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INFORMATIVO Nº 04/10

JULGADOS - STF notícia.”). Para o relator, diante da notícia de novos elementos


de convicção por parte do parquet, seria admissível a
reabertura das investigações, a teor da parte final do art. 18 do
REABERTURA DE INQUÉRITO: NOTÍCIA DE NOVA CPP, mesmo porque o arquivamento de inquérito policial não
PROVA - 1 faria coisa julgada nem acarretaria a preclusão, por se tratar
O Tribunal iniciou julgamento de habeas corpus impetrado de decisão tomada rebus sic standibus. Registrou que, se, por
contra o Procurador-Geral da República, que requerera o um lado, para desarquivar o inquérito policial bastaria a notícia
desarquivamento de procedimento administrativo e a de provas novas, por outro lado, o Ministério Público só
reabertura de inquérito policial instaurado para apurar a poderia ofertar a denúncia se produzidas provas novas, nos
suposta prática de crime de tráfico de influência por parte do termos daquele Verbete. Assim, enquanto o art. 18 do CPP
paciente, à época Senador da República, acusado de regula o desarquivamento de inquérito policial, quando
intermediar contrato firmado entre entidade da Administração decorrente da carência de provas (falta de base para a
Indireta estadual e pessoa jurídica de direito privado. Narra o denúncia), só permitindo o prosseguimento das investigações
impetrante que o então Procurador-Geral da República, depois se houver notícia de novas provas, a Súmula 524 cria uma
de analisar as informações, determinara o arquivamento do condição específica para o desencadeamento da ação penal,
procedimento administrativo instaurado, no Ministério Público caso tenha sido antes arquivado o procedimento, qual seja, a
Federal, para apurar a prática do aludido delito, ao produção de novas provas. HC 94869/DF, rel. Ricardo
fundamento de não haver prova, ainda que indiciária, de Lewandowski, 11.2.2010. (HC-94869)
participação do paciente. Alega que esse arquivamento seria
irretratável, nos termos da jurisprudência da Corte (Inq REABERTURA DE INQUÉRITO: NOTÍCIA DE NOVA
2054/DF, DJU de 6.10.2006). Expõe, ainda, que, após PROVA - 3
Relatório Circunstanciado elaborado por Procuradores da Frisou que o desarquivamento pode ensejar a imediata
República, o atual Procurador-Geral, ao verificar o surgimento propositura da ação penal, se as novas provas tornarem
de novas provas, que teriam alterado substancialmente o dispensável qualquer outra diligência policial, mas que isso
quadro probatório anterior, desarquivara o procedimento e não significaria que esses dois momentos — o
requerera a reabertura do inquérito policial. Sustenta que a desarquivamento e a apresentação da demanda — poderiam
nova prova consistiria na reinquirição de uma antiga ser confundidos. Ressaltou que o desarquivamento do
testemunha que se limitara a confirmar dado já anteriormente inquérito policial constitui tão-só uma decisão administrativa,
coligido, e que a reabertura do inquérito, sem novas provas, de natureza persecutória, no sentido de alterar os efeitos do
seria ilegal e abusiva. HC 94869/DF, rel. Ricardo arquivamento, e que, enquanto este tem como conseqüência a
Lewandowski, 11.2.2010. (HC-94869) cessação das investigações, aquele tem como efeito a
retomada das investigações inicialmente paralisadas pela
REABERTURA DE INQUÉRITO: NOTÍCIA DE NOVA decisão de arquivamento. Resumiu que, sem notícia de prova
PROVA - 2 nova o inquérito policial não pode ser desarquivado, e sem
O Min. Ricardo Lewandowski, relator, denegou a ordem. produção de prova nova não pode ser proposta ação penal.
Inicialmente, indeferiu o pleito do impetrante de que fosse Observou que, no caso, o atual Procurador-Geral da
reconhecida, in limine, a prescrição da pretensão punitiva do República, a partir de Relatório Circunstanciado, elaborado por
paciente por força da desclassificação do delito a ele integrantes do parquet federal, entendera que teriam surgido
imputado, haja vista que a doutrina pátria seria uníssona ao novas provas que desmentiriam a versão originalmente
afirmar que o delito tipificado no art. 332 do CP também apresentada pelo paciente, e que, de uma leitura perfunctória
poderia ser praticado por funcionário público. Asseverou, em desse Relatório, seria possível constatar que esses
seguida, que a orientação estabelecida no citado precedente Procuradores da República teriam se baseado em elementos
não se aplicaria ao caso, porquanto se referiria à extraídos de investigação levada a efeito em outro
impossibilidade de se substituir a decisão de arquivamento por procedimento administrativo que culminara em ação penal.
nova denúncia e não à reabertura de inquérito policial, Salientando, por fim, que provas novas, de acordo com a
hipótese dos autos. Afirmou que o Enunciado 524 da Súmula Corte, são as que produzem alteração no panorama probatório
do Supremo estabelece que, “arquivado inquérito policial, por dentro do qual foi concebido e acolhido o pedido de
despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não desarquivamento do inquérito, devendo ser substancialmente
pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas”, e que a inovadoras, e não formalmente novas, concluiu que, na
situação sob exame não seria de oferecimento de denúncia espécie, num primeiro exame, não apenas a referida
após o desarquivamento de inquérito, mas de reabertura de testemunha teria trazido fatos novos, mas também outras
inquérito. Asseverou que para o desarquivamento de inquérito provas teriam sido colhidas, como notas fiscais, estando-se
seria necessária apenas a existência de novas provas, nos diante, portanto, de notícia de provas novas. Após os votos
termos do art. 18 do CPP (“Depois de ordenado o dos Ministros Ellen Gracie e Joaquim Barbosa, que
arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta acompanhavam o relator, pediu vista dos autos o Min. Dias
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá Toffoli. HC 94869/DF, rel. Ricardo Lewandowski, 11.2.2010.
proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver (HC-94869)

