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De Rômulo e Remo à República e ao Império

Para entender como Roma conseguiu adquirir tanta importância e poder é necessário conhecer sua história em mais detalhes. A origem da
sociedade romana não tem uma evidência concreta. Baseia-se numa lenda, que era uma maneira antiga de explicar fatos cuja memória se
perdeu em tempos muito distantes. Assim, o poeta romano Virgílio alimentou a fantasia de seu povo ao contar que Roma teria sido fundada
por dois irmãos: Rômulo e Remo.
Os dois haviam sido abandonados pelo pai ao nascer e só sobreviveram por terem sido alimentados por uma loba. O fato é que os irmãos
cresceram, vingaram-se do pai e receberam a missão de fundar uma cidade no local onde foram encontrados pelo animal. Essa lenda criou
também a data exata do "nascimento" de Roma: os irmãos teriam fundado a cidade em 753 a.C. O próprio nome dessa localidade derivou do
nome um deles (Rômulo), que acabou matando seu irmão Remo devido a disputas políticas.
Como se pode ver, a origem de Roma foi inventada através de uma história que misturava o instinto animal (simbolizado pela loba que
amamentou os irmãos), com o nascimento de algo novo (a cidade fundada num lugar deserto), retornando aos instintos agressivos no final
(simbolizados na rivalidade entre os irmãos e no assassinato de um deles). Assim, essa origem imaginada serviu para os vários imperadores
que a governaram justificarem o caráter agressivo e conquistador dessa sociedade romana.

Patrícios e plebeus
Se não temos dados concretos sobre sua fundação, podemos começar a contar a história de Roma, a partir da monarquia (753 a 509 a.C.).
Nesse período, o meio de subsistência principal daquele povo era a agricultura. A sociedade romana dividia-se em quatro grupos, segundo a
posição política, econômica e social de cada pessoa: havia patrícios, plebeus, clientes e escravos.
A palavra "patrício" (do latim pater, pai) indicava o chefe da grande unidade familiar ou clã. Esses chefes, os patrícios, seriam descendentes
dos fundadores lendários de Roma e possuíam as principais e maiores terras. Eles formavam a aristocracia, sendo que somente esse grupo
tinha direitos políticos em Roma e formava, portanto, o governo.
Já os plebeus eram descendentes de populações imigrantes, vindas principalmente de outras regiões da península Itálica, ou fruto dos
contatos e conquistas romanas. Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Eram livres, mas não tinham direitos políticos: não podiam
participar do governo e estavam proibidos de casar com patrícios.
Num outro patamar, vinham os clientes, também forasteiros, que trabalhavam diretamente para os patrícios, numa relação de proteção e
submissão econômica. Assim, mantinham com os patrícios laços de clientela, que eram considerados sagrados, além de hereditários, ou
seja, passados de pai para filho.

Por fim, os escravos, que inicialmente eram aqueles que não podiam pagar suas dívidas e, portanto, tinham que se sujeitar ao trabalho
forçado para sobreviver. Depois, com as guerras de conquista, a prisão dos vencidos gerou novos escravos, que acabaram se tornando a
maioria da população.

República e expansão
As conquistas aos outros povos e regiões trouxeram o crescimento das atividades comerciais e das negociações em moeda. A riqueza se
concentrou ainda mais nas mãos dos patrícios, que se apropriavam das novas terras. Isso tudo dividiu profundamente a sociedade romana
entre ricos (aristocratas) e pobres (plebeus), além da grande massa de escravos que ia se formando. Também os membros do exército,
enriquecidos pelas conquistas e saques, tornaram-se uma importante camada social.
A expansão romana iniciou-se na República (509 a 27 a.C.), por meio das lutas contra os povos vizinhos para obterem escravos (séculos. 5 a
3 a.C.). Depois disso, expandiu-se para a Grécia (séc. 3 a.C.), Cartago (cidade africana que controlava o comércio marítimo no Mediterrâneo)
e Macedônia (com a conquista da Grécia, havia formado um grande império), sendo estas duas cidades conquistadas no séc. 2 a.C. Na
seqüência, o Egito, a Britânia (que corresponde aproximadamente à atual Grã-Bretanha) e algumas regiões da Europa e da Ásia foram
conquistados no séc. 1 d.C.
Desde sua origem, Roma fora governada por reis. Um deles foi expulso por tirania em 509 a.C. e o governo da República se estabeleceu,
propondo uma nova divisão de poderes entre o Senado, os Magistrados e as Assembléias.
Com as conquistas militares de novos territórios, os generais do Exército acumularam muitos poderes políticos e para deterem as revoltas
dos povos dominados, resolveram concentrar o poder. Júlio César era um general que havia conquistado a Gália em 60 a.C. Depois disso,
deu um golpe em Roma, atacando-a no ano de 49 a.C. e proclamando-se ditador perpétuo (ou seja, governaria com poderes ilimitados até a
sua morte). Foi nesse mesmo ano que conseguiu dominar o Egito. No entanto, nem ele nem seu governo tiveram vida longa: foi assassinado
pelos próprios romanos em 44 a.C.

O Império Romano
Com a morte de Júlio César, três líderes políticos governariam juntos. Um deles, Otávio, derrotou os outros e foi o primeiro imperador romano
em 31 a.C., recebendo do Senado os títulos de Princeps (primeiro cidadão), Augustus (divino) e Imperator (supremo). Passou para a história
com o nome de Augusto, embora essa denominação acompanhasse todos os imperadores que o sucederam. Roma teve 16 imperadores
entre os séculos 1 e 3 d.C. A partir daí, começou a desagregação do Império e o descontrole por parte de Roma dos povos dominados.
Entre os séculos 3 e 4 d.C., o imperador Dioclesiano dividiu o Império Romano numa parte ocidental e noutra oriental. Constantino, o
imperador seguinte, tomou duas importantes medidas: reunificou seus domínios, tornando a capital do Império Romano Bizâncio (depois
chamada de Constantinopla e, hoje, Istambul, na Turquia), localizada na parte oriental dos domínios romanos e legalizou a prática do
cristianismo.
Finalmente, Teodósio, um dos últimos imperadores, tornou o cristianismo religião oficial de todo o Império e dividiu-o novamente em duas
partes, sendo as capitais Roma e Constantinopla. A primeira foi dominada pelos povos germanos em 476 e marcou o fim do Império Romano
do Ocidente. A segunda foi dominada em 1453 pelos turcos e marcou o fim do Império Romano do Oriente.

