 0,8793 30
Piptadenia gonoacantha 4 3 40 0,6796 30
Anadenanthera colubrina 3 2 30 0,9271 20
Peschiera fuchsiaefolia 4 2 40 0,2989 20
Nectandra rigida 2 2 20 0,2068 20
Psidium guajava 2 2 20 0,1034 20
Miconia prasina 2 2 20 0,0709 20
Artocarpus integrifolia 1 1 10 0,6447 10
Mimosa bimucronata 1 1 10 0,3323 10
Seguiera langsdorfii 1 1 10 0,2151 10
Apuleia leiocarpa 1 1 10 0,1575 10
Cecropia catarinensis 1 1 10 0,0518 10
Miconia sp. 1 1 10 0,0498 10
Trichilia silvatica 1 1 10 0,0319 10
Solanum inaequale 1 1 10 0,0319 10
Trema micrantha 1 1 10 0,0287 10
Cecropia pachystachya 1 1 10 0,0225 10
Lonchocarpus muhelberghianus 1 1 10 0,0216 10
Guarea guidonea 1 1 10 0,0203 10
Família No. Ind. No. Spp. Dens. Abs. Dom. Abs. Freq. Abs.
Leguminosae 19 6 190 2,9966 90
Anacardiaceae 8 1 80 7,0322 50
Moraceae 3 3 30 0,719 30
Apocynaceae 4 1 40 0,2987 20
Melastomataceae 3 2 30 0,1204 30
Lauraceae 2 1 20 0,2066 20
Myrtaceae 2 1 20 0,1039 20
Meliaceae 2 2 20 0,052 20
Ulmaceae 1 1 10 0,0283 10
Phytolaccaceae 1 1 10 0,2151 10
Solanaceae 1 1 10 0,0319 10
Distribuição diamétrica
na amostragem foi de 13,38 cm, com a área basal/ hectare estimada em 11.807 m2. Pode-se
“J” invertido.
A espécie Acacia polyphylla (Figura 15) possui seus indivíduos distribuídos entre
espécie, junto a M. indica, que também possui presença marcante na primeira classe de
27
30
25
20
15
10 4 4 2 3 2
5 1 1 1 1
0
4,
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
78
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
-1
-2
-2
-3
-3
-4
-4
-5
-5
-6
-6
-7
-1
0
0
classes de D A P
Figura 14 – Distribuição diamétrica na área 1
nº de indivíduos
5
6
4 1 1 1 1
2
0
4,
10
15
20
25
78
,1
,1
,1
,1
-1
-1
-2
-2
-3
0
0
classes de DAP
classe de 4,1 – 6 metros. Nesta classe ficaram 50 % dos indivíduos. Se forem somados os
de estratos distintos.
23
nº de indivíduos
25
20
15
10 7
2 4 3 4 2
5 1
0
3-
4,
6,
8,
10
12
14
16
18
1-
1-
1-
4
,1
,1
,1
,1
,1
6
10
-1
-1
-1
-1
-2
2
classes de altura
95% do total - agrupa-se nas classes I e II (0 – 20 % e 21 – 40 %). Este fato pode ser
explicado em parte pela ocorrência agregada de algumas espécies, mas principalmente pelo
Apenas Mangifera. indica está presente na classe III (40,1 – 60 % das parcelas). As
características desta espécie incluem-na entre as barocóricas (vide cap. 4); teoricamente,
sua dispersão seria limitada aos arredores da planta – mãe. A explicação mais plausível
para sua dispersão ser a mais ampla é a de o local de estudo ser um antigo pomar, havendo,
20 17
nº spp./ classe
15
10
5 2 1
0
I II III IV V
classes de freqüência
primeiras (37,14 %) com 75,43 % da soma do VI. Observa-se, assim, uma grande
dominante no local.
VI, e responde por 57,90% do total. Se forem tomadas as dez primeiras, o valor total chega
a 75,97 %.
(113,7). Este valor é superior à soma dos VI das quatro famílias seguintes, Moraceae,
Familia No. Ind. No. Spp. Dens. Abs. Dom. Abs. Freq. Abs.