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ATIVIDADE CLANDESTINA DE retroagirá, salvo para beneficiar o réu (CF, art. 5º, XL) e, tendo
TELECOMUNICAÇÃO: LEI 9.472/97 E LEI 4.117/62 - 1 em conta que o § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006
A Turma iniciou julgamento de habeas corpus no qual consubstancia novatio legis in mellius, entendeu-se que ele
denunciado pela suposta prática do crime previsto no art. 183 deveria ser aplicado em relação ao crime de tráfico de
da Lei 9.472/97 (“Desenvolver clandestinamente atividades de entorpecentes descrito em lei anterior. HC 101511/MG, rel.
telecomunicação: Pena – detenção de dois a quatro anos, ...”) Min. Eros Grau, 9.2.2010. (HC-101511)
alega que o fato narrado na denúncia corresponderia, em
verdade, à hipótese prevista no art. 70 da Lei 4.117/62 ART. 44 DO CP E CRIMES MILITARES
[“Constitui crime punível com a pena de detenção de 1 (um) a O art. 44 do CP — que prevê a possibilidade da substituição
2 (dois) anos, aumentada da metade se houver dano a da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos — não
terceiro, a instalação ou utilização de telecomunicações, sem é aplicável aos crimes militares. Com base nesse
observância do disposto nesta Lei e nos regulamentos.”] entendimento, a Turma indeferiu habeas corpus no qual se
devendo, pois, em razão da pena cominada, submeter-se ao alegava que o acórdão impugnado deixara de aplicar, sem
rito da Lei 9.099/95, a qual confere vários benefícios ao fundamentação, a substituição pleiteada. Precedentes citados:
acusado, dentre os quais a possibilidade de transação penal. HC 91155/SP (DJE de 10.8.2007), HC 86079/SP (DJU
HC 93870/SP, rel. Joaquim Barbosa, 9.2.2010. (HC-93870) 6.11.2006) e HC 80952/PR (DJU de 5.10.2001). HC
94083/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 9.2.2010. (HC-94083)
ATIVIDADE CLANDESTINA DE
TELECOMUNICAÇÃO: LEI 9.472/97 E LEI 4.117/62 - 2 PAD: NULIDADE E “BIS IN IDEM” - 1
O Min. Joaquim Barbosa, relator, indeferiu o writ por reputar A Turma negou provimento a recurso ordinário em mandado
escorreita a tipificação da conduta, nos termos da ação penal de segurança no qual se pleiteava a nulidade de procedimento
de origem. Ressaltou, inicialmente, que se tornaria necessário administrativo disciplinar, ao fundamento de que houvera a
saber se o art. 70 da Lei 4.117/62 continuaria, ou não, em imposição de duas penas com base nos mesmos fatos,
vigor, dado o disposto no art. 215, I, da Lei 9.472/97 (“Ficam caracterizando ofensa ao princípio do non bis in idem. No
revogados: I – a Lei 4.117/62, salvo quanto à matéria penal caso, o recorrente fora submetido a sindicância em virtude da
não tratada nesta Lei e quanto aos preceitos relativos à ocorrência de falta funcional no controle fiscal e contábil de
radiodifusão;”). Considerou que, como o próprio núcleo do tipo certa empresa, sendo-lhe imposta a pena de advertência.
penal indica, desenvolver clandestinamente atividade de Ocorre, todavia, que, posteriormente, tal procedimento fora
telecomunicações seria um crime habitual. Destarte, enfatizou declarado nulo pela própria Administração, instaurando-se um
que quem, uma vez ou outra, utiliza atividades de novo para apurar os mesmos fatos, sendo-lhe, ao fim, aplicada
telecomunicações, sem habitualidade, não pratica o crime a pena de demissão. Sustentava, também, o recorrente: a)
definido no art. 183 da Lei 9.472/97, mas sim o disposto no art. que a Lei 8.112/90, em seu art. 174 (“o processo disciplinar
70 da Lei 4.117/62. Reputou que a diferença entre os dois poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
tipos penais seria esta: o crime do art. 183 da Lei 9.472/97 quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis
somente se consumaria quando houvesse habitualidade. de justificar a inocência do punido ou a inadequação da
Quando esta estiver ausente, ou seja, quando o acusado vier penalidade aplicada.”), previu que a revisão do processo
a instalar ou se utilizar de telecomunicações administrativo só seria realizada em benefício do servidor e se
clandestinamente, mas apenas uma vez ou de modo não existentes fatos novos e b) que o fato de um mesmo agente
rotineiro, a conduta estaria subsumida no art. 70 da Lei ter atuado na instauração do procedimento, como Secretário
4.117/62, pois não haveria aí um meio ou estilo de vida, um da Receita Federal, e, no julgamento, como Ministro de Estado
comportamento reiterado ao longo do tempo, que seria punido da Fazenda, indicaria que o julgamento teria sido parcial. RMS
de modo mais severo pelo art. 183 da Lei 9.472/97. Assim, 23922/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 9.2.2010. (RMS-23922)
compreendeu que, no caso em análise, haver-se-ia de manter
hígida a decisão, pois a denúncia esclarecera que os PAD: NULIDADE E “BIS IN IDEM” - 2
aparelhos de telecomunicações eram utilizados de forma Assinalou-se que a declaração da nulidade do processo que
clandestina e habitual pelo paciente no exercício da atividade conduzira à aplicação da pena de advertência não poderia
de “lotação”, com o propósito de se comunicar com apoiar-se no disposto no art. 174 da Lei 8.112/90, pois trataria
colaboradores da prática de transporte clandestino de aquele dispositivo da revisão em benefício do servidor que
passageiros e, assim, evitar ser flagrado pela fiscalização. sofrera punição disciplinar. Destacou-se, por outro lado, que a
Após, pediu vista dos autos o Min. Cezar Peluso. HC situação descrita nos autos seria de revisão ex officio de ato
93870/SP, rel. Joaquim Barbosa, 9.2.2010. (HC-93870) administrativo (Lei 8.112/90, artigos 114 e 169) e não de
aplicação daquele dispositivo. Assim, enfatizou-se que a
TRÁFICO DE DROGAS E COMBINAÇÃO DE LEIS anulação total do processo original e a sua retomada desde o
INCRIMINADORAS início, ainda que se refiram aos mesmos fatos, não violara o
A Turma deferiu habeas corpus impetrado pela Defensoria princípio do non bis in idem. Quanto ao suposto vício
Pública da União em favor de condenado por tráfico ilícito de decorrente da participação de um mesmo agente público em
entorpecentes na vigência da Lei 6.368/76 para determinar diferentes atos do processo, aduziu-se que, do ponto de vista
que magistrado de 1ª instância aplique a causa de diminuição da conformidade com o texto legal, a competência para a
de pena trazida pelo § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, bem prática dos atos fora devidamente respeitada, em observância
assim para que fixe regime de cumprimento compatível com a à Lei 8.112/90, que disciplina a competência para instauração
quantidade de pena apurada após a redução. Consignou-se e julgamento do processo disciplinar. No ponto, evidenciou-se
que a Constituição Federal determina que a lei penal não que, de acordo com o art. 166 dessa lei, a competência para

