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Introdução
Estamos no limiar do terceiro milênio. Nestes dias que antecedem os últimos momentos
deste sistema dos reinos do mundo, muitas doutrinas e filosofias têm surgido e o
esoterismo, misturado com os ensinamentos profusos da chamada Nova Era, tendem a
confundir os mais desavisados e os desconhecedores da Bíblia.
Inúmeras pessoas se filiam, a cada dia, às diversas igrejas espalhadas em todo mundo.
Entretanto, sabemos, também, que um número razoável dessas pessoas se afastam em
razão de interpretações errôneas e falsas das Escrituras Sagradas. Nessas oportunidades,
surgem as seitas e religiões fanáticas (Exs. Jim Jones, na Guiana Inglesa e o líder
espiritual David Koresh, de uma seita em Waco - Texas, EUA), marcando datas da volta
de Jesus, do fim do mundo e outras heresias.
Para essa finalidade, o estudo sério e bíblico da Escatologia, é essencial para dirimir
dúvidas e esclarecer muitas questões relacionadas com os eventos presentes e futuros e
trazer uma compreensão de importantes temas bíblicos.
Importância do assunto
5. tem efeito marcante sobre nosso serviço - Há maior incentivo ao testemunho cristão
de vida e verbal do evangelho. Rm 13.11-12.
Etimologia da Palavra
O termo Escatologia tem origem em duas palavras gregas (éschatos = "último", e logos
="estudo"). Portanto, a tradução da palavra seria algo como: "A Doutrina (ou estudo)
das Últimas Coisas".
Premissas
7) o bem triunfará
Esboço Simplificado
4. juízo final;
Esses cinco blocos envolvem, principalmente, os seguintes tópicos, com relação aos
indivíduos e ao mundo, contemplando aspectos redentivos, de julgamentos e uma
intervenção pessoal de Deus no mundo humano e físico:
d) as duas ressurreições
g) o milênio de paz
h) o arrebatamento da igreja
Aspectos Históricos
Vários aspectos da doutrina cristã têm sido tratados no decorrer dos séculos passados.
Desde o estabelecimento da igreja, no século I da Era Cristã, os grandes temas têm
recebido atenção e desenvolvidos em períodos diferentes da história da igreja, conforme
abaixo:
· século XIX - na metade deste século a Escatologia foi estudada precariamente. Vários
erros foram introduzidos na igreja. Houve frustrações das expectativas, até então cridas,
quando livros da Bíblia foram desconsiderados, inclusive o Apocalipse. Alguns
teólogos chegaram ao absurdo de questionarem a autoridade de Jesus com relação aos
eventos futuros, julgando-o, até mesmo, que havia se equivocado, e decidiram que, as
predições bíblicas sobre o futuro do mundo eram meras invenções da igreja primitiva;
· século XX - bem no início deste século, entretanto, Albert Schweitzer fez uma
revolução com o seu livro A Questão do Jesus Histórico, no qual demonstrou que a
erudição crítica estava errada, e que a Escatologia devia ocupar posição central, e não
periférica, nos ensinos de Jesus. Nos últimos tempos o assunto tem sido discutido até no
governo da maior potência mundial, os EUA, inclusive, em debates presidenciais e
televisionado para todos os países do mundo (ex. Reagan). Russell N. Champlin acha
que o mundo tem de conhecer o tema e debatê-lo antes que os eventos finais sejam
desencadeados em todo mundo (conforme veremos nas últimas lições). Por isso é que
surgem místicos, dizendo as maiores heresias, das quais precisamos nos precaver para
não sermos ludibriados por nenhuma delas.
As profecias referentes a Jesus e a tudo que ele realizaria, em boa parte, foram preditos
na sua totalidade, sem fazer clara distinção entre os fatos referentes ao primeiro e
segundo advento, por estarem intimamente ligados, parecendo, às vezes, tratar-se de
apenas um, o que só se tornou mais compreensível mais tarde, com a concretização de
alguns acontecimentos - Sl 2; Is 7.14;9.1-6; 53; Jl 3.9-17; Jó 19.25,26.
Esta foi uma das por que os judeus rejeitaram Jesus. Eles esperavam um Messias
político, um rei que livrasse Israel do domínio do império romano pela força e
estabelecesse um reino de paz. Quando se depararam com Jesus e seus ensinamentos de
amor, ficaram decepcionados e o rejeitaram como o Messias.
