IST-MA-2010/11-1 SEMESTRE
EXERCÍCIOS1 DE MATEMÁTICA I
FICHA 1: NÚMEROS REAIS
1; 2; 3; 4; :::
Nele encontram-se de…nidas as conhecidas operações de soma (ou adição), subtracção, mul-
tiplicação e divisão. Porém, como a subtracção de dois números naturais pode não ser um
número natural, por esse motivo construiu-se o conjunto dos números inteiros,
3; 2; 1; 0; 1; 2; 3:::
designado por Z; no qual aquele problema não se veri…ca. Na verdade, a soma e a subtracção
de dois números inteiros é sempre um número inteiro.
A multiplicação de dois números naturais origina um número natural, o mesmo suce-
dendo com a multipicação de dois números inteiros. Contudo, isso não sucede no que re-
speita à divisão. Esse facto originou o conjunto dos números racionais que é designado por
Q; dizendo-se que a é um número racional se e só se ele puder ser representado na forma
fraccionária
p
a= ;
q
onde p 2 Z e q 2 Zn f0g : Esta representação do número a não é obviamente única. No caso
de p e q serem primos entre si (isto é, de 1 ser o único divisor comum de p e q) a fracção que
representa a é dita na forma irredutível.
Tem-se que
N Z Q;
e em Q foram estendidas as operações indicadas segundo as regras conhecidas, de modo a
veri…car-se que a soma, a subtracção e a multiplicação de dois números racionais origine um
número racional e ainda que a divisão de um racional por um outro racional diferente de
zero também resulte num racional.
Uma outra representação dos racionais é possível recorrendo à forma decimal através
da operação de divisão, pois ao fazer divisão de p por q obtém-se sempre uma dízima …nita
ou in…nita periódica. Por exemplo,
122
= 4; 88
25
e
24613
= 24; 637 637 637:::
999
1
Coligidos por José M. Ferreira.
1
É claro que potências de números racionais geram números racionais. Mas o mesmo
não
p p p no que respeita à operação inversa da potenciação: a radiciação. Por exemplo,
sucede
2; 3; 5; etc. podem mostrar-se que não são números racionais, razão porque tomaram
o nome de números irracionais. Este facto é, como iremos ver, consequência simples do
seguinte teorema.
Teorema 1. Se r = p=q (fracção na forma irredutível) for uma raiz racional da equação
polinomial de grau n com coe…cientes inteiros,
cn xn + cn 1 xn 1
+ ::: + c1 x + c0 = 0;
xn c = 0;
uma eventual raiz racional r = p=q (fracção na forma irredutível) será tal que q divide 1; ou
seja q = 1 e por conseguinte a = p é um número inteiro divisor de c:
p
Assim, por exemplo, 2 como solução da equação polinomial
x2 2 = 0;
x2 c = 0;
apenas tem raízes inteiras quando c é um quadrado perfeito. Isto signi…ca que
p p p p p p p p p p p p p
2; 3; 5; 6; 7; 8; 10; 11; 12; 13; 14; 15; 17; :::
x3 c = 0;
os seguintes números
p3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
2; 3; 4; 5; 6; 7; 9; 10; 11; 12; 13; 14; 15; :::
2
Teorema 2. Seja a um número irracional qualquer e r um número racional diferente de
zero. Então
r a 1
r + a; r a; a r; r:a; ; ; a; ;
a r a
são números irracionais.
Assim, por exemplo,
p p p
1 p p 1 2 11 3
4 112 5 3
p ; 1 2; 1 2; ; ;
2 2 32 423
são todos números irracionais.
Os números irracionais admitem igualmente uma representação decimal, agora neces-
sariamente com a característica de dízima in…nita não periódica. Por exemplo,
0; 122333444455555666666:::
é um número irracional.
