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História e histórias - Padeira de

Aljubarrota

Vamos ouvir a história de uma rapariga chamada Brites de


Almeida. Para uns uma Maria Rapaz, para outros uma heroína.
Não se pode afirmar com certeza que esta pessoa tenha
existido, nem sequer que a história que se conta acerca dela seja
verdade, mas ela vai estar sempre ligada à Batalha de Aljubarrota.
Tudo começa na Ria Formoso, em Faro ou, como se chamava
na altura Faaron. Para ser mais preciso terá sido no Algarve.
Ninguém sabe ao certo a data de nascimento, mas julga-se ter sido
cerca de 1350.
Os seus pais são pobres, gente humilde, donos de uma
pequena taberna

Maria Rapaz
Conta-se que quando era pequena Brites de Almeida já era alta,
robusta, musculada, corpulenta, ossuda e feia, de nariz adunco
(curvo), boca muito rasgada e cabelos crespos. Há quem diga que
teria 6 dedos, o que terá alegrado os pais, pois julgaram ter em casa
uma futura mulher muito trabalhadora, ajudante nos trabalhos da
casa, a lavar e encher pipas, a servir canecas de vinho aos clientes.
Enganaram-se os pais, coitados… Bastava um miúdo chegar à porta
da taberna a provocá-la com uma piada, para Brites de Almeida
largar o trabalho que tinha em mãos e correr atrás do provocador. Se
conseguia apanhá-lo dava-lhe um enxerto de porrada. Conta-se,
assim, que preferia vagabundear, andar à pancada e resolver tudo
com os punhos, em vez de ajudar os pais. E tantas são as
pancadarias que rapidamente ganha a alcunha de Maria Rapaz.
Cerca de 1370, teria Brites de Almeida uns 20 anos, os pais
morreram. Órfã e sem gostar de trabalhar na taberna que era dos
pais, Brites de Almeida vende o negócio e mete-se ao caminho, de
terra em terra, de lugar em lugar, de feira em feira. Ao relento,
convive com todo o tipo de gente, dorme ao lado de vagabundos,
soldados, pedintes… Aprende a usar o pau e a manejar uma espada
com muita mestria (na altura só os homens nobres é que o faziam).
Assim, ora com este, ora com aquele, pratica o jogo do pau, logo a
seguir aprende a esgrimir e rapidamente ganha fama de valentona.
Então, para ganhar dinheiro, começou a usar os seus conhecimentos
em feiras, onde fazia combates contra homens.
Foi quanto bastou para que um dia um soldado alentejano,
trocista, a procurasse e lhe propusesse casamento. Brites de Almeida,
que gostava muito da sua independência, respondeu:
- Vamos lutar. Se venceres caso contigo.
Como resultado, o soldado morre. Porque quem matava um
soldado era preso, Brites de Almeida resolve fugir de barco para
Espanha. Mas o destino quis que um grupo de piratas mouros
capturasse o barco e vendem-na como escrava a um grande senhor
da Argélia, que já tinha em seu poder outros dois escravos
portugueses.

Argélia: Ida e Volta

Durante um ano Brites de Almeida vai obedecendo às ordens do


senhor. Faz parte do seu plano… Ao fim desse ano, com a ajuda dos
dois escravos portugueses, ao anoitecer, matam o senhor enquanto
dormia. Depressa, correm para o porto de Argel, roubam um barco e
fazem-se ao mar em direcção de Portugal. Por azar, surge um
temporal, rasgam-se as velas do barco, parte-se o mastro e andam à
deriva vários dias. Por sorte, chegam á Ericeira, porto a meio da
costa de Portugal.
Com medo que os guardas ainda a queiram prender por causa
da morte do soldado, diz aos dois companheiros para seguirem
sozinhos. Brites de Almeida corta os cabelos, disfarça-se de homem,
compra um burro e duas mulas e começa a transportar mercadorias
de terra em terra, almocreve.

Aljubarrota
Era uma vida de trabalho duro. Um dia, Brites de Almeida passa
por uma terra chamada Aljubarrota, entra numa taberna e ouve dizer
que a padeira da terra está velha e cansada e que precisa encontrar
urgentemente uma ajudante. Cansada da vida de almocreve, Brites
de Almeida, já vestida de mulher, bate à porta da padeira para pedir
o trabalho na padaria. Ao ver que era uma mulher forte, a padeira
contrata-a e dois ou três anos depois quando morre a padeira, Brites
de Almeida recebe de herança a padaria, ficando dona do negócio.
Entretanto, quem governava Portugal eram os espanhóis e
Brites de Almeida, como a maioria do povo português estava do lado
de D. João I, Mestre de Avis, e queria que fossem os portugueses a
governar Portugal.
Fizeram-se vários campos de batalha entre portugueses e
espanhóis e os portugueses foram ganhando. Mas a batalha mais
decisiva aconteceu a 14 de Agosto de 1385, nos campos de
Aljubarrota: 7000 guerreiros portugueses contra 30000 castelhanos.
Estes sorriam do número reduzido de adversários e já cantavam
vitória. Comandam as nossas tropas o Condestável D. Nuno Álvares
Pereira e o Mestre de Avis, D. João I. Apesar da diferença de
soldados, com a técnica do quadrado, os espanhóis são derrotados.
Brites de Almeida não resistiu e pegou numa espada e junta-se
às tropas portuguesas e populares que perseguem os espanhóis em
fuga. Ao anoitecer, desgrenhada, esfarrapada, mas satisfeita, chega a
casa. Estranha que a porta do forno da padaria esteja fechada, pois
tem a certeza que a deixou aberta. Ouvia também um ruído estranho
dentro do forno. Abre a porta do forno e vê 7 soldados espanhóis que
fingem dormir. Agarra na pá de ferro e começa a bater com força em
todos eles. Aos gritos, vão todos saindo, um a um. Dá uma pancada a
cada um com a pá e todos eles tombam mortos e dizia: Em Portugal
mandam os portugueses.

Casamento
Claro que a sua história não acaba aqui. Parece que quando fez
40 anos se casou com um lavrador rico que a admirava muito e
consta que deste lavrador ainda teve vários filhos.

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