As expressões: "tempo do fim" (Dn 11.1-4), "naquele dia" (Is 24.21; 25.9; 27.1),
"últimos dias" (Is 2.2; Os 3.5), "dia do Senhor" (Jl 2.28-32; Am 5.18-20; Ml 4.5), "dia
da sua vinda" (Ml 3.1,2), são expressões escatológicas para indicar o tempo da segunda
vinda de Cristo, com todos os eventos a ela relacionados.
a) cessar a transgressão;
b) dar fim aos pecados;
c) expiar a iniquidade;
b. dar fim aos pecados - expiar os pecados ou selar os pecados, no sentido de julgá-los
de modo definitivo;
c. expiar a iniquidade - uma referência à morte de Cristo na cruz, que é uma base para o
futuro perdão de Israel;
f. ungir o santo dos santos - consagração do Santo dos Santos no templo, no Milênio.
Desde que tornou-se nação até o tempo dos Macabeus no relato histórico do período
intertestamental, Israel inúmeras vezes se viu dominado por outros reinos que o
subjugavam. Por isso, então, a idéia e esperança sempre viva na mente dos judeus era a
do estabelecimento de um reino definitivo e a libertação do domínio romano.
Pois bem, no meio de toda uma discussão da Escatologia e a vinda do Reino de Deus, se
esse Reino seria literal ou não, onde prevalecia a posição de que o Reino de Deus não
era literal na sua natureza mas ético, foi que surgiu Schweitzer com um posicionamento,
iniciado por Johannes Weiss, de que o Reino do qual Jesus falou não era ético mas
escatológico, isto é, que viria no fim, seria apocalíptico.
Com isso, ele então afunilou o ensino de todo o Novo Testamento para uma visão
totalmente futurística. Na sua concepção, a chegada do Reino de Deus seria um clímax
dramático, com distúrbios cósmicos, refutando, assim, os conceitos anteriores e não-
escatológicos dos teólogos liberais, tendo esta sua posição sido chamada de Escatologia
Consistente, ou Radical.
Para melhor compreensão, cabe dizer neste ponto que a Escatologia no sentido mais
amplo e com tudo que a envolve, trata da implantação dos Reino de Deus aqui na terra,
a começar dos corações humanos, e envolve uma série enorme de ações e
acontecimentos previstos para ocorrerem na terra, o sobrenatural, vindo dos céus,
entrando no natural e se estabelecendo no planeta.
Na verdade, o Reino de Deus deveria vir a ser estabelecido na terra com todas as
características (já que é de Deus e de caráter justo) próprias de sua implantação: é claro,
para os inimigos do Reino, o desfazimento do mal e seus agentes, com a aplicação da
justiça e do juízo; mas, para os que o buscam e anseiam por ele, o estabelecimento da
paz tão almejada e todas os benefícios que ela traz. Por que isso? É a destruição do reino
atual, perverso, mal e corrupto, que é o de Satanás, e a implantação do justo e perfeito
Reino de Deus.
Por isso, é que F. F. Bruce afirma que a pregação de Jesus, resumida em Mc 1.15 ("O
tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei e crede no
evangelho"), declara o cumprimento da visão de Daniel: "E veio o tempo em que os
santos possuíram o Reino" (Dn 7.22).
Diz Bruce que, em certo sentido, o Reino já estava presente no ministério de Jesus: "se,
porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o Reino de
Deus sobre vós" (Lc 11.20; cf Mt 12.28). Mas, em outro sentido, o Reino ainda estava
no futuro. Jesus ensinou seus discípulos a orar: "Venha o teu Reino" (Lc 11.2).
Escatologia Realizada
Logo após Schweitzer, veio C. H. Dodd com o que ele chamou de Escatologia
Realizada, afirmando que o Reino de Deus não seria escatológico futurístico mas que já
havia chegado com a primeira vinda de Jesus, ao contrário da posição de Schweitzer.
Ou seja, na época do ministério de Jesus na terra foram cumpridas todas as promessas
sobre o fim.
Hoje, sabemos que essas posições não expressam toda a verdade, mas parte dela. Os
judeus, na época de Jesus, tinham uma compreensão mais ou menos nessa linha de
raciocínio (Lc 19.11). Erickson diz que, segundo Dodd, o conceito do dia do Senhor foi
transferido a um evento histórico específico já ocorrido ou a uma série de eventos - o
ministério, a morte e a ressurreição de Jesus. Ou seja, a escatologia foi cumprida, ou
"realizada". Esse entendimento de Dodd é falho, visto ser incompleto e desconsiderar
todo o quadro futuro.
