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IST-MA-2010/11-1 SEMESTRE
EXERCÍCIOS1 DE MATEMÁTICA I
FICHA 1: NÚMEROS REAIS

1 Números racionais e irracionais


Por N designa-se o conjunto dos números naturais

1; 2; 3; 4; :::

Nele encontram-se de…nidas as conhecidas operações de soma (ou adição), subtracção, mul-
tiplicação e divisão. Porém, como a subtracção de dois números naturais pode não ser um
número natural, por esse motivo construiu-se o conjunto dos números inteiros,

3; 2; 1; 0; 1; 2; 3:::

designado por Z; no qual aquele problema não se veri…ca. Na verdade, a soma e a subtracção
de dois números inteiros é sempre um número inteiro.
A multiplicação de dois números naturais origina um número natural, o mesmo suce-
dendo com a multipicação de dois números inteiros. Contudo, isso não sucede no que re-
speita à divisão. Esse facto originou o conjunto dos números racionais que é designado por
Q; dizendo-se que a é um número racional se e só se ele puder ser representado na forma
fraccionária
p
a= ;
q
onde p 2 Z e q 2 Zn f0g : Esta representação do número a não é obviamente única. No caso
de p e q serem primos entre si (isto é, de 1 ser o único divisor comum de p e q) a fracção que
representa a é dita na forma irredutível.
Tem-se que
N Z Q;
e em Q foram estendidas as operações indicadas segundo as regras conhecidas, de modo a
veri…car-se que a soma, a subtracção e a multiplicação de dois números racionais origine um
número racional e ainda que a divisão de um racional por um outro racional diferente de
zero também resulte num racional.
Uma outra representação dos racionais é possível recorrendo à forma decimal através
da operação de divisão, pois ao fazer divisão de p por q obtém-se sempre uma dízima …nita
ou in…nita periódica. Por exemplo,
122
= 4; 88
25
e
24613
= 24; 637 637 637:::
999
1
Coligidos por José M. Ferreira.

1
É claro que potências de números racionais geram números racionais. Mas o mesmo
não
p p p no que respeita à operação inversa da potenciação: a radiciação. Por exemplo,
sucede
2; 3; 5; etc. podem mostrar-se que não são números racionais, razão porque tomaram
o nome de números irracionais. Este facto é, como iremos ver, consequência simples do
seguinte teorema.
Teorema 1. Se r = p=q (fracção na forma irredutível) for uma raiz racional da equação
polinomial de grau n com coe…cientes inteiros,

cn xn + cn 1 xn 1
+ ::: + c1 x + c0 = 0;

então p é um divisor de c0 e q um divisor de cn :


Deste modo, com n; c 2 N; relativamente à equação

xn c = 0;

uma eventual raiz racional r = p=q (fracção na forma irredutível) será tal que q divide 1; ou
seja q = 1 e por conseguinte a = p é um número inteiro divisor de c:
p
Assim, por exemplo, 2 como solução da equação polinomial

x2 2 = 0;

se fosse racional seria um número inteiro que divide 2: p


Mas os únicos inteiros divisores de 2
são 2 e 1; e nenhum deles satisfaz
p a equação. Logo 2 é irracional. Mais geralmente, se
c não é um quadrado perfeito, c é um número irracional. Basta notar que a equação

x2 c = 0;

apenas tem raízes inteiras quando c é um quadrado perfeito. Isto signi…ca que
p p p p p p p p p p p p p
2; 3; 5; 6; 7; 8; 10; 11; 12; 13; 14; 15; 17; :::

são todos números irracionais. Analogamente, considerando a a equação cúbica

x3 c = 0;

os seguintes números
p3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
p
3
2; 3; 4; 5; 6; 7; 9; 10; 11; 12; 13; 14; 15; :::

são todos números irracionais.


Voltando à equação geral
xn c = 0;
p
(n; c 2 N) podemos do mesmo modo concluir que n c ou é inteiro ou é irracional; no primeiro
caso c terá de ser a n-ésima potência de um inteiro. São pois irracionais os números
p4
p
5
p
6
2; 3; 4; :::

Um outro teorema que permite gerar facilmente números irracionais é o seguinte.

2
Teorema 2. Seja a um número irracional qualquer e r um número racional diferente de
zero. Então
r a 1
r + a; r a; a r; r:a; ; ; a; ;
a r a
são números irracionais.
Assim, por exemplo,
p p p
1 p p 1 2 11 3
4 112 5 3
p ; 1 2; 1 2; ; ;
2 2 32 423
são todos números irracionais.
Os números irracionais admitem igualmente uma representação decimal, agora neces-
sariamente com a característica de dízima in…nita não periódica. Por exemplo,
0; 122333444455555666666:::
é um número irracional.
O conjunto R; constituído por todos os números racionais e irracionais, é chamado de
conjunto dos números reais. Todas as operações acima mencionadas são possíveis em R:
Um conceito com alguma relevância na área da geometria é o de proporção. Este conceito
pode ser de…nido do seguinte modo bastante simples: dados dois números reais positivos a
e b; chamamos proporção de (a; b) ao valor
max (a; b)
p (a; b) = :
min (a; b)

São facilmente veri…cadas as seguintes propriedades das proporções:

i) p (a; b) = p (b; a) :
ii) Com > 0; tem-se p ( a; b) = p (a; b).
iii) p (a; a2 =b) = p (a; b) :
iv) p (a2 ; b2 ) = p2 (a; b) :

No caso de termos a; b 2 Q; obtemos proporções racionais, também chamadas de pro-


porções comensuráveis ou estáticas. Mas podem também obter-se facilmente proporções
irracionais (incomensuráveis ou dinâmicas). Entre elas destaca-se por vários motivos a
chamada proporção de ouro que é obtida do seguinte modo. Sejam a e b tais que a > b e
a a+b
= :
b a
Nestas condições a proporção p (a; b) = a=b vulgarmente representada2 por ; é tal que
1
=1+ :

2
Em honra de Fídias (em grego " &) que foi um célebre escultor da Grécia Antiga, eventualmente o
primeiro a usar a proporção de ouro, usa-se a letra grega para representar esta proporção.

