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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da 14ª Vara

Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, 1ª Região

Processo nº 4747-61.2010.4.01.3400

Autores: KATIA DA SILVA ALVARES E OUTROS (25)


Réus: CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS
DO BRASIL e CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE
EVENTOS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - CESPE/UnB

I- KATIA DA SILVA ALVARES E OUTROS,


por sua advogada e procuradora que subscreve nos autos da
“Ação Declaratória de Anulação de Questão c/c Pedido de
Antecipação de Tutela”, sob o nº em epígrafe, que perante
este douto juízo promove em face dos Réus CONSELHO
FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL por
meio de sua COMISSÃO NACIONAL DE EXAME DE ORDEM
e CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS DA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - CESPE/UnB, vem,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar a
presente

RÉPLICA A CONTESTAÇÃO

pelas razões de fato e de direito adiante aduzidas:

Primeiramente Excelência, esclarece novamente os Autores que


objetivam tão somente a proteção jurisdicional consagrada na
Constituição Federal, garantido cumprimento ao Princípio da
Isonomia para que seja assegurado tratamento igualitário entre
os Examinandos da segunda fase do Exame Nacional Unificado
da Ordem dos Advogados do Brasil, exame 2.2009 (139).

I- Da Contestação oferecida pela Ré CENTRO DE SELEÇÃO


E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS DA UNIVERSIDADE DE
BRASÍLIA - CESPE/UnB

Cumpre esclarecer, inicialmente, em que pese o nobre saber


jurídico do procurador da Ré Cespe, que a Contestação oferecida
e juntada aos autos digitais em 30 de setembro de 2.010, restou
prejudicada, haja vista a lamentável incoerência de seu
conteúdo.

Desta forma, torna-se preclusa as matérias que não foram


citadas na contestação, em respeito ao princípio da
eventualidade, bem como, requer-se o desentranhamento da
“tentativa” de “aditamento” da Contestação de fls., juntada aos
autos digitais na data de 07 de outubro de 2.010.

Todavia, destaque-se que a própria Ré CESPE trouxe aos autos


informações prestadas por sua diretoria admitindo que o
“Padrão de Resposta” “(...) consiste na elaboração de pontos
específicos que devem ser necessariamente abordados pelos
examinandos em suas respostas, de modo a tornar a avaliação
menos subjetiva, pautando-a ao máximo pela isonomia entre os
participantes”. (grifo nosso)

Entretanto, embora os Autores tenham abordados tais


pontos específicos, os chamados “quesitos”, suas provas
não foram corrigidas em tal molde. Como amplamente
demonstrado através dos “espelhos definitivos” dos Autores que
corroboram a exordial.

DA OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA e


DA VINCULAÇÃO AO EDITAL

Ademais, afirma a Ré Cespe que “(...) não cabe exceção de pré-


executividade, pois a formulação da questão solicita a
propositura de uma ação judicial em favor do contribuinte; não
cabe mandado de segurança em face do transcurso do prazo
decadencial, não cabe ação declaratória em virtude de o crédito
já estar constituído; não cabem embargos à execução pois não
há garantia do juízo.” (grifo nosso).

Contudo, em simples análise perfunctória das provas e


“espelhos de gabaritos” de candidatos diversos que tiveram
suas provas corrigidas ainda que tenham optado por respostas
inadequadas com o gabarito, a exemplo da prova e espelho de
respostas da candidata DÉBORA CAVALCANTI CERQUEIRA
DE SOUZA(aprovação com EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE e PONTUAÇÃO MÁXIMA em quesitos NÃO
mencionados) que acompanha a exordial, inconteste que a Ré
Cespe afrontou diretamente o edital do certame, ofendendo os
princípios da isonomia e da vinculação ao edital.

Não obstante, vale ressaltar o “receio” da Ré CESPE em gerar


precedente com o acolhimento do pedido dos Autores,
inviabilizando a realização de outros certames, in verbis:

“(...) o acolhimento do pleito pode gerar precedente que


inviabilizará a realização de outros certames (...)” (grifo nosso)

Com efeito Excelência, resta demonstrado o interesse particular


da Ré CESPE em detrimento da Justiça e do direito dos Autores.

Por fim, esclarece os Autores que a Ré OAB rompeu o contrato


que mantinha com a Ré CESPE, motivada, principalmente, por
várias reclamações dos examinandos com relação com relação
aos certames executados pela instituição. Sendo o alvo das
maiores reclamações por parte dos bacharéis e/ou estagiários
que se submetiam aos testes aplicados pela CESPE era com
relação à correção da prova, cujos critérios deixavam margem
para muita discussão e recursos (fonte: Website do Conselho
Federal da OAB e website da OAB Piauí).

II- Da Contestação oferecida pela Ré CONSELHO FEDERAL


DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, por meio de sua
COMISSÃO NACIONAL DE EXAME DE ORDEM

2.1 - DAS PRELIMINARES:


DA LEGITIMIDADE DO CONSELHO FEDERAL DA OAB por
meio de sua COMISSÃO NACIONAL DE EXAME DE ORDEM
PARA FIGURAR NO PÓLO PASSIVO:

Cumpre esclarecer que a competência para a inscrição do


advogado nos quadros da OAB a que a Ré se refere, deve ser
realizada pela respectiva Seccional, entretanto, somente
após a homologação da aprovação pelo “órgão
competente”, que não é a Seccional..

Destaca-se inicialmente pela dicção do “caput” do art.3º, do


Provimento nº 109/2005 que regeu o edital do certame,
compete à Primeira Câmara do Conselho Federal, através
de resoluções e regulamentos, garantir ao aludido Exame de
Ordem a sua “eficiência e padronização” a nível nacional, o que
com a devida vênia Vossa Excelência, não ocorreu no referido
certame.

“Art. 3º Compete à Primeira Câmara do Conselho Federal


expedir resoluções regulamentando o Exame de Ordem, para
garantir sua eficiência e padronização nacional, ouvidas a
Comissão de Exame de Ordem e a Coordenação Nacional de
Exame de Ordem”. (grifo nosso)

Ademais, in casu, considerando que o referido exame foi


unificado, ou seja, o Exame de Ordem Unificado é executado
pelo Conselho Federal, facultando-se a contratação de pessoa
jurídica idônea e reconhecida nacionalmente para a aplicação,
indicada pela Diretoria do Conselho Federal, após a
manifestação da Comissão Nacional de Exame de Ordem,
depreende-se pela leitura do parágrafo 1°, do art.3º, do
Provimento nº 109/2005, inconteste a legitimidade do Conselho
Federal da OAB, a quem, em última análise, compete zelar pela
integridade da autarquia. Referido dispositivo profere que:

“§ 1º Compete à Comissão de Exame de Ordem do


Conselho Federal da OAB definir diretrizes gerais e de
padronização básica da qualidade do Exame de Ordem (...) “
Patente, portanto, Vossa Excelência, a legitimidade do Conselho
Federal da OAB, haja vista a delegação de competência à
Coordenação Nacional de Exame de Ordem e a Comissão de
Exame de Ordem do Conselho Federal.

2.2 - MÉRITO:

Reitera-se a alegação de que houve vazamento dos “padrões de


resposta” da correção, haja vista que a divulgação dos padrões
de resposta ocorreu em desconformidade com a rotina
procedimental e inconteste que os "padrões de resposta" eram
claramente endereçados aos EXAMINADORES, pretendendo a Ré
tão somente justificar a falha afirmando tratar-se de “rotina
procedimental” mas que jamais ocorreu em certames
anteriores.

Também há que se falar em “gritantes inconsistências no


processo de correção, vícios graves”, eis que a Banca
Examinadora agiu em desconformidade ao previsto no Edital,
adotando critérios de correção impróprios e dispares para a
grande maioria dos examinados (de acordo com as provas
acostadas aos autos), sendo verídica a alegação de
diferenciação de critérios e favorecimento de uma área em
detrimento da outra, alegações de pronto reiteradas tanto no
que diz respeito à violação ao Princípio da Isonomia quanto
em relação ao desrespeito ao Princípio da Vinculação do
Edital.

Advém ainda, Vossa Excelência, que ao Judiciário é permitido à


manifestação sobre as questões, suas respostas, formulações e
até mesmo sobre o critério de pontuação adotado pela banca
examinadora, cabendo-lhe pronunciar-se a respeito da
legalidade das normas instituídas no edital e dos atos
administrativos, adentrando ao mérito quando eivados
de ilegalidade como ocorrido no caso em tela.

Neste sentido, certo que a jurisprudência pátria ratifica a tese


sustentada, podendo-se citar:

“PROCESSUAL CIVIL.MANDADO
DE
SEGURANÇA. OAB. CRITÉRIOS DE
ELABORAÇÃO CORRECÃO DAS
PROVAS DO EXAME DE ORDEM
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE
FUNDAMENTAÇÃO MOTIVACÃO
ART. 5º, XXXV , DA CF/1988
POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO
PELO PODER JUDICIÁRIO /I A
vedação quanto a impossibilidade
de analise dos critérios de
correção de provas pelo Podei
Judiciário deve ser relativizada a
fim de proporcionar ao
jurisdicionado maior amplitude de
proteção do seu direito /2 Para os
casos em que os critérios
adotados na elaboração e
correção de provas de concursos
esteja, em dada inobservância ao
princípio da razoabilidade, da
fundamentação, da motivação,
com base preceito constitucional
(art. 5º, XXXV. da CF), pode e
deve o Poder Judiciário, com
os temperamentos
necessários avaliar tais
aspectos/3 O mérito do ato
administrativo, esta sim,
sujeito a controle judicial, sob
o critério da razoabilidade. O
juiz não ira avaliar se o
administrador, como o de seu
dever fez o melhor uso da
competência administrativa, mas
cabe lhe ponderar se o ato
conteve se dentro de padrões
médios, de limites aceitáveis, fora
dos quais considera se erro e
como tal sujeito anulação (AMS
2002 34 00 0JS228 S/DI relator
Desembargador Federal João
Batista Moreira. DJ de
25/11/2004) /4 Comprovado, no
caso, que houve falha no
procedimento adotado para
correção da peça processual
aplicada na prova pratico
profissional realizada pelo
impetrante, ante a inobservância
aos princípios da razoabilidade,
da motivação e da
fundamentação impõe se a
anulação da correção, para que
nova apreciação seja realizada/5
Apelação a que se da parcial
provimento. TRF 1 Processo AMS
2005 34 00 0208030/ DF,
Apelação em Mandado de
Segurnaça. Relator
DESEMBARGADORA FEDERAL
MARIA DO CARMO CARDOSO.
Órgão Julgador OITAVA TURMA.
Publicação 23/11/2007 DJ p 239
Data da Decisão 13/11/2007)”
(grifo nosso)

Neste raciocínio, cabe transcrever o entendimento do ilustre


jurista e doutrinador Hely Lopes Meirelles, in verbis:

“Não há confundir, entretanto, o


mérito administrativo do ato,
infenso a revisão judicial, com o
exame de seus motivos
determinantes, sempre passíveis
de verificação em juízo (...)

Idêntica é a orientação do STF,


deixando julgado que à legalidade
do ato administrativo, cujo
controle cabe ao Poder Judiciário,
compreende não só a
competência para a prática do ato
e de suas formalidades
extrínsecas, como também aos
seus requisitos substanciais, os
seus motivos, os seus
pressupostos de direito e de fato,
desde que tais elementos sejam
definidos em lei como
vinculadores do ato
administrativo (...)

Todo ato administrativo praticado


por agente incompetente ou além
de sua competência incorre no
vício de excesso de poder (excès
de pouvoir), assim como qualquer
ato que desatenda à moralidade e
aos fins administrativos invalida-
se pelo desvio do poder
(détournement de pouvoir), que o
Conselho de Estado Francês
converteu em fecunda doutrina,
hoje dominante em todos os
Estados de Direito, como já vimos
precedentemente (cap. II, item
4).” (Hely Lopes Meirelles.
DIREITO ADMINISTRATIVO
BRASILEIRO, 35ª ed. São Paulo:
Malheiros,pp.718, 2009). (grifo
nosso)

Corroborando a tese, podemos citar ainda a lição do eminente


doutrinador Celso Antônio Bandeira de Mello, ipsis litteris:

“ (...) Se inexiste o motivo, ou se


dele o administrador extraiu
conseqüências incompatíveis com
o princípio de Direito aplicado, o
ato será nulo por violação de
legalidade. Não somente o erro
de direito como o erro de fato
autorizam a anulação jurisdicional
do ato administrativo. Negar ao
juiz a verificação objetiva da
matéria de fato, quando influente
na formação do ato
administrativo, será converter o
Poder Judiciário em mero
endossante da autoridade
administrativa, substituir o
controle da legalidade por um
processo de referenda extrínseco
(...)” (Celso Antônio Bandeira de
Mello. CURSO DE DIREITO
ADMINISTRATIVO.26ª.ed.São
Paulo: Malheiros,pp.967-968,
2008) (grifos nossos)

Em consonância ao pensamento, primeiramente, se alude ao


princípio da juridicidade o qual envolve a atividade do Estado
em princípios e normas que fluem em todos os seus atos, bem
porque o rege o Direito como um todo. Abarca mesmo a
concepção de legalidade estrita, pois enseja a submissão da
atuação estatal às normas do ordenamento jurídico. Em suma,
seja vinculado ou discricionário, quer adentre no mérito ou não,
os atos administrativos, mesmo quanto à oportunidade e à
conveniência, devem recepcionar todos os princípios do Direito,
expressos ou implícitos, próprios da Administração ou gerais do
direito.

Ademais, ao se configurar ofensa a princípios é sobrestada


qualquer idéia de imunidade jurisdicional do mérito
administrativo. Submete-se o ato à avaliação jurisdicional sem
que haja violação ao princípio constitucional da independência
dos Poderes do Estado, já que o Poder Judiciário não se presta a
perpetrar o ato administrativo ou mesmo fazer por si só um juízo
de mérito, mas tão somente se restringe a declarar a invalidade
de um ato. À invalidação segue a edição de novo ato pela
Administração Pública em substituição ao ato irregular.

Rememorado o escopo de guardião constitucional do Poder


Judiciário e deposta a inafastabilidade dos princípios
constitucionais dos atos administrativos, há em
consonância ao controle jurisdicional, o disposto no
artigo 5°, inciso XXXV da Constituição Federal: não será
excluída, por lei, apreciação judicial de lesão ou ameaça
a direito.

Em suma, deve-se entender positivo e possível o controle do


mérito administrativo nos termos acima dispostos, assim como
incoerente a imunidade extrema de atos emanados por
quaisquer dos Réus, ainda mais se ressaltada a ampla
repercussão que têm os atos administrativos nos direitos
individuais e coletivos. O Poder Judiciário, nesse contexto de
proteção de direitos que possam se contrapor à vontade dos
Réus, tem o papel ímpar de corrigir as ilegalidades.

Com a devida vênia Vossa Excelência, mas a mera alegação dos


Réus, de que o “padrão resposta já determinava que não cabia
exceção de pré-executividade (pois a formulação da questão
solicita a propositura de uma ação judicial em favor do
contribuinte); mandado de segurança (em face do transcurso do
prazo decadencial); ação declaratória (em virtude de o crédito já
estar constituído); e tampouco embargos à execução, pois não
há garantia do juízo.”, ofende o disposto no § 3º, Art. 5º, do
Provimento nº 109/2005, pois para tal dispositivo os
examinadores devem levar em consideração o raciocínio
jurídico, a fundamentação e a sua consistência, a
capacidade de interpretação e exposição, a correção
gramatical e a técnica, fato este não observado pelos Réus de
acordo com as provas acostadas aos autos.

Ressalte-se para tanto, que o quadro comparativo com o nome


das peças, visa unicamente facilitar à Vossa Excelência, a
visualização das discrepâncias nas correções entre os Autores e
os candidatos que obtiveram a sua peça prático profissional
integralmente corrigida. Pretende a Ré, com suas alegações
inconsistentes, tirar o foco da falta de correção e conseqüente
afronto à isonomia, induzindo Vossa Excelência a erro, sendo
certo que o fato é fácil constatação, eis que os Autores não
obtiveram nenhum quesito avaliado na respectiva peça
prático profissional, conforme se pode aferir em
observação aos espelhos de provas dos Autores ao
contrário do que ocorreu com os candidatos paradigmas.
De fato, considerando os documentos juntados e analisando
melhor a questão, há de constatar todo o alegado pelos Autores.

Inconteste que, na divulgação nos “padrões de respostas” dos


candidatos à prova da OAB que optaram pela prova prático-
profissional de Direito Tributário pelo CESPE, verifica-se que os
critérios de correção foram aplicados de forma diferenciada
entre candidatos que apresentaram a mesma peça processual.
No caso dos Autores, suas peças processuais de resposta,
obtiveram a pontuação zero e não foi corrigida por ter sido
considerada como inadequada, sendo que para outros
candidatos, que apresentaram a mesma peça processual, houve
a correção das mesmas, com a atribuição de pontuação para
alguns quesitos dados como corretos, e até mesmo para
quesitos não cumpridos (ex. candidata DÉBORA CAVALCANTI
CERQUEIRA DE SOUZA).

Acresce-se que outros candidatos, conforme documentalmente


comprovado pelos Autores, apresentaram peças processuais
distintas, também em desconformidade com o gabarito oficial,
como mandado de segurança e exceção de pré-executividade,
mas também tiveram suas provas corrigidas, originalmente ou
em grau de recurso administrativo, onde obtiveram pontuação
em alguns quesitos relativos à peça processual.

A banca, no caso dos Autores, não aproveitou qualquer


ponto da peça processual, sob o fundamento de que a
peça seria inadequada.

Ora, a própria OAB, para outros candidatos, apesar da


interposição de ação inadequada, levou em consideração os
argumentos deduzidos, não “zerando” por completo a nota do
examinando nesta questão.

Não pode a banca utilizar dois pesos e duas medidas, sob pena
de se estabelecer o arbítrio. Efetivamente houve o
aproveitamento de argumentos deduzidos por outros
examinados, mesmo com elaboração de peça processual
inadequada, considerando o gabarito oficial (ação anulatória de
débito).
Dessa forma, resta demonstrado, portanto, o tratamento diverso
dispensado, afrontando o princípio da isonomia e carecendo os
Autores da procedência total da ação por questão de justiça.

III - DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - DO NECESSÁRIO


DEFERIMENTO

Diante de todo o exposto e dos documentos que instruem a


exordial comprovando todo o alegado, e preenchidos os
pressupostos do artigo 273 do Código de Processo Civil,
segundo o qual dois são os requisitos ensejadores à pretensão
da antecipação de tutela: a) a prova inequívoca da alegação e
verossimilhança; b) o fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação, em que pese o nobre saber jurídico do digno
juiz Magistrado, com a devida data máxima vênia, a decisão
interlocutória carece reforma (ou seria melhor: o pedido carece
deferimento???), haja a adequação da medida e comprovada a
ilegalidade e arbítrio da banca examinadora.

A verossimilhança da alegação dos Autores resulta de toda a


argumentação trazida e documentos que instruem o pedido,
para não mencionar os inúmeros mandados de segurança
impetrados perante as Secções Judiciárias por todo o país que,
por si só, refletem a insegurança causada pela equivocada
postura dos Réus, violando de forma clara o princípio da
isonomia e os termos do edital do concurso, comprometendo a
indispensável segurança jurídica.

O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, por


sua vez, equipara-se à “lesão grave e de difícil reparação”, ou
ao “periculum in mora” do processo cautelar, traduzindo,
ambas, no fundo, situações carentes de uma tutela de urgência.

No presente caso, a urgência que reclama a antecipação de


tutela reside no interesse de se evitar que, até que seja a
presente ação finalmente julgada, perca a sentença final sua
eficácia, pois a não antecipação de tutela gera a impossibilidade
dos Autores de exercerem a profissão de advogados,
imputando-lhes irreparáveis danos, cabendo destaque à
legalidade e liberdade de trabalho, especialmente em função da
natural e inevitável duração do processo.

Ademais, há dano coletivo na permanência do resultado


objeto de questionamento, eis que compromete a
credibilidade do exame de ordem, exame este que, já se
comprovou, é necessário à advocacia pelos mais variados
motivos.

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