O conjunto R; constituído por todos os números racionais e irracionais, é chamado de
conjunto dos números reais. Todas as operações acima mencionadas são possíveis em R:
Um conceito com alguma relevância na área da geometria é o de proporção. Este conceito
pode ser de…nido do seguinte modo bastante simples: dados dois números reais positivos a
e b; chamamos proporção de (a; b) ao valor
max (a; b)
p (a; b) = :
min (a; b)
i) p (a; b) = p (b; a) :
ii) Com > 0; tem-se p ( a; b) = p (a; b).
iii) p (a; a2 =b) = p (a; b) :
iv) p (a2 ; b2 ) = p2 (a; b) :
2
Em honra de Fídias (em grego " &) que foi um célebre escultor da Grécia Antiga, eventualmente o
primeiro a usar a proporção de ouro, usa-se a letra grega para representar esta proporção.
3
Assim, será a solução positiva da equação do segundo grau
2
1 = 0;
ou seja, p
1+ 5
= ;
2
também chamado de número de ouro, que é igualmente um número irracional.
1.1 Exercícios
Exercício 1 Indique um número racional que se encontre entre os seguintes números:
2; 777172737475767778797107:::
2; 777273747576777879710711::: :
Exercício 3 Existe algum número irracional cuja representação decimal utilize apenas um
dígito? E apenas dois dígitos?
Exercício 7 Qual o número máximo de raízes irracionais que podem ter as seguintes equações
polinomiais?
a) 3x3 + 2x2 3x 2 = 0:
b) x4 3x2 5x + 9 = 0:
c) 2x4 x2 3x + 5 = 0:
d) x3 3x2 7x + 21 = 0:
4
Exercício 8 Justi…que qe são irracionais os números seguintes:
p
p
5 2 7 129 + 17 p p p p p
3
p
91; ; 5 + 7; 5 35 + 5 e 2 3:
21
B
A c
a
x
b a
5
D
A C B
x
B C
6
2 Condições sobre os números reais
Relativamente a um qualquer conjunto podem formar-se expressões proposicionais, tam-
bém chamadas de condições ou propriedades sobre o conjunto indicado São expressões com
uma ou mais variáveis que para cada concretização das variáveis originam proposições ou
a…rmações verdadeiras ou falsas.
O universo de uma condição é um conjunto dado à priori. O domínio da condição é
o subconjunto do universo onde são originadas proposições verdadeiras. Se o domínio for o
universo a condição diz-se universal. Se o domínio for o cojunto vazio então diremos que a
condição é impossível. Entre estas duas situações extremas a condição dir-se-á simplesmente
possível.
As operações acima mencionadas possuem propriedades já conhecidas que podem ser
expressas por condições universais.
x + y = y + x (comutatividade).
(x + y) + z = x + (y + z) (associatividade).
x + 0 = x (elemento neutro).
x + ( x) = 0 (elemento simétrico)
(x + y)2 = x2 + 2:x:y + y 2 :
(x y) : (x + y) = x2 y2:
xm :xn = xm+n :
(xm )n = xm:n :
1
x: = 1 (elemento inverso).
x
7
Sobre as condições também é possível realizarem-se operações como sejam a negação, a
conjunção e a disjunção.
A negação de uma condição C (x) é uma nova condição, designada por ~C (x) cujo
domínio é o conjunto complementar (em relação ao universo) do domínio de C (x) :
A conjunção de duas condições, C1 (x) e C2 (x) é uma outra condição, representada
por C1 (x) ^ C2 (x) ; que é caracterizada por ter como domínio a intersecção dos domínios
de C1 (x) e C2 (x) : Analogamente, a disjunção de duas condições, C1 (x) e C2 (x) é uma
condição, representada por C1 (x) _ C2 (x) ; que tem como domínio a união dos domínios de
C1 (x) e C2 (x) :
8
(x 6= 0 ^ x:y = x:z) , y = z (lei do corte da multiplicação).