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julgar o processo, em regra, seria da autoridade que restabelecer créditos tributários que a primeira, a decisão no
determinara a sua instauração. Ressaltou-se que, na espécie, mandado de segurança, declarara inexistirem, haja vista que
o Secretário da Receita Federal agira como superior estes créditos tributários, objeto da execução fiscal, porque
hierárquico do delegado desta entidade, decretando a inexistentes nos termos do que estabelece o CTN, seriam
nulidade da pena imposta pelo subordinado (o “chefe da irrecuperáveis. Afirmou que os créditos tributários objeto da
repartição”, como disposto no art. 141, III, da Lei 8.112/90). execução estariam extintos, daí porque à agravante não
Dessa forma, frisou-se que a atribuição para praticar tal ato poderia, pois, ser imposta sanção alguma. Ressaltou não se
decorreria do art. 169 da mesma lei, o qual dispõe competir à estar em debate o cabimento de ação rescisória, mas
autoridade que instaura o processo ou outra de hierarquia unicamente de seus efeitos em face do art. 156, X, do CTN, à
superior anular o feito em que presente vício insanável. luz dos primados da segurança jurídica e da boa-fé. Após,
Afirmou-se, destarte, que a imposição da pena de demissão pediu adiamento do feito a Min. Ellen Gracie. RE 594477
caberia, em tese, ao Presidente da República (Lei 8.112/90, AgR/DF, rel. Min. Ellen Gracie. 9.2.2010. (RE-594477)
art. 141, I), tendo tal atribuição sido delegada, contudo, ao
Ministro de Estado da Fazenda, por força do art. 1º, I, do SUPRESSÃO DE GRATIFICAÇÃO E
Decreto 3.035/99. RMS 23922/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, CONTRADITÓRIO
9.2.2010. (RMS-23922) O Tribunal iniciou julgamento de mandado de segurança
impetrado contra ato do Tribunal de Contas da União - TCU
ISENÇÃO DE COFINS: REVOGAÇÃO POR LEI que suprimira, sem observância do contraditório, vantagem
ORDINÁRIA E COISA JULGADA - 1 pessoal incorporada aos vencimentos do impetrante. No caso,
A Turma retomou julgamento de agravo regimental interposto após ocupar o cargo de analista de finanças do Ministério da
contra decisão da Min. Ellen Gracie que provera recurso Fazenda, o impetrante integrara-se ao quadro funcional do
extraordinário, do qual relatora, por reputar que o acórdão TCU, sendo-lhe deferida a averbação do tempo de serviço
impugnado divergira da orientação firmada pelo STF no prestado em função comissionada no citado Ministério, para
sentido da constitucionalidade da revogação da isenção fins de vantagem pessoal (“quintos”). Requer o servidor a
relativa às sociedades civis prestadoras de serviço, ante a nulidade do ato administrativo que implicara a revogação
inexistência de hierarquia entre lei complementar e lei dessa vantagem. Inicialmente, rejeitou-se a preliminar
ordinária. Sustenta a empresa agravante que a União deixara suscitada pelo Min. Marco Aurélio, relator, sobre a ausência de
de trazer ao conhecimento da Corte informação tida como quórum para julgamento de matéria constitucional. Em
prejudicial ao julgamento do recurso extraordinário, aduzindo a seguida, o relator afastou as preliminares de incompetência do
existência, em seu favor, de decisão anterior proferida em STF para julgar o writ, dado que a autoridade apontada como
mandado de segurança, na qual assentado o seu direito de coatora seria o Presidente do TCU, e de decadência,
não recolher o tributo. Alega que, somente a partir da porquanto impetrado dentro do prazo legal. No mérito,
procedência de ação rescisória intentada pela Fazenda concedeu a segurança para assentar a nulidade do processo.
Nacional em face de ordem concedida no referido writ, Aduziu que o impetrante alcançara situação remuneratória
revigorara-se a exigibilidade da exação. Destarte, pleiteia o posteriormente retirada do cenário jurídico sem que se lhe
reconhecimento, na espécie, da proteção do manto da coisa desse oportunidade para manifestar-se. Enfatizou que a Corte
julgada. Na sessão de 31.3.2009, a Min. Ellen Gracie, relatora, já proclamara que a anulação de ato administrativo cuja
mantivera a decisão agravada. Consignou, ainda, não formalização haja repercutido no campo de interesses
proceder a alegação, neste momento processual, da individuais não prescinde da observância da instauração de
existência de decisão favorável à impetrante em mandado de processo administrativo que viabilize a audição daquele que
segurança, até porque a agravante sequer apresentara contra- teria a situação jurídica modificada. Salientou que cumpriria
razões ao recurso extraordinário da União. RE 594477 dar ciência ao servidor, não vingando a óptica segundo a qual
AgR/DF, rel. Min. Ellen Gracie. 9.2.2010. (RE-594477) a autotutela administrativa poderia afastar o próprio direito de
defesa, pouco importando a observância dos cinco anos
ISENÇÃO DE COFINS: REVOGAÇÃO POR LEI previstos na Lei 9.784/99. Consignou, ainda, que o vício não
ORDINÁRIA E COISA JULGADA - 2 teria sido convalidado com o fato de o impetrante ter
Em divergência, o Min. Eros Grau, em voto-vista, deu interposto, depois de já estar decidido o processo que
provimento ao agravo. Esclareceu que haveria de ser implicara a glosa do direito, recurso para a autoridade maior.
considerada a alegação da agravante da preexistência de Após, o julgamento foi suspenso com o pedido de vista do
decisão em mandado de segurança, dado que o CTN define, Min. Dias Toffoli. MS 25399/DF, rel. Min. Marco Aurélio,
em seu art. 156, X, que a decisão judicial passada em julgado 17.2.2010. (MS-25399)
extingue o crédito tributário. Asseverou que a ação rescisória
não teria o condão de fazer renascer crédito tributário extinto, RECLAMAÇÃO: APOSENTADORIA ESPONTÂNEA E
na medida em que o preceito veiculado pelo art. 156, X, do EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - 1
CTN o impediria. Destacou que o credor — a União — não O Tribunal iniciou julgamento de reclamação ajuizada por
seria titular do direito a lançar o tributo, em relação à empresa pública estadual contra decisão proferida pelo Juízo
agravante, até o momento da procedência da ação rescisória da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis-SC que, nos autos de
e que o objeto da execução fiscal de que se cuida respeitaria a reclamação trabalhista, ao deferir pedido de tutela antecipada,
valores exigidos anteriormente à propositura da ação assegurara a manutenção, em seus empregos, de
rescisória. Salientou que a desconstituição, pela rescisória, da trabalhadores aposentados pelo Regime Geral de Previdência,
decisão transitada em julgado que afirmara a inexistência da sob o fundamento de que a aposentadoria concedida aos
obrigação tributária não conferiria à União o direito de empregados não é causa de extinção do contrato de emprego,
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nem implica acumulação de proventos vedada por lei. Na Social. Afirmou que o que revelado pelos autos seria problema
espécie, a reclamante comunicara àqueles trabalhadores seu da necessidade de renovação da força de trabalho das
desligamento do quadro de pessoal, em razão da empresas públicas e sociedades de economia mista,
impossibilidade de acumulação de proventos de aposentadoria responsáveis por parte significativa do desenvolvimento
com salários. Por vislumbrar afronta à autoridade da decisão nacional. Esclareceu que se as empresas públicas e as
proferida pelo Supremo nas ações diretas de sociedades de economia mista não pudessem demitir seus
inconstitucionalidade 1721/DF (DJU de 29.6.2007) e 1770/DF empregados, na forma da legislação trabalhista em vigor,
(DJU de 1º.12.2006), a Min. Ellen Gracie, relatora, julgou dificilmente haveria renovação de quadros, o que poderia
procedente o pedido formulado para cassar a decisão ensejar sérios problemas estruturais em relação à prestação
impugnada, autorizando a reclamante a efetuar demissões de de serviços essenciais à população brasileira. Isso, por outro
empregados que se aposentaram espontaneamente, fazendo- lado, não implicaria obrigatoriedade de demissão desses
o com o pagamento das respectivas verbas rescisórias empregados já aposentados, porquanto o vínculo laboral
trabalhistas. Rcl 8168/SC, rel. Min. Ellen Gracie, 18.2.2010. permanece vigente e subsiste a possibilidade de essas
(Rcl-8168) empresas desejarem manter a colaboração de seus
experientes empregados aposentados pelo regime geral. Em
RECLAMAÇÃO: APOSENTADORIA ESPONTÂNEA E suma, afirmou que as empresas públicas e as sociedades de
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - 2 economia mista não estão obrigadas a manter seus
Considerou que o Supremo, ao julgar os referidos empregados, inclusive aqueles aposentados pela Previdência