O Reino de Deus, na verdade, já começou a ser implantado entre os homens, como disse
Jesus (Mt. 11.12; 12.28; 13.24,31,33; Mc 10.15; Lc 17.20,21), mas esse enfoque é
apenas sob um ponto de vista porque, como parte da Escatologia, era tão somente o
início da implantação do Reino de Deus entre os homens, o qual deveria começar dentro
de cada pessoa, de maneira individual, para mais tarde ser implantado de forma literal e
visível no meio de todos os homens, na terra (Mt. 6.10; 7.21; 8.11; 13.43; 16.28; 25.31-
34; Mc 14.25; Lc 13.23, 27-29; 22.16,18,30,42).
Escatologia Inaugurada
O resumo de tudo é que, o "tempo do fim", "os últimos dias" começou com a
encarnação de Jesus e vai até o início do estado eterno futuro, e disso falaram todos os
profetas. De acordo com Shedd, o Reino de Deus veio na pessoa de Jesus Cristo e seu
ministério, de forma legítima, mas não na sua totalidade.
a. Pós-milenismo - essa linha de raciocínio não especifica uma data para o início do
Milênio. Tem a concepção de algo parecido com um milênio já inaugurado e a chegada
do Reino de Deus de forma gradual, lentamente;
b. Pré-milenismo - aquele que crê em um reino literal de Cristo na face da terra por um
período de mil anos, que se iniciará com a sua vinda, inaugurando-o. Ele se entende
também como o ponto de vista que situa o arrebatamento e a vinda de Cristo
antecedendo o Milênio.
Na língua grega, temos três termos técnicos para indicar a vinda de Jesus: Apocalipse,
Epifania e Parousia sendo que, destes três, o mais freqüentemente utilizado é Parousia.
A Natureza da Parousia
H. C. Thiessen diz que no Novo Testamento temos o testemunho de Jesus, dos "varões
vestidos de branco" e dos apóstolos. Jesus declarou que voltaria pessoalmente (Jo 14.3;
21.20-23), inesperadamente (Mt 24.32-51; 25.1-13; Mc 13.33-36), repentinamente (Mt
24.25-28), na glória de seu Pai e seus anjos (Mt 16.27 19.28; 25.31-46), e
triunfantemente (Lc 19.11-27). Os "varões de branco" testificaram quando da ascensão
de Cristo de que ele viria em pessoa, corporal e visivelmente, e repentinamente (At
1.11).
O testemunho dos apóstolos é bastante intenso. Citaremos apenas parte dele. Pedro
testifica que ele virá em pessoa (At 3.19-21; 2 Pe 3.3,4), e inesperadamente (2 Pe 3.8-
10). Paulo testifica que ele virá em pessoa (1 Ts 4.16,17; Fp 3.10,21) e repentinamente
(1 Co 15.51,52), em glória e acompanhado pelos anjos (Tt 2.13; 2 Ts 1.7-10). A epístola
aos Hebreus testifica que ele virá pessoalmente (9.28) e com presteza (10.37). Tiago
testifica que ele virá em pessoa (5.7,8). João testifica que ele virá em pessoa (1 Jo 2.28;
3.2,3), repentinamente (Ap 22.12), e publicamente (Ap 1.7). E Judas cita Enoque para
demonstrar que ele virá publicamente (v. 14,15).
Alguns entendem a vinda do Senhor como sendo: a vinda do Espírito Santo no
Pentecostes, a conversão da alma, a destruição de Jerusalém, a morte física, a conversão
do mundo, a ressurreição de Jesus, etc. Tais posições são errôneas. A vinda de Jesus é
literal e inconfundível. Ap 1.7 diz que "todo olho O verá".
O Propósito da Parousia
A vida do crente não teria nenhum significado do ponto de vista de sua esperança, se
não fosse a promessa e a espera certa e confiante na vinda de Cristo. Por que este
assunto é tão enfatizado? Haveria motivos para a tão grande ênfase que o próprio
Senhor dá a este assunto e como os apóstolos o trataram? Atentemos para alguns
motivos que destacamos como sendo reveladores desse intenso tratamento.
A GRANDE TRIBULAÇÃO
"Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até
agora não tem havido, e nem haverá jamais" (Mt 24.12).
Com essas palavras, Jesus esclarece os discípulos e enfatiza o tempo em que será
intensificada a tribulação já sofrida pela igreja durante toda sua história, mencionando
vários acontecimentos que estão ocorrendo nos últimos séculos tais como, guerras,
rumores de guerra, fomes, perseguições e terremotos, revelados como sinais indicativos
do período que ele chamou de "o princípio das dores". Com isso em mente, não
podemos nos esquecer que estamos vivendo no "tempo do fim", um período claramente
pré-tribulação.
