Para o pessoal que não fez a parte teórica comigo, mas deseja uma indicação
bibliográfica, antes de qualquer coisa, precisamos de duas leis básicas, quais sejam, a Lei.
8.212/91, que trata do custeio da seguridade social, e da Lei 8.213/91, que trata do plano de
benefícios do regime geral de previdência social. Além dessas duas leis, também precisaremos
do Decreto 3.048/99, que regulamentou as duas leis.
Indico os livros que acredito serem básicos: 1) João Batista Lazzari e Carlos Alberto
Pereira de Castro – Manual de Direito Previdenciário – Editora Conceito; 2) Marcelo Leonardo
Tavares – Direito Previdenciário (benefícios) – Editora Impetus; 3) Esse é para quem está no
desespero – resumos da Saraiva e da Impetus ou o do Wagner Valera – Direito Previdenciário
para Concurso – Editora Método; 4) Fabio Zambite – Direito Previdenciário (custeio).
1ª QUESTÃO:
Essa afirmação seria verdadeira ou falsa? Vamos imaginar que a Constituição Federal
fizesse a previsão somente para uma categoria de beneficiários, mas uma Lei Ordinária estende
esses benefícios para outras categorias. Essa lei seria constitucional, pois a Constituição
estabelece o grau mínimo de proteção e o legislador pode ampliar o grau de proteção, criando
benefícios, estendendo ou majorando tal benefício.
Vamos exemplificar: existe um benefício previdenciário que está na Lei, mas que o
próprio STF disse não ter garantia constitucional a esse benefício, que seria o salário
maternidade para os casos de adoção. Esse benefício está previsto na Lei 8.213/91, no art. 71-A,
mas não tem previsão constitucional, mas nem por isso foi declarado inconstitucional,pois o que
está na CF/88 é o mínimo. (obs: é o único sobre o qual incide contribuição – art. 28, §9º “a” da
Lei 8.212/91).
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Todavia, quando falo de benefício previdenciário, para que eu possa aumentar o valor
desse benefício, criar um benefício novo, ou, ainda, estendê-lo a mais pessoas, uma contrapartida
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sempre é necessária, pois o art. 201 da CF indica que não posso fazer isso sem a indicação de
fonte de custeio (princípio da contrapartida).
Voltando à questão: o benefício pode ser levado às outras pessoas, mas quando
legislador assim o fizer, deverá indicar a fonte de custeio.
2ª QUESTÃO:
BENEFICIÁRIOS
REG. GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
SEGURADOS DEPENDENTES
OBRIGATÓRIOS FACULTATIVOS
ART. 11 – 8.213/91 ART. 13 – 8.213/91
EMPREGADOS
EMPREGADOS DOMÉSTICOS
TRABALHADORES AVULSOS
CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS
AUTÔNOMOS
EMPRESÁRIOS
EQUIPARADOS A AUTÔNOMOS
SEGURADOS ESPECIAIS
AGRICULTOR
PECUARISTA
PESCADOR ARTESANAL
EXTRATIVISTA
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O importante é conhecer quem são os segurados, sendo que o art. 11 da Lei 8.213 vai
identificar cada um deles, sendo que sempre o que vai configurar a qualidade de segurado é o
exercício da atividade pelo segurado. E isso é tão fundamental que é pelo exercício da
atividade é que ocorre a filiação do segurado obrigatório ao Regime Geral.
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Por definição filiação é ato perfeito, vínculo formado entre a pessoa e a Previdência, ou
seja, a aquisição da qualidade de segurado. Não depende esse segurado de inscrição, ou registro,
pois esse registro, para os segurados obrigatórios tem natureza meramente declaratória, não
tendo efeito constitutivo, apesar de obrigatória.
O segurado facultativo não exerce atividade de filiação obrigatória; logo, esse segurado
tem que manifestar sua vontade, com a inscrição e o pagamento da primeira contribuição, isso é
o que está previsto no art. 13 da Lei 8.213/91, que exige alguns requisitos: a) inscrição; b)
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pagamento da contribuição; c) maior de 16 anos (cuidado – a lei escreve 14, mas a CF/88 sofreu
Emenda Constitucional nº 20).
Obs: quem está filiado ao Regime Próprio não pode, ao mesmo tempo, ser segurado facultativo
do Regime Geral, mas pode ser segurado obrigatório.
Até a primeira parte da assertiva, ela está correta, mas quando fala na remuneração, esta
não precisa estar declarada e expressa, pois o que o caracteriza é o exercício da atividade (ex.
garçom – trabalha com gorjetas – não expressas).