precedentes, de fato declarara a inconstitucionalidade dos §§ Social, podendo, portanto, conforme a necessidade de sua
1º e 2º do art. 453 da Consolidação das Leis do Trabalho - política de recursos humanos, optar pela sua demissão. Após
CLT [“Art. 453 - No tempo de serviço do empregado, quando o voto do Min. Ayres Britto, que acompanhava a relatora,
readmitido, serão computados os períodos, ainda que não pediu vista dos autos o Min. Joaquim Barbosa. Rcl 8168/SC,
contínuos, em que tiver trabalhado anteriormente na empresa, rel. Min. Ellen Gracie, 18.2.2010. (Rcl-8168)
salvo se houver sido despedido por falta grave, recebido
indenização legal ou se aposentado espontaneamente. § 1º Fonte: Site oficial do Supremo Tribunal Federal
Na aposentadoria espontânea de empregados das empresas (informativos 574 e 575)
públicas e sociedades de economia mista é permitida sua
readmissão desde que atendidos aos requisitos constantes do
art. 37, inciso XVI, da Constituição, e condicionada à JULGADOS - STJ
prestação de concurso público. § 2º O ato de concessão de
benefício de aposentadoria a empregado que não tiver
completado 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, ou LEGITIMIDADE. PROPRIEDADE INDUSTRIAL.
trinta, se mulher, importa em extinção do vínculo O prejudicado que possui a legitimidade necessária para
empregatício.”]. Observou que, no julgamento da ADI intentar ação com o fim de proteger direitos relativos à
1721/DF, a Corte reputara inconstitucional o § 2º do art. 453 propriedade industrial incidentes sobre produtos criados é
da CLT por criar esse dispositivo modalidade de despedida quem efetivamente os levou ao registro no órgão competente
arbitrária, haja vista não considerar a possibilidade de o (arts. 207 a 209 da Lei n. 9.279/1996 – LPI). REsp 833.098-
empregador querer continuar com seu empregado, PR, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 18/2/2010.
ressaltando o fato de que o direito à aposentadoria se perfaz
de forma objetiva e constitui uma relação jurídica entre o PRISÃO PREVENTIVA. GOVERNADOR. GARANTIA.
segurado e o INSS, e não entre o empregado e o empregador. ORDEM PÚBLICA.
No que se refere ao julgamento da ADI 1770/DF, o Tribunal
Trata-se de inquérito requerido pelo procurador-geral da
concluíra pela inconstitucionalidade do § 1º do art. 453 da
República e por subprocuradora-geral da República com base
CLT, regra aplicável aos empregados das empresas públicas,
no art. 312 do CPP no qual o Min. Relator decretou a prisão
também por se fundar na idéia de que a aposentadoria
preventiva do governador do Distrito Federal e de outras cinco
espontânea poria fim abruptamente ao vínculo empregatício
pessoas, para garantia da ordem pública e por conveniência
entre empregado e empregador. Rcl 8168/SC, rel. Min. Ellen
da instrução criminal. Investiga-se, entre outros, a suposta
Gracie, 18.2.2010. (Rcl-8168)
prática dos crimes de falsidade ideológica de documento
privado (art. 299 do CP) e de corrupção de testemunha (art.
RECLAMAÇÃO: APOSENTADORIA ESPONTÂNEA E 343 do mesmo código) em coautoria. Nessas situações,
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - 3 segundo o Min. Relator, a lei penal autoriza a decretação de
Não obstante, a Min. Ellen Gracie entendeu que esses prisão preventiva, para que a aplicação da lei penal não fique
precedentes não impediriam as empresas públicas e as comprometida. O Min. Nilson Naves posicionou-se contrário à
sociedades de economia mista de efetivar a adequação de decretação da prisão preventiva e, em preliminar, sustentou
seus quadros e, para isso, promover, quando necessária, a que o STJ só poderia adotar a medida contra o governador se
demissão de seus empregados, aposentados houvesse, antes, autorização da Câmara Legislativa do
espontaneamente, ou não, pagando-lhes as devidas verbas Distrito Federal (art. 60, XXIII, da Lei Orgânica do Distrito
rescisórias. Reportou-se à decisão proferida na Rcl 5679/SC Federal). Diante disso, a Corte Especial, por maioria, rejeitou a
(DJE de 7.10.2008) nesse sentido. Concluiu que, no caso, o preliminar levantada pelo Min. Nilson Naves de
juízo trabalhista conferira aos aludidos precedentes extensão impossibilidade de apreciação pelo STJ em face da ausência
indevida, ao gerar uma extraordinária “estabilidade no de autorização legislativa. No mérito, por maioria, ficou
emprego” para os empregados aposentados pela Previdência referendada a decisão do Min. Relator de decretação da
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prisão preventiva. Inq 650-DF, Rel. Min. Fernando Gonçalves, apelação no lugar daquele expressamente previsto (agravo de
julgado em 11/2/2010. instrumento) na nova lei processual, que tem aplicação
imediata, mesmo nos processos em curso (art. 1.211 do CPC).
REPETITIVO. SENTENÇA DECLARATÓRIA. Nesse contexto, a Turma negou provimento ao recurso.
INDÉBITO TRIBUTÁRIO. EFICÁCIA EXECUTIVA. Precedentes citados: AgRg no Ag 987.290-RS, DJe
A Seção, ao julgar o recurso sob o regime do art. 543-C do 28/10/2008, e AgRg no Ag 946.131-RS, DJ 5/8/2005. REsp
CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ (recurso repetitivo), reafirmou 1.132.774-ES, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 9/2/2010.
seu entendimento de que a sentença declaratória que, para
fins de compensação tributária, certifica o direito de crédito do MS. MULTA CONTRATUAL.
contribuinte que recolheu indevidamente o tributo contém juízo Discute-se, no recurso, se é cabível a impetração de mandado
de certeza e de definição exaustiva a respeito de todos os de segurança contra ato de presidente de comissão de
elementos da relação jurídica questionada e, como tal, é título licitação de empresa pública bancária (CEF) que aplicou multa
executivo para a ação visando à satisfação, em dinheiro, do por atraso da obra de prestação de serviços de adequação da
valor devido. Assim, cabe ao contribuinte fazer a opção entre a rede elétrica de agência bancária. A jurisprudência deste
compensação, o recebimento do crédito por precatório ou a Superior Tribunal já assentou que a imposição de multa
requisição de pequeno valor do indébito tributário, uma vez decorrente de contrato, ainda que precedido de procedimento
que todas as modalidades constituem formas de execução do licitatório de cunho administrativo, não é ato de autoridade,
julgado colocadas à disposição da parte quando procedente a mas ato de gestão, contra o qual não cabe mandado de
ação que declarou o indébito. Precedentes citados: REsp segurança. Ademais, a novel lei do mandado de segurança
796.064-RJ, DJe 10/11/2008; EREsp 502.618-RS, DJ (Lei n. 12.016/2009) sedimentou esse entendimento
1º/7/2005; EREsp 609.266-RS, DJ 11/9/2006, e REsp jurisprudencial em seu art. 1º, § 2º. Por outro lado, é incabível
614.577-SC, DJ 3/5/2004. REsp 1.114.404-MG, Rel. Min. apurar infração contratual em mandamus, porque isso requer
Mauro Campbell Marques, julgado em 10/2/2010. prova. Diante do exposto, a Turma negou provimento ao
recurso. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.107.566-PR,
RECUPERAÇÃO JUDICIAL. SUSPENSÃO. DJe 25/5/2009; REsp 577.396-PE, DJ 20/2/2006, e REsp
EXECUÇÃO. 420.914-PR, DJ 25/8/2003. REsp 1.078.342-PR, Rel. Min. Luiz
Trata-se de conflito de competência suscitado por companhia Fux, julgado em 9/2/2010.
aérea em recuperação judicial, a fim de definir a competência
entre o juízo de direito da vara de falências e recuperações MS. LITISPENDÊNCIA. AÇÃO ORDINÁRIA.
judiciais e o juízo trabalhista, diante do disposto no art. 6º, §§ No mandado de segurança, alega-se o direito adquirido e a
4º e 5º, da Lei n. 11.101/2005. Para o Min. Relator, apesar das conivência da legislação local para buscar a anulação de
divergências na doutrina, este Superior Tribunal tem edital elaborado pela unidade federada de alienação do imóvel
estabelecido que, aprovado e homologado o plano de funcional ocupado pelo ora recorrente e, com isso, permitir sua
recuperação judicial da sociedade empresária, os créditos venda direta sem qualquer procedimento licitatório. Sucede
serão satisfeitos de acordo com as condições ali estipuladas. que esse pedido já foi deduzido, de igual modo, em ação
Dessa forma, mostra-se incabível o prosseguimento das ordinária da qual justamente decorre o citado edital, visto que
execuções individuais. Diante do exposto, a Seção declarou nela se rejeitou o pleito e se cassou a liminar, o que
competente o juízo de direito da vara de falências e possibilitou ao ente federado praticar os atos relativos à
recuperações judiciais. Precedentes citados: CC 73.380-SP, licitação. Daí a razão de o Tribunal a quo corretamente
DJe 21/11/2008, e CC 88.661-SP, DJe 3/6/2008. CC 108.141- reconhecer a litispendência, que, conforme a jurisprudência do
SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em 10/2/2010. STJ, não é descaracterizada pela circunstância de o polo
