DA LAGOA DA PAMPULHA
DESVINCULAÇÃO DA REPRESA DE SUA PRÓPRIA BACIA
I – INTRODUÇÃO
II - HISTORIA DA BARRAGEM
VIII – CONCLUSÃO
FOTOS
I – INTRODUÇÃO
O trabalho recusado pelo ex-Prefeito Pimenta da Veiga, que renunciou à Prefeitura para ser
candidato (derrotado) ao Governo do Estado, foi oferecido também, ao seu substituto, ex-Prefeito
Eduardo Azeredo e posteriormente aos ex-Prefeitos Patrús Ananias e Célio de Castro, que
demonstraram “pouco interesse pelo assunto”, sob a alegação de escassez de verbas e/ou que teriam
de direcionar os recursos financeiros para as obras que pudessem beneficiar a população mais
pobre do que os moradores da região da Pampulha, porém, não deixaram de executar as já
conhecidas “obras enganosas e eleitoreiras”, desprezando todas aquelas que poderiam representar
o caminho da verdadeira recuperação da Lagoa da Pampulha.
4 – ALGUMAS TRAPALHADAS NA LAGOA DA PAMPULHA
O presente trabalho, foi oferecido também, ao atual Prefeito Fernando Pimentel, que foi Vice do ex-
Prefeito Célio de Castro e tornou-se Prefeito-Substituto do mesmo, elegendo-se posteriormente
Prefeito Definitivo, também, não demonstrou interesse pelo assunto e talvez por isto, sua
administração foi protagonista de algumas “autênticas trapalhadas” durante a escolha e execução
de obras, que deixaram marcas indeléveis na Lagoa da Pampulha, após o que, passou a seguir a
mesma trilha de seus antecessores, ou seja, com “obras inócuas e propagandas lunáticas”.
5 – A SOBREVIVÊNCIA DA LAGOA
1- A CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
A primeira etapa da construção da barragem, foi iniciada em 1936 e concluída em 1938 (11,50m
de altura) e a segunda etapa (16,50m de altura) iniciada em 1940 e concluída em 1943, represando
as águas que formaram a “LAGOA DA PAMPAULHA”, inaugurada em conjunto com diversas
obras componentes do acervo cultural.
2 – A RUPTURA DA BARRAGEM
A histórica e catastrófica ruptura da barragem, deu-se em Abril de 1954, ou seja, apenas 11(onze)
anos após a inauguração da segunda etapa e 16(dezesseis) anos após o término da primeira etapa,
causando danos irreparáveis às construções e instalações urbanas, em toda a extensão do córrego
Pampulha e do Ribeirão do Onça, ajuzante da barragem, até a sua fóz no Rio das Velhas.
3 – AS RAZÕES DO DESASTRE
Tem-se, hoje, como razões teóricas do rompimento, a erosão interna dos caminhos de percolação
da água no corpo da barragem, num ponto situado próximo ao seu topo, além do emperramento da
comporta do vertedouro, não permitindo o alívio da pressão da água, o que poderia amenizar os
danos, ou até mesmo salvá-la do desastre.
4 – A RECONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
A reconstrução da barragem, iniciada no mesmo ano de sua ruptura, ou seja, em 1954, através de
De um convênio entre a Prefeitura de BH e o DNOS – Departamento Nacional de Obras de Sanea-
Mento teve a sua conclusão e reinauguração em 1958.
Tendo em vista o volume de água a ser represado, além das razões teóricas do rompimento da bar-
ragem anterior, a nova barragem foi cuidadosamente projetada e construída com todos os recursos
tecnológicos mais modernos da época, tais como:
5.1 – Aumento das dimensões da base e do topo no que diz respeito à largura da barragem, propor -
cionando maior segurança e estabilidade.
5.2 – Colocação de filtros de areia no interior da barragem, com a finalidade de conter e desviar a á
gua percolada através dos vasos capilares, para um escoamento adequado.
