Incerteza na Medição
1
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 0 Introdução
0. Introdução
2
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 0 Introdução
3
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 1 Escopo
1. Escopo
1.1. Este Guide estabelece as regras gerais resultado da medição e sua incerteza podem
para avaliar e expressar a incerteza em ser conceituais e baseados inteiramente em
medição que pode ser seguida em vários níveis dados hipotéticos, o termo resultado de uma
de exatidão e em muitos campos - do chão de medição quando usado neste Guide deve ser
fábrica para a pesquisa fundamental. Assim, os interpretado neste contexto mais amplo.
princípios deste Guide podem ser aplicáveis a 1.4. Este Guide fornece as regras gerais para
um largo espectro de medições, incluindo avaliar e expressar a incerteza na medição e
aquelas requeridas para: não instruções detalhadas e tecnologicamente
- manter o controle de qualidade e garantia específicas. Além disso, ele não discute como
da qualidade na produção a incerteza de um resultado particular de uma
medição , uma vez avaliada, pode ser usado
- estar de conformidade e atender leis e para diferentes objetivos, por exemplo, para
regulações tirar conclusões acerca da compatibilidade
- conduzir pesquisa básica e aplicada e deste resultado com outros resultados
desenvolvimento em ciência e engenharia semelhantes, para estabelecer os limites de
tolerância em um processo de fabricação ou
- calibrar padrões e instrumentos e fazer para decidir se um certo modo de ação pode
testes através de um sistema completo ser seguramente tomado. Pode ser necessário
nacional de medição de modo a conseguir desenvolver padrões particulares baseados
rastreabilidade a padrões nacionais neste Guide que trata de problemas peculiares
- desenvolver, manter e comparar padrões a campos específicos de medição ou com os
de referência físicos internacionais e vários usos de expressões quantitativas de
nacionais, incluindo materiais de referência. incerteza. Estas normas podem ser versões
simplificadas deste Guide mas devem incluir o
1.2. Este Guide está principalmente detalhe que é apropriado ao nível de exatidão e
relacionado com a expressão de incerteza na complexidade das medições e usos desejados
medição de uma quantidade física bem
definida - o mensurando - que pode ser Nota - Pode haver situações em que o conceito
caracterizada por um valor essencialmente de incerteza da medição é acreditado não ser
único. Se o fenômeno de interesse pode ser totalmente aplicável, tal como quando a
representado somente como uma distribuição precisão de um método de teste é
de valores ou é dependente de um ou mais determinada.
parâmetros, como o tempo, então os
mensurandos requeridos para sua descrição
são o conjunto de quantidades descrevendo
esta distribuição ou esta dependência.
1.3. Este Guide é também aplicável para
avaliar e expressar a incerteza associada com
o projeto conceitual e a análise teórica de
experimentos, métodos de medição e
componentes complexos e sistemas. Como um
4
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 2 Definições
2. Definições
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 2 Definições
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
3. Conceitos Básicos
o
A discussão adicional de conceitos básicos C e 101 325 Pa mais qualquer outro
parâmetro definido associado necessário, tal
pode ser encontrada no Anexo D, que focaliza
como o modo como a barra é suportada.
as idéias de valor verdadeiro, erro e incerteza e Porém, se o comprimento é para ser
inclui ilustrações gráficas destes conceitos e no determinado com precisão de milímetro (10-3
Anexo E que explora a motivação e a base m), sua especificação não requer uma
estatística para a Recomendação INC-1 temperatura ou pressão definida ou um valor
(1980), sobre a qual este Guide se baseia. para qualquer outro parâmetro definido
Anexo J é um glossário dos principais símbolos Nota - A definição incompleta do mensurando
matemáticos usados neste Guide. pode fazer aparecer um componente da
incerteza suficientemente grande que deve
ser incluído na avaliação da incerteza do
3.1. Medição resultado da medição (ver D.1.1, D.3.4 e
D.6.2).
3.1.1. O objetivo de uma medição (B.2.5) é
determinar o valor (B.2.2.) de um mensurando 3.1.4. Em muitos casos, o resultado de uma
(B.2.9), isto é, o valor de uma quantidade medição é determinado em base de séries de
particular (B.2.1, nota 1) a ser medida. Uma observações obtidas sob condições de
medição então começa com uma especificação repetibilidade (B.2.15, nota 1).
aproximada do mensurando, o método de 3.1.5. Variações em observações repetidas são
medição (B.2.7), e o procedimento de assumidas a aparecer por causa das
medição (B.2.8). quantidades de influência (B.2.10) que
Nota - O termo valor verdadeiro (Anexo D) podem afetar o resultado da medição não são
não é usado neste Guide por razões dadas mantidas completamente constantes.