passivo do MS ser ocupado pela autoridade indicada como
QO. MENOR SOB GUARDA. DEPENDENTE coatora e, na ação ordinária, figurar como réu a própria
PREVIDENCIÁRIO. pessoa jurídica de direito público à qual pertence o impetrado
no writ. Precedentes citados: REsp 866.841-RJ, DJe
Em questão de ordem suscitada pelo Ministério Público
7/11/2008; RMS 11.905-PI, DJ 23/8/2007, e AgRg no REsp
Federal sobre a exclusão de menor sob guarda da condição
932.363-RJ, DJ 30/8/2007. RMS 29.729-DF, Rel. Min. Castro
de dependente do segurado, amplamente refutada nos
Meira, julgado em 9/2/2010.
juizados especiais federais, como alegado pelo parquet, a
Seção, por unanimidade, acolheu a preliminar de
inconstitucionalidade do art. 16, § 2º, da Lei n. 8.213/1991, na INSUMOS. ATIVIDADE AGRÍCOLA. CDC.
redação da Lei n. 9.528/1997, conforme determina o art. 199 A Turma reiterou o entendimento de que não configura relação
do RISTJ. QO nos EREsp 727.716-CE, Rel. Min. Celso de consumo a aquisição de bens ou a utilização de serviço por
Limongi (Desembargador convocado do TJ-SP), julgada em pessoa física ou jurídica com a finalidade de implementar ou
10/2/1010. incrementar sua atividade negocial. Para que haja relação de
consumo, é necessário que aquele que contrata serviço ou
LIQUIDAÇÃO. ERRO. RECURSO. adquire bens o faça como destinatário final, com o fito de
atender a uma necessidade própria. Na espécie, o recorrente
Publicada a decisão de liquidação de sentença depois de estar
buscou, junto à recorrida, a obtenção de insumos para investir
em vigor a Lei n. 11.232/2005, que inseriu o art. 475-H no
em sua atividade comercial, logo não se aplica o CDC. Assim,
CPC, o qual determinou que o recurso cabível é o agravo de
a Turma não conheceu do recurso. REsp 1.016.458-RS, Rel.
instrumento, não há como aplicar o princípio da fungibilidade
Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 9/2/2010.
recursal. No caso, houve erro grosseiro inerente à regra de
direito intertemporal, ou seja, utilização de recurso de
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LEGITIMIDADE. DESCONSIDERAÇÃO. o agente pratique estupro e atentado violento ao pudor no
PERSONALIDADE JURÍDICA. mesmo contexto e contra a mesma vítima, esse fato constitui
A desconsideração da pessoa jurídica consiste na um crime único, em virtude de que a figura do atentado
possibilidade de ignorar a personalidade jurídica autônoma de violento ao pudor não mais constitui um tipo penal autônomo,
entidade sempre que essa venha a ser utilizada para fins ao revés, a prática de outro ato libidinoso diverso da
fraudulentos ou diversos daqueles para os quais foi conjunção carnal também constitui estupro. Observou-se que
constituída. Quando houver abuso, desvio de finalidade ou houve ampliação do sujeito passivo do mencionado crime,
confusão patrimonial entre os bens da sociedade e dos sócios, haja vista que a redação anterior do dispositivo legal aludia
caberá a aplicação do referido instituto. Assim, uma vez que expressamente a mulher e, atualmente, com a redação dada
desconsiderada a personalidade jurídica, tanto a sociedade pela referida lei, fala-se em alguém. Ressaltou-se ainda que,
quanto os sócios têm legitimidade para recorrer dessa não obstante o fato de a Lei n. 12.015/2009 ter propiciado, em
decisão. Precedente citado: REsp 170.034-SP, DJ 23/10/2000. alguns pontos, o recrudescimento de penas e criação de
REsp 715.231-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado novos tipos penais, o fato é que, com relação a ponto
em 9/2/2010. específico relativo ao art. 213 do CP, está-se diante de norma
penal mais benéfica (novatio legis in mellius). Assim, sua
TRÁFICO. ENTORPECENTE. SUBSTITUIÇÃO. PENA. aplicação, em consonância com o princípio constitucional da
O paciente foi preso em flagrante trazendo consigo retroatividade da lei penal mais favorável, há de alcançar os
aproximadamente cinco quilos de cocaína, sendo condenado delitos cometidos antes da Lei n. 12.015/2009, e, via de
como incurso no art. 33 c/c o art. 40, I, ambos da Lei n. consequência, o apenamento referente ao atentado violento
11.343/2006. No HC, pretende o reconhecimento do direito à ao pudor não há de subsistir. Todavia, registrou-se também
substituição de pena, sustentando a inconstitucionalidade da que a prática de outro ato libidinoso não restará impune,
norma que veda o benefício contida no art. 33, § 4º, e no art. mesmo que praticado nas mesmas circunstâncias e contra a
44, ambos do referido diploma legal. Inicialmente, observou-se mesma pessoa, uma vez que caberá ao julgador distinguir,
que, em recente decisão proferida pela Corte Especial deste quando da análise das circunstâncias judiciais previstas no art.
Superior Tribunal, foi reconhecida a validade das mencionadas 59 do CP para fixação da pena-base, uma situação da outra,
normas proibitivas de conversão da pena. Ressaltou-se que a punindo mais severamente aquele que pratique mais de uma
infração cometida ocorreu em 17/5/2007, na vigência, ação integrante do tipo, pois haverá maior reprovabilidade da
portanto, da citada Lei n. 11.343/2006; e, ainda, que, se assim conduta (juízo da culpabilidade) quando o agente constranger
não fosse, o paciente não preenche o requisito previsto no art. a vítima à conjugação carnal e, também, ao coito anal ou
44, III, do CP, já que a sentença reconheceu como qualquer outro ato reputado libidinoso. Por fim, determinou-se
desfavoráveis sua conduta social e personalidade na ocasião que a nova dosimetria da pena há de ser feita pelo juiz da
da fixação da pena-base. Diante disso, a Turma, por maioria, execução penal, visto que houve o trânsito em julgado da
denegou a ordem. O Min. Nilson Naves, em voto vencido, condenação, a teor do que dispõe o art. 66 da Lei n.
concedia a ordem para substituir a pena privativa de liberdade 7.210/1984. HC 144.870-DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado
por duas restritivas de direitos, quais sejam, prestação de em 9/2/2010.
serviços à comunidade e limitação de fim de semana, ficando
a cargo do juiz das execuções sua implementação. RESPONSABILIDADE CIVIL. CORTESIA.
Precedentes citados: HC 118.098-RS, DJe 9/12/2008, e HC TRANSPORTE.
128.256-SP, DJe 26/10/2009. HC 120.353-SP, Rel. Min. Og A Turma decidiu que, no caso de transporte desinteressado,
Fernandes, julgado em 9/2/2010. de simples cortesia, só haverá possibilidade de condenação
do transportador mediante a prova de dolo ou culpa grave
ESTUPRO. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. LEI (Súm. n. 145-STJ). Outrossim, responde por culpa grave o
N. 12.015/2009. condutor de veículo que transporta passageiro gratuitamente,
Trata-se de habeas corpus no qual se pleiteia, em suma, o de forma irregular, em carroceria aberta de caminhão, em que
reconhecimento de crime continuado entre as condutas de é previsível a ocorrência de graves danos, mesmo crendo que
estupro e atentado violento ao pudor, com o consequente não acontecerão. No caso, não cabe a pretendida redução da
redimensionamento das penas. Registrou-se, inicialmente, condenação, por não ter sido apontada a lei vulnerada pelo
que, antes das inovações trazidas pela Lei n. 12.015/2009, acórdão recorrido, razão pela qual incide a Súm. n. 284-STF
havia fértil discussão acerca da possibilidade de reconhecer a por analogia. REsp 685.791-MG, Rel. Min. Vasco Della
existência de crime continuado entre os delitos de estupro e Giustina (Desembargador convocado do TJ-RS), julgado em
atentado violento ao pudor, quando o ato libidinoso 18/2/2010.
constituísse preparação à prática do delito de estupro, por
caracterizar o chamado prelúdio do coito (praeludia coiti), ou ERRO MATERIAL. MULTA.
de determinar se tal situação configuraria concurso material O crédito referente à execução principal após a apuração de
sob o fundamento de que seriam crimes do mesmo gênero, erro material confirmado nesta mesma instância especial
mas não da mesma espécie. A Turma concedeu a ordem ao diminuiu em mil vezes. Assim, constatado que o acessório
fundamento de que, com a inovação do Código Penal segue o principal, o valor da multa do art. 538, parágrafo
introduzida pela Lei n. 12.015/2009 no título referente aos hoje único, do CPC, aplicada na hipótese, não poderia ser superior
denominados “crimes contra a dignidade sexual”, ao próprio crédito. Permitir sua execução em errôneo patamar
especificamente em relação à redação conferida ao art. 213 ao argumento de haveria preclusão lógica e coisa julgada não
do referido diploma legal, tal discussão perdeu o sentido. procede, visto que seria prestigiar o enriquecimento ilícito.
Assim, diante dessa constatação, a Turma assentou que, caso Precedente citado: REsp 337.613-ES, DJe 21/9/2009. REsp