Quadro sintético
História de Roma
Períodos Datas
de 753 a.C. (data tradicional da fundação de Roma) a 509
Monarquia
a.C. (derrota dos Tarqüínios).
de 509 a.C. (proclamação da República) a 27 a.C.
República
(Otaviano recebe o Senado o título de Augusto)
de 27 a.C. a 476 d.C. (queda do Império romano do
Império
Ocidente)
Roma localiza-se na região central da península Itálica, às margens do rio Tibre. Entrando pelo mar Mediterrâneo, a península Itálica situa-
se entre a península Balcânica, à direita, e a península Ibérica, à esquerda. Apresenta a costa leste banhada pelo mar Andriático e costa
oeste banhada pelo mar Tirreno. Ao sul, localiza-se o mar Jônio.
O relevo da península Itálica é constituído ao norte pela cordilheira dos Alpes, cuja altitude vai diminuindo em direção ao sul, até a planície do
rio Pó. Daí até o extremo sul, na direção norte-sul, estende-se a região montanhosa dos Apeninos, que separa as duas planícies litorâneas
paralelas.
Toda essa região, extremamente fértil, sempre permitiu à população local, principalmente das planícies, produzir em seu próprio alimento.
Essa era uma condição indispensável para a sobrevivência dos povos que habitavam o território, pois as montanhas de um lado e o mar de
outro provocavam um relativo isolamento de toda a Itália.
Entre os primitivos habitantes da península Itálica encontravam-se, ao norte, os ligures e ao sul, os sículos (ou sicilianos).
A partir de 2000 a.C., povos indo europeus, aparentados com os arianos gregos, deslocaram-se para o centro e para o sul da península.
Esses povos conhecidos como italiotas ou itálicos, formavam vários núcleos de povoação: latinos, samnitas, úmbrios, volscos e sabinos.
Os latinos fixaram-se na planície do Lácio, às margens do rio Tibre, onde praticavam a agricultura e o pastoreio. Viviam em comunidades
primitivas, tendo como chefe o mais velho do grupo: o pater-família.
Na época da colonização pelos latinos, Roma era nada mais que um forte militar, construído para evitar a invasão de povos vizinhos.
A partir do século VIII a.C., enquanto o nível de vida das tribos italiotas era ainda muito rudimentar, os gregos que começaram a colonizar o
sul já apresentavam notável desenvolvimento econômico e cultural. Nessa mesma época chegaram também os etruscos, vindos
provavelmente da Ásia Menor, que ocupavam a planície a oeste do Tibre.
Distribuídos em doze cidades, os etruscos formavam uma confederação. A partir de sua área de ocupação inicial, estenderam seus domínios
para o sul, até chegar às planícies do Lácio e de Campânia. Ao norte, expandiram-se em direção ao vale do Pó. Ao sul chegaram a competir
com os gregos, principalmente depois de se aliarem aos fenícios de Cartago.
Ocupando toda região do Lácio, os etruscos conseguiram dar à cidade de Roma uma nova estrutura. Empregaram novas técnicas,
desconhecidas pelos latinos, e fizeram da agricultura a atividade econômica predominante. Desenvolveram também atividades tipicamente
urbanas como o comércio e o artesanato, contribuindo para a transformação da aldeia em cidade.
As mudanças econômicas ocorridas em Roma conduziram a transformações na organização social.
Com o surgimento da propriedade privada, a comunidade primitiva teve fim e as famílias ligadas ao páter-família apropriaram-se das
melhores terras, formando uma aristocracia de patrícios (palavra cujo significado se aproxima de "pai", ou pater em latim). Constituindo a
camada social dominante, os patrícios eram denominados gentes por estarem agrupados numa única unidade básica, o gens ou clã
Os membros de gens reuniam-se em torno do mesmo chefe e cultuavam o mesmo antepassado. Essa unidade compreendia os parentes
pobres ou clientes e os patrícios agrupavam-se em associações religiosas chamadas cúrias.
Todos os que não pertenciam ao gens eram considerados plebeus. Em geral a camada dos plebeus era formada por estrangeiros,
comerciantes , artesãos e pequenos proprietários de terras pouco férteis.
Os plebeus que conseguiram enriquecer, podiam reivindicar a condição de clientes, desde que se colocassem sob a proteção legal de uma
família patrícia. Em troca, prestavam determinados serviços e adotavam o mesmo culto religioso da família. Desse modo, conseguiram
assegurar seu direito à propriedade perante as leis romanas. Tais plebeus que enriquecidos compunhas a clientela que, dependendo da
família patrícia, poderia tornar-se hereditária.
Havia, ainda, os escravos que, em pequeno número, limitavam-se aos serviços domésticos ou a atender as necessidades pessoais dos
patrícios.

O período da monarquia
Durante o século VI a.C., o regime de governo era monárquico e o poder real apresentava caráter divino. O rei acumulava a chefia militar,
administrativa, jurídica e religiosa. Era eleito pelo Senado e governava durante toda vida. Para governar, apoiava-se em duas instituições: O
Senado, um conselho de anciãos composto pelos patrícios mais importantes, e a Assembléia Curiativa, que reunia todos os patrícios adultos,
membros das trinta cúrias romanas.
Os patrícios estavam divididos em três tribos e estas em dez cúrias. Cada tribo contribuía para defesa do Estado com cem cavaleiros e dez
centúrias (unidade básica do exército romano).
A eleição do rei envolvia um complexo sistema, onde cabia ao Senado selecionar um membro de cada tribo e à Assembléia Curiata escolher
um entre os três selecionados para o cargo.
A partir de 625 a.C., Roma passou a ser governada por reis etruscos. O último deles, Tarquínio, o Soberbo, foi deposto e expulso da cidade
em 509 a.C., Tarquínio teria se aproximado das classes mais baixas da sociedade, provocando a ira do patriciado. Mas o império etrusco já
estava em decadência, principalmente pelos constantes ataques dos gauleses e da forte presença dos gregos na Sicília.
O nascimento da República romana foi uma reação dos patrícios, que procuravam reaver o poder político perdido para os reis etruscos.

A República Romana
A substituição da Monarquia pela República foi um ato reacionário dos patrícios, que afastaram a realeza, cada vez mais comprometida com
as classes empobrecidas. O monopólio do poder voltou às mãos dos patrícios, com as instituições romanas assegurando a manutenção
desse poder.
Plebeus e escravos continuaram sem direitos políticos, mas alguns plebeus, enriquecidos com o comércio, chegaram a Ter certos privilégios
resultantes de sua condição de clientes. Entretanto, dependiam inteiramente dos benefícios concedidos pelos patrícios.
A base da República romana era o Senado, formado por trezentos patrícios, com a responsabilidade de propor leis. Os cargos eram vitalícios,
abrigando outras funções: garantir a integridade da tradição e da religião, supervisionar as finanças públicas, conduzir a política externa e
administrar as províncias. A presidência do Senado era exercida por magistrado, que o convocava, podendo ser um cônsul, um pretor ou
tribuno.
Existiam duas assembléias encarregadas de votar as leis sugeridas pelo Senado. A Assembléia Curiata, que perdeu quase toda sua
importância durante a República, e a Assembléia Centuriata, formada pelas centúrias (divisões políticas e militares compostas de cem
cidadãos), a quem cabia de fato discutir e votar as propostas.
O poder executivo era exercido pelos magistrado, pertencentes na maioria das vezes à classe dos patrícios. Com exceção do censor, todos
os magistrados eram eleitos pela Assembléia Centuriata para um mandato de um ano. Coletivas, as magistraturas exigiam a presença de
dois ou mais magistrados para cada cargo. Os magistrados eram os seguintes:

Cônsules
Detinham o maior poder, equivalente ao dos antigos reis. Eram dois eleitos para o período de um ano. Tinham como atribuições comandar o
Exército, convocar o Senado e presidir os cultos. Nos períodos de crise, indicavam um ditador, que exercia o poder de forma absoluta durante
o período máximo de seis meses.

Pretores
Ministravam a justiça, existindo dois: uma para as cidades, chamado de urbano, e outro para o campo e para estrangeiros, chamado de
peregrino.
Censores
Sua função era fazer o recenseamento dos cidadãos. Calculavam o nível de riqueza de cada um e vigiavam a conduta moral do povo.

Questores: Encarregados de administrar as finanças públicas.