7 – SITUAÇÃO ATUAL
A barragem da Pampulha, hoje com mais de 40 anos de vida e já tendo sua represa perdido bem
mais da capacidade de armazenamento de água, além da perda gradativa da capacidade de
contenção de enchentes, está incondicionalmente sujeita a acidentes de sérias proporções, como
resultado de comportamentos anômalos, “carecendo mais do que nunca” de um “Sistema de
Controle Operacional” para monitorar e programar as medidas preventivas adequadas, pois, as
“Descobertas ao Acaso”,a exemplo dos recentes problemas do canal de fuga, poderão surgir sem
dar tempo hábil, até mesmo para as obras emergenciais de correção.
III – ASSOREAMENTO DA REPRESA
1 – A ATRAÇÃO DA LAGOA
A formação da Lagoa da Pampulha, com o represamento das águas do Ribeirão do mesmo nome,
a partir de sua inauguração em 1938 (1ª etapa), transformou a região em um local bastante apra –
zível, fazendo com que pudesse tornar-se, também, num atraente pólo para a exploração imobiliária,
dando início à ocupação de suas margens adjacentes, em todo entorno da mesma.
2 – OCUPAÇÃO DESORDENADA
Entre o final da década de 40 e início da década de 50, ou seja, alguns anos após a inauguração da
2ª etapa (1943), desencadeou-se a ocupação desordenada da bacia de contribuição da represa com
a criação de diversos bairros novos, surgimento de loteamentos clandestinos, e de conjuntos
habitacionais,
processo este, que foi bastante ampliado e de forma acelerada, com o início da rodovia
BR-040 e da implantação da CEASA.
3 – O PROCESSO DE ASSOREAMENTO
A ocupação das margens e áreas adjacentes, foi o marco inicial do processo de assoreamento da
represa,
que a partir daí, passou a crescer com a mesma intensidade da ocupação desordenada de sua
bacia de contribuição (94,6 km2), devido à redução da cobertura vegetal, depósitos de bota-fora
das mais diversas naturezas e a limpeza e escavação de áreas para abertura de ruas e construções
imobiliárias, que proporcionou condições favoráveis à erosão, possibilitando o carreamento de
materiais sólidos pelos córregos tributários.
O aporte do assoreamento na represa, que vem aumentando ao longo do seu tempo de vida, devido
a já notória incapacidade e inércia do poder público responsável, está estimado hoje em mais de
380 mil toneladas por ano, significando mais de 1 mil toneladas por dia, ou seja, 86 viagens diárias
de caminhões de 12 toneladas durante os 365 dias do ano, fazendo com que a quantidade
acumulada,
possa constituir-se em uma grande ameaça para o lago.
5 – O MATERIAL DO ASSOREAMENTO
A começar pelo DMAE, passando pela COMAG e chegando até a COPASA, não
houve nenhuma previsão ou execução de qualquer obra de proteção sanitária para
evitar que a Lagoa da Pampulha passasse a receber todo o esgoto doméstico local,
a partir da rápida e desordenada urbanização de suas margens, situação que
cresceu de forma gigantesca, após a ocupação populacional acelerada de toda a
sua bacia hidrográfica, quando passou a receber esgotos industriais contaminados
com metais pesados, tais como mercúrio e chumbo, além do material orgânico,
transformando-a na mais autêntica Lagoa de Contenção de Esgotos.
Desde que abandonou a Lagoa da Pampulha como sua fornecedora de água gratuita, com a
desativação da ETA – Estação de Tratamento de Água e a entrega do Controle Operacional da
Barragem para a Prefeitura de Belo Horizonte, a COPASA adotou a Lagoa de Várzea das Flores,
como seu novo manancial e já tomando medidas de proteção ao mesmo, durante o mandato do ex-
Governador Eduardo Azeredo, promoveu a “REVERSÃO DE ESGOTOS DA MINI-BACIA DE
VARZEA DAS FORES, QUE PERTENCE À BACIA DO RIO PARAOPEBA, PARA O CÓRREGO
SARANDY, PERTENCENTE À BACIA DE CONTRIBUIÇÃO DA LAGOA DA PAMPULHA”,
com a implantação de 65,8 km de redes coletoras e 11,7 km de interceptores, caracterizando mais
um dos hediondos crimes ambientais praticados contra a Lagoa.