x + y < x + z , y < z:
2.1 Exercícios
Exercício 12 Classi…que em N e em R; cada uma das seguintes condições:
a) x + 1 = 0: b) x2 + 4 > 0: c) x2 4 = 0: d) x2 + 5 < 0: e) x2 + x x2 :
p
3
p
3
p p p6
p3
f) x 2 = 2x3 : g) x 2 = 2x2 : h) 4x2 = 2x:
9
Exercício 15 Indique o valor lógico das seguintes expressões:
a) 8x 2 R; x + 1 > x:
b) 9x 2 R : x2 = x:
c) 8y 2 R; y = 1=y:
d) 9x 2 R : 3x + 5 = 0:
e) 8x 2 R; x2 6:
f) 8a 2 R; 9 x 2 R : x2 + a = 0:
g) 9n 2 Z : 8x 2 R : xn = 1:
h) 8x; y 2 Q : x < y; 9 z 2 Q : x < z < y:
i) 8x; y 2 Q : x < y; 9 z 2 RnQ : x < z < y:
ii) Relativamente a cada conjunto de i) indique, caso existam, o supremo, o ín…mo, o máximo
e o mínimo.
Exercício 17 Mostre as igualdades entre conjuntos formuladas a seguir e para cada conjunto
indique, caso existam, o supremo, o ín…mo, o máximo e o mínimo.
a) fx 2 R : jx + 2j = 3g = f 5; 1g :
b) fx 2 R : jx + 2j 1g = [ 3; 1] :
c) fx 2 R : j3 xj > 2g = ] 1; 1] [ ]5; +1[ :
d) fx 2 R : 2 < jxj < 3g = ] 3; 2[ [ ]2; 3[ :
e) fx 2 R : 3 < jx 1j 5g = [ 4; 2[ [ ]4; 6] :
f) fx 2 R : jxj = jx 2jg = f1g :
g) fx 2 R : jxj jx 2jg = ] 1; 1] :
h) fx 2 R : 2 jxj = jx 3jg = f 3; 1g :
i) fx 2 R : 2 jxj < jx 3jg = ] 3; 1[ :
p p
j) fx 2 R : jx2 2j 1g = 3; 1 [ 1; 3 :
p p
k) fx 2 R : j3 2x + x2 j = 5g = 1 3; 1 + 3 :
10
p p
l) fx 2 R : j3 2x + x2 j < 5g = 1 3; 1 +
3 :
p p
m) fx 2 R : jx (x 3)j = j1 3xjg = 1; 3 2 2; 1; 3 + 2 2 :
p p
n) fx 2 R : jx (x 3)j > j1 3xjg = ] 1; 1[ [ 3 2 2; 1 [; 3 + 2 2; +1 :
Numa situação deste tipo, diremos então que P (n) é veri…cada posteriormente ou ulteri-
ormente. É claro que uma condição válida totalmente é igualmente veri…cada posterior-
mente. No entanto, este tipo de situação faz mais sentido quando pretendemos ter uma
dada condição válida para valores de n su…cientemente grandes, isto é, maiores que um certo
número natural p; mesmo que não seja importante conhecer o valor exacto de p; mas apenas
saber da sua existência.
Um outro tipo de validade de uma condição, P (n); ocorre quando é possível estabelecer
que
8p 2 N; 9n > p : P (n) é verdadeira,
circunstância em que diremos que P (n) é veri…cada frequentemente.
Para as condições completas e a posteriori, assume grande relevância o chamado princí-
pio de indução …nita, na medida em que este princípio encerra um método de demonstração
bastante usado para estabelecer a validade de algumas relações envolvendo os números nat-
urais. Trata-se de um instrumento extremamente importante, que nos permite chegar à
validade de uma condição para todos os naturais, pela análise da validade do caso n = 1 e
do que se passa de um número natural, n; para o seu sucessor n + 1:
Teorema (princípio de indução …nita). Seja S N; tal que:
(a) 1 2 S;
(b) k 2 S ) k + 1 2 S:
Então S = N:
Pode este princípio ser frequentemente usado na demonstração de proposições que re-
queiram a validade, para todos os números naturais, de uma propriedade ou condição, P (n):
Neste sentido, podemos formular a seguinte versão do princípio de indução …nita:
Se:
11
1) P (1) é verdadeira;
2) P (k) ) P (k + 1);
então P (n) é verdadeira para todo o n 2 N:
A ligação entre esta versão e a inicial é feita através do conjunto
S = fn 2 N : P (n) é verdadeirag :
3.1 Exercícios
Exercício 18 Considere a relação de Fibonacci3
fn+2 = fn+1 + fn (n 2 N)
e mostre que:
n
a) A sequência, fn ; gerada a partir de f1 = 1 e f2 = é tal que fn = totalmente.