3
Assim, será a solução positiva da equação do segundo grau
2
1 = 0;
ou seja, p
1+ 5
= ;
2
também chamado de número de ouro, que é igualmente um número irracional.

1.1 Exercícios
Exercício 1 Indique um número racional que se encontre entre os seguintes números:
2; 777172737475767778797107:::
2; 777273747576777879710711::: :

Exercício 2 Indique um número irracional que se encontre entre os seguintes números:


2; 51515151515151:::
2; 51515162626262::: :

Exercício 3 Existe algum número irracional cuja representação decimal utilize apenas um
dígito? E apenas dois dígitos?

Exercício 4 Escreva sob a forma de fracção os seguintes números racionais:


a = 0; 125; b = 0; (3); c = 0; 2(9); d = 2; 35(415):
p
Exercício 5 Justi…que que se a é um número irracional positivo então a também é irra-
cional.

Exercício 6 Dê exemplos de:


a) Dois números irracionais cuja soma seja racional.
b) Dois números irracionais cuja soma seja irracional.
c) Dois números irracionais cujo produto seja racional.
d) Dois números irracionais cujo produto seja irracional.
e) Dois números irracionais cujo quociente seja racional.
f) Dois números irracionais cujo quociente seja irracional.

Exercício 7 Qual o número máximo de raízes irracionais que podem ter as seguintes equações
polinomiais?
a) 3x3 + 2x2 3x 2 = 0:
b) x4 3x2 5x + 9 = 0:
c) 2x4 x2 3x + 5 = 0:
d) x3 3x2 7x + 21 = 0:

4
Exercício 8 Justi…que qe são irracionais os números seguintes:

p
p
5 2 7 129 + 17 p p p p p
3
p
91; ; 5 + 7; 5 35 + 5 e 2 3:
21

Exercício 9 O rectângulo B é construído com base no prolongamento da diagonal do rec-


tângulo A, como se indica na …gura. Mostre que se o rectângulo A tem a proporção de ouro
o mesmo sucede com o rectângulo B.

B
A c

a
x

b a

Exercício 10 Na …gura seguinte estão representados um triângulo [ABC] ; rectângulo em


B; e duas circunferências de centro em A e D, respectivamente, de raios AC e DB: Sabendo
que DB = 21 AB; utilizando o teorema de Pitágoras, mostre que AC=CB é a proporção de
ouro.

5
D

A C B

Exercício 11 O triângulo isósceles [ABC] (triângulo de ouro) tem a particularidade de os


ângulos adjacentes à base (BC) serem o dobro do ângulo oposto (de medida x): Seja BD a
bissectriz do ângulo ]ABC (ver …gura abixo).
a) Determine x:
b) Por semelhança de triângulos mostre que AD=DC é a proporção de ouro.

x
B C

6
2 Condições sobre os números reais
Relativamente a um qualquer conjunto podem formar-se expressões proposicionais, tam-
bém chamadas de condições ou propriedades sobre o conjunto indicado São expressões com
uma ou mais variáveis que para cada concretização das variáveis originam proposições ou
a…rmações verdadeiras ou falsas.
O universo de uma condição é um conjunto dado à priori. O domínio da condição é
o subconjunto do universo onde são originadas proposições verdadeiras. Se o domínio for o
universo a condição diz-se universal. Se o domínio for o cojunto vazio então diremos que a
condição é impossível. Entre estas duas situações extremas a condição dir-se-á simplesmente
possível.
As operações acima mencionadas possuem propriedades já conhecidas que podem ser
expressas por condições universais.

1. Em R são condições universais:

x + y = y + x (comutatividade).

(x + y) + z = x + (y + z) (associatividade).

x + 0 = x (elemento neutro).

x + ( x) = 0 (elemento simétrico)

x:y = y:x (comutatividade).

(x:y) :z = x: (y:z) (associatividade).

x: (y + z) = x:y + x:z (distributividade).

(x + y)2 = x2 + 2:x:y + y 2 :

(x y) : (x + y) = x2 y2:

xm :xn = xm+n :

(xm )n = xm:n :

x:0 = 0 (elemento absorvente).

x:1 = x (elemento neutro).

2. Porém, apenas com domínio em Rn f0g se pode expressar a propriedade:

1
x: = 1 (elemento inverso).
x
7
Sobre as condições também é possível realizarem-se operações como sejam a negação, a
conjunção e a disjunção.
A negação de uma condição C (x) é uma nova condição, designada por ~C (x) cujo
domínio é o conjunto complementar (em relação ao universo) do domínio de C (x) :
A conjunção de duas condições, C1 (x) e C2 (x) é uma outra condição, representada
por C1 (x) ^ C2 (x) ; que é caracterizada por ter como domínio a intersecção dos domínios
de C1 (x) e C2 (x) : Analogamente, a disjunção de duas condições, C1 (x) e C2 (x) é uma
condição, representada por C1 (x) _ C2 (x) ; que tem como domínio a união dos domínios de
C1 (x) e C2 (x) :

3. Dado y 2 R; também é uma condição universal em R:

x = y _ x < y _ x > y (tricotomia da relação de ordem).