Tribunos da plebe
Surgiram em decorrência das lutas da plebe por seus direitos. Os Tribunos podiam vetar todas as leis contrárias aos interesses dos plebeus,
menos em época de guerras ou graves perturbações sociais, quando todas as leis ficavam sob controle exclusivo do ditador. Os tribunos da
plebe eram considerados invioláveis em quem os agredisse era condenado à morte.
As lutas de classe na República
A marginalização política da plebe vinha desde os tempos da Monarquia continuando até a República. Como conseqüência, os plebeus
sofriam sérias discriminações. Nas guerras, ficavam com os piores despojos; quando se endividavam e não podiam pagar suas dívidas,
tornavam-se escravos. Nessa época, as leis não eram escritas, mas orais, baseadas na tradição, o que concedia grandes privilégios ao
patriciado devido à sua complexa interpretação.
O monopólio do poder pelos patrícios (que controlavam o Senado, a Assembléia Centuriata e as principais magistraturas), impedindo que os
plebeus fossem nomeados cônsules ou censores, levou a sucessivas revoltas.
Na primeira delas, ocorrida em 494 a.C., os plebeus de Roma realizaram a primeira greve da história. Retirando-se para o Monte Sagrado,
ameaçaram formar ali uma nova república, deixando a cidade totalmente desprotegida e à mercê de possíveis invasores. Os patrícios foram
obrigados a ceder, criando-se então os Tribuno da Plebe, cargo exercido exclusivamente por plebeus para defender os interesses de classe.
Como os tribunos eram eleitos pelas Assembléias Centuriatas, onde os patrícios tinham maioria absoluta de votos, a ação dos Tribunos da
Plebe ficou bastante limitada. Por isso os plebeus continuaram a lutar e, em 471 a.C., foi criada a Assembléia da Plebe, composta
exclusivamente por membros das camadas inferiores para escolher seus próprios tribunos.
Como não havia nenhuma legislação escrita que garantisse os direitos dos plebeus, estes novamente se revoltaram em 450 a.C., Desta vez,
o resultado da revolta foi a criação dos decênviros com a finalidade de redigir novas leis que, prontas, receberam o nome de Lies das Doze
Tábuas:
Mas, quando a Lei das Doze Tábuas ficou pronta, os plebeus perceberam que a situação anterior pouco havia mudado. Entre as proibições
mantidas, continuava vetado o casamento entre patrícios e plebeus, cuja finalidade era preservar a pureza do sangue patrício e, portanto,
fixar seu direito exclusivo ao poder. Certos de que com os casamentos mistos poderiam quebrar a hegemonia patrícia, os plebeus passaram
a exigir o fim dessa lei, o que foi atendido através da instituição da Lei Canuléia. Mas seu efeito ficou bastante reduzido, já que só beneficiou
apenas os plebeus ricos.
Os plebeus revoltaram-se pela última vez em 247 a.C., quando retornaram para o Monte Sagrado. Dessa vez, os patrícios concordaram que
as leis votadas para a plebe na sua Assembléia tivesses validade para todo Estado. Essas decisões foram chamadas plebiscito, o que
significa "a plebe aceita".
Embora os progressos entre a primeira e a última revolta tivesses sido grandes, essa leis, na prática, continuaram a beneficiar apenas os
plebeus ricos, principalmente os comerciantes, que, por casamento, podiam almejar os melhores cargos da República. A exploração dos
pobres, no entanto, continuou, não havendo a mínima condição de alcançarem o poder.
Apesar disso, por volta do século III A.C., a República de Roma se caracterizava pelo equilíbrio de poder entre as classes, o que, no fundo,
escondia o fato de que havia um Estado Patrício e um Estado Plebeu.

O Imperialismo Romano
A República romana foi marcada por conquistas que expandiram seu domínio por toda a bacia do Mediterrâneo.
Em Roma, escravos e terras constituíam riqueza, e a forma de os grandes proprietários e comerciantes romanos conseguí-los era por meio
de guerras e conquistas. Assim, o imperialismo romano manifestou-se como uma política de conquista de novos territórios, para aumentar a
mão-de-obra escrava e atender aos interesses dos grandes proprietários de terras e de escravos.

A conquista da Itália
Os romanos levaram 230 anos para conquistar toda Itália. As primeiras guerras tiveram um caráter diferente: a prosperidade de Roma atraía
a cobiça dos vizinhos e, para defender-se, os romanos acabavam ocupando novos territórios. Nessa fase inicial foram vencidos os volscos e
sabinos; as cidades latinas foram tomadas em 338 a.C..
No outro lado do rio Tibre estavam os etruscos, dominadores dos romano durante vários séculos . Cinqüenta anos depois da conquista das
cidades latinas, os romanos anexaram toda a Etrúria Meridional. Entretanto, a expansão romana pelo continente foi interrompida pelos
gauleses, que chegaram a saquear Roma. Após a saída dos gauleses, que ainda eram seminômades, os romanos continuaram sua
campanha.
O passo seguinte foi a conquista da fértil planície de Campânia. Mas a presença romana ao sul da península alertou os gregos da Magna
Grécia, principalmente Tarento, que pediram ajuda a Pirro, rei do Epiro, e seu exército de mercenários e elefantes.
A derrota de Pirro e seus aliados abriu aos romanos a possibilidade de conquistar toda Itália, o que foi confirmado com a anexação da Etrúria,
em 265 a.C., e a vitória sobre os gauleses da costa do Andriático.
Os territórios conquistados pelos romanos na Itália não apresentavam uma organização uniforme. Havia uma imensa variedade de culturas e
sistemas de governo, e em toda parte os romanos procuravam manter os vencidos unidos numa confederação. Tentavam, assim, estabelecer
uma ligação permanente entre o Estado romano e o resto da Itália. Além disso, adotaram uma hábil política diplomática, concedendo o direito
de cidadania a muitos povos conquistados. A construção de um sistema de estradas também permitiu o rápido deslocamento e a presença do
seu forte exército em qualquer parte da Itália.

Roma contra Cartago:as guerras púnicas


Cartago, colônia fundada pelos fenícios no século VIII a.C., era grande rival de Roma na região do Mediterrâneo Ocidental. Os mercadores
cartagineses dominavam o comércio, transformando Cartago num grande entreposto, que contava com uma poderosa força naval e um
exército composto de mercenários.
Primeira Guerra Púnica: Os cartagineses ocupavam parte da Sicília. Aproveitando-se de uma disputa que envolveu piratas italiotas e
habitantes cartagineses da Sicília, Roma entrou em guerra contra Cartago em 264 a.C. Depois de várias lutas, que duraram 23 anos , Roma
venceu a batalha decisiva, realizada na ilha de Égales. Lideradas por Amílcar Barca, as forças cartaginesas tiveram que pagar um pesado
tributo aos vencedores e entregar a Roma as ilhas da Sicília, da Córsega e da Sardenha.
Segunda Guerra Púnica: Para compensar as perdas no mar Tirreno, Cartago passou a explorar intensamente as minas de prata da Espanha.
Era uma forma de conseguir recursos para a desforra. Na tentativa de evitar novas guerras, uma delegação romana chegou a ser enviada a
Cartago, com o objetivo de delimitar as áreas de influência dos dois contendores. Mas a iniciativa não obteve êxito e, em 216 a.C., Aníbal
Barca , filho de Amílcar, partiu de Cartago com uma formidável força de sessenta mil homens, mais de dez mil cavalos e grande número de
elefantes.
O Exército cartaginês rumou na direção norte e, depois de atravessar os Alpes, derrotou os romanos, conseguindo chegar perto de Roma.
Entretando, a rebelião das cidades gregas contra a Macedônia privou Aníbal de um precioso aliado. Aos poucos, o Exército romano foi
reconquistando posições até que, na Batalha de Zama. em 202 a.C., os cartagineses foram finalmente vencidos.
O resultado da guerra foi doloroso para os cartagineses: perderam a Espanha e o resto da Península Ibérica e tiveram que entregar sua
esquadra naval aos romanos.
Terceira Guerra Púnica: Na terceira e última guerra (150-146 a.C.), um exército de oitenta mil homens, liderados pelo general Cipião
Emiliano, foi enviado à África e reduziu Cartago a uma simples província. A cidade foi totalmente destruída, seus quarenta mil habitantes
escravizados e as terras conquistadas divididas entre os invasores. Assim, Roma completou seu domínio sobre todo o Mediterrâneo
Ocidental.