3ª QUESTÃO:
Na questão acima, o sujeito é síndico, mas nada recebe, assim, não é segurado
obrigatório, pois não exerce atividade de filiação obrigatória, sendo segurado facultativo, salvo
se filiado ao Regime Próprio, como no caso, pois é Servidor Público Federal Aposentado. (art.
201, §5º da CF/88 – sublinhem “na qualidade de segurado facultativo”).
Quem está filiado ao Regime Próprio não pode, ao mesmo tempo, ser segurado
facultativo do Regime Geral, mas pode ser segurado obrigatório. Nesse caso, se ele exercesse a
atividade de síndico remunerado, poderia estar vinculado aos dois regimes. (ex. Defensor
Público que é professor de Universidade privada / Ex2. Procurador do Estado que advoga).
4ª QUESTÃO:
A assertiva está correta: trabalha sozinho, em pequena propriedade rural, por no máximo 90
dias explorando atividade rústica. A matéria de segurado especial teve alteração recente. Assim é um
tema importante que ainda não foi explorado pelos examinadores.
O segurado especial tem previsão no art. 11, VII da Lei 8.213/91, artigo que identifica quem é:
o agricultor e pecuarista que desenvolva sua atividade sozinho ou em regime de economia familiar, em
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uma pequena propriedade rural e além dele, o pescador artesanal e o extrativista, que desenvolva sua
atividade sozinho ou em regime de economia familiar.
A idéia que está por trás do segurado especial é de pequeno produtor que trabalha para
sobreviver, tendo tratamento diferenciado pela lei, com vários benefícios sem, ao menos, contribuir.
A lei mais nova, 11.718/2008, prevê algumas alterações na matéria, que estão no art. 11 e
incisos da Lei 8.213/91, já alterada:
- segurado especial tem que morar no local onde exerce a atividade ou em local próximo, ainda
que urbano;
- trabalha sozinho ou em regime de economia familiar (art. 11,§1º da Lei 8.213/91) – que
apresenta três características: a) trabalha com o auxílio da família (todos os membros da família que
trabalhem envolvidos na atividade ali serão segurados especiais); b) trabalho desenvolvido para
subsistência (isso não significa que a pessoa come o que planta, mas o resultado da produção deve ser
aplicado na sua sobrevivência); c) não admite a existência de empregados permanentes (antes não se
admitia qualquer tipo de empregado, mas hoje, aquele que não é permanente está autorizado).
O segurado especial pode ter empregados até a proporção de 120 pessoas/dia (um empregado a
cada 120 dias ou 2 por 60 dias – 120 empregados por um dia) - são considerados permanentes aqueles
previstos no art. 11,§7º. Dependendo do que se está plantando o segurado vai usar mais ou menos
empregados. Sua contribuição é de 2% sobre o valor da produção.
SEGURADO ESPECIAL
“pequeno produtor”
5ª QUESTÃO:
Lucas era segurado obrigatório especial, pois trabalhava sozinho, como extrativista e de
modo sustentável. Ele já era segurado, pois era segurado obrigatório, sendo a filiação meramente
declaratória. Comprovando essa condição, os herdeiros irão pleitear pensão por morte. Sendo
segurado especial, os herdeiros poderão gozar de benefícios que poderiam ser requeridos sem
pagamento de contribuição, como a pensão por morte.
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6ª QUESTÃO:
A afirmativa está errada, pois vejam o art. 14 da Lei 8.213/91, sendo certo que o
conceito de empresa para o Direito Previdenciário é diverso do Direito Empresarial, sendo a
visão subjetiva:
Podemos ter empresa sem fins lucrativos (ex. ONG, sem fins lucrativos – com
empregados – empresa, pois exerce atividade), mas imagine um mega empreendedor individual,
que somente visa o lucro e tem uma empregada doméstica, mas em relação a ela, ele não
pretende lucro – ora, para definir se a pessoa é empresa ou empregador doméstico, não se olha
para a finalidade da pessoa ou da empresa, que pode um não ter fins lucrativos, mas exerce a
atividade é empresa. O empregado doméstico sempre trabalha para pessoa natural ou família,
mas se trabalha para uma pessoa jurídica, esta necessariamente será empresa.
7ª QUESTÃO:
Afirmativa está errada, pois apesar dessa lei ter inaugurado a Previdência Social no
Brasil, as caixas de aposentadorias e pensão eram administradas pelas próprias empresas.
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8ª QUESTÃO:
A afirmativa está correta. Quando falamos de pensão por morte existe a lei 9.032/95. No
passado, tinha valores variados (alíquotas variadas), dependendo do número de dependentes,
sendo certo que essa lei determinou que todas as alíquotas seriam de 100%. Se uma pessoa
deixou a pensão antes da lei, a lei nova se aplica aos benefícios concedidos antes dela?