b) Se com x > 0 for fn = xn totalmente, então x é o número de ouro :
Exercício 20 Designe por n a soma dos n primeiros números naturais, por in a soma dos
n primeiros números ímpares e por pn a soma dos n primeiros números pares:
Exercício 21 Por indução …nita mostre que a seguinte condição é válida totalmente:
10n 1
| {z } =
333:::33 :
3
n dígitos
3
Leonardo Pisano, mais conhecido por Fibonacci (nome que deriva de …lius Bonacci, o qual era o seu
nome de família) n. em Pisa (Itália) no ano de 1170, m. em Pisa em 1250.
12
Exercício 22 Usando o princípio de indução …nita, justi…que que as seguintes relações
numéricas são válidas totalmente:
3 3 n2 (n + 1)2
3
a) 1 + 2 + ::: + n = :
4
1 1 1 n
b) + + ::: + = :
1:2 2:3 n:(n + 1) n+1
c) n < 2n :
Exercício 24 Mostre que nenhuma das seguintes relações é veri…cada totalmente, mas am-
bas são veri…cadas posteriormente:
n+1 3n + 1
2 ]0; 998; 1; 002[ ; 2 ]2; 999; 3; 001[ :
n n+2
9M 2 R : un M; totalmente:
9m; M 2 R : m un M; totalmente,
un un+1 ; totalmente;
13
un ; é dita estritamente crescente se
u un+1 ; totalmente,
Uma sucessão dir-se-á monótona se, indistintamente, tiver a propriedade de ser crescente
ou decrescente. O termo estritamente monótona será usado para indicar que a sucessão ou
é estritamente crescente ou é estritamente decrescente.
Uma sucessão un diz-se que tende para o número real `; que tem limite `; que converge
para `; ou que é convergente para `; sempre que para cada número positivo "; for veri…cada,
posteriormente, a desigualdade
jun `j < ":
Ou seja, se
8" > 0; jun `j < "; posteriormente,
ou de modo equivalente, se
ou ainda, se
8" > 0; un 2 ]` "; ` + "[ ; posteriormente.
Em tal situação o valor ` é chamado de limite da sucessão un e escreveremos que
un ! ` ou lim un = `:
Este conceito de convergência exprime que dado um " > 0 (tão pequeno quanto se
queira), a distância de un a ` é menor que "; posteriormente. Ou de maneira mais intuitiva,
que un se encontra arbitrariamente próximo de `; se n for su…cientemente grande.
Quando ` = 0; diremos que un é um in…nitésimo ou um in…nitamente pequeno.
São importantes, sob o ponto de vista de cálculo de limites, as características algébricas
das sucessões convergentes. Nesse sentido é possível estabelecer as propriedades das sucessões
convergentes, que a seguir se descrevem, onde a e b designam números reais.
xn ! a ^ yn ! b ) xn + yn ! a + b:
xn ! a ^ yn ! b ) xn yn ! a b:
xn ! a ) xpn ! ap ; 8p 2 N:
14
Mas podemos estender esta implicação aos racionais positivos.