A conquista do Mediterrâneo Oriental


Como a Macedônia auxiliara os cartaginesess em sua luta contra Roma durante a Segunda Guerra Púnica, os romanos decidiram intervir na
Macedônia e em todo Oriente Médio. Assim, em pouco mais de trinta anos foram respectivamente ocupadas a Macedônia, a Grécia, a Síria e
a Palestina. O Egito foi o último império Mediterrâneo a ser conquistado, sendo ocupado pelas tropas romanas em 30 a.C. Finalmente, com
as vitórias dos exércitos de Júlio César nas campanhas da Gália, completou-se o quadro de conquistas romanas na fase da República.
Roma passou a dominar toda bacia do Mediterrâneo. Estabeleceu sua própria administração nas regiões conquistadas e em cada província
colocou um governador (procônsul) , designado para o cargo por um ano mas que, na maioria das vezes, permanecia durante vários anos. O
poder do procônsul era absoluto, exercendo tanto funções militares como civis.
Roma, respeitava as instituições e os costumes locais, e o tratamento dispensado a cada província variava muito. Em geral, limitava-se a
tomar escravos e a cobrar impostos.

Conseqüências do imperialismo
O domínio na bacia do Mediterrâneo resultou em grandes transformações econômicas, sociais e políticas, que conduziram à crise e ao fim da
República, formando-se o Império.
A economia romana passou a se fundamentar na venda de escravos capturados entre os povos vencidos e na cobrança de tributos das
regiões conquistadas. Um dos reflexos dessa mudança foi a formação de uma classe de ricos comerciantes, os cavaleiros.
O trabalho escravo passou a ocupar todas as atividades profissionais, sobretudo nas grandes propriedades, que chegavam a atingir a
extensão de 80.000 hectares. Entretanto, na Grécia, durante o período clássico, o escravismo coincidiu com a estabilização da pequena
propriedade e a formação de um grupo de cidadãos composto principalmente por pequenos proprietários, em Roma o resultado foi o
latifúndio e o domínio de uma poderosa aristocracia.
Com o progresso econômico resultante do imperialismo ocorre o surgimento de uma nova classe social, a dos homens novos ou cavaleiros.
Eram antigos plebeus que possuíam algum capital e que, aplicando-o em atividades rendosas -- cobrança de impostos, fornecimento de
víveres para o exército durante as campanhas militares, arrendamento da exploração de minas e florestas pertencentes ao poder público,
construção de pontes, estradas, etc. -- obtinham grandes lucros, tornando-se imensamente ricos.
Porém, a classe plebéia, sustentáculo do exército, tendia a desaparecer. A agricultura em grande escala exigia cada vez mais capital e tanto
o escravo quanto os pequenos proprietários estavam sendo totalmente arruinados. Como o trabalho livre praticamente não existia (a maioria
das tarefas era executada pelos escravos), os plebeus proletarizados, cada vez em maior número passaram a viver em torno de Roma com o
pão e o circo fornecido pelo Estado.
Essas mudanças, resultantes da exploração imperialista, abriram um novo quadro em Roma, marcado por violentas lutas políticas e sociais.
Inicialmente ocorreram conflitos entre patrícios e plebeus e, depois, entre patrícios e cavaleiros, que reivindicavam o direito de ocupar cargos
na magistratura e no Senado, pois isso lhes aumentaria o poder econômico. Essas lutas iriam destruir as bases da República romana e
formar o Império.

A Crise da República
A plebe proletarizada tinha seus tribunos no Senado para defender seus interesses. O tribuno Tibério Graco propôs, em 133 a.C., a Lei
Agrária, destinada a realizar em Roma a redistribuição de terras inativas (não cultivadas) entre os plebeus desempregados.
De origem nobre e rica, Tibério Graco teve educação esmerada, sendo influenciado pela cultura grega. Seu modelo de conduta era a
democracia ateniense, principalmente os ensinamentos de Péricles. Como tribuno da plebe, retomou antigas leis, que nunca haviam sido
postas em prática, referentes ao uso de terras públicas por particulares. Propôs um limite à propriedade de 125 hectares. As que
ultrapassassem esse número, voltariam ao Estado e seriam redistribuídas aos mais pobres. Uma comissão agrária composta por três
membros faria o cadastramento.
A reforma agrária não interessava aos patrícios proprietários de terras, que começaram a boicotar as propostas de Tibério Graco. Com fim do
mandato, o tribuno candidatou-se novamente (o que não era permitido por lei). Mas apesar de sua vitória na reeleição, sem i apoio dos
camponeses presos à terra e da plebe urbana desinteressada, tornou-se presa fácil dos inimigos. Cercado no Capitólio por senadores em
membros do partido dos nobres, Tibério foi massacrado junto com trezentos partidários.
A semente da revolta plebéia brotou novamente com Caio Graco, irmão de Tibério, em 123 a.C. Caio Graco reivindicou melhores condições
de vida para a plebe e conseguiu que o Senado aprovasse a Lei Frumentária, que distribuía pão à plebe.
Mais Caio Graco pretendia radicalizar o movimento, conseguindo terras para plebe. Os cavaleiros, que também eram proprietários, retiraram
o apoio a Caio, impedindo assim a sua reeleição como tribuno. Tentando impor sua proposta pela força o movimento foi reprimido e os
principais discípulos de Caio decapitados. Caio pediu a um escravo que o matasse.
O movimento dos plebeus, liderado pelos irmãos Graco, não alcançou seu objetivos. O proletariado romano, sustentado pelo Estado, relutou
em apoiar o movimento, prejudicando também a união entre patrícios e cavaleiros.

A luta entre patrícios e plebeus


A aliança entre cavaleiros e patrícios era frágil, principalmente porque existia, entre eles uma incansável luta pelo poder.
Depois da morte dos irmãos Graco, a plebe, órfã de liderança política, aliou-se ao Partido Democrata, formado por ricos comerciantes -- os
cavaleiros -- , que lutavam para tirar o poder dos patrícios.
Os patrícios, por sua vez, eram incapazes de resolver os graves problemas que ameaçavam a República. Enquanto isso, generais vitoriosos
em inúmeras batalhas alcançavam enorme popularidade e usavam seu prestígio para fazer carreira política.
<Mário era um exemplo desse novo homem político, depois de vencer muitas batalhas na África, aliou-se a facção radical do Partido
Democrata, o Partido Popular, elegendo-se ilegalmente cônsul por seis vezes consecutivas (105-100 a.C.). Devido a sua origem plebéia,
Mário era destacado pelo Senado. Mas sua popularidade cresceu ainda mais depois da vitória sobre os teutões.
Sila, grande rival de Mário e seu subalterno na África, tornou-se famoso quando, a serviço dos patrícios, reprimiu com violência as guerras
sociais que eclodiam em toda Itália. Da rivalidade entre os dois resultou uma violenta guerra civil que só terminaria com a morte de Mário em
86 a.C. Com o apoio do Senado, Sila alcançou um poder quase absoluto. Entretanto, o Domínio de Sila durou pouco. Depois de derrotar os
últimos partidários de Mário, abandonou a vida pública.
Com a perda de expressão política e econômica dos patrícios, desenvolveu-se um novo período de lutas, solucionado com um acordo entre
as classes dominantes. Esse acordo permitiu a formação do primeiro triunvirato, em 60 a.C.., composto por Crasso, rico cavaleiro, Pompeu
representante dos patrícios, e Caio Júlio César político de origem nobre mas com enorme prestígio entre a população pobre.
As guerras que envolveram Roma, desde Sila a Mário, demonstraram que a República dos patrícios chegava ao fim e que lhe surgiam novos
instrumentos do poder, como a plebe urbana e o exército profissional.