Imaginem irmãos gêmeos em condições iguais, mas um morre antes da lei e outro
depois da lei, ambos deixando viúvas, a do que morreu antes da lei ganha 80% de pensão e a
viúva do que morreu depois da lei, ganha 100% de pensão. Ou seja, o que ocorreu aqui foi o
pedido de aplicação imediata da lei nova, que ela regule efeitos futuros (parcelas vincendas) de
fatos pretéritos (pensão concedida).
A questão foi decidida no STF que entendeu que estava sendo debatido o ato jurídico
perfeito, direito adquirido, que é matéria constitucional. Ou seja, aplicaria a retroatividade
mínima, ou aplicação imediata? Ou aplicaríamos o tempus regit actum? O STF decidiu pela
última posição, a lei vigente no momento do fato gerador do benefício, ou seja, no momento da
morte. Não existe aplicação imediata da lei previdenciária, ainda que mais benéfica. O STJ era
contra a postura do STF, mas cedeu à posição do STF.
A Lei 9.032/95 também mudou o valor do auxílio acidente, mas esse benefício seria de
30%, 40% ou 60 % do salário de benefício, dependendo do grau de redução da capacidade, mas
hoje é sempre de 50%. Assim, quem está ganhando menos, está pleiteando a mesma aplicação
imediata da lei. O STJ afirma que tem essa aplicação imediata para o auxílio acidente. O STF
decidiu em Rext que qualquer outro benefício modificado por essa lei, não pode ser majorado,
pois não há aplicação imediata. O STJ considerou que para o auxílio acidente a aplicação é
imediata, mantendo sua posição anterior.
9ª QUESTÃO:
Essa questão estava mal elaborada, pois partiu de uma opinião de parte da doutrina para
fazer uma crítica política. A aposentadoria por tempo de contribuição só existe no Brasil, sendo
um benefício programado. Entretanto, a aposentadoria por idade também é programado e é um
benefício previdenciário, existindo um risco, ambos têm risco. Apesar disso, como parte da
doutrina está correta, a afirmativa está correta.
10ª QUESTÃO:
A afirmativa está correta, pois somente haverá a filiação com o início da atividade ou
após. (ex. quero me inscrever para começar a contribuir daqui a 5 anos – não pode).
• Perguntaram o que era grande invalidez – ocorre quando há uma aposentadoria por
invalidez total e permanente, mas essa mesma invalidez total e permanente, mas há a
necessidade do auxílio permanente de terceira pessoa, existe o direito a um adicional de 25%.do
valor da aposentadoria. (é diferente daquela pessoa que ainda pode praticar os atos da vida
cotidiana).
• Perguntaram o que era tempo de espera: tanto para a aposentadoria por invalidez,
quando concedida diretamente, quanto para o auxilio doença, somente se concede o benefício a
partir do 16ª dia. No caso do auxílio doença, a incapacidade tem que ser superior a 15 dias
para ter direito ao benefício. Todos os segurados somente têm o auxílio doença (em caso de
incapacidade parcial ou temporária também) para incapacidade acima de 15 dias, o que muda é
quando a incapacidade é superior a 15 dias é o momento de recebimento do benefício. Para o
empregado recebe a partir do 16º dias, pois quem paga os 15 primeiros dias é o empregador.
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Para os demais se paga retroativamente desde a data do início da incapacidade. Então, período
de espera são os 15 dias para a pessoa ter direito ao benefício.
• Teve uma questão sobre recurso na seguinte questão de mérito: o sujeito, trabalhador
rural, tinha direito adquirido a uma aposentadoria, da qual ele não sabia ter direito, mas
morreu sem ter a condição de segurado, pois parou de trabalhar. Seus dependentes
podem receber pensão por morte? Podem, pois na exigência pessoal para a concessão
de pensão por morte está o direito adquirido (art. 3ª, §1º da Lei 10.666), contando para
tempo de contribuição o período para o qual ele não contribuiu, pois para os
trabalhadores rurais, até a lei 8.213/91, não tinham cobertura pelo regime geral.
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Soma-se isso ao pedágio de 40% do tempo que faltava em 16/12/98 para a pessoa
completar a parcela principal.
11ª QUESTÃO:
Essa resposta deve ser dada em 3 etapas: 1) verificar se o que está sendo pedido é
possível:
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de
1995)
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste
artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante
declaração do segurado e desde que comprovada a dependência
econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 1997)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem
ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a
segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é
presumida e a das demais deve ser comprovada.
(...)