Outras operações sobre condições podem ser consideradas. A quanti…cação (universal


e existencial) a implicação e a equivalência. Relativamente às operações de conjunção e
disjunção, a diferença principal é que, ao contrário destas, aquelas operações entre condições
não originam uma nova condição, mas sim uma proposição que pode ser verdadeira ou falsa.
Num mesmo universo, diremos que a condição C1 (x) implica a condição C2 (x) ; sempre
que
dom C1 (x) dom C2 (x) ;
ou seja, se a condição C1 (x) é veri…cada então também a condição C2 (x) o é. Analogamente,
a condição C1 (x) é equivalente a condição C2 (x) ; se

dom C1 (x) = dom C2 (x) ;

ou seja, a condição C1 (x) é veri…cada se e só se a condição C2 (x) o for.

4. São implicações de condições em R:

x > 0 ^ y > 0 ) x + y > 0:

x > 0 ^ y > 0 ) x:y > 0:

x < y ^ y < z ) x < z (transitividade).

x<y^y z ) x < z (transitividade).

x y^y z)x z (transitividade).

5. São equivalências de condições em R:

x + y = x + z , x = z (lei do corte da adição).

x:y = 0 , (x = 0 _ y = 0) (lei do ananulamento do produto).

8
(x 6= 0 ^ x:y = x:z) , y = z (lei do corte da multiplicação).
x + y < x + z , y < z:

No que respeita a um qualquer subconjunto U de R; a relação de ordem dos reais


permite-nos formular os conceitos de majorante e de minorante de U: Um número real M
diz-se um majorante de U se
8x 2 U; x M:
Nestas condições, U diz-se um conjunto majorado. Ao menor dos majorantes chamaremos
supremo de U; o qual é designado por sup U: Se sup U 2 U; esse valor é o máximo de U; o
qual passará a designar-se por max U:
Analogamente, se existir m 2 R tal que
8x 2 U; m x;
diremos que m é um minorante de U; caso em que U é dito um conjunto minorado. O maior
dos minorantes é chamado de ín…mo de U; o qual é representado por inf U: Se inf U 2 U; tal
valor é o mínimo de U; o qual passaremos a representarar por min U:

2.1 Exercícios
Exercício 12 Classi…que em N e em R; cada uma das seguintes condições:
a) x + 1 = 0: b) x2 + 4 > 0: c) x2 4 = 0: d) x2 + 5 < 0: e) x2 + x x2 :
p
3
p
3
p p p6
p3
f) x 2 = 2x3 : g) x 2 = 2x2 : h) 4x2 = 2x:

Exercício 13 Ligue por um dos símbolos ) ou , as seguintes condições em R :


a) jxj < 4; jxj < 5: b) x 2 ] 1; 1[ ; jxj < 1: c) x = 1; x3 = 1:
d) x + 2 = 0; x2 = 4: e) x > 3; jxj > 3:

Exercício 14 Traduza por expressões quanti…cadas os enunciados seguintes e indique o seu


valor lógico:
a) Todos os quadrados de números reais são positivos ou nulos.
b) Todo o número real tem outro que o excede em 2 unidades.
c) Há pelo menos um número inteiro entre 3 e 4:
d) Todos os números reais do intervalo [3; 5] são menores do que 5; 001:
e) Há pelo menos um número natural entre 7; 1 e 8; 001:
f) A soma de um número racional com um número irracional é um número irracional.
g) A soma de dois números irracionais é um número irracional.
h) O produto de um número irracional por um número racional não inteiro é um número
racional.
i) A soma de dois racionais não inteiros não é um número inteiro.
j) A soma de um número inteiro com um racional não inteiro é um número inteiro.

9
Exercício 15 Indique o valor lógico das seguintes expressões:
a) 8x 2 R; x + 1 > x:
b) 9x 2 R : x2 = x:
c) 8y 2 R; y = 1=y:
d) 9x 2 R : 3x + 5 = 0:
e) 8x 2 R; x2 6:
f) 8a 2 R; 9 x 2 R : x2 + a = 0:
g) 9n 2 Z : 8x 2 R : xn = 1:
h) 8x; y 2 Q : x < y; 9 z 2 Q : x < z < y:
i) 8x; y 2 Q : x < y; 9 z 2 RnQ : x < z < y:

Exercício 16 i) Mostre que:


a) fx 2 R : x= (x 2) 0g = [0; 2[ :
b) fx 2 R : (1 x) = (2x + 3) > 0g = ] 3=2; 1[ :
c) fx 2 R : x2 2x 3 0g = ] 1; 1] [ [3; +1[ :
d) fx 2 R : 2 x x2 > 0g = ] 2; 1[ :
e) fx 2 R : 4 < x2 < 9g = ] 3; 2[ [ ]2; 3[ :
f) x 2 R : 9 (x 1)2 < 25 = ] 4; 2] [ ]4; 6] :
g) fx 2 R : (x 2) = (x + 2) < (x + 3) = (x 3)g = ] 2; 0[ [ ]3; +1[ :

ii) Relativamente a cada conjunto de i) indique, caso existam, o supremo, o ín…mo, o máximo
e o mínimo.