em D.3.5; os termos valor de um mensurando
(ou de uma quantidade) e o valor verdadeiro 3.1.6. O modelo matemático da medição que
de um mensurando (ou de uma quantidade) transforma o conjunto de observações
são vistos como equivalentes. repetidas no resultado da medição é de
importância crítica porque, além das
3.1.2. Em geral, o resultado de uma medição observações, ele geralmente inclui várias
(B.2.11) é somente uma aproximação ou quantidades de influência que são conhecidas
estimativa (C.2.26) do valor do mensurando e não exatamente. Esta falta de conhecimento
assim é completo somente quando contribui para a incerteza do resultado de
acompanhado por uma expressão da incerteza medição, tal como as variações de
(B.2.18) desta estimativa). observações repetidas e qualquer incerteza
3.1.3. Na prática, a especificação requerida ou associada com o modelo matemático em si.
a definição de um mensurando é ditado pela 3.1.7. Este Guide trata do mensurando como
requerida precisão da medição (B.2.14). O um escalar (uma quantidade simples). A
mensurando deve ser definido com suficiente extensão para um conjunto de mensurandos
completude com relação à precisão requerida relativos determinados simultaneamente na
de modo que para todos os objetivos práticos mesma medição requer a substituição do
associados com a medição seu valor é único. É mensurando escalar e sua variância (C.2.11,
neste sentido que a expressão valor do C.2.20, C.3.2) por um mensurando vetor e
mensurando é usado neste Guide. matriz de covariância (C.3.5). Tal substituição
Exemplo - Se o comprimento de uma barra de é considerada neste Guide somente nos
aço nominalmente com um metro é para ser exemplos (H.2, H.3 e H.4).
determinado com a precisão de um
micrômetro (10-6 m), sua especificação deve
incluir a temperatura e a pressão em que o 3.2. Erros, Efeitos e correções
comprimento é definido. Assim, o 3.2.1. Em geral, uma medição tem
mensurando deve ser especificado como, por imperfeições que provocam um erro (B.2.19)
exemplo, o comprimento da barra em 25,00
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 3 Conceitos Básicos
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 3 Conceitos Básicos
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 3 Conceitos Básicos
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
1 n 1
y=Y= ∑ Yk = n ∑ f ( X 1,k , X 2,k ,..., X N,k )
n k =1
Assim, para uma quantidade de entrada Xi
estimada de n observações independentes
Isto é, y é tomado como a média aritmética repetidas Xi,k, a média aritmética X i obtida da
(ver 4.2.1) de n determinações independentes eq. (3) é usada como a estimativa de entrada xi
Yk de Y, cada determinação tendo a mesma na eq. (2) para determinar o resultado da
incerteza e cada uma sendo baseada em um
conjunto completo de valores observados de medição y, isto é, xi = X i . Estas estimativas de
N quantidades de entrada Xi, obtidas ao entrada não calculadas de observações
mesmo tempo. Este modo de fazer média, repetidas devem ser obtidas por outros
em vez de y = f ( X 1 , X 2 ,..., X N ) , onde métodos, tais como os indicados na segunda
n categoria de 4.1.3.
1
Xi = ∑ X i,k é a média aritmética das
n k =1
4.2.2. As observações individuais qk diferem
em valor por causa das variações aleatórias
observações individuais Xi,k, pode ser nas quantidades de influência ou efeitos
preferível quando f é uma função não linear
aleatórios (ver 3.2.2). A variância experimental
das quantidades de entrada X1, X2, ,..., XN,
mas os dois enfoques são idênticos se f for das observações, que estima a variância σ2 da
uma função linear de Xi (ver H.2 e H.4). distribuição da probabilidade de q, é dada por:
4.1.5. O desvio padrão estimado associado 1 n
com a estimativa de saída ou resultado da s 2 ( qk ) = ∑ ( q k − q) 2
n − 1 k =1
(4)
medição y, chamado de incerteza padrão
combinada e denotada por uc(y), é determinado
do desvio padrão estimado associado com
cada estimativa de entrada xi, chamada Esta estimativa da variância e sua raiz
incerteza padrão e denotada por u(xi) (ver 3.3.5 quadrada positiva s(qk), chamada de desvio
e 3.3.6). padrão experimental (B.2.17), caracteriza a
variabilidade dos valores observados qk ou
4.1.6. Cada estimativa de entrada xi e sua mais especificamente, sua dispersão em torno
incerteza padrão associada u(xi) é obtida de
uma distribuição de valores possíveis da da média q .
quantidade de entrada Xi. Esta distribuição de
probabilidade pode ser baseada na freqüência, 4.2.3. A melhor estimativa de σ2( q )=σ2/n, a
isto é, baseada em uma série de observações variância da média é dada por:
Xi,k de Xi, ou pode ser uma distribuição a priori.