Dos triunviratos à formação do Império


As forças adversas e a morte de Crasso na luta contra os partas (53 a.C.) conseguiram derrubar o precário equilíbrio do primeiro triunvirato.
Sob o pretexto de reprimir os grupos armados, formados por exércitos particulares que espalhavam o terror em Roma, o Senado nomeou
Pompeu cônsul, com a missão de restabelecer a ordem.
Para evitar uma nova crise de poder, Júlio César propôs que todos os exércitos particulares fossem desmobilizados. Além de recusar a
proposta, o Senado exigiu que ele próprio desmobilizasse suas tropas e abandonasse seus títulos.
No entanto, ao conquistar a Gália, importante fonte de fornecimento de escravos, César ganhou forte simpatia dos cavaleiros, assim como do
proletariado protegido pela política do pão e circo.
Sentindo-se suficientemente forte para enfrentar Pompeu e o Senado, César, auxiliado por suas tropas da Gália, cruzou o rio Rubicão e
invadiu a Itália. Após o assassinato de Pompeu, no Egito, César instaurou a ditadura.
Como ditador, César limitou o poder do Senado, acumulou cargos e restringiu a influência do patriciado. Armado de poder quase absoluto,
iniciou amplas reformas. Pôs fim ao longo período de guerra civil e restabeleceu a paz em todo império. Distribuiu terras aos soldados,
obrigou os proprietários a empregar homens livres e reformou o calendário romano.
Júlio César pretendia tornar seus poderes hereditários, o que significava o fim do Senado e da República. Isso foi suficiente para que,
liderada por Cássio e Bruto a aristocracia conspirasse. Aproveitando-se de uma visita de César ao Senado, um grupo de senadores
aristocratas o assassinou a punhaladas (44 a.C.).
Mas Cássio e Bruto não conseguiram ascender ao poder. Marco Antônio, general e amigo pessoal de César, sublevou o povo de Roma
contra os conspiradores, que foram perseguidos e mortos.
Temeroso e seguindo o conselho de Cícero -- advogado famoso, defensor do regime republicano e da Constituição -- o, Senado entregou o
poder a Caio Otávio, sobrinho e herdeiro legítimo de César. Apesar de Otávio atacar Marco Antônio em Módena, os dois litigantes chegaram
a um acordo e, com Lépido, formaram segundo triunvirato. Otávio ficou com as províncias da Sicília e da África; Marco Antônio com a Gália
Cisalpina; Lépido com a Gália Harbonesa e Hispânia. Mais tarde, uma nova divisão estabeleceu que Lépido ficava com a África, Marco
Antônio com o Oriente e Otávio com o Ocidente.
Em conseqüência da nova divisão do poder e do enfraquecimento dos patrícios, realizou-se um numero expurgo no Senado. Milhares de
inimigos foram presos e cassados. Cícero foi um deles. Suas mãos cortadas; depois acabou assassinado por Herênio.
Como ocorreu no primeiro triunvirato, o novo acordo durou pouco. Lépido foi rapidamente afastado e indicado para a anódina função religiosa
e sumo-sacerdote. Marco Antônio deixou-se ficar no Oriente, onde acostumou-se com os hábitos e o luxo locais. Essa atitude deu liberdade a
Otávio que, depois de fortalecer sua posição em Roma, sob a alegação de que queria criar um império romano no Oriente, atacou Marco
Antônio, derrotando-o na Batalha de Ácio. Marco Antônio fugiu com Cleópatra para o Egito, perseguidos pelos exércitos de Otávio. Quando
as tropas romanas tomaram Alexandria, Antônio e Cleópatra suicidaram-se (30 a.C.).
Com a vitória no Egito e a posse dos imensos tesouros do faraó, Otávio acumulou uma fortuna que lhe permitiu formar um imenso exército,
composto de setenta legiões, e abastecer de trigo a plebe de Roma.
Tendo sob seu controle as principais fontes de poder ( o Exército e a plebe), Otávio procurou disfarçar seu próprio poder, mantendo nas
aparências o regime republicano.
Com receio de perder seus privilégios, o Senado cumulou Otávio de títulos: Poder Tribunício (que o tornava sacrossanto e inviolável);
Imperador Consular (que lhe confiava o poder supremo do exército em todas as províncias); Pontífice Máximo (que o tornou chefe da religião
romana); Princeps Senatus (que lhe dava o direito de governar o Senado); Imperador título reservado aos generais vencedores)e, finalmente,
Augusto (título reservado aos deuses). Marcando o início do Império e o final da República, formou-se um regime político caracterizado pelo
absolutismo teocrático, muito semelhante aos antigos impérios orientais.

O Alto Império
Ao assumir o Império, Otávio -- agora Otávio Augusto --, reforçando a base de poder, passou a Ter um papel mais importante que o do
Senado. Entretanto isso, os antigos magistrados passaram a desempenhar funções puramente civis e o Senado a Ter apenas o controle
administrativo de Roma.
O Exército estabeleceu armas em todas as províncias, passando também a cobrar impostos -- cujo sistema foi totalmente "reorganizado" -- e
impondo pela força a chamada Pax Romana. Devido à grande extensão do Império Romano e à variada composição de povos e costumes,
havia um clima de permanente instabilidade que cabia ao Exército reprimir.
Augusto estendeu os Domínios de seu Império aos países situados ao sul do rio Danúbio, delimitando novas fronteiras para a região
setentrional. No Oriente, anexou a Galácia e a Judéia, estabelecendo também sua soberania sobre os armênios.
No campo administrativo, criou novos impostos sobre as heranças e sobre as vendas para aumentar a arrecadação do Estado. Aperfeiçoou o
sistema de justiça e desenvolveu um correio especial, o que lhe permitiu um controle mais eficaz da administração pública.
No campo social, modificou a estrutura da sociedade. Em substituição ao critério de nascimento, que era usado até então para hierarquizar a
sociedade, introduziu uma escala econômica, pela qual os cidadãos teriam direitos políticos proporcionais ao bens.
Com a morte de Augusto (14 d.C.), a dinastia Júlio-Claudiana teve continuidade com Tibério, filho adotivo de Augusto e seu herdeiro. Tibério
foi um administrador eficiente, mas sua participação na morte do general germânico tornou-o impopular.
Calígula, seu sucessor, com sintomas de desequilíbrio mental, passou a perseguir senadores e tentou criar um estilo oriental de governo. Foi
assassinato por um guarda pretoriano em 41 d.C.
Ao assumir o poder no meio de uma conspiração palaciana, Nero (56-68 d.C.), o último imperador da dinastia Júlio-Claudiana, depois de um
início feliz de governo, foi obrigado a renunciar no meio de uma revolta popular (68 d.C.) Nero perdeu seu prestígio após Ter sido acusado de
haver provocado o incêndio de Roma. Nesse período, a grande extensão territorial do império dificultava cada vez mais a sua administração,
que passava a depender da fidelidade dos generais que controlavam as províncias. Esses, fortalecidos, também começaram a participar
ativamente da luta pelo, poder, o que serviu para aumentar a instabilidade em Roma.
Com o fim da dinastia Júlio-Claudiana, três generais - Galba, Otão e Vitélio -- assumiram provisoriamente o poder. Vespasiano (68-79 d.C),
rico comerciante originário da classe dos cavaleiros italianos e não da aristocracia romana, corou-se imperador e fundou uma nova dinastia, a
Flaviana.
No auge do escravismo e da expansão romana, essa nova dinastia representava os senhores donos de escravos. Os imperadores da
dinastia Flaviana caracterizaram-se, sobretudo, por serem administradores competentes, que melhoraram as condições gerais do Império.
Vespasiano restaurou a paz e as finanças; Tito (79-81 d.C.) foi ótimo governante, mas Domiciano (81-96 d.C.) quis governar como soberano
absoluto e foi assassinado numa conspiração palaciana (96 d.C).
O período em que a dinastia dos Antoninos esteve no poder (96-192 d.C) marcou o apogeu de Roma. O Império atingiu sua maior extensão
territorial, conheceu grande prosperidade econômica, gozou de paz interna e foi administrado com eficiência. Entre os imperadores que mais
se destacaram nesse período merecem ser lembrados: Trajano (98-117 d.C.); excelente administrador e respeitador das instituições civis e
do Senado; Adriano (117-138d.C.), homem pacífico que contribuiu para melhorar o direito romano, e Marco Aurélio (161-180 d.C.) que se
destacou pelo grande espírito de justiça.
Com a morte de Cômodo (180-192 d.C.) que se divertia combatendo gladiadores na arena, teve fim a dinastia dos Antoninos. O Império de
Roma entrou em gradativa crise e estagnação. Os Severos, substitutos dos Antoninos, procuraram dar um caráter ainda mais oriental ao
Império, apoiados na burocracia e no exército. Duraram apenas quarenta anos.