Exercício 17 Mostre as igualdades entre conjuntos formuladas a seguir e para cada conjunto
indique, caso existam, o supremo, o ín…mo, o máximo e o mínimo.
a) fx 2 R : jx + 2j = 3g = f 5; 1g :
b) fx 2 R : jx + 2j 1g = [ 3; 1] :
c) fx 2 R : j3 xj > 2g = ] 1; 1] [ ]5; +1[ :
d) fx 2 R : 2 < jxj < 3g = ] 3; 2[ [ ]2; 3[ :
e) fx 2 R : 3 < jx 1j 5g = [ 4; 2[ [ ]4; 6] :
f) fx 2 R : jxj = jx 2jg = f1g :
g) fx 2 R : jxj jx 2jg = ] 1; 1] :
h) fx 2 R : 2 jxj = jx 3jg = f 3; 1g :
i) fx 2 R : 2 jxj < jx 3jg = ] 3; 1[ :
p p
j) fx 2 R : jx2 2j 1g = 3; 1 [ 1; 3 :
p p
k) fx 2 R : j3 2x + x2 j = 5g = 1 3; 1 + 3 :

10
p p
l) fx 2 R : j3 2x + x2 j < 5g = 1 3; 1 +
3 :
p p
m) fx 2 R : jx (x 3)j = j1 3xjg = 1; 3 2 2; 1; 3 + 2 2 :
p p
n) fx 2 R : jx (x 3)j > j1 3xjg = ] 1; 1[ [ 3 2 2; 1 [; 3 + 2 2; +1 :

3 Condições de variável natural


Uma propriedade ou condição de variável natural, P (n); será uma condição cujo universo
é o conjunto dos números naturais N: Se P (n) for universal, ou seja se o seu domínio for N;
ou ainda se
8n 2 N; P (n) é uma proposição verdadeira,
diremos que P (n) é veri…cada totalmente ou completamente.
Há, porém, condições de variável natural que podem não ser veri…cadas totalmente.
Uma condição, P (n); que apesar de não ser veri…cada totalmente, pode ser válida, digamos
que a posteriori, ou seja, para valores de n superiores a certa ordem. Mais precisamente:

9p 2 N : n > p ) P (n) verdadeira.

Numa situação deste tipo, diremos então que P (n) é veri…cada posteriormente ou ulteri-
ormente. É claro que uma condição válida totalmente é igualmente veri…cada posterior-
mente. No entanto, este tipo de situação faz mais sentido quando pretendemos ter uma
dada condição válida para valores de n su…cientemente grandes, isto é, maiores que um certo
número natural p; mesmo que não seja importante conhecer o valor exacto de p; mas apenas
saber da sua existência.
Um outro tipo de validade de uma condição, P (n); ocorre quando é possível estabelecer
que
8p 2 N; 9n > p : P (n) é verdadeira,
circunstância em que diremos que P (n) é veri…cada frequentemente.
Para as condições completas e a posteriori, assume grande relevância o chamado princí-
pio de indução …nita, na medida em que este princípio encerra um método de demonstração
bastante usado para estabelecer a validade de algumas relações envolvendo os números nat-
urais. Trata-se de um instrumento extremamente importante, que nos permite chegar à
validade de uma condição para todos os naturais, pela análise da validade do caso n = 1 e
do que se passa de um número natural, n; para o seu sucessor n + 1:
Teorema (princípio de indução …nita). Seja S N; tal que:
(a) 1 2 S;
(b) k 2 S ) k + 1 2 S:
Então S = N:
Pode este princípio ser frequentemente usado na demonstração de proposições que re-
queiram a validade, para todos os números naturais, de uma propriedade ou condição, P (n):
Neste sentido, podemos formular a seguinte versão do princípio de indução …nita:
Se:

11
1) P (1) é verdadeira;
2) P (k) ) P (k + 1);
então P (n) é verdadeira para todo o n 2 N:
A ligação entre esta versão e a inicial é feita através do conjunto

S = fn 2 N : P (n) é verdadeirag :

Nesta conformidade, as hipóteses (a) e (b) correspondem exactamente a 1) e 2).


A implicação 2) tem verdadeiramente interesse no caso em que P (k) é verdadeira, caso
em que P (k) é chamada de hipótese de indução. Nesta situação, a implicação 2) engloba a
demonstração de que a veracidade da proposição P (k); implica a veracidade da proposição
P (k + 1):

3.1 Exercícios
Exercício 18 Considere a relação de Fibonacci3

fn+2 = fn+1 + fn (n 2 N)

e mostre que:
n
a) A sequência, fn ; gerada a partir de f1 = 1 e f2 = é tal que fn = totalmente.
b) Se com x > 0 for fn = xn totalmente, então x é o número de ouro :

Exercício 19 Mostre que:


1 n + 10
< < 6; totalmente.
3 3n 1

Exercício 20 Designe por n a soma dos n primeiros números naturais, por in a soma dos
n primeiros números ímpares e por pn a soma dos n primeiros números pares:

n = 1 + ::: + n; in = 1 + 3 + 5 + ::: + (2n 1) ; pn = 2 + 4 + ::: + 2n:

a) Através do princípio de indução …nita mostre que


n(n + 1)
n = e in = n 2 ; totalmente.
2
b) Determine pn :

Exercício 21 Por indução …nita mostre que a seguinte condição é válida totalmente:
10n 1
| {z } =
333:::33 :
3
n dígitos

3
Leonardo Pisano, mais conhecido por Fibonacci (nome que deriva de …lius Bonacci, o qual era o seu
nome de família) n. em Pisa (Itália) no ano de 1170, m. em Pisa em 1250.