Leguminosae 39 7 390 0,8456 100
Moraceae 13 3 130 0,0951 70
Apocynaceae 10 1 100 0,1791 30
Melastomataceae 7 2 70 0,1812 30
Lauraceae 5 2 50 0,1636 40
NI 7 7 70 0,0696 50
Boraginaceae 5 1 50 0,0543 50
Anacardiaceae 6 2 60 0,0395 40
Bignoniaceae 4 1 40 0,0322 30
Flacourtiaceae 3 2 30 0,0223 30
Bombacaceae 3 1 30 0,0296 20
Solanaceae 2 1 20 0,0231 20
Rutaceae 2 1 20 0,0114 20
Lecythidaceae 1 1 10 0,0139 10
Tiliaceae 1 1 10 0,004 10
Sapindaceae 1 1 10 0,004 10
Meliaceae 1 1 10 0,0026 10
Distribuição diamétrica
primeira classe (4,78 – 10 cm), com 46 indivíduos, ou 42,2% do total. A classe seguinte,
10,1 – 15 cm, possui 29 indivíduos (26,36% do total). Assim as duas menores classes
respondem por 68,18% de todos os indivíduos da área de estudos. A área basal é de 18.312
m2 por hectare.
indivíduos na classe de 4,78-10 cm. Entre as classes de 15,1 – 20 e 30,1 – 35, a espécie
possui cinco indivíduos, e uma na de 55,1 – 60 cm. Sua distribuição tanto em classes
inferiores quanto superiores indica a tendência de dominância futura no local (Figura 21).
A taxa de árvores bifurcadas no local é de 14, 68% do total de indivíduos.
50 46
nº de indivíduos
40
29
30
20
11 9 8
10 4 2 1
0
4,
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
78
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
-1
-1
-2
-2
-3
-3
-4
-4
-5
-5
-6
0
classes de DAP
10
8
5
nº ind
6 3 4 4 4
4 1
2
0
4,
10
15
20
25
30
35
78
,1
,1
,1
,1
,1
,1
--2
-1
-1
-2
-3
-3
-4
0
0
0
classes de DAP
5
4
4
nº ind./ classe
3
2
2
1 1 1 1
1
0
4,
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
78
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
--2
--6
-1
-1
-2
-3
-3
-4
-4
-5
-5
0
5
0
0
Figura 20 – Distribuição diamétrica de Aspidosperma parvifolium na área 2
Distribuição de alturas
início de distinção entre estratos, com uma tendência de agrupamento das classes entre 3 e
8 metros.
36
40 29
alturas
30 18
20 10 11
10 1 3 1
0
3-
8,
4,
6,
10
12
14
16
1-
1-
1-
4
,1
,1
,1
,1
10
6
-1
-1
-1
-2
2
Predominam as classes I e II, com 91,89% do total de espécies (Figura 22). A classe
III possui duas espécies (Brosimum glaziouii e Machaerium nictitans), e na classe V apenas
20
10 6
2 0 1
0
I II III IV V
classes de freqüência
Myrtaceae, Anacardiaceae, Leguminosae e Moraceae, cada uma com apenas uma espécie,
Espécie No. Ind. No. Amo. Dom. Abs. Dens. Abs. Freq. Abs.
Gochnatia polymorpha 28 5 0,4734 560 100
Psidium guajava 2 2 0,3947 40 40
Schinus tertebinthifolius 1 1 0,3013 20 20
Piptadenia paniculata 1 1 0,2125 20 20
Cecropia glaziouii 1 1 0,077 20 20
Vernonia crotonoides 1 1 0,0575 20 20
Cupania oblongifolia 1 1 0,046 20 20
Familia No. Ind. No. Spp. Dens.Abs. Freq. Abs. Dom. Abs.
Compositae 29 2 580 100 0,47924
Myrtaceae 2 1 40 40 0,3947
Anacardiaceae 1 1 20 20 0,3013
Leguminosae 1 1 20 20 0,2125
Moraceae 1 1 20 20 0,077
Sapindaceae 1 1 20 20 0,046
parte dos indivíduos concentra-se nas classes entre 5,78-10 cm e 10,1-15 cm, representando
20 15
15 12
nº ind.