xn 0; totalmente ^ xn ! a ) xn ! a ; 8 2 Q+ :
Analogamente, diz-se que un tende para 1; ou que tem limite 1; sempre que
escreveremos agora
un ! 1; ou lim un = 1:
Facilmente se observa que
un ! 1, un ! +1:
xn ! +1 ^ yn é minorada ) xn + yn ! +1:
xn ! 1 ^ yn é majorada ) xn + yn ! 1:
Como consequência:
xn ! +1 ^ yn ! +1 ) xn + yn ! +1:
xn ! 1 ^ yn ! 1 ) xn + yn ! 1:
Adoptando as convenções
a + (+1) = +1; a + ( 1) = 1; 8a 2 R;
e
(+1) + (+1) = +1; ( 1) + ( 1) = 1;
a relação
lim (xn + yn ) = lim xn + lim yn ;
apenas perde signi…cado quando lim xn e lim yn são ambos in…nitos de sinais contrários, ou
seja, quando se está perante o que é costume designar-se por uma indeterminação do tipo
1 1:
15
xn ! +1 ^ yn a > 0; posteriormente ) xn yn ! +1:
xn ! +1 ^ yn a < 0; posteriormente ) xn yn ! 1:
Consequentemente:
xn ! +1 ^ yn ! +1 ) xn yn ! +1:
xn ! +1 ^ yn ! 1 ) xn yn ! 1:
xn ! 1 ^ yn ! 1 ) xn yn ! +1:
1
un ! 0+ ) ! +1:
un
1
un ! 0 ) ! 1:
un
Consequentemente:
1
un ! 0 ) ! +1:
jun j
Analogamente:
16
1
un ! +1 ) ! 0+ :
un
1
un ! 1) !0 :
un
Consequentemente:
1
jun j ! +1 ) ! 0:
un
Deste modo, à luz destas propriedades, a razão 1=1 não é uma indeterminação. Antes
podemos tomá-la como sendo zero. Também grosso modo, podemos adoptar 1=0 como sendo
1; sem sinal especí…co mas com possibilidade de se apurar esse sinal. Deste modo, relações
do tipo 0=1 e 1=0; poderão ser tomadas como sendo zero a primeira e 1 a segunda.
Resta-nos a indeterminação 1=1 que pode ser olhada como equivalente à indetermi-
nação 0 1; se adoptarmos que
1 1
= 1 = 0 1:
1 1
Para o cálculo de limites, um outro critério simples mas importante é o que resulta da
seguinte propriedade dos limites respeitante à relação de ordem em R:
Teorema (das sucessões enquadradas). Com a; b 2 R [ f 1; +1g ; se un ! a e
vn ! b;
un vn ; posteriormente ) a b:
Com base neste teorema facilmente se observa a validade das seguintes implicações:
(ii) vn ! 1 ^ un vn ; (posteriormente)) un ! 1;
4.1 Exercícios
Exercício 25 Considere a sucessão
2n 1
xn = :
n+1
a) Mostre que com " = 0; 005 é veri…cada posteriormente a seguinte desigualdade:
b) Será a mesma desigualdade válida posteriormente para qualquer número " > 0?:::
c) ...Se assim suceder que conclui desse facto?
17
Exercício 26 Através da de…nição de limite, mostre que:
2
1
( 1)n + ! 1:
n
n2 + 2n 1
lim :
n3 + n + 5
b) Através da de…nição de limite, justi…que que:
n2 + 2n 1 < n3 + n + 5; posteriormente.
n+1
cn = ; totalmente.
n
b) Indique o valor de lim cn :
18
Exercício 33 Se xn for um in…nitésimo cujos termos são todos positivos determine os lim-
ites de:
3
x2n + 3xn 5x2n 1 xn 1
a) : b) : c) :
xn xn xn
Exercício 34 Se xn for uma sucessão convergente para 1; cujos termos são todos diferentes
de 1; 1; e 2; determine os limites de:
2xn 1 xn 1 x2n + xn 2
a) : b) 2 : c) :
2 xn xn 1 xn 1
1 1 1
xn = 2
+ 2
+ :::: + :
n (n + 1) (n + n)2
1 1 1
xn = p +p + :::: + p :
n2 + 1 n2 + 2 n2 + n + 1
s1 = u1 ;
s2 = u 1 + u2 ;
s3 = u 1 + u2 + u3 ;
s4 = u 1 + u2 + u3 + u 4 ;
:::::::::::::::::::
X
n
sn = u1 + ::: + un = uk :
k=1
Se a sucessão sn — chamada de sucessão das somas parciais — for uma sucessão con-
vergente
sn ! s (s 2 R);
19
podemos entender s como sendo a soma de todos os termos da sucessão un ; dando-se deste
modo signi…cado a somas in…nitas, ou seja, com uma in…nidade de parcelas:
X
1
u1 + u2 + u3 + ::: + un + ::: = un ;
n=1
Em caso contrário, ou seja se sn for uma sucessão divergente, diremos que un não é uma
sucessão somável ou que a série correspondente é divergente. A este respeito pode-se facil-
mente estabelecer que:
P1
Se un 9 0 então n=1 un é uma série divergente.