A Lagoa da Pampulha está hoje, de tal modo poluída por toda espécie de esgoto,
que já pode ser considerada como uma “GRANDE FOSSA, PUTREFATA E
MAL CHEIROSA”, tornando-se conseqüentemente, em um “GIGANTESCO
FOCO TRANSMISSOR DE DOENÇAS CONTAGIOSAS E ATÉ MESMO
EPIDÊMICAS”, por conter também, resíduos industriais com alto índice de
metais pesados, que ao serem transmitidos pela cadeia alimentar, podem causar
sérios danos à saúde humana, aos peixes, aves aquáticas e diversos animais
silvestres, constituindo-se portanto, em “AUTENTICA CALAMIDADE
PÚBLICA” um represamento desta natureza, sendo altamente aconselhável que a
mesma seja “URGENTEMENTE ESVAZIADA POR COMPLETO”, como uma
das primeiras medidas para o “INICIO DE SUA RECUPERAÇÃO”.
V – AS OBRAS DOS CARRASCOS DA REPRESA
Passados um pouco mais de 25 anos após a reconstrução da barragem, no início da década de 80,
durante a gestão do ex-Prefeito Maurício Campos, escolhido pelo Governador Francelino Pereira,
que por sua vez, foi nomeado pela “Revolução/64”, que na época em que promovia a transferência
definitiva de instalações da Capital Federal, que ainda persistiam em permanecer no Rio de Janeiro
e entre elas, estavam os escritórios e alguns equipamentos de dragagem pertencentes ao DNOS –
Departamento Nacional de Obras de Saneamento, que tiveram a viagem para Brasília
interrompida, temporariamente em Belo Horizonte com a finalidade específica de promover o
primeiro desassoreamento, quando sob a alegação de falta de recursos financeiros para o
transporte do “bota-fora”, todo o material dragado, foi depositado dentro da própria Lagoa, nas
proximidades da foz dos córregos da Ressaca e Sarandy, formando a conhecida Ilha da Ressaca,
bem defronte a Toca da Raposa.
Quando foi eleito, o Governador Tancredo Neves indicou para nomeação, o Vice Governador Helio
Garcia para Prefeito de Belo Horizonte, que colocou um montante razoável de recursos financeiros
à disposição da Sudecap, para solucionar os problemas da Lagoa da Pampulha, porém, teve que se
afastar da Prefeitura para assumir o Governo do Estado e tudo ficou paralisado por algum tempo,
até que em 1986, com a eleição do ex-Prefeito Sergio Ferrara, houve uma tentativa de execução do
segundo desassoreamento através de dragagem, que foi barrada pela COPAM – Comissão de
Política Ambiental do Estado de Minas Gerais (hoje COPAM – Conselho de Política Ambiental do
Estado de Minas Gerais), que acatou o parecer do Eng° Wilson Teixeira Moreira (Autor deste
trabalho), que apontou falhas na proposta da Sudecap, tais como a falta de indicação do transporte
de bota-fora e sem tratar da contenção da entrada de novos sedimentos, esgoto e lixo.
Em 1989, durante a gestão do ex-Prefeito Pimenta da Veiga, foi criada a Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, que passou a encarregar-se do licenciamento das obras do município de Belo
Horizonte, conseguindo escapar, desta forma, das exigências do COPAM, para poder promover a
execução do segundo “desassoreamento através de dragagem”, com todo o material dragado,
novamente depositado na própria Lagoa, formando mais algumas ilhas, que na época, foram
jocosamente denominadas “Ilhas da Fantasia”, havendo ainda a destacar que os serviços foram
executados por uma empresa carioca de nome STER, ganhadora da licitação realizada ainda na
gestão do ex-Prefeito Sergio Ferrara.
Em 1996, após haver prometido fazer as “obras necessárias para a recuperação da Lagoa da
Pampulha” e já quase no final de sua gestão, o ex-Prefeito Patrus Ananias, também, passou a seguir
a mesma trilha de seus antecessores e partiu para a execução do terceiro desassoreamento através
de dragagem, quando todo o material dragado, foi utilizado para emendar e integrar, bem como,
para aumentar a altura, de todas as ilhas existentes.