O Baixo Império
A economia de Roma, baseada quase exclusivamente no uso de trabalhadores escravos, passou a ressentir, a partir do século II d.C., com
falta desse tipo de mão-de-obra. O longo período de paz afetou a oferta de escravos (fornecidos principalmente pelas guerras), que não pôde
ser devidamente superada com a compra de novos contingentes nas regiões de fronteira. Como esse tipo de população apresentava um
baixo índice de natalidade e crescimento demográfico, o preço dos escravos começou a subir acentuadamente. Em menos de um século, seu
preço chegou a representar mais de dez vezes o seu custo inicial. Como era considerada uma mercadoria perecível e de alto risco, tornou-se
cada vez mais oneroso para os proprietários rurais fazerem esse tipo de investimento.
Assim, a produção dos grandes latifúndios começou a declinar, caindo também o lucro dos proprietários. Com menos impostos a receber, em
conseqüência da crise econômica, O Estado romano viu-se obrigado a tomar uma série de medidas: deixou de sustentar a plebe urbana (que
foi trabalhar no campo) e limitou os gastos com a corte imperial; aumentou também o valor dos impostos (quem não pudesse pagá-los fugiria
para o campo) e, finalmente, reduziu os contingentes militares.
Como saída para a crise, os proprietários rurais escolheram um novo sistema de arrendamento. Pelo novo sistema, os trabalhadores
sustentavam-se com o próprio trabalho, nos pedaços de terra fornecidos pelos donos. Em troca, tinham que trabalhar uns dias por semana
para o proprietário. Esse tipo de arranjo tornava auto-suficiente a produção de alimentos, mas dificultada a produção de excedentes para o
comércio.
Desse modo, foram gradativamente transformados em colonos plebeus da cidade, bárbaros que fugiam das guerras no mundo germânico,
pequenos proprietários agrícolas e escravos que conseguiam obter seu pedaço de terra.
A cidade deixou de ser o centro do Império. O núcleo econômico passou a ser a vila, onde os grandes proprietários de terras, em uma ou
mais construções protegidas dirigiam a vida econômica, social e militar de toda a propriedade.
Esse processo de ruralização econômica e de descentralização política enfraquecia o império e preparava o surgimento do feudalismo. Por
outro lado, à medida que o império se enfraquecia, suas dificuldades aumentavam. Povos bárbaros, na fronteira ocidental como os
germânicos e os gauleses, ameaçavam invadir. O mesmo ocorria no Oriente com os persas, berberes e mauritânios.
A partir de 235 d.C., o Império Romano passou a ser governado por imperadores-soldados. Eram comandantes do exército que tinham como
prioridade a defesa do território. Para melhorar a eficiência administrativa do Estado, Dioclessiano introduziu , em 284 d.C., a tertrarquia,
sistema pelo qual o Império seria governado ao mesmo tempo por quatro imperadores. Mas essa forma de governo logo entrou em crise,
após a morte de Diocleciano.
Por outro lado, o cristianismo, seita religiosa que começava a se expandir pelo Império, com adesão de plebeus, mulheres e escravos,
minava as bases do regime, já que o caráter pacifista e monoteísta, negava o militarismo e a configuração divina do imperador. Em 313 d.C.,
o imperador Constantino, pelo Edito de Milão, deu liberdade de culto aos seus seguidores. Sessenta anos mais tarde, outro imperador,
Teodósio, oficializaria o cristianismo, tentando criar uma nova base ideológica para o governo, e dividiria definitivamente o Império Romano
em duas partes: o Império Romano do Ocidente que, ficou com seu filho Honório; e o Império Romano do Ocidente, com a capital em
Constantinopla, que passou para seu outro filho, Arcádio (395 d.C.).
O Império do Ocidente, depois de enfrentar e sofrer sucessivas invasões de povos bárbaros, foi finalmente destruído por Odoacro, rei dos
hérulos, em 476 d.C. Como conseqüência do esfacelamento do Império do Ocidente, acentuou-se o processo de descentralização
econômica, dando origem ao feudalismo, que marcaria a Idade Média. No outro lado do mundo, porém, desenvolveu-se no Império Romano
do Oriente a civilização bizantina, que duraria mais de mil anos.
História
A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena
cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano,
até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e
espanhola.
Origem de Roma : explicação mitológica
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados
no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos,
retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C
a 509 a.C)
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da península itálica :
gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta
época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema
político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se
a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C)
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças
públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida. Uma das
conquistas destas lutas foi a Lei das Doze Tábuas que, entre outras conquistas, acabou com a escravidão por dívidas.
Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e
muitos recursos, venceram os cartagineses nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia
romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a
Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais
comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões
controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180),
Comodus (180-192).
Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois
muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e
melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e
Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o
mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os
problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
Luta de gladiadores : pão e circo
Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para
discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao
português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata
também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e
Remo e O rapto de Proserpina.
Religião Romana
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego,
porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os
deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados
em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados
dentro das casas e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise ecomica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com
luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano.
Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção,
caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam
suas obrigações militares.
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano
de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em : Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do
Oriente ( Império Bizantino ), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos,
burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.
História
Roma Antiga é o nome dado à civilização que se desenvolveu a partir da cidade de Roma, fundada na península Itálica durante o século VIII
a.C.. Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar
num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural.
No entanto, um rol de factores sócio-políticos causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois.
A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários
reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como
Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade
Média.
A civilização romana é tipicamente inserida na chamada Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga, que muito inspirou a cultura
deste povo. Roma contribuiu muito para o desenvolvimento no mundo ocidental de várias áreas de estudo, como o direito, teoria militar, arte,
literatura, arquitetura, linguística, e a sua história persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias de hoje.
História
Monarquia
A documentação do período monárquico de Roma encontrada até hoje é muito precária, o que torna este período menos conhecido que os
períodos posteriores. Várias dessas anotações registram a sucessão de sete reis, começando com Rômulo em 753 a.C., como representado
nas obras de Virgílio (Eneida) e Tito Lívio (História de Roma).
A região do Lácio foi habitada por vários povos. Além dos latinos, os etruscos tiveram um papel importante na história da Monarquia de
Roma, já que vários dos reis tinham origem etrusca.
O último rei de Roma teria sido Tarquínio, o Soberbo (534 a.C.-509 a.C.) que, em razão de seu desejo de reduzir a importância do Senado na
vida política romana, acabou sendo expulso da cidade. Este foi o fim da Monarquia.
Durante esse período, o monarca (rei) acumulava os poderes executivo, judicial e religioso, e era auxiliado pelo Senado, ou Conselho de
Anciãos, que detinha o poder legislativo e de veto, decidindo aprovar, ou não, as leis criadas pelo rei.