12
Exercício 22 Usando o princípio de indução …nita, justi…que que as seguintes relações
numéricas são válidas totalmente:

3 3 n2 (n + 1)2
3
a) 1 + 2 + ::: + n = :
4
1 1 1 n
b) + + ::: + = :
1:2 2:3 n:(n + 1) n+1

c) n < 2n :

Exercício 23 Considere as seguintes desigualdades:


1 1 1
< 0; 0004; p < 0; 01; p < 0; 1:
n2 3
n 3
2n 1
a) Mostre que nenhuma delas é veri…cada totalmente...
b) ...mas todas são veri…cadas posteriormente.

Exercício 24 Mostre que nenhuma das seguintes relações é veri…cada totalmente, mas am-
bas são veri…cadas posteriormente:
n+1 3n + 1
2 ]0; 998; 1; 002[ ; 2 ]2; 999; 3; 001[ :
n n+2

4 Sucessões de números reais


Algumas características especí…cas sobre sucessões de números reais, podem ser descritas
com base neste tipo de validade de condições. Por exemplo, pode suceder que

9M 2 R : un M; totalmente:

Nestas circunstâncias, diremos que un é uma sucessão majorada ou limitada superiormente.


Analogamente, se
9m 2 R : un m; totalmente,
diremos que un é uma sucessão minorada ou limitada inferiormente.
Se un for simultaneamente uma sucessão majorada e minorada, un dir-se-á uma sucessão
limitada; signi…ca isto que

9m; M 2 R : m un M; totalmente,

ou de modo equivalente que

9K 2 ]0; +1[ : jun j K; totalmente.

Uma outra característica importante de algumas sucessões, reside no modo como se


desenvolvem. Nesse âmbito, uma sucessão, un ; diz-se crescente se for veri…cada a condição

un un+1 ; totalmente;

13
un ; é dita estritamente crescente se

un < un+1 ; totalmente.

Analogamente, diremos que un é uma sucessão decrescente sempre que

u un+1 ; totalmente,

e estritamente decrescente se for

un > un+1 ; totalmente.

Uma sucessão dir-se-á monótona se, indistintamente, tiver a propriedade de ser crescente
ou decrescente. O termo estritamente monótona será usado para indicar que a sucessão ou
é estritamente crescente ou é estritamente decrescente.
Uma sucessão un diz-se que tende para o número real `; que tem limite `; que converge
para `; ou que é convergente para `; sempre que para cada número positivo "; for veri…cada,
posteriormente, a desigualdade
jun `j < ":
Ou seja, se
8" > 0; jun `j < "; posteriormente,
ou de modo equivalente, se

8" > 0; ` " < un < ` + "; posteriormente,

ou ainda, se
8" > 0; un 2 ]` "; ` + "[ ; posteriormente.
Em tal situação o valor ` é chamado de limite da sucessão un e escreveremos que

un ! ` ou lim un = `:

Este conceito de convergência exprime que dado um " > 0 (tão pequeno quanto se
queira), a distância de un a ` é menor que "; posteriormente. Ou de maneira mais intuitiva,
que un se encontra arbitrariamente próximo de `; se n for su…cientemente grande.
Quando ` = 0; diremos que un é um in…nitésimo ou um in…nitamente pequeno.
São importantes, sob o ponto de vista de cálculo de limites, as características algébricas
das sucessões convergentes. Nesse sentido é possível estabelecer as propriedades das sucessões
convergentes, que a seguir se descrevem, onde a e b designam números reais.

xn ! a ^ yn ! b ) xn + yn ! a + b:

xn ! a ^ yn ! b ) xn yn ! a b:

xn ! a ^ yn ! b 6= 0 ^ yn 6= 0; totalmente ) xn =yn ! a=b:

xn ! a ) xpn ! ap ; 8p 2 N:

14
Mas podemos estender esta implicação aos racionais positivos.

xn 0; totalmente ^ xn ! a ) xn ! a ; 8 2 Q+ :

Analogamente, diz-se que un tende para 1; ou que tem limite 1; sempre que

8L < 0; un < L; posteriormente;

escreveremos agora
un ! 1; ou lim un = 1:
Facilmente se observa que
un ! 1, un ! +1:

Em qualquer dos casos, un é chamada de in…nitamente grande, respectivamente, positivo


e negativo.
Estes in…nitamente grandes são sucessões divergentes, para as quais se atribui um limite
in…nito. Por essa razão são vulgarmente designadas por sucessões divergentes in…nitas.
As propriedades algébricas relativas às sucessões convergentes, mencionadas acima, podem
perder sentido quando uma das sucessões xn ; yn ; é um in…nitamente grande. No entanto,
relativamente à adição, são ainda válidas as seguintes propriedades.

xn ! +1 ^ yn é minorada ) xn + yn ! +1:

xn ! 1 ^ yn é majorada ) xn + yn ! 1:

Como consequência:

xn ! +1 ^ yn ! +1 ) xn + yn ! +1:

xn ! 1 ^ yn ! 1 ) xn + yn ! 1:

Adoptando as convenções

a + (+1) = +1; a + ( 1) = 1; 8a 2 R;

e
(+1) + (+1) = +1; ( 1) + ( 1) = 1;
a relação
lim (xn + yn ) = lim xn + lim yn ;
apenas perde signi…cado quando lim xn e lim yn são ambos in…nitos de sinais contrários, ou
seja, quando se está perante o que é costume designar-se por uma indeterminação do tipo

1 1:

No que respeita ao produto temos:

15
xn ! +1 ^ yn a > 0; posteriormente ) xn yn ! +1:

xn ! +1 ^ yn a < 0; posteriormente ) xn yn ! 1:

Consequentemente:

xn ! +1 ^ yn ! +1 ) xn yn ! +1:

xn ! +1 ^ yn ! 1 ) xn yn ! 1:

xn ! 1 ^ yn ! 1 ) xn yn ! +1:

Isto signi…ca que adoptando as convenções

a (+1) = +1; a ( 1) = 1; se a > 0;

a (+1) = 1; a ( 1) = +1; se a < 0;


e
(+1) (+1) = +1; ( 1) ( 1) = +1; ( 1) (+1) = 1;
a relação
lim (xn yn ) = lim xn lim yn
deixa apenas de ser válida quando um destes limites é zero e o outro 1; ou seja, quando
se tem uma situação do tipo
0 1;
a qual é indeterminada.
Quanto à divisão, observemos primeiramente que, através dela, os conceitos de in…ni-
tamente grande e de in…nitésimo se relacionam entre si. Nesse sentido, diremos que uma
sucessão un é um in…nitésimo positivo, e escrevemos un ! 0+ ; se un ! 0 e un > 0; poste-
riormente. Analogamente, un dir-se-á um in…nitésimo negativo, e escrevemos un ! 0 ; se
un ! 0 e un < 0; posteriormente.
Assim, supondo que un é uma sucessão sem termos nulos, temos:

1
un ! 0+ ) ! +1:
un
1
un ! 0 ) ! 1:
un

Consequentemente:

1
un ! 0 ) ! +1:
jun j

Analogamente:

16
1
un ! +1 ) ! 0+ :
un
1
un ! 1) !0 :
un

Consequentemente:

1
jun j ! +1 ) ! 0:
un

Deste modo, à luz destas propriedades, a razão 1=1 não é uma indeterminação. Antes
podemos tomá-la como sendo zero. Também grosso modo, podemos adoptar 1=0 como sendo
1; sem sinal especí…co mas com possibilidade de se apurar esse sinal. Deste modo, relações
do tipo 0=1 e 1=0; poderão ser tomadas como sendo zero a primeira e 1 a segunda.
Resta-nos a indeterminação 1=1 que pode ser olhada como equivalente à indetermi-
nação 0 1; se adoptarmos que
1 1
= 1 = 0 1:
1 1
Para o cálculo de limites, um outro critério simples mas importante é o que resulta da
seguinte propriedade dos limites respeitante à relação de ordem em R:
Teorema (das sucessões enquadradas). Com a; b 2 R [ f 1; +1g ; se un ! a e
vn ! b;
un vn ; posteriormente ) a b:

Com base neste teorema facilmente se observa a validade das seguintes implicações:

(i) un ! +1 ^ un vn (posteriormente)) vn ! +1;

(ii) vn ! 1 ^ un vn ; (posteriormente)) un ! 1;

(iii) lim un = lim vn = ` 2 R [ f 1; +1g ^ un wn vn ; (posteriormente))


lim wn = `:

4.1 Exercícios
Exercício 25 Considere a sucessão
2n 1
xn = :
n+1
a) Mostre que com " = 0; 005 é veri…cada posteriormente a seguinte desigualdade:

jxn 2j < ":

b) Será a mesma desigualdade válida posteriormente para qualquer número " > 0?:::
c) ...Se assim suceder que conclui desse facto?

17
Exercício 26 Através da de…nição de limite, mostre que:
2
1
( 1)n + ! 1:
n

Exercício 27 Caso existam indique os limites das seguintes sucessões:

a) cos(n ) sen (n ): b) cos(n ) + ( 1)n+1 :


c) ( 1)n+1 cos(n ): d) cos (( 1)n ) :

Exercício 28 Determine os limites das sucessões seguintes:


2 5 1=3
r
5+ n+1 n 1 1 1
a) : b) : c) 8 : d) 9+ :
10 + n1 n n n

Exercício 29 Mostre que são válidas posteriormente as desigualdades:


p3
n > A; (2n 5)5 > B;

para A = 27000 e B = 3200000: Serão as mesmas desigualdades válidas posteriormente para


A e B quaisquer? Se assim suceder, que conclui desse facto?

Exercício 30 a) Indique o valor de

n2 + 2n 1
lim :
n3 + n + 5
b) Através da de…nição de limite, justi…que que:

n2 + 2n 1 < n3 + n + 5; posteriormente.

Exercício 31 A sucessão cn encontra-se de…nida através de:


1
c1 = 2; cn+1 = 2 :
cn

a) Usando o método de indução …nita mostre que:

n+1
cn = ; totalmente.
n
b) Indique o valor de lim cn :

Exercício 32 Determine os limites das sucessões seguintes:


1 1
a) p : b) p :
n2 1 n n n2 1 n

18
Exercício 33 Se xn for um in…nitésimo cujos termos são todos positivos determine os lim-
ites de:
3
x2n + 3xn 5x2n 1 xn 1
a) : b) : c) :
xn xn xn

Exercício 34 Se xn for uma sucessão convergente para 1; cujos termos são todos diferentes
de 1; 1; e 2; determine os limites de:

2xn 1 xn 1 x2n + xn 2
a) : b) 2 : c) :
2 xn xn 1 xn 1

Exercício 35 Considere a sucessão de…nida por:

1 1 1
xn = 2
+ 2
+ :::: + :
n (n + 1) (n + n)2

a) Indique os termos x1 ; x2 e x3 desta sucessão.


b) Justi…que através do critério das sucessões enquadradas que xn ! 0:

Exercício 36 Determine lim xn ; onde

1 1 1
xn = p +p + :::: + p :
n2 + 1 n2 + 2 n2 + n + 1

5 Séries de números reais


Relativamente a uma sucessão, un ; podemos formular a sucessão sn de…nida do seguinte
modo:

s1 = u1 ;
s2 = u 1 + u2 ;
s3 = u 1 + u2 + u3 ;
s4 = u 1 + u2 + u3 + u 4 ;
:::::::::::::::::::

cujo termo geral é descrito por

X
n
sn = u1 + ::: + un = uk :
k=1

Se a sucessão sn — chamada de sucessão das somas parciais — for uma sucessão con-
vergente
sn ! s (s 2 R);

19
podemos entender s como sendo a soma de todos os termos da sucessão un ; dando-se deste
modo signi…cado a somas in…nitas, ou seja, com uma in…nidade de parcelas:
X
1
u1 + u2 + u3 + ::: + un + ::: = un ;
n=1

que vulgarmente tomam o nome de séries.


Em tais circunstâncias diremos que un é uma sucessão somável e de soma igual a s; ou
que a série correspondente é uma série convergente que tem por soma s; escrevendo-se então
X
1
un = s:
n=1

Em caso contrário, ou seja se sn for uma sucessão divergente, diremos que un não é uma
sucessão somável ou que a série correspondente é divergente. A este respeito pode-se facil-
mente estabelecer que:

P1
Se un 9 0 então n=1 un é uma série divergente.

Isto é, apenas os in…nitésimos poderão ser sucessões somáveis.


Por vezes é conveniente considerar também séries do tipo
X
1
un
n=p

em que p é um inteiro qualquer. As de…nições e considerações feitas estendem-se facilmente


a tais casos.
A partir da respectiva sucessão das somas parciais, nem sempre é simples avaliar se uma
dada série é convergente e determinar a sua soma. Dentre as séries cuja soma é calculável
de modo elementar, consta a chamada série geométrica de razão r; isto é a série
X
1
rn (r 2 R):
n=0

A sucessão das somas parciais associada a esta série é dada explicitamente por
X
n
1 rn+1
sn = rk = :
k=0
1 r

Por outro lado, atendendo a que a sucessão rn+1 é uma sucessão convergente se e só se jrj < 1;
e nestas circunstâncias o seu limite é zero temos que a série geométrica será convergente se
e só se jrj < 1 e em tais circunstâncias teremos

X
1
1
rn = :
n=0
1 r

20
Facilmente se observa que com c 6= 0; a série

X
1
(cun ) ;
n=1

é convergente se só se
X
1
un
n=1

for uma série convergente, tendo-se em termos da soma que

X
1 X
1
(cun ) = c un :
n=1 n=1

Na verdade, para tirar tal conclusão, basta ter em conta que a sucessão das somas parciais
da primeira série é:

cu1 + cu2 + ::: + cun = c (u1 + u2 + ::: + un ) :

Esta observação leva-nos à obtenção da soma de uma série geométrica incompleta

X
1
rn (r 2 R; p 2 N):
n=p

De facto, temos que


X
1 X
1 X
1
n p n p p
r = r r =r rn p ;
n=p n=p n=p

sendo a última série uma série geométrica completa. Logo

X
1 X
1
1
rn = rp rn = rp :
n=p n=0
1 r

Quando temos uma série


X
1
un
n=1

em que un = xn + yn ; a sua soma pode obter-se por soma das duas séries

X
1 X
1
xn e yn ;
n=1 n=1

desde que estas sejam ambas convergentes. Daí que se obtenha em tais circunstâncias

X
1 X
1 X
1
un = xn + yn :
n=1 n=1 n=1

21
Um outro tipo de séries em que a partir da respectiva sucessão das somas parciais, se
pode facilmente avaliar a sua convergência, e em tal circunstância calcular a respectiva soma,
é-nos dado pelas chamadas séries de Mengoli. Tratam-se de séries

X
1
un
n=1

em que a sucessão un ; para cada n 2 N; é da forma (ou pode ser decomposta na forma)

u n = an an+p

onde p é um dado número natural. Assim, a série inicial é transformada na série

X
1
(an an+p ) ;
n=1

cuja sucessão das somas parciais, para n p; é dada por

sn = a1 + ::: + ap an+1 ::: an+p :

Deste modo, uma série de Mengoli será convergente se e só se for convergente a sucessão

zn = an+1 + ::: + an+p ;

sendo então a soma da série dada por

X
1
(an an+p ) = a1 + ::: + ap lim zn :
n=1

Em particular, quando an ! a (a 2 R) podemos concluir que a série é convergente e que a


sua soma é dada por
X1
(an an+p ) = a1 + ::: + ap pa:
n=1

5.1 Exercícios
Exercício 37 Seja vn a sucessão de…nida por:
vn
v1 = 1; vn+1 = + 1:
3
a) Por indução, mostre que

1 1
vn = + :: + + 1; totalmente.
3n 1 3
b) Calcule lim vn :

22
Exercício 38 Calcule as somas das seguintes séries:
X1
1 X1
1 X1
1 3
a) : b) : c) + :
n=1
5n n=0
35n+1 n=1
2n 2 2n

Exercício 39 Q1 ; Q2 ; Q3 ; :::; Qn ; ::: é uma sucessão de quadrados construída do seguinte


modo: Q1 é um quadrado de lado 1; Q2 é o quadrado cujos vértices são os pontos mé-
dios dos lados de Q1 ; Q3 é o quadrado que tem por vértices os pontos médios dos lados de
Q2 ; etc. Na …gura abaixo estão esboçados três quadrados consecutivos desta sucessão.
a) Designando por A (Qn ) a área de Qn ; mostre por indução que