A sucessão das somas parciais associada a esta série é dada explicitamente por
X
n
1 rn+1
sn = rk = :
k=0
1 r
Por outro lado, atendendo a que a sucessão rn+1 é uma sucessão convergente se e só se jrj < 1;
e nestas circunstâncias o seu limite é zero temos que a série geométrica será convergente se
e só se jrj < 1 e em tais circunstâncias teremos
X
1
1
rn = :
n=0
1 r
20
Facilmente se observa que com c 6= 0; a série
X
1
(cun ) ;
n=1
é convergente se só se
X
1
un
n=1
X
1 X
1
(cun ) = c un :
n=1 n=1
Na verdade, para tirar tal conclusão, basta ter em conta que a sucessão das somas parciais
da primeira série é:
X
1
rn (r 2 R; p 2 N):
n=p
X
1 X
1
1
rn = rp rn = rp :
n=p n=0
1 r
em que un = xn + yn ; a sua soma pode obter-se por soma das duas séries
X
1 X
1
xn e yn ;
n=1 n=1
desde que estas sejam ambas convergentes. Daí que se obtenha em tais circunstâncias
X
1 X
1 X
1
un = xn + yn :
n=1 n=1 n=1
21
Um outro tipo de séries em que a partir da respectiva sucessão das somas parciais, se
pode facilmente avaliar a sua convergência, e em tal circunstância calcular a respectiva soma,
é-nos dado pelas chamadas séries de Mengoli. Tratam-se de séries
X
1
un
n=1
em que a sucessão un ; para cada n 2 N; é da forma (ou pode ser decomposta na forma)
u n = an an+p
X
1
(an an+p ) ;
n=1
Deste modo, uma série de Mengoli será convergente se e só se for convergente a sucessão
X
1
(an an+p ) = a1 + ::: + ap lim zn :
n=1
5.1 Exercícios
Exercício 37 Seja vn a sucessão de…nida por:
vn
v1 = 1; vn+1 = + 1:
3
a) Por indução, mostre que
1 1
vn = + :: + + 1; totalmente.
3n 1 3
b) Calcule lim vn :
22
Exercício 38 Calcule as somas das seguintes séries:
X1
1 X1
1 X1
1 3
a) : b) : c) + :
n=1
5n n=0
35n+1 n=1
2n 2 2n
A (Qn ) = 1=2n~1 :
P1
b) Calcule n=1 A (Qn ) :
a) Mostre que
1
A (Rn ) = A (Pn ) :
2
P1
b) Calcule n=1 A (Rn ) :
23
Exercício 41 Rn é uma sucessão de rectângulos de base 1= (2n 1) e altura 1= (2n + 5) ;
enquanto Pn é uma sucessão de rectângulos de base 1 e altura
1 1
:
2n 1 2n + 5
a) Mostre que
A (Pn ) = 6 A (Rn ) :
P1
b) Calcule n=1 A (Rn ) :
6 Respostas
1) Por ex. 2; 7772.
2) Por ex. 2; 515151601001000100001::: .
3) Não. Sim, por ex. 0; 10100100010000::: .
125
4) a = 1000
= 18 ;
b = 31 ; c = 90
27
= 3
10
; d= 235180
99900
= 11759
4995
:
p p
6) a) Por exemplo 2 e 2:
p p
b) Por exemplo 2 e 2:
p p
c) Por exemplo 2 e 2:
p p
d) Por exemplo 2 e 3:
p p
e) Por exemplo 2 2 e 2:
p p
f) Por exemplo 6 e 2:
7) a) Nenhuma raiz irracional.
b) 4. c) 4. d) 2.