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337.567-ES, Rel. Min. Honildo Amaral de Mello Castro tese, crime de tráfico ilícito de entorpecentes, com expressa
(Desembargador convocado do TJ-AP), julgado em 18/2/2010. menção das condutas por ele praticadas, ao qual se atribui a
responsabilidade ora pela aquisição ora pelo fornecimento de
ANULAÇÃO. SUSTENTAÇÕES ORAIS. CORRÉUS. drogas apreendidas pela Polícia Federal, quando da
APELAÇÃO. efetivação da prisão em flagrante de determinadas pessoas.
Em habeas corpus, alega-se que o paciente estaria sofrendo Entendeu o Min. Relator que, conforme a conclusão do
constrangimento ilegal por cerceamento de defesa, pois havia tribunal de origem, a denúncia atende a todos os requisitos
44 corréus na apelação, cada qual com seu defensor, e o TJ legais de forma suficiente à compreensão da acusação e ao
determinou que o prazo em dobro fosse dividido entre os exercício do direito de defesa, não havendo, no ponto,
defensores, o que fez caber a cada um menos de um minuto e nenhum constrangimento ilegal a ser reparado. Contudo,
meio. O Min. Relator ressaltou que, em recente precedente da entendeu que a ordem há de ser concedida para reconhecer a
Corte Especial, estabeleceu-se que, havendo vários corréus nulidade do interrogatório; pois, à época em que realizado
com diferentes advogados, cada um teria o prazo de 15 (21/8/2007), não havia previsão legal permitindo a sua
minutos para sustentação oral, somente se ressalvando os realização pelo sistema de videoconferência, o que somente
casos em que há mais de um patrono para o mesmo réu, passou a existir com a Lei n. 11.900/2009, ainda assim, em
situação em que o prazo deve ser dividido entre os caráter excepcional e mediante decisão devidamente
advogados. Ademais, citou julgados deste Superior Tribunal e fundamentada. Não deve prevalecer o entendimento do MPF
do Supremo Tribunal que consideram a frustração da de que a superveniência da mencionada lei teria suprido o
sustentação oral violar as garantias constitucionais do devido vício consistente na falta de previsão legal para a realização
processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Com esse do ato de interrogatório pelo sistema de videoconferência.
entendimento, a Turma concedeu a ordem para anular o Para o Min. Relator, pretende-se a aplicação retroativa da lei,
julgamento da apelação criminal em relação a todos os réus o que não é permitido; pois, no processo penal, aplica-se a lei
para que outro julgamento seja realizado com a observância vigente ao tempo da prática do ato (art. 2º do CPP). Também
do prazo para sustentação oral de 15 minutos de cada não deve prosperar o fundamento lançado pelo tribunal a quo
advogado. Precedentes citados do STF: HC 69.142-SP, DJ de que a nulidade teria precluído, já que não alegada
10/4/1992; HC 71.551-MA, DJ 6/12/1996; HC 70.727-RS, DJ oportunamente, isto é, quando da realização do ato do
10/12/1983; do STJ: HC 41.698-PR, DJ 20/3/2006, e HC interrogatório. Cuida-se de nulidade absoluta, insusceptível de
32.862-RJ, DJ 16/8/2004. HC 150.937-RJ, Rel. Min. Felix convalescimento por falta de protesto oportuno e, mesmo que
Fischer, julgado em 18/2/2010. a nulidade fosse relativa, não seria possível falar em
preclusão: o interrogatório constitui ato que integra a instrução
HC. INTERPRETAÇÃO. ART. 212 CPP. do processo e o CPP é categórico ao prever o prazo das
O impetrante pedia a concessão de medida liminar para que, alegações finais como o momento específico para a alegação
preventivamente, fosse determinada a paralisação da ação de eventuais vícios da instrução criminal (art. 571, II, do CPP).
penal até o julgamento do writ e a concessão da ordem, no No caso, quando das alegações finais, o paciente requereu,
mérito, para que fosse decretada a nulidade da audiência, expressamente, o reconhecimento da nulidade do
conforme determina o art. 212 do CPP, com a nova redação interrogatório pelo sistema de viodeoconferência. HC 128.600-
conferida pela Lei n. 11.690/2008. O Min. Relator deferiu a SP, Rel. Min. Celso Limongi (Desembargador convocado do
liminar para suspender, até o julgamento final do habeas TJ-SP), julgado em 18/2/2010.
corpus, a tramitação da ação penal na qual figura como réu o
paciente. Segundo o impetrante, com o novo texto, tal ROUBO. ARMA BRANCA. MAJORANTE.
dispositivo alterou a ordem de quem pergunta, estabelecendo Trata-se de roubo qualificado pelo emprego de arma branca
que, primeiramente, as partes devem perguntar e, apenas ao (art. 157, § 2º, I, do CP) e o impetrante pleiteia a concessão da
final, poderá o juiz, de forma suplementar, formular perguntas. ordem para que seja cancelada a agravante. Inicialmente,
Assim, tal ordem não teria sido observada, o que, na sua destacou o Min. Relator que a orientação da Sexta Turma em
visão, ensejaria nulidade absoluta. Mas o Min. Relator reiterados julgados é no sentido de que, para a aplicação da
observou que a matéria fora examinada recentemente pela causa de aumento pelo uso de arma, é imprescindível a
Sexta Turma no HC 121.212-RJ e reiterou seu entendimento apreensão dela, a fim de que sua potencialidade lesiva seja
de que a oitiva da testemunha sem a observância da ordem apurada e atestada por um expert. Exemplificou que, nos
prevista no novel modelo processual não altera o sistema casos em que não há apreensão, mas a vítima e demais
acusatório. Diante disso, a Turma cassou a liminar e denegou testemunhas afirmam de forma coerente que houve disparo
a ordem. HC 133.655-DF, Rel. Min. Nilson Naves, julgado em com a arma de fogo, não é necessária a apreensão e a perícia
18/2/2010 (ver Informativo n. 421). do objeto para constatar que a arma possuía potencialidade
lesiva e não era de brinquedo, uma vez que sua eficácia
NULIDADE. INTERROGATÓRIO. mostra-se evidente. Contudo, nos demais casos, sua
VIDEOCONFERÊNCIA. apreensão é necessária. Isso decorre da mesma raiz
hermenêutica que inspirou a revogação da Súm. n. 174-STJ. A
Ao paciente é imputado o fato de ter-se associado a outras
referida súmula, que autorizava a exasperação da pena
pessoas para o tráfico internacional e para dar continuidade,
quando do emprego de arma de brinquedo no roubo, tinha
no Brasil, ao comércio da droga de forma a prepará-la
como embasamento a teoria de caráter subjetivo. Autorizava-
(misturar a droga pura com outros produtos químicos para
se o aumento da pena em razão da maior intimidação que a
aumentar a quantidade e, consequentemente, a margem de
imagem da arma de fogo causava na vítima. Então, em
lucro) para futura venda a distribuidores regionais. Além da
sintonia com o princípio da exclusiva tutela de bens jurídicos,
associação, consta a descrição de fatos que configuram, em
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imanente ao Direito Penal do fato, próprio do Estado entendimento digno e eficiente entre os órgãos do Estado
democrático de direito, a tônica exegética passou a recair visando a paz e a justiça, inclusive, ambiental.
sobre a afetação do bem jurídico. Assim, reconheceu-se que o
emprego de arma de brinquedo não representava maior risco Autor: Paulo Affonso Leme Machado. Professor de Direito
para a integridade física da vítima; tão só gerava temor nela, Ambiental Na UNIMEP – Universidade Metodista de
ou seja, revelava apenas fato ensejador da elementar "grave Piracicaba.
ameaça". Do mesmo modo, não se pode exacerbar a pena de O professor Paulo Affonso é autor do Livro Direito
forma desconectada da tutela do bem jurídico, ao se enfrentar Ambiental Brasileiro, com certeza um dos livros mais
a questão da arma branca. Afinal, sem a apreensão, como completos sobre o tema. Leitura obrigatória para os concursos
seria possível aferir sua potencialidade? Sem a perícia, como públicos, que a cada dia estão exigindo questões mais
saber se a faca utilizada não estava danificada? Logo, sob o complexas sobre direito ambiental.
enfoque do conceito fulcral de interpretação e aplicação do
Direito Penal (o bem jurídico), não se pode majorar a pena
pelo emprego de arma de fogo sem a apreensão e a perícia
para determinar se o instrumento utilizado pelo paciente, de
fato, era uma arma de fogo, circunstância apta a ensejar o
maior rigor punitivo. Portanto, no caso, cabe o cancelamento
da agravante referente ao uso de arma branca. Diante disso, a
Turma concedeu a ordem. HC 139.611-MG, Rel. Min. Celso
Limongi (Desembargador convocado do TJ-SP), julgado em
18/2/2010.