A (Qn ) = 1=2n~1 :
P1
b) Calcule n=1 A (Qn ) :

Exercício 40 Rn é uma sucessão de rectângulos de base 1 e altura


1
;
n2 + 2n
e Pn uma sucessão de rectângulos de base 1 e altura
1 1
:
n n+2

a) Mostre que
1
A (Rn ) = A (Pn ) :
2
P1
b) Calcule n=1 A (Rn ) :

23
Exercício 41 Rn é uma sucessão de rectângulos de base 1= (2n 1) e altura 1= (2n + 5) ;
enquanto Pn é uma sucessão de rectângulos de base 1 e altura
1 1
:
2n 1 2n + 5

a) Mostre que
A (Pn ) = 6 A (Rn ) :
P1
b) Calcule n=1 A (Rn ) :

6 Respostas
1) Por ex. 2; 7772.
2) Por ex. 2; 515151601001000100001::: .
3) Não. Sim, por ex. 0; 10100100010000::: .
125
4) a = 1000
= 18 ;
b = 31 ; c = 90
27
= 3
10
; d= 235180
99900
= 11759
4995
:
p p
6) a) Por exemplo 2 e 2:
p p
b) Por exemplo 2 e 2:
p p
c) Por exemplo 2 e 2:
p p
d) Por exemplo 2 e 3:
p p
e) Por exemplo 2 2 e 2:
p p
f) Por exemplo 6 e 2:
7) a) Nenhuma raiz irracional.
b) 4. c) 4. d) 2.
11) a) x = =5 ou 36o .
12)
N R
a) Im possível Possível ! f 1g
b) Universal Universal
c) Possível ! f2g Possível ! f 2g
d) Impossível Impossível
e) Universal Possível ! [0; +1[
f ) Universal Universal
g) Universal Possível ! [0; +1[
h) Universal Possível ! [0; +1[
13) a) jxj < 4 ) jxj < 5: b) x 2 ] 1; 1[ , jxj < 1: c) x = 1 , x3 = 1:
d) x = 2 ) x2 = 4: e) x > 3 ) jxj > 3:
14) a) 8x 2 R; x2 0; V.

24
b) 8x 2 R; 9y 2 R : y = x + 2; V.
c) 9x 2 Z : 3 < x < 4; V.
d) 8x 2 [3; 5] ; x < 5; 001; V.
e) 9x 2 N : x 2 [7; 1; 8; 001[ ; V.
f) 8x 2 Q; 8y 2 RnQ; x + y 2 RnQ; V.
g) 8x; y 2 RnQ; x + y 2 RnQ; F.
h) 8x 2 RnQ; 8y 2 QnZ; x:y 2 Q; F.
i) 8x; y 2 QnZ; x + y 2
= Z; F.
j) 8x 2 Z; 8y 2 QnZ; x + y 2 Z; F.
15) a) V. b) V. c) F. d) V. e) F. f) F. g) V. h) V. i) V.
16) ii) a) inf = min = 0; sup = 2; @ max :
b) inf = 3=2; @ min; sup = 1; @ max :
c) @ inf; @ sup; @ min; @ max :
d) inf = 2; @ min; sup = 1; @ max :
e) inf = 3; @ min; sup = 3; @ max :
f) inf = 4; @ min; sup = max = 6:
g) inf = 2; @ min; @ sup; @ max :
17) a) inf = min = 5; sup = max = 1:
b) inf = min = 3; sup = max = 1:
c) @ inf; @ min; @ sup; @ max :
d) inf = 3; @ min; sup = 3; @ max :
e) inf = min = 4; sup = max = 6:
f) inf = min = sup = max = 1:
g) @ inf; @ min; sup = max = 1:
h) inf = min = 3; sup = max = 1:
i) inf = 3; @ min; sup = 1; @ max :
p p
j) inf = min = 3; sup = max = 3:
p p
k) inf = min = 1 3; sup = max = 1 + 3:
p p
l) inf = 1 3; @ min; sup = 1 + 3; @ max :
p
m) inf = min = 1; sup = max = 3 + 2 3:
n) @ inf; @ min; @ sup; @ max :
20) a) pn = n(n + 1):
23) a) Nenhuma das desigualdades é veri…cada para n = 1:
b) n > 50; n > 106 ; n > 500:

25
24) Nenhuma das desigualdades é veri…cada para n = 1;
n > 500; n > 4998:
25) a) n > 599: b) n > (3 ") =": c) xn ! 2:
27) a) 0: b) 0: c) 1: d) 1:
28) a) 1=2: b) 1: c) 1=2: d) 3:
29) n > 309 ; n > 12: n > A3 ; n > (B 1=5 + 5)=2:
p
lim 3 n = lim (2n 5)5 = +1:
30) a) (n2 + n + 1) = (n3 n 1) ! 0: b) Faça " = 1:
31) c) cn ! 1:
32) a) 1: b) 2:
33) a) 3: b) 1: c) 1:
34) a) 1: b) 1=2: c) 3:
35) a) x1 = 45 ; x2 = 61
194
e x3 = 1
9
+ 1
16
+ 1
25
+ 1
36
:
b) 1=n2 xn 2
(n + 1) =n e xn ! 0:
36) 1:
37) b) 3/2.
38) a) 1=4: b) 34 = (35 1) : c) 7:
39) b) 2.
40) b) 3/4.
41) b) 23/90.

26

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