5 - O QUARTO DESASSOREAMENTO PROJETADO
Durante o seu primeiro mandato (1997/2000), o ex-Prefeito Célio de Castro não realizou nada que
pudesse ser considerado como obra de recuperação ou de manutenção na Lagoa da Pampulha, mas
já quase no final de sua gestão e já fazendo campanha política de reeleição para o segundo
mandato, lançou com excessivo alarde o sistema DLD – Dragagem a Longa Distância, já aplicado
por seus antecessores para depositar o material de asssoreamento dentro da própria Lagoa, mas
dizendo que desta vez, esse mesmo sistema levaria o material para fora da Lagoa, depositando-o na
parte final do Aeroporto da Pampulha, como aterro para ampliação da pista, o que a Infraero não
permitiu e ainda assim, ele conseguiu reeleger-se para o segundo mandato (2001/2004).
O ex-Prefeito Célio de Castro teve de renunciar, por motivo de saúde, durante o exercicio do
segundo mandato, sendo substituído pelo Vice-Prefeito Fernando Pimentel, que no período
chuvoso, foi surpreendido com uma grande inundação nos bairros Santa Terezinha, Paquetá,
Castelo e outros situados às margens dos córregos da Ressaca e Sarandy, devido a já reduzida
capacidade de amortecimento de cheias da Lagoa da Pampulha, causada pelo assoreamento,
fazendo com que fossem tomadas medidas de prevenção contra a futura repetição do fato, porém,
entre elas houve algumas que se tornaram “AUTÊNTICAS TRAPALHADAS E QUE DEIXAM A
NOSSA ENGENHARIA CORADA DE VERGONHA”, conforme descritas a seguir:
6.1 – Para proceder a escoamentos rápidos e emergenciais da represa, não houve condições de
ampliar o vertedouro “Tulipa” existente e a solução encontrada foi a de construir um vertedouro
adicional, porém, erraram no nível da represa o que provocou a perda de mais uma considerável
parte da sua capacidade de represamento.
6.2 – Ao esvaziar a represa para a construção do novo vertedouro, descobriu-se que o Canal de
Fuga, estava com as paredes bastante deterioradas, devido a falta de manutenção o que provocou a
necessidade de novas obras emergenciais, pois tal fato colocava em risco a integridade de toda a
barragem, podendo inclusive, provocar um novo rompimento da mesma.
6.3 – Para combater a exalação de “mau cheiro”, através da aeração do esgoto acumulado na
lagoa, em seu ponto de maior acentuação, ou seja, junto ao vertedouro “Tulipa”, foi construída
uma “Fonte Jorrante de Água” (ou Esgoto?...), porém com o alarde de propaganda política e
mentirosa de “atração turística para o povo”, que vingou-se, apelidando-a jocosamente de “lava-
jatos”, como se a mesma tivesse a finalidade de lavar a barriga dos jatos que ali passam a baixa
altura para pousar no Aeroporto da Pampulha.
6.4 – Construiu um Parque Ecológico através da plantação de arvores e grandes áreas gramadas
em uma parte da grande ilha existente, mas sem qualquer infraestrutura para receber o grande
numero de freqüentadores, em louca corrida a procura de lazer nos finais de semanas e que correm
o risco de se contaminarem, nos esgotos da Lagoa.
6.5 – Não promoveu a sonhada “Recuperação da Lagoa da Pampulha”, mas, fez propaganda de
uma “fantaziosa recuperação”, com finalidade de promover a revitalização de toda a sua orla,
apenas com a reforma das pistas de Cooper e de Ciclismo, porém, esqueceu-se de que, revitalizar
a orla sem recuperar a Lagoa, é o mesmo que “iniciar a construção de uma casa pelo seu
telhado”.
6.6 – Promoveu as urgentes e necessárias reformas de patrimônios históricos, como a Igreja São
Francisco de Assis, Casa do Baile e Museu de Arte (ex-Cassino), além de adquirir a casa que
pertenceu a Juscelino Kubstcheck de Oliveira (Projeto de Oscar Nyemeyer), porém, não
demonstrou a mínima capacidade de conter os abusos das invasões de áreas da Lagoa pelo Iate
Tênis Clube, que somente pela deformação de seu prédio principal (Projeto de Oscar Nyemeyer),
já merecia ser “radicalmente desapropriado” como punição mínima.