A primeira parte da questão: A pensão ficou para o ficou para o filho e para o cônjuge
e ame ficou sem receber – isso está certo. Após a morte do filho, não se pode transferir a pensão,
pois uma vez excluída da categoria não poderá vir a receber o benefício – ou seja, não poderá
receber essa pensão. Sempre olhem para a lei para não errar.
Atenção: o menor sob guarda foi excluído do rol de dependentes em 97 (art. 16,§2ª da
lei 8.213. Recentemente o STJ volteou atrás, dizendo que essa exclusão foi inconstitucional,
aplicando o principio da vedação ao retrocesso, pois o grau de proteção alcançado em favor da
criança não poderia diminuir – por via incidental e controle difuso de constitucionalidade.
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Será que ela tem algum benefício previdenciário Vamos verificar se tem aposentadoria
por idade – além da idade, vamos verificar a carência (180 contribuições mensais – art. 25 da Lei
8.213/91). Antes da lei a carência era somente de 60 contribuições mensais, para isso foi crianda
uma regra de transição no art. 142 da Lei 8.213/91 ( que acaba em 2011):
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1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
1998 102 meses
1999 108 meses
2000 114 meses
2001 120 meses
2002 126 meses
2003 132 meses
2004 138 meses
2005 144 meses
2006 150 meses
2007 156 meses
2008 162 meses
2009 168 meses
2010 174 meses
2011 180 meses
Nessa tabela vamos olhar para quando a pessoa completou ou vai completar a idade
para verificar a carência. Quem preencheu a idade e a carência antes da alie – 60 contribuições.
Se a pessoa preencheu a carência, mas perdeu a condição de segurado, pode se aposentar? A lei
diz que a pessoa já tem o número de contribuições equivalente à carência (art. 3º §1º da Lei
10.666/2003) vai poder se aposentar.
12ª QUESTÃO:
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13ª QUESTÃO:
A resposta para essa questão está na Constituição, no art. 40,§1, inciso III – requisitos
para a aposentadoria voluntária
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14ª QUESTÃO:
PROCESSO - RE – 590779
ARTIGO
A Turma, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário no
qual esposa questionava decisão de Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais de Vitória-ES, que determinara o rateio, com
concubina, da pensão por morte do cônjuge, tendo em conta a
estabilidade, publicidade e continuidade da união entre a recorrida
e o falecido. Reiterou-se o entendimento firmado no RE
397762/BA (DJE de 12.9.2008) no sentido da impossibilidade de
configuração de união estável quando um dos seus componentes é
casado e vive matrimonialmente com o cônjuge, como na espécie.
Ressaltou-se que, apesar de o Código Civil versar a união
estável como núcleo familiar, excepciona a proteção do Estado
quando existente impedimento para o casamento relativamente
aos integrantes da união, sendo que, se um deles é casado, esse
estado civil apenas deixa de ser óbice quando verificada a
separação de fato. Concluiu-se, dessa forma, estar-se diante de
concubinato (CC, art. 1.727) e não de união estável. Vencido o
Min. Carlos Britto que, conferindo trato conceitual mais dilatado
para a figura jurídica da família, desprovia o recurso ao
fundamento de que, para a Constituição, não existe concubinato,
mas companheirismo. RE 590779/ES, rel. Min. Marco Aurélio,
10.2.2009. (RE-590779)
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No caso concreto, sim a pessoa em separação de fato pode. O que não poderá ser feita a
inscrição de dependente em vida, somente após a morte do segurado.
Sobre dependentes, vejam a súmula 336 do STJ: “A mulher que renunciou aos
alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido,
comprovada a necessidade econômica superveniente.” – é extensível ao ex-cônjuge. Mesmo que
tenha ocorrido à renúncia aos alimentos, desde que comprovada a necessidade econômica no
momento da morte.
15ª QUESTÃO:
16ª QUESTÃO:
Sim, período de graça. O meio normal dele (segurado obrigatório) manter sua condição
é trabalhando e do segurado facultativo de fazer o pagamento de suas contribuições, mas a lei dá
uma colher de chá, pelo período de graça – art. 15 da Lei 8.213/91.
Como regra, a pessoa mantém a sua condição de segurado enquanto contribui, ou seja,
enquanto estiver filiado à previdência. Entretanto, a legislação prevê que, em determinadas
circunstâncias, mesmo havendo a interrupção das contribuições e não estando o trabalhador
exercendo atividade que o vincule obrigatoriamente à previdência, o segurado mantém o seu
vínculo com a previdência social.
Este período é denominado pela doutrina de Período de Graça. Período de Graça,
portanto, é aquele período em que, mesmo sem contribuir e/ou sem exercer atividade que o
vincule obrigatoriamente à previdência, o segurado mantém seu vínculo com o Sistema, com
todos os direitos inerentes a essa condição.
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