Há quem atribua uma duração de quarenta (40) anos para esse período, com base em
que este número sempre simbolizou provação: o dilúvio; os dois jejuns de Moisés;
desafio de Golias a Israel; anúncio de Jonas a Nínive e a tentação de Jesus. Outros,
como os pré-tribulacionistas, pensam que a tribulação durará sete (7) anos. De fato,
tomando como referência a profecia das setenta semanas de Daniel 9.24-27, resta, ainda,
uma semana profética (7 anos) para completar os acontecimentos descritos pelo profeta
Daniel.
O Anticristo
"O anticristo, com olhar vazio, tão sem misericórdia quanto o sol, já nasceu, o
necessário precursor da Segunda Vinda". (Champlin)
Eu penso que essa última semana profética começará quando o Homem da Iniquidade
(o Anticristo) iniciará ser reinado trazendo soluções fantásticas para os problemas
políticos, econômicos e religiosos e, pouco a pouco, ganhando a simpatia do mundo e
dos poderosos, adquirindo autoridade e poder, implantará o seu domínio, a ponto de
exclamarem: "...quem é semelhante à besta?" (Ap 13.1-8). Já faz algum tempo que as
nações poderosas do mundo buscam um líder mundial, que traga soluções para os seus
graves problemas. Daniel 9.25-27, fala que o Anticristo ("...um príncipe que há de
vir...ele...") fará firme aliança com muitos (provavelmente líderes da nação de Israel)
por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício.
Com a quebra desse pacto na metade da semana, tirará sua máscara e estabelecerá o
domínio de terror e perseguição, tanto de Israel quanto da igreja, no restante da semana,
e que o sofrimento da igreja, causado pela perseguição satânica, durará um tempo
definido de três (3) anos e meio ou quarenta e dois meses, ou um tempo, tempos e
metade de um tempo ou 1.260 dias, com essas expressões significando o mesmo lapso
de tempo que será, no meu entender, a Grande Tribulação propriamente dita ou o
período mais intenso dela.
Após essa tribulação sofrida pela igreja, Jesus, vindo em defesa dos seus escolhidos,
descerá dos céus com grande poder e glória (a Parousia, de que falamos), colocando fim
na Grande Tribulação, executará o seu juízo na terra, com todos fatos dele decorrentes,
tais como os descritos em Zacarias (4.1-7, 12-15, 2 Pe 3.7, 10-13; Ap 19.11-21). Esse
dia apanhará muitos de surpresa, porquanto, os ímpios inimigos de Deus se acharão
seguros e donos da situação, supondo terem dominado a igreja, quando lhes sobrevirá
repentina destruição à qual não haverão de escapar (1 Ts 5.3), de forma semelhante aos
dias de Noé, anteriores ao dilúvio (Mt 24.37-39).
Os acontecimentos, mencionados nessas passagens, que terão lugar naquele tempo, são
inenarráveis. Porquanto, serão derramados sobre a terra os ais e as pragas e todos os
acontecimentos previstos no livro de Apocalipse, descritos nas narrativas dos seis
primeiros selos, das sete trombetas, das sete taças da ira de Deus. Jesus se referiu a essa
ocasião como um tempo de catástrofes mundiais, tumultos de toda ordem, sinais nos
céus, no sol, nos oceanos, na lua e nas estrelas, grandes terremotos e o abalo as
potências dos céus.
A nação de Israel será invadida por Gogue, que alguns estudiosos acham que pode ser a
Rússia, nessa época se dará a grande Batalha do Armagedom (Ar Megido) (Ap 16.16;
19.17-21), com a destruição dos exércitos dos inimigos de Israel e do povo de Deus, que
o profeta Ezequiel (38.2-39.20) e o apóstolo João (Ap 20.8) chamaram de Gogue e
Magogue, nos montes da Palestina.
A Conversão de Israel
Com a conversão de Israel (Ez 39.21-29), entendo que os israelitas, juntamente com a
igreja, desencadearão um testemunho poderoso e eficaz, empreendendo uma ação
missionária, provavelmente nunca havida até aquele tempo.
Os principais fatos, que ocorrerão na Grande Tribulação, podem ser assim resumidos:
AS RESSURREIÇÕES E O ARREBATAMENTO
Esses dois acontecimentos terão lugar quando Jesus descer dos céus para colocar fim à
Grande Tribulação e estabelecer seu Reino na terra. Além das referências no Antigo
Testamento, acham-se registrados, no Novo, em quatro textos principais, destacados, a
seguir: Mt 24.31;1 Co 15.1-55; 1 Ts 4.13-18; Ap 20.4-6.