6.7 – Para “aplacar a ira” do nosso grande Arquiteto Oscar Nyemeyer, contra os desmandos
praticados na Lagoa da Pampulha, como aconteceu durante o mandato do ex-Prefeito Patrus
Ananias, o Administrador Regional da Pampulha Flavio Carsalade sugeriu ao Prefeito Fernando
Pimentel que fosse encomendado ao mesmo o projeto para um novo Museu de Arte, que teria a
forma de um “disco voador” pousado na Lagoa, mas parece terem lembrado a tempo, “que seria
ridículo um disco voador pousado no esgoto que exala muito mau cheiro” e encomendaram outro
projeto, para a construção do museu em “ terreno firme”, ainda a ser desapropriado.
6.8 – Devido a incompetência para solucionar os problemas causados pela redução gradativa da
capacidade de “amortecimento de cheias” da represa e evitar as inundações de bairros, implantou
um “Sistema Operacional da Represa” que esvazia a mesma no “período seco”, com vasta e
mentirosa propaganda de que é para a limpeza da Lagoa e fecha-a no “período chuvoso”, quando
as enchurradas barrentas transportam e lá depositam os resíduos sólidos, “num processo da
natureza”, que é o responsável por cerca de 90% (noventa por cento) do transporte e deposição
deste material que forma o assoreamento da mesma.
6.9 – Programou e tentou executar o que seria o quarto desassoreamento com previsão de um
volume de 4 milhões de metros cúbicos, com escavação do material ainda em forma de lama,
colocados em caminhões e levados para despejo em uma cava de extração de areia, já exaurida, da
Mineração Lapa Vermelha, em terreno localizado aproximadamente a 40 km de Belo Horizonte, na
divisa de Pedro Leopoldo e Confins, trabalhos estes que estavam sendo executados pela
Construtora Andrade Gutierrez, que teria sido multada pela FEAM – Fundação Estadual de Meio
Ambiente, quando chegou apenas a 600 mil metros cúbicos (+ ou - 100 caminhões).
A contenção do assoreamento em seu próprio local de produção, ou seja, uma obra preventiva na
bacia hidrográfica com as avantajadas dimensões de 94,6 km2, onde somente 44% (42,9 km2) estão
localizados no município de Belo Horizonte e mais da metade da área com 56% (54,7 km2)
localizados no município de Contagem, com agravante de já estar bastante urbanizada sem
qualquer planejamento, além de densamente povoada, “TORNA ESSE TIPO DE AÇÃO
COMPLETAMENTE INEFICAZ PARA A SOLUÇÃO DO PROBLEMA”.
3 – O ATERRAMENTO DA LAGOA
Das obras de canalização dos córregos e pavimentação de avenidas da bacia hidrográfica, restam
apenas 20% para serem canalizados e apesar da participação da COPASA nos 80% já executados,
com a implantação de interceptores e coletores de esgotos e também, ao contrário de todas as
previsões alardeadas na época, o aporte de esgotos domésticos e industriais vêm aumentando
enormemente, ficando assim, “COMPROVADA A IMPOSSIBILIDADE DA ELIMINAÇÃO DAS
FONTES POLUIDORAS DAS ÁGUAS DA LAGOA DA PAMPULHA ATRAVÉS DAS
MESMAS”.
6 – A CONDENAÇÃO FINAL
Diante de tantas e graves ameaças de morte, impostas por sua própria bacia
hidrográfica, contribuindo com o assoreamento, lixo, água e esgotos contaminados,
deve-se seguir o raciocínio mais lógico e neste caso, também, a única alternativa de
engenharia encontrada, que proporciona a solução eficaz e definitiva para todos os
problemas, é a de promover a “DESVINCULAÇÃO DA LAGOA DA
PAMPULHA DE SUA PRÓPRIA BACIA DE CONTRIBUIÇÃO”, com o desvio
de todos os cursos d’agua através de um canal, cuja localização estratégica, além
de vedar os acessos dos mesmos à Lagoa, deverá conduzi-los até a nova foz com o
Ribeirão Pampulha, situada à jusante da barragem e sendo composta das seguintes
obras principais:
1 – O ESVAZIAMENTO DA REPRESA
1.5 – Oportunidade, também, para poder efetuar uma limpeza geral e proceder a
desinfecção completa em toda a área do fundo da lagoa.