10 6
5 2
0
0
5
-1
-1
-2
-2
78
,1
,1
,1
10
15
20
4,
classes de DAP
nas duas menores, que agrupam 82,145 de sua população (Figura 23).
14 12
12 11
10
nº ind
8
6
4 3
2
2
0
4,
10
15
20
78
,1
,1
,1
-1
-1
-2
-2
0
5
classes de DAP de Gochnatia polymorpha
distribuição diamétrica.
Distribuição de Alturas
20
nº indivíduos
15 12
10
0
3
4,
-4
1
-6
classes de altura
ou seja, em até 20% das parcelas. Uma espécie ocorre na classe II – Psidium guajava – e
Pode-se interpretar que uma formação composta apenas por Gochnatia polymorpha
processo sucessional. Esta suspeita ganha força pelo fato de Gochnatia polymorpha ser
uma espécie resistente ao fogo, formando agrupamentos quase puros em áreas abertas
2
1 1
1
0
I II III IV V
classes de freqüência
• Área 1 x Área 2
Utilizando-se o índice proposto por LAMPRECHT (1990), onde se considera a
dominância absoluta das espécies comuns às duas áreas, encontrou-se o valor de 46,04%. A
similaridade é alta, pois embora apenas três espécies (Piptadenia gonoacantha, Guarea
• Área 1 x Área 3
A similaridade encontrada foi de 3,73%. Deve ser levado em consideração que
apenas uma espécie foi comum às duas áreas – Psidum guajava – e possui papel pouco
relevante em ambas.
• Área 2 x Área 3
O valor encontrado foi de 54,57%, e as espécies comuns foram Schinus
pode-se considerar que estas espécies possuem papel relevante nos estágios iniciais da
sucessão nestas áreas, à exceção de Nectandra rigida, que foi amostrada apenas com
indivíduos jovens na área 1 e com jovens e adultos na área 2, de estágio sucessional mais
avançado.
áreas. Apenas a área 3, sob condições peculiares, possui a família Compositae como a mais
a mais importante. Outras famílias significativas são Anacardiaceae (área 1), Moraceae e
cm) são as que se aproximam do diâmetro limite utilizado neste levantamento. NA classe
este papel.
basais
Antes de se proceder a maiores discussões, deve-se lembrar que quase todas as
espécies ofereceram amostras muito pequenas, devendo se avaliar estas informações com
bastante cautela.
Os diâmetros médios encontrados nos três fragmentos estão situados numa faixa entre
que o desvio padrão dos diâmetros neste local é o maior encontrado, o que se deve à
influencia este parâmetro é o corte seletivo de madeira feito pelos sitiantes do entorno, para
a confecção de cercas.
diamétrica.
(Tabela 26):
O resumo das características dos três fragmentos estudado está na Tabela 28:
estudo
A área 1 apresentou a maior altura média, assim como o maior desvio padrão. Esta
madeira.
A área 3 mostra altura média inferior a cinco metros, além do menor desvio padrão,
espécie.
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Esta dissertação naturalmente não esgota a discussão sobre o tema da regeneração de
parcelas;
geral, houve pouca semelhança entre as três áreas de estudo. Assim, pode-se
Janeiro;
parece estar seguindo seu curso nas áreas 1 e 2. A área 3, entretanto, tem sua
intervenções que a isolem deste fator para que os processos ecológicos ligados à
baixa área basal e pequenos diâmetros médios. A área 1 pode ser considerada em
estágio secundário inicial; a área 2, como secundária tardia, e a 3 como formação
pioneira;
urbanas;
NAKAZONO, 1999). Na área 1, isto foi observado de forma mais direta, com a
pela alta freqüência de incêndios. Muito embora tenha sido observada a entrada
• a baixa diversidade dos fragmentos pode ser interpretada não apenas sob o viés da
idade, mas principalmente das perturbações antrópicas, onde pode ser incluída a
capim – colonião;
1999; TERBORGH, 1992), que, por seu poder de atração de fauna dispersora de
1992.
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www.jbrj.gov.br
www.mobot.org
www.nybg.org.br
www.rio.rj.gov.br
www.sosmataatlantica.com.br
128
7. APÊNDICE
10
metros
10
metros
130