Fonte: Site oficial do Superior Tribunal de Justiça


(informativos 422 e 423)
O livro aborda os temas da responsabilidade civil, da
reparação do dano e os meios processuais para a defesa do
AGU X MP meio ambiente, do tombamento, da poluição (ar, resíduos
sólidos, rejeitos perigosos, agrotóxicos, poluição sonora), do
regime das águas, dos crimes ambientais e dos organismos
USINA DE BELO MONTE: AGU X MP geneticamente modificados.

O licenciamento ambiental concedido pelo IBAMA para a Agradeço ao Professor Paulo Affonso Leme Machado que
usina hidrelétrica de Belo Monte estaria ensejando um gentilmente autorizou a publicação do texto acima no
enfretamento entre a Advocacia Geral da União e o Ministério informativo do Curso FMB.
Público Federal, segundo publica o Estado de São Paulo, de
4/2/2010. Belo Monte está na Amazônia legal. A localização e
a construção desse empreendimento despertam justificável QUESTÕES INTERESSANTES!
preocupação. O Ministério Público tem, entre seus deveres
constitucionais, o de defender “os interesses sociais e No informativo anterior, foi publicado um julgado do
individuais indisponíveis” (art.127 CF) e promover o inquérito STJ que falava sobre a patente pipeline.
civil e a ação civil pública para a proteção do meio ambiente
Mas o que é Patente Pipeline?
(art.129, III CF) e a Advocacia Geral da União desempenha
“atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo” (art. 131 CF). Pipeline é a denominação atribuída a determinados
Ainda que ambas as instituições devam tem por finalidade o dispositivos legais transitórios que admitem a concessão de
Bem Comum, a estrutura e a finalidade das mesmas são patenteamento de produtos e processos de produção, desde
diferentes. que estes não tenham sido colocados em nenhum mercado
O MP age não buscando vanglória pessoal e seus membros até a data do depósito do pedido. O pipeline, no Brasil, foi
devem munir-se de coragem e de discernimento para ir a previsto nos arts. 229-232 da Lei 9.279/1996 (Lei da
fundo no exame de todo o material que compõe o Estudo Propriedade Industrial - LPI), que permitiram, pelo prazo de 1
Prévio de Impacto Ambiental e o Licenciamento Ambiental no (um) ano, o pedido de patenteamento especial de produtos e
caso comentado. processos das áreas química, farmacêutica e alimentícia.
A Lei de Improbidade Administrativa – Lei 8.429/1992- Até a entrada em vigor da referida Lei, havia proibição no
abrange a prática de “ato visando fim proibido em lei ou Brasil de patenteamento de produtos e processos nas áreas
regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de mencionadas (Lei 5.772/1971 - antiga LPI). Essa situação era
competência” (art.11). combatida por indústrias estrangeiras, que tinham seus
Quem averigua se houve ou não desvio da finalidade do ato produtos copiados (pirateados) por indústrias brasileiras, as
administrativo não pode ser ameaçado, atemorizado ou quais não pagavam os respectivos direitos (royalties).
intimidado, como pode estar sendo vítima o Ministério Público. Os arts. 230-231 da atual LPI permaneceram em vigor por
O desenvolvimento social e econômico só pode ser apenas entre 14/05/1996 e 14/05/1997, tendo em vista o art.
sustentável, isto é, para todas as gerações, se houver 243 do mesmo diploma. Nesse período, todas as empresas
concretos cuidados para com o meio ambiente, no qual (especialmente as estrangeiras) puderam apresentar pedidos
também está inserido o ser humano. É de ser procurado um ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), mesmo

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que os produtos e processos já tivesssem patente em outro
país ou estivessem na sua fase de desenvolvimento, desde INFORMÁTICA & CONCURSOS
que antes da colocação no mercado. Obviamente, após o
referido prazo também tornou-se possível o patenteamento Neste informativo, o professor Rodney Idankas apresenta
nas mesmas áreas, com apreciação normal dos requisitos de QUESTÕES COMENTADAS da Prova da Polícia Federal.
patenteabilidade (novidade, atividade inventiva e
industriabilidade). 1) POLÍCIA FEDERAL – AGENTE
Se o pedido de patenteamento daquele período se referia a Um cookie é um arquivo passível de ser armazenado no
outro pedido apresentado no estrangeiro, a proteção no Brasil computador do usuário, que pode conter informações
se daria pelo tempo remanescente. É certo que, pela Lei utilizáveis por um website quando este for acessado pelo
9.279/1996, o privilégio conferido pela patente é de 20 anos. usuário. O usuário deve ser cuidadoso ao aceitar um cookie, já
Por isso, se, por exemplo, o pedido de patente de um que os navegadores não oferecem opções para excluí-lo.
medicamento foi depositado por uma empresa no exterior em
Resposta: ERRADO
setembro de 1995 e esta se utilizou do pipeline brasileiro, a
proteção ocorrerá até em setembro de 2015. Nesse último ano COMENTÁRIO
a patente perderá sua eficácia e o produto ou processo cairá Um cookie é um programa de computador trazido e
no domínio público, ou seja, poderá ser copiado livremente por colocado no disco rígido (normalmente) quando acessamos
qualquer indústria, sem pagamento de royalties ao inventor. determinados sites da Internet. O cookie não é um vírus de
O termo inglês pipeline significa "tubulação" e é usado em computador (malware), ele é um programa que armazena
sentido figurado na área da propriedade industrial para características de navegação de determinado usuário em
representar a obtenção ou "revalidação" de patente referente a determinado site.
produto ou processo que ainda não foi colocado no mercado, O cookie pode inclusive armazenar dados pessoais de
ou seja, está na "tubulação", entre a bancada de pesquisa e o usuários e até mesmo suas senhas, quando eles digitam
mercado (nesse sentido, Gabriel Di Blasi, Mario Soerensen essas informações em navegação em sites. Por conter esses
Garcia e Paulo Parente M. Mendes, A Propriedade Industrial, dados, o cookie pode representar e potencializar os riscos, ou
p. 159, Rio de Janeiro, Forense, 1998). A patente pipeline seja, aumentar a vulnerabilidade do sistema.
também foi utilizada pelo México e Coréia para que suas A questão está errada porque afirma que os navegadores
indústrias se adaptassem às novas regras de patenteamento, de Internet (web browsers) não possuem a possibilidade de
que conferiram maior proteção à indústria estrangeira excluir os cookies, o que não é verdade, pois a totalidade dos
atuais navegadores de Internet possuem controle sobre os
Autor: Silvio Antonio Marques arquivos cookies (possibilidade de excluí-los).
Promotor de Justiça, mestre e doutor em Direito pela PUC-SP,
professor de Direito Comercial do Curso FMB. 2) POLÍCIA FEDERAL – AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL
Sistemas de comunicação móvel pessoal, com tecnologia
digital do tipo GPRS e CDMAone, são capazes atualmente de
É possível a modulação dos efeitos de uma permitir o envio de mensagens de correio eletrônico a partir do
decisão em RE? OE6. Para isso, é necessário que o driver WAP (wireless
application protocol) do Windows XP esteja instalado no
A modulação dos efeitos tem como parâmetro a segurança
celular a partir do qual a mensagem deverá ser enviada.
jurídica ou a confiança legítima dos indivíduos nas leis e nas
posturas estatais. Por isso, é possível tanto no controle RESPOSTA: ERRADO
concentrado (nesse caso, com previsões expressas nas leis COMENTÁRIO
que tratam das ações) quanto no controle difuso de Os sistemas de comunicação móvel pessoal apresentados
constitucionalidade. Por exemplo, o mesmo STF, no RE nesta questão referem-se, basicamente, ao uso da tecnologia
560626/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. em 11 e 12.06.2008, de telefonia celular.
decidiu modular os efeitos da declaração de GPRS é a forma de transmissão de dados usados em
inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 da Lei 8.212/1991 telefonia celular, enquanto que CDMA é o uso da voz em
(reconhecida na Súmula Vinculante 08), atribuindo eficácia ex telefonia celular.
nunc à inconstitucionalidade desses preceitos, de maneira que O driver (programa de base que configura corretamente um
os prazos de 10 anos previstos nos dispositivos periférico no computador) deve estar instalado no computador
inconstitucionais valerão apenas para os recolhimentos (neste caso, a questão mostra que usamos o sistema
efetuados antes de 11.06.2008 e não impugnados até a operacional Windows, pois a menção do OE6: Outlook
mesma data, seja pela via judicial, seja pela via administrativa. Express 6) pelo seu sistema operacional. O driver desse
periférico (celular) não estará instalado no próprio aparelho,
Autor: José Carlos Francisco isso não faz sentido algum.
Juiz Federal, professor de Direito Constitucional do Curso Autor: Rodney José Idankas – professor de informática do
FMB.
curso FMB, autor do Livro de Informática para Concursos,
publicado pela Editora Método e Questões de Informática
publicado pela Editora Novas Conquistas.