2.2 – Contenção, também, dos acessos das redes coletoras de esgotamento pluviais
do entorno da represa, que também, são grandes transportadoras de detritos e
sedimentos.
Devido a falta de local adequado para depositar, bem como, o alto custo da
execução do “bota-fora”, o assoreamento acumulado na Lagoa da Pampulha, até a
presente data, foi apenas remanejado e colocado em outro local, dentro da mesma,
formando ilhas inteiramente deformadas e sem qualquer objetivo ou finalidade
concreta, entretanto, dentro das diretrizes deste projeto de engenharia, tais
resíduos sólidos, deverão ser dispostos na posição de formação da base e sub-base
do aterro da Segunda Pista da Av. Otacílio Negrão de Lima, além da formação de
calçadões e diversos outros tipos de áreas de lazer, apresentando os vantajosos
fatores seguintes:
4 – DESASSOREAMENTO DA REPRESA
Em janeiro de 1995 em entrevista ao jornal Estado de Minas, o Arquiteto Oscar Niemeyer definiu e
concluiu::
1.1 – É a mais completa “falta de respeito, burrice, vergonha e mediocridade”, o que está
ocorrendo com a Lagoa da Pampulha, visto que, trata-se de um problema inteiramente técnico,
bastando convocar um profissional competente para soluciona-lo e ainda concluiu: “O QUE
ESTÃO FAZENDO COM A LAGOA DA PAMPULHA É UMA VERDADEIRA SACANAGEM”.
1.2 - Para salvar a Lagoa da Pampulha, não precisamos encontrar um outro “JK”, mas é preciso
encontrar homens que compreendam os problemas e que respeitem a natureza e a beleza do local e
que finalmente sinta-se como homem público, pois deve ser considerado, que “A SOLUÇÃO
DESTE PROBLEMA É BÁSICO PARA BELO HORIZONTE”.
1.3 – O assunto só não foi resolvido até agora, devido a falta de interesse e vontade política, porque
os homens públicos não entendem ou não querem entender, ficando numa mediocridade fantástica
como a que invadiu a cabeça de muita gente neste Brasil, onde ninguém faz nada e só pensa em lucro
e dinheiro, além de se manterem em posições políticas de importância e completou: “ACHO TUDO
ISTO UM ABSURDO!... UMA SACANAGEM”!...
Hoje, passados mais de 13 (treze) anos, após a contundente conclusão de um Arquiteto de renome
internacional, como Oscar Niemeyer, observa-se que a população de todo o Estado de Minas Gerais,
especialmente os moradores de Belo Horizonte, Região Metropolitana e outras cidades próximas,
assistem estarrecidos ao longo de mais de 25 (vinte e cinco) anos, a uma “ESTRANHA IMPOSIÇÃO
POLÍTICA DE OBRAS INÓCUAS NA LAGOA DA PAMPULHA, RECHEADAS DE
PROPAGANDAS MENTIROSAS E ELEITOREIRAS, DESPREZANDO TODA A TECNOLOGIA
CONTIDA NA ENGENHARIA E NO BOM SENSO, DECRETANDO DESTA FORMA, A MAIS
TRÁGICA E LENTA DESTRUIÇÃO DESTA GRANDE ATRAÇÃO TURÍSTICA E DE LAZER,
QUE TAMBÉM, JÁ FOI O MAIS BELO CARTÃO POSTAL DA NOSSA CAPITAL”.
“ANTES QUE FIQUE MUITO TARDE”, torna-se urgente e necessário, que seja implantado o
projeto de “DESVINCULAÇÃO DA REPRESA DE SUA PRÓPRIA BACIA DE
CONTRIBUIÇÃO”, que propõe a solução suficientemente adequada para cada um dos problemas
existentes, de forma a representara “A VERDADEIRA E AUTENTICA SALVAÇÃO DA LAGOA
DA PAMPULHA”, pois além de evitar a sua morte prematura, oferece a condição de
“PERENIZAÇÃO”, sem quaisquer riscos futuros ao seu novo “ESPELHO D’AGUA”, além de
proporcionar toda a infra estrutura de base para a revitalização de antigas atividades na lagoa e em
toda a sua orla, transformando-a pois, no grande sonho de toda a população de Belo Horizonte, que
sempre foi a recuperação do “JK – WORLD”.