11) a) x = =5 ou 36o .
12)
N R
a) Im possível Possível ! f 1g
b) Universal Universal
c) Possível ! f2g Possível ! f 2g
d) Impossível Impossível
e) Universal Possível ! [0; +1[
f ) Universal Universal
g) Universal Possível ! [0; +1[
h) Universal Possível ! [0; +1[
13) a) jxj < 4 ) jxj < 5: b) x 2 ] 1; 1[ , jxj < 1: c) x = 1 , x3 = 1:
d) x = 2 ) x2 = 4: e) x > 3 ) jxj > 3:
14) a) 8x 2 R; x2 0; V.
24
b) 8x 2 R; 9y 2 R : y = x + 2; V.
c) 9x 2 Z : 3 < x < 4; V.
d) 8x 2 [3; 5] ; x < 5; 001; V.
e) 9x 2 N : x 2 [7; 1; 8; 001[ ; V.
f) 8x 2 Q; 8y 2 RnQ; x + y 2 RnQ; V.
g) 8x; y 2 RnQ; x + y 2 RnQ; F.
h) 8x 2 RnQ; 8y 2 QnZ; x:y 2 Q; F.
i) 8x; y 2 QnZ; x + y 2
= Z; F.
j) 8x 2 Z; 8y 2 QnZ; x + y 2 Z; F.
15) a) V. b) V. c) F. d) V. e) F. f) F. g) V. h) V. i) V.
16) ii) a) inf = min = 0; sup = 2; @ max :
b) inf = 3=2; @ min; sup = 1; @ max :
c) @ inf; @ sup; @ min; @ max :
d) inf = 2; @ min; sup = 1; @ max :
e) inf = 3; @ min; sup = 3; @ max :
f) inf = 4; @ min; sup = max = 6:
g) inf = 2; @ min; @ sup; @ max :
17) a) inf = min = 5; sup = max = 1:
b) inf = min = 3; sup = max = 1:
c) @ inf; @ min; @ sup; @ max :
d) inf = 3; @ min; sup = 3; @ max :
e) inf = min = 4; sup = max = 6:
f) inf = min = sup = max = 1:
g) @ inf; @ min; sup = max = 1:
h) inf = min = 3; sup = max = 1:
i) inf = 3; @ min; sup = 1; @ max :
p p
j) inf = min = 3; sup = max = 3:
p p
k) inf = min = 1 3; sup = max = 1 + 3:
p p
l) inf = 1 3; @ min; sup = 1 + 3; @ max :
p
m) inf = min = 1; sup = max = 3 + 2 3:
n) @ inf; @ min; @ sup; @ max :
20) a) pn = n(n + 1):
23) a) Nenhuma das desigualdades é veri…cada para n = 1:
b) n > 50; n > 106 ; n > 500:
25
24) Nenhuma das desigualdades é veri…cada para n = 1;
n > 500; n > 4998:
25) a) n > 599: b) n > (3 ") =": c) xn ! 2:
27) a) 0: b) 0: c) 1: d) 1:
28) a) 1=2: b) 1: c) 1=2: d) 3:
29) n > 309 ; n > 12: n > A3 ; n > (B 1=5 + 5)=2:
p
lim 3 n = lim (2n 5)5 = +1:
30) a) (n2 + n + 1) = (n3 n 1) ! 0: b) Faça " = 1:
31) c) cn ! 1:
32) a) 1: b) 2:
33) a) 3: b) 1: c) 1:
34) a) 1: b) 1=2: c) 3:
35) a) x1 = 45 ; x2 = 61
194
e x3 = 1
9
+ 1
16
+ 1
25
+ 1
36
:
b) 1=n2 xn 2
(n + 1) =n e xn ! 0:
36) 1:
37) b) 3/2.
38) a) 1=4: b) 34 = (35 1) : c) 7:
39) b) 2.
40) b) 3/4.
41) b) 23/90.
26