Avaliações do Tipo A de componentes de s 2 ( qk )
s 2 ( q) = (5)
incerteza padrão são baseadas em n
distribuições de freqüência enquanto as
avaliações do Tipo B são baseadas em
distribuições a priori. Deve ser reconhecido que
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
4.3.5. Considere-se o caso onde, baseada na Assim xi, a expectativa ou valor esperado de Xi,
informação disponível, pode-se estabelecer é o ponto médio do intervalo, xi = (a- + a+)/2,
que há uma chance de 50% que o valor da com variância associada
quantidade de entrada Xi caia no intervalo a- a
a+ (em outras palavras, a probabilidade que Xi (a + − a − )2
u2 (x i ) = (6)
caia dentro deste intervalo é 0,5 ou 50%). 12
Pode-se assumir que a distribuição de valores
possíveis de Xi seja aproximadamente normal, Se a diferença entre os limites a+ e a- é
então a melhor estimativa xi de Xi pode ser denotada por 2a, então a eq. (6) se torna
tomada como o ponto médio do intervalo. Mais
a2
ainda, se o ponto médio do intervalo é u2 (x i ) = (7)
expresso como 3
a = (a+ - a-)/2, pode se tomar u(xi) = 1,48a, por Nota - Quando um componente da incerteza
que para uma distribuição normal com determinado deste modo contribuir muito para
expectativa µ e desvio padrão σ, o intervalo a incerteza do resultado da medição, é
µ ± σ/1,48 inclui aproximadamente 50% da prudente obter mais dados adicionais para
distribuição. sua avaliação posterior.
16
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
p( Xi) = Ae − λ ( X i − x i )
e da eq. (7),
com
u (∆ V ) = 75 mV e
2 2
1
A= λb −
u(∆ V ) = 8,7 mV. (b− e + b + e λb + )
A estimativa do valor do mensurando V, por e
simplicidade, denotado pelo mesmo símbolo
V, é dado por V = ∆ V + ∆ V = 0,928 571 V. e λ ( b− + b+ ) − 1
Pode-se obter a incerteza padrão combinada
λ=
b − e λ ( b− + b+ ) + b +
desta estimativa combinando a incerteza
padrão do Tipo A, 12 mV com a incerteza Isto leva à variância
padrão do Tipo B, 8,7 mV. O método geral
para combinar os componentes da incerteza (b+ − b− )
é dado na cláusula 5, com este exemplo u2 (x i ) = b+ b− −
tratado em 5.1.5. λ
4.3.8. Em 4.3.7, os limites superior e inferior a+ Para b+ > b-, λ > 0 e para b+ < b-, λ < 0.
e a- para a quantidade de entrada Xi podem 4.3.9. Em 4.3.7, como não havia conhecimento
não ser simétricos com relação a sua melhor específico acerca dos valores possíveis de Xi
expectativa xi, mas especificamente, se o limite dentro de seus limites estimados a- a a+, podia-
inferior é escrito como a- = xi - b- e o limite se somente assumir que era igualmente
superior como a+ = xi + b+, então b- ≠ b+. Como provável para Xi tomar qualquer valor dentro
neste caso xi (assumido ser a expetativa de Xi) destes limites, com zero probabilidade de ser
não é o centro do intervalo a- a a+, a fora deles. Tais descontinuidades da função
distribuição da probabilidade de Xi não pode degrau em uma distribuição de probabilidade
ser uniforme através do intervalo. Porém, pode são geralmente não físicas. Em muitos casos,
não haver informação disponível suficiente é mais realístico esperar que valores próximos
para escolher uma distribuição apropriada, dos limites são menos prováveis que aqueles
diferentes modelos produzem expressões próximos do ponto médio. É então, razoável
diferentes para a variância. Na ausência de tal substituir a distribuição retangular simétrica por
informação, a aproximação mais simples é: uma trapezoidal simétrica tendo iguais
inclinações dos lados (um trapézio isósceles),
(b − + b + ) 2 ( a + − a − ) 2 uma base de comprimento
u2 (x i ) = = (8)
12 12 a+ - a- = 2a e uma altura de 2ab, onde 0 ≤ b ≤ 1.
Quando b →1, esta distribuição trapezoidal se
que é a variância de uma distribuição
aproxima da distribuição retangular de 4.3.7,
retangular com comprimento total de b+ + b-.
enquanto para b = 0, é uma distribuição
(Distribuições assimétricas são também
triangular (ver 4.4.6 e Fig. 2b). Assumindo tal
discutidas em F.2.4.4 e G.5.3).
distribuição trapezoidal para Xi, acha-se que a
Exemplo - Se no exemplo 1 de 4.3.7 o valor expectativa de Xi é xi = (a- + a+)/2 e sua
do coeficiente é dado no handbook como variância associada é
α20(Cu) = 16,52 x 10-6 oC-1 e é estabelecido
que o menor valor possível é 16,40 x 10-6 oC-1 a 2 (1 + β 2 )
e o maior valor possível =e 16,92 x 10 -6 oC-1 u2 (x i ) = (9a)
então b- = 0,12 x 10 -6 oC-1 e b+ = 0,40 x 10 -6 6
o -1
C e da eq. (8), u(α20) = 0,15 x 10 -6 oC-1. que se torna uma distribuição triangular, β = 0,
Notas
a2
1. Em muitos situações práticas de medição u2 (x i ) = (9b)
onde os limites são assimétricos, pode ser 6
apropriado aplicar uma correção para estimar
Notas
xi de magnitude (b+ - b-)/2 de modo que a
nova estimativa xi' de Xi está no ponto médio 1. Para uma distribuição normal com
dos limites: xi' = (a- + a+)/2. Isto reduz a expectativa µ e desvio padrão σ, o intervalo
situação ao caso de 4.3.7, com novos valores µ ± 3σ engloba aproximadamente 99,73% da
b'+ = b'- = distribuição. Assim, se os limites superior e
(b+ + b-)/2 = (a+ - a-)/2 = a. inferior a+ e a- definem 99,73% em vez de
100% e Xi pode ser assumido ser
2. Baseado no princípio de máxima entropia,
aproximadamente normalmente distribuído
a função densidade de probabilidade no caso
em vez de não tendo conhecimento
assimétrico pode ser mostrado como sendo
específico acerca de Xi, entre os limites como
17
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
2 2
em 4.2.7, então u ( x i ) = a / 9 . Por 4.4.2. Na Fig. 1a é assumido que a quantidade
de entrada Xi é uma temperatura t e que dus
comparação, a variância de uma distribuição
simétrica retangular de meia largura a é a2/3. distribuição desconhecida é uma distribuição
[eq. (7)] e que uma distribuição triangular normal com expectativa µ1 = 100 oC e desvio
simétrica de média largura a é a2/6 [eq. (9b)]. padrão σ = 1,5 oC. Sua função densidade de
Os tamanhos das variâncias das três probabilidade é então (ver C.2.14):
distribuições são surpreendentemente
similares em vista das grandes diferenças na (i− µ 1 )2
1 −
2σ 2
quantidade de informação requerida para p( t ) = e
justificá-las. σ 2π
2. A distribuição trapezoidal é equivalente à
convolução de duas distribuições
retangulares [10], uma com a meia largura a1 Nota - A definição de uma função de
igual à média da meia largura do trapezoide, densidade de probabilidade p(t) requer que a
a1 = a(1 + β)/2; a outra com a meia largura a2
igual à largura média de uma das porções
relação ∫ p( z)dz = 1 seja satisfeita
triangulares do trapezoide, a2= a(1 - β)/2. A
4.4.3. A Fig. 1b mostra um histograma de n =
a2 a2
2 20 observações repetidas tk da temperatura t
variância da distribuição é u = 1 + 2 . A
3 3 que são assumidas serem tomadas
distribuição convolvida pode ser interpretada aleatoriamente da distribuição da Fig. 1a. Para
como uma distribuição cuja largura 2a1 tem obter o histograma, as 20 observações ou
uma incerteza representada por uma amostras, cujos valores são dados na Tab. 1,
distribuição retangular de largura 2a2 e são agrupados em intervalos de largura de 1
modela o fato que os limites em uma o
C. (A preparação de um histograma não é
quantidade de entrada não são exatamente necessária para a análise estatística dos
conhecidos. Mas, mesmo se a2 é maior 30%
dados).
que a1, u excede a1/ 3 por menos que 5%.
4.3.10. É importante não contar duplamente
os componentes da incerteza. Se um
componente de incerteza aparece de um
efeito particular obtido de uma avaliação do
Tipo B, ele deve ser incluído como um
componente independente de incerteza no
cálculo da incerteza padrão combinada do
resultado da medição somente no sentido que
o efeito não contribui para a variabilidade
observada das observações. Isto é por que a
incerteza devido a esta porção do efeito que
contribui para a variabilidade já está incluída
no componente da incerteza obtido da análise
estatística das observações.
4.3.11. A discussão da avaliação da incerteza
padrão do Tipo B em 4.3.3 a 4.3.9 é
significativa somente por ser indicativa. Além
disso, as avaliações da incerteza devem ser
baseadas em dados quantitativos, como
enfatizado