As Ressurreições
Novo Testamento > O filho da viúva de Naim (Lc 7.12-15); a filha de Jairo (Mt 9.23-
25); Lázaro (Jo 11.1-44); mortos no dia da morte/ressurreição de Jesus (Mt 27.51-53);
Dorcas (At 9.36-41); Êutico (At 20.9,10) e a de Jesus (Mt 28.1-10; Mc 16; Lc 24; Jo
20), diferente e mais poderosa que as demais (Ef 1.18-20).
Primeira ressurreição:
O caráter da ressurreição: não será simbólica nem espiritual, como alguns afirmam mas,
literal e física, ou corpórea. Is 60.8; Dn 12.2; 1 Co 15.; 1 Ts 4.13-18. Ela será uma
ressurreição "dentre (ek) os mortos".
Segunda ressurreição:
O Arrebatamento
Alguns exemplos na Bíblia: Enoque (Gn 5.24); Elias (2 Re 2.11); Filipe (At 8.39-40),
além de outros.
A palavra "Arrebatamento" não se encontra na Bíblia. A idéia e a certeza desse evento
futuro, sim!
Definição do Milênio
Alguns estudiosos não vêem na Bíblia um milênio (mil anos) literal na terra depois da
volta de Jesus. De fato, as Escrituras são escassas com respeito ao tempo de duração
desse período. Apesar disso, no curto trecho de Apocalipse 20.1-7 vemos os mil anos
sendo mencionados nada menos que 6 (seis) vezes. Entendo que essa quantidade de
referências é suficiente como base para a doutrina. A própria didática mostra que a
repetição é uma das técnicas utilizadas no ensino. Além disso, um número enorme de
textos se identificam com esse período. Eis alguns deles: Is 2.4; 4.2-6; 11.1-10; 65.20; Jl
2.21-27: 3.8-20; Mq 4.1-4; 5.7-8; Zc 14.9; 16-21.
O Caráter do Milênio
Esse período terá um governo teocrático (de Deus) na terra; será caracterizado pela
prosperidade, paz, eqüidade, justiça e glória (Is 11.2-5) e sua sede é a Nova Jerusalém
que descerá dos céus (Ap 21.1-22.15) e, segundo entendo, se estabelecerá no local da
atual Jerusalém, em Israel, na Palestina (Zc 12.6, 8-10).
O Contexto do Milênio
Durante >> Governo de paz na terra, os fiéis reinam com Cristo na Nova Jerusalém;
Satanás e os demônios presos; afastamento do mal da terra, resultando na redução de
pecados, afastamento de enfermidades e males; prolongamento da vida; mansidão dos
animais; banimento das trevas; Bodas do Cordeiro; dádivas trazidas à Nova Jerusalém;
Depois >> no fim do Milênio, soltura de Satanás por breve período de tempo, que sairá
a enganar as nações; revolta das nações contra o Reino de Jesus e a Nova Jerusalém;
manifestação da ira de Deus sobre os homens na terra; lançamento de Satanás no lago
de fogo eternamente; destruição do pecado e da morte; segunda ressurreição dos
restantes dos mortos para o juízo final; entrada no estado eterno; novos céus e nova
terra.
O Estado Eterno
Este estado de eterna glória, em que Deus já terá enxugado as lágrimas de todos os
salvos, jamais findará. Jesus Cristo entregará o Reino ao Pai. Haverá um novo céu e
uma nova terra onde habitará a justiça. Não haverá mais tristeza, nem ódio nem dor,
nem lembranças amargas do passado. Não haverá mais noite e o tempo cronológico
provavelmente deixará de existir. Todos os salvos de todas as épocas se reconhecerão e
estarão juntos eternamente. O puro e perfeito amor será desfrutado na sua inteireza.
Acredito que não haverá mais a possibilidade de pecar. Os salvos serão unidos ao
Senhor de maneira perfeita, física (corpo ressurreto e incorruptível) e espiritualmente,
nas suas frontes estará gravado o Seu nome.
O Problema da Interpretação
A Esperança
O Compromisso
De fato, assim como agora nos cabe a tarefa da evangelização, viveremos eternamente
para o servir (Ap 22.3), enquanto com Ele reinamos. Por isso, aguardemos os
acontecimentos de forma correta, anunciando o evangelho do Reino, conforme ensinou
em uma de suas parábolas: "Negociai até que eu volte" (Lc 19.13).
O Pr. Ézio Pereira da Silva é Professor de Teologia e autor dos livros "A Segunda
Vinda" e "Dignos de Honra"
Bibliografia sugerida:
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