Visite o blog do professor Rodney!!!


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IMPERDÍVEL! de aula enriquecendo a abordagem com as tendências
doutrinárias e jurisprudenciais sobre os assuntos tratados e
exemplos práticos que facilitam o entendimento e a
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memorização.
Caro leitor, Com conteúdo moderno e alinhado às recentes reformas do
Depois que você acessar pela primeira vez o site do Código de Processo Civil, o trabalho está organizado em
Professor Daniel Amorin Neves, você não vai mais desplugar!! volume único que abrange seis divisões, totalizando oitenta
O site tem muitas informações interessantes, veja: capítulos: Teoria geral do processo, Processo/fase de
conhecimento, Meios de impugnação das decisões judiciais,
- ARTIGOS: o professor disponibiliza para consulta alguns Execução, Tutela de urgência e Procedimentos especiais de
artigos que escreveu e publicou em revistas especializadas e
jurisdição contenciosa.
livros.
- INFORMATIVOS STJ/STF: tem dois propósitos - o primeiro é Não perca a oportunidade de ter em um único volume todo
disponibilizar todas as semanas os julgados constantes dos Processo Civil com muita didática e conteúdo.
informativos dos tribunais superiores que tratem de matéria Eu já li e Recomendo!!
processual civil; o segundo é disponibilizar alguns comentários
a respeito de julgados que reputo mais interessantes.
- DANIEL RESPONDE: Nessa seção o prof. Daniel responde FEIRA DO CONCURSO PÚBLICO
indagações enviadas pelos internautas que reputar
interessantes do ponto de vista acadêmico e prático. No mês de março teremos duas grandes feiras do concurso
- CONCURSOS PÚBLICOS: Serão disponibilizadas questões público em São Paulo.
de processo civil de provas de concursos para as carreiras O Curso FMB, sempre presente nesses eventos especiais,
jurídicas. Algumas provas são comentadas, para que o estará com stands nas duas feiras, sorteando bolsas,
internauta compreenda o gabarito oficial. apostilas, descontos, etc.
- MINHA OPINIÃO: O objetivo da seção minha opinião é Alguns de nossos professores ministrarão palestras,
exteriorizar alguns pensamentos a respeito de temas variados deixando o evento ainda mais interessante. Vejam:
do processo civil. São textos curtos, objetivos, que buscam tão * Rodney José Idankas - Tendência de informática nas
somente tornar públicas posições prof. Daniel. provas dos concursos atuais.
- PROMOÇÕES: Serão sorteados livros para aqueles que
estiverem cadastrados no site. Os livros sorteados não serão * Vanessa C. F. Ferrari - A função do Juiz e o ideal de
necessariamente de processo civil, sendo fruto de doação de Justiça.
editoras e autores. Todo mês haverá também o sorteio de um
exemplar de meu Manual de Direito Processual Civil. * Léo Vinicius - Atuação da Procuradoria do Município e
Concurso de Ingresso na Carreira.
Essas são apenas algumas das colunas que você
encontrará no site.
* Hélio Narvaez - Concurso Público: um objetivo de Vida.
Você não vai perder essa oportunidade, vai? O que está
esperando para se cadastrar?? * Adriano Claro - O papel do Ministério Público na Sociedade.
Eu tenho certeza que será uma “febre” entre os
“concurseiros” !!!! * Flávio Monteiro de Barros - Como estudar para Concurso
Público.
Aproveito a oportunidade para informar que já está
disponível a 2ª Edição do Manual de Direito Processual Civil Nos dias 05, 06 e 07 acontece a Feira da Carreira Pública
de autoria do professor Daniel Amorim Neves, publicado pela Acesse e veja toda programação:
Editora Método. http://www.feiradacarreirapublica.com.br

Nos dias 12 e 13 acontece a Feira do Concurso Público


Acesse e veja toda programação:
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Quer saber o melhor de tudo?


Você pode entrar nas duas feiras de forma gratuita.
Você não perder, vai???

Encontro vocês por lá!!!

A obra trata com profundidade dos temas relativos ao


Processo Civil e das recentes alterações produzidas na
legislação processual. Com linguagem clara e didática, o autor
procura trazer para a obra a habilidade desenvolvida em sala
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OTIMISMO & MOTIVAÇÃO
VOCÊ SOFREU NO PASSADO...
....Mas, o que deseja daqui para a frente?
Ficar remoendo o que se foi e estragar o que sente agora?
E prejudicar o futuro, que deve nascer de imagens mentais
positivas?
Ademais, e a poderosa energia de ação e transformação que
você tem, onde a emprega?
E o seu livre arbítrio, o que faz dele?
Use-os.
Abandone, de vez, as más lembranças.
Muitos já fizeram isso, e tornaram-se vencedores.
O passado é superado pela abertura para o bom agora e o
melhor futuro.
Autor: Lourival Lopes

Aplique esse texto na sua “vida de concurseiro”.


Esqueça as frustrações, as decepções de não ter passado
nesta ou naquela prova.
Pare de se cobrar, de se culpar.....como eu pude errar
aquela questão tão fácil?? Se eu não tivesse errado na
marcação do gabarito, teria passado.....não me perdôo!
Quantas vezes você já disse isso, não?
Ah! Era a prova da sua vida?? Puxa, que pena!!!
Por algum motivo você não passou naquela prova, motivo
este que você desconhece.
Abandone essa lembrança triste.....RECOMECE!!!!
Você não vai desistir agora que chegou tão perto, vai?
Agora é uma questão de tempo, paciência e perseverança.
Lembre-se sempre: “SÓ NÃO PASSA QUEM DESISTE!”
Quando você ingressar na carreira pública, tenho certeza
que vai se lembrar das provas passadas. Sim, aquelas que
você “jurava ser a prova da sua vida”. E sabe o que vai
acontecer nesse momento? Você vai ter a resposta do “porque
não passou naquela outra oportunidade”.
Muitos que prestavam concurso apenas para o Ministério
Público, hoje estão extremamente felizes na
Magistratura.......outros que prestavam apenas para
Magistratura, hoje não trocam a Carreira do Ministério Público
por “nada nesse mundo”.
A vida é assim, nos “prega cada peça” não é mesmo?
Então faça a sua parte, ESTUDE FIRME!! NÃO DESISTA!!
Ah! Não se esqueça de praticar esportes, tirar um dia para
relaxar, passear, se divertir um pouco. Isso é muito importante
para o rendimento dos estudos.

Vai recarregar as “suas” pilhas!!!! Pode apostar!!

Um abraço a todos!

Autora: Tânia Faga

Elaboração do informativo: Tânia Regina Trombini Faga


Comentários, Críticas & Sugestões: tania@cursofmb.com.br

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