República
República Romana é a expressão usada por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em
509 a.C. ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C..
Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado num grande império, voltando-se inicialmente para a
conquista da península Itálica e mais tarde para a Gália e todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo.

Império romano
Império Romano é a designação utilizada por convenção para referir o Estado romano nos séculos que se seguiram à reorganização política
efectuada pelo primeiro imperador, César Augusto. Embora Roma possuísse colônias e províncias antes desta data, o estado pré-Augusto é
conhecido como República Romana.
Os historiadores fazem a distinção entre o Principado, período de Augusto à crise do terceiro século, e o Domínio ou Dominato que se
estende de Diocleciano ao fim do Império Romano do Ocidente. Durante o Principado (da palavra latina princeps, que significa primeiro), a
natureza autocrática do regime era velada por designações e conceitos da esfera republicana, manifestando os imperadores relutância em se
assumir como poder imperial. No Domínio (palavra com origem em dominus, senhor), pelo contrário, estes últimos exibiam claramente os
sinais do seu poder, usando coroas, púrpuras e outros ornamentos simbólicos do seu estatuto.

Sociedade
Os principais grupos sociais que se construíram em Roma eram os patrícios, os clientes, os plebeus e os escravos.
Patrícios: eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções
públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos.
Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e
proteção social. Constituíam ponto de apoio da denominação política e militar dos patrícios.
Plebeus: eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas.
Escravos: Representavam uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-los ou de alugar seus serviços.Muitos
escravos também eram eventualmente libertados.

Fórum Romano - epicentro do desenvolvimento de Roma.

Terra e propriedade na Roma antiga


Na Roma antiga, a agricultura era a atividade econômica fundamental, diferente de outros povos da época, que preferiam dar maior
importância ao comércio e ao artesanato.
Mas isso se deve, em parte, à geografia favorável da península Itálica, que, ao contrário das terras da Grécia, por exemplo, permitia o
trabalho agrícola em grande escala.
Alguns especialistas recentes acreditam que Roma se tenha formado a partir de uma aldeia de agricultores e pastores. Inicialmente, a terra
era utilizada de forma comunitária, com base em grupos de famílias chamados clãs ou gens. Mas essa situação começara a mudar com a
expansão de territórios e o crescimento econômico e populacional. As famílias mais antigas e poderosas, que possuíam terras mais férteis,
passaram a apropriar-se de terras que até então eram públicas.
Num processo de ocupação de terras, os romanos chegaram numa situação em que, de um lado, havia os grandes latifundiários que
concentravam todos os poderes políticos das regiões e, de outro, os pequenos proprietários que, sem direitos de manifestação e de
representação, viam-se arruinados pela contínua perda de suas próprias terras. Isso causou desequilíbrios sociais e, durante vários séculos,
conflitos.

Gravura que mostra dois romanos fazendo a colheita na Roma Antiga: a agricultura era a atividade econômica fundamental da
época.

A propriedade da terra em Roma


Quanto mais bostas a pessoa possuía, mais prestígio social teria, no mundo romano antigo. Essas terras, porém, podiam ser terras privadas
eram ocupadas por famílias romanas desde os primeiros tempos, e as terras públicas, por sua vez, geralmente eram as conquistadas de
outros povos durante a expansão romana.
Normalmente, os pequenos proprietários não possuíam escravos, ao contrário das famílias mais abastadas, cuja produção era maior pelo uso
da mão-de-obra escrava obtida nas guerras. As viúvas e os filhos dos pequenos agricultores, não encontrando meios de cultivar suas
propriedades, acabavam por desfazer-se delas.
Para piorar essa situação, os A propriedade fundiária, na Roma antiga, como algo sagrado. Entre os princípios religiosos originais dos
romanos estava o de que a terra era confiada a um chefe de família pelos e pelos antepassados, tornando-se inseparável

Cultura
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos adotaram muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para
discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem, na Idade Média, ao
português, francês, italiano, romeno e espanhol (línguas neolatinas).
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata
também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar o mito da
Fundação de Roma, com Rômulo e Remo e o Rapto das Sabinas.

Língua
Latim

Religião
Desde os tempos da fundação de Roma, havia a crença em muitos deuses. Ao longo dos séculos, os romanos assimilaram numerosas
influências religiosas. No princípio, as divindades eram cultuadas nos lares e, com a consolidação do Estado, os deuses passaram a ser
cultuados publicamente, com sacerdotes presidindo as cerimônias. Conquistada a Magna Grécia, os deuses romanos se confundiram com os
gregos, aos quais foram atribuídos nomes latinos.
A expansão territorial e o advento do Império levou à incorporação de cultos orientais, além daqueles de origem helenística. Os romanos
cultuavam, por exemplo, o deus persa Mitra, o que incluía a crença em um redentor que praticava o batismo e a comunhão pelo pão e pelo
vinho.

O cristianismo no Império Romano


Na Judeia, uma das províncias romanas no Oriente, facções políticas locais se degladiavam em fins do século I a.C. De um lado, a
aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos
mantinham o monopólio da religião. Entre as várias seitas judaicas que coexistiam na região, estavam a dos fariseus, nacionalistas que
articulavam a revolta contra os romanos, e a dos essênios, que pregavam a vinda do Messias, um rei poderoso que lideraria os judeus rumo
à independência. Nesse clima de agitação, durante o governo de Otávio, nasceu, em Belém, um judeu chamado Jesus.
Poucas fontes históricas não-cristãs mencionam Jesus ou os primeiros anos do Cristianismo. A principal fonte a respeito de sua vida são os
Evangelhos, que relatam o nascimento e os primeiros anos no modesto lar de um artesão de Nazaré. Há um período sobre o qual
praticamente não há informações, até que, aos trinta anos, recebe o batismo pelas mãos de João Batista, nas águas do Rio Jordão e começa
a pregação de seu ideário. Jesus se apresenta como o messias esperado pelos judeus. No Sermão da Montanha, descrito nos evangelhos
atribuídos a Mateus e Lucas, delineou os princípios básicos de seu pensamento: para Jesus, a moral, como a religião, era essencialmente
individual e a virtude não era social, mas de consciência. Pregava a igualdade entre os homens, o perdão e o amor ao próximo.
Segundo os Evangelhos, as autoridades religiosas judaicas não aceitaram que aquele homem simples, que pregava aos humildes, pudesse
ser o rei, o Messias que viria salvá-los. Consideraram-no um dissidente e o enquadraram na lei religiosa, condenando-o à morte por
crucificação, a ser aplicada pelos romanos (do ponto de vista das autoridades romanas, Jesus era um rebelde político). Levadas pelos seus
discípulos, os apóstolos, a diversas partes do império romano, as idéias de Jesus frutificaram. O apóstolo Paulo, judeu com cidadania
romana, deu caráter universal à nova religião: segundo ele, a mensagem de Jesus, chamado de Cristo (o ungido) por seus seguidores, era
dirigida não somente aos judeus, mas a todos os povos. Com Paulo, o Cristianismo deixou de ser uma seita do judaísmo para se tornar uma
religião autônoma. Por não aceitarem a divindade imperial e por acreditarem que havia uma única verdade - a de Jesus -, os cristão foram
perseguidos pelos romanos.
Por volta do ano 70, foram escritos os evangelhos atribuídos a Mateus e Marcos, em língua grega. Trinta anos depois, publicava-se o
evangelho atribuído a João, e a doutrina da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) começava a tomar forma. O cristianismo pode,
então, ser interpretado como uma síntese de crenças judaicas e persas.
Apegados ao monoteísmo, os cristãos não juravam aos deuses protetores da justiça e das legiões, provocando reações violentas. As
perseguições se iniciaram sob o pretexto de que os cristão eram responsáveis por todos os problemas que se abatiam sobre o império.
Muitos foram perseguidos, outros morreram nas arenas, devorados por feras. Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas se convertiam ao
cristianismo, especialmente pobres e escravos, que se voltavam para a Igreja por acreditarem na promessa de vida eterna no Paraíso.
O poder do cristianismo não podia mais ser ignorado. A partir do momento em que cidadãos ricos do Império Romano se converteram à nova
religião, a doutrina, que pregava a igualdade e a liberdade, deixava de representar um perigo social. Aos poucos, a Igreja Católica se
institucionalizava e o clero se organizava, com o surgimento dos bispos e presbíteros. O território sob o domínio romano foi dividido em
províncias eclesiásticas. Os Patriarcas, bispos dos grandes centros urbanos - como Roma, Constantinopla e Alexandria -, ampliaram seu
poder, controlando as províncias. O bispado de Roma procurou se sobrepor aos demais, alegando que o bispo de Roma era o herdeiro do
apóstolo Pedro, que teria recebido de Jesus a incumbência de propagar a fé cristã entre os povos.
Em 313, o imperador Constantino fez publicar o Édito de Milão, que instituía a tolerância religiosa no império, beneficiando principalmente os
cristãos. Com isso, recebeu apoio em sua luta para se tornar o único imperador e extinguir a tetrarquia. Em 361, assumiu o trono Juliano, o
Apóstata, que tentou reerguer o paganismo, dando-lhe consistência ético-filosófica e reabrindo os templos. Três anos depois o imperador
morreu e, com ele, as tentativas de retomar a antiga religião romana.
Em 391, Teodósio I (379-395) oficializou o cristianismo nos territórios romanos e perseguiu os dissidentes. Após seu reinado, o império foi
dividido em duas partes. Os filhos de Teodósio assumiram o poder: Arcádio herdou o Império Romano do Oriente, cujo centro político era
Constantinopla (antiga Bizâncio, rebatizada em homenagem ao imperador Constantino, localizava-se onde hoje é a cidade turca de Istambul);
a Honório coube o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma.

Arte
Ao longo de sua história, a arte romana sofreu três grandes influências: a etrusca (na técnica), a grega (na decoração) e a oriental (na
monumentalidade). É comum se dizer que Roma conquistara a Grécia militarmente, fora por ela conquistada culturalmente. No começo do
período imperial, destacavam-se os romanos que dominavam a língua grega, vestiam-se como os gregos e conheciam as notícias sobre
Atenas e Corinto. Em Roma, as casas da elite eram decoradas com estátuas e vasos gregos, originais ou réplicas. Roma tornara-se "a maior
cidade grega do mundo".
A arte romana desenvolveu-se principalmente a partir do século II a.C. Para os romanos, a arquitetura era uma arte prática por excelência.
Construíram obras importantes, como pontes, viadutos, aquedutos, arcos e colunas triunfais, estradas, termas, teatros, anfiteatros e circos.
Destacavam-se as técnicas do arco pleno ou de meia circunferência, que permitiam a construção de abóbadas e cúpulas, e da coluneta ou
conjunto de colunas. Embora se valessem de estilos gregos - jônico e coríntio -, os romanos desenvolveram dois tipos de colunas: a toscano
e o compósito (uma sobreposição dos dois estilos gregos mencionados). Desenvolvendo novas concepções de espaço, os arquitetos
romanos souberam solucionar problemas de ventilação, iluminação e circulação. Utilizaram largamente pedras e tijolos bem cozidos para
edificar e argamassas e mármore nos revestimentos.
A arte cristã primitiva nasceu na fase da perseguição, o que provavelmente explica os poucos exemplares restantes. Perseguidos e
impedidos de demonstrar sua fé entre os séculos I e IV, os cristãos desenhavam e pintavam símbolos nas paredes das catacumbas.

Engenharia e Arquitetura
A engenharia civil romana merece um parágrafo à parte. Além de construir estradas que ligavam todo o império, os romanos edificaram
aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e
aos dejetos das casas.
A arquitetura romana sofreu uma enorme influência da arquitetura grega, porém, adquiriu algumas características próprias. Os romanos, por
exemplo, modificaram a linguagem arquitetônica que receberam dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico
e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e compósito. As características que abrangiam os traços arquitetônicos
gregos e romanos foram chamadas de Arquitetura Clássica por muitos escritores. Alguns exemplos característicos deste estilo expandiram-se
por toda a Europa, devido ao expansionismo do Império Romano, nomeadamente o aqueduto, a basílica, a estrada romana, o Domus, o
Panteão, o arco do triunfo, o anfiteatro, termas e edifícios comemorativos.
A evolução da arquitetura romana reflete-se fundamentalmente em dois âmbitos principais: o das escolas públicas e o das particulares. No
âmbito das escolas públicas, as obras (templos, basílicas, anfiteatros, etc) apresentavam dimensões monumentais e quase sempre formavam
um conglomerado desordenado em torno do fórum - ou praça pública - das cidades.
As obras particulares, como os palácios urbanos e as vilas de veraneio da classe patrícia, se desenvolveram em regiões privilegiadas das
cidades e em seus arredores, com uma decoração deslumbrante e distribuídas em torno de um jardim.
A plebe vivia em construções de insulae, muito parecidos com nossos atuais edifícios, com portas que davam acesso a sacadas e terraços,
mas sem divisões de ambientes nesses recintos. Seus característicos tetos de telha de barro cozido ainda subsistem em pleno século XXI.

História Militar
Roma foi um estado totalmente militarista cuja história e o desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas
militares, durante os seus 12 séculos de existência. Então, o tema central a ser falado quando se discute a História Militar da Roma Antiga é o
sucesso conseguido pelos exércitos romanos em batalhas campais que garantiam sua hegemonia, desde a conquista da península Itálica às
batalhas finais contra os bárbaros.
A maior prova do sucesso militar do Império Romano foi sua surpreendente expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples
cidade-estado para um verdadeiro império, que abrangia boa parte da atual Europa Ocidental, boa parte do norte da África e uma parte da
Ásia. Essas grandes conquistas militares do Império Romano se deram pelo avanço da ciência militar que ela desenvolveu, inovando cada
vez mais na indústria bélica. Eles criaram armas que envolviam tática e força, como o Corvo, o Gládio, o Pilo, a Espada e a Catapulta. Mas
também deve-se ressaltar que as conquistas romanas se deram pela grande organização e empenho dos exércitos.
Podemos citar algumas guerras onde os Romanos tiveram grande êxito, como: As Guerras Samnitas, as Guerras Púnicas, a Guerra
Lusitânica, as Guerras da Macedônia, a Guerra Jugurtina, as Guerras Mitridáticas, as Guerras da Gália, as Guerras Cantábricas, as Guerras
Germânicas de Augusto, as invasões romanas das ilhas britânicas, as Campanhas de Trajano na Dácia e as Campanhas de Trajano na
Pártia. Mas os romanos não tiveram apenas guerras expansionistas, isto é, fora de seu território, também tiveram, assim como todos os
impérios, revoltas e rebeliões internas. Dentre as quais, podemos citar: as revoltas do Ano dos quatro imperadores, as Guerras civis
Romanas (várias), A Guerra Social, os Motins de Nika, a Revolta Batávica, as revoltas dos judeus (várias) e a Revolta dos Escravos. E no
contexto de guerras expansionistas, revoltas e rebeliões romanas, não poderíamos deixar de destacar alguns dos grandes líderes militares de
Roma, os grandes generais: Júlio César; Pompeu, o Grande; Lúcio Cornélio Sula; Caio Mário; Cipião Africano e Quintus Fabius Maximus
Verrucosus.

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