Desde a sua criação, no início do Século XIX, com a vinda da Família Real
Portuguesa para o Brasil, o nosso Ensino Superior foi marcado pelo modelo
"francês-napoleônico", que o inspirou. O que isto significa?
Tal objetivo justifica que as escolas tenham em seu Currículo, apenas matérias
ligadas à formação profissional. Justifica que o Professores, escolhidos para
estas escolas sejam profissionais da área, preferencialmente, os "bem-
sucedidos". Estes devem apenas transmitir os seus conhecimentos técnicos aos
alunos, pois ainda acredita-se que "quem sabe fazer, sabe ensinar". Tal
objetivo, formação profissional, justifica também que a Metodologia mais
utilizada, seja até hoje a "transmissão oral" dos conhecimentos teóricos, com
algumas práticas laboratoriais, se for o caso.
E ao final dos cursos, em geral, sente-se uma sensação de que não estamos
formando profissionais à altura das exigências atuais do mercado de trabalho.
No entanto, os profissionais das diversas profissões que trabalharam e ainda
trabalham no Brasil (nós inclusive), provieram na sua quase totalidade deste
Ensino Superior. (E. Marcondes) . Mas afinal, que ensino queremos? Como
deve ser o Professor nesta nova realidade?
Com objetivos didáticos, para ajudá-los a refletir sobre estas perguntas, mas
sem oferecer respostas, transcrevo abaixo, partes dos seguintes textos –
-1- "O Ensino Moderno". Texto escrito pelo Dr. D.M.Braile, e publicado no
jornal Diário da Região, no dia 18 de setembro de 1999.
-2- "O Professor dos nossos filhos", artigo escrito por Claudio Moura Castro,
publicado na revista Veja do dia 07 de julho de 1999.
"ENSINO MODERNO"
Com a ampliação da cultura não foi mais possível aos mestres dominar o
estado da arte de forma ampla e universal. Como decorrência, foram surgindo
os especialistas e as especialidades .Assim ocorreu com a Filosofia, a
Química, a Física, a Matemática ,a Astronomia etc.
A grande expansão das artes, das pesquisas, das descobertas e das novas
conquistas científicas ocorreu durante o Renascimento, seguindo-se a Idade
Média, período obscuro da humanidade, talvez o celeiro da expansão que
estava por vir. O Renascimento, por volta de 1500, produziu uma nova
maneira de ver o mundo com as novas alternativas, mostrando que o
conhecimento podia ser ampliado ao limite da imaginação humana.
Como fica então o ensino? Como ensinar o que não sabemos? Existe ainda
lugar para o professor?
Esperem por estas mudanças e verão como países como o Brasil representarão
grandes pólos de desenvolvimento e cultura."
A seguir, o nosso escritor pergunta -: "que professor gostaria de ter para meus
filhos?"
"Ele tem um conceito positivo de si mesmo e de seu trabalho. Ele faz o que
gosta, gosta do que faz e se sente realizado porque é professor.
Sabe mostrar ao aluno a beleza e o poder das idéias. Isso foi dito por Alfred
North Whitehead e não dá para dizer melhor."
"O bom professor consegue que todos aprendam o que têm de aprender, que
cada um aprenda quando está pronto para tal e que sejam felizes no aprender."
O "Bom Professor" nunca ridiculariza seus alunos. Aliviar o mau humor, mas
à custa de maltratar a auto-estima do aluno, é péssima idéia.
Até aqui parece muito Fácil ser um Bom Professor, mas o que Castro mais
teme, com relação ao Professor?
CONCLUSÃO
"Com todas estas idéias "modernas" sobre Ensino, Professor, pode criar mais
falsos conceitos sobre os mesmos. Assim poder-se ia pensar -:
"ISTO É UM ABSURDO"
O que se tem tentado explicar é que o Professor Não é mais a única fonte de
informações que os alunos têm a partir de agora. Mas lembrem-se -:
Cabe ao Professor:
Usando o que diz a Psicoterapeuta, Asha Phillips, "nenhuma pessoa por mais
inteligente e genial que seja, tem a capacidade de Educar a si mesma e
preparar-se para os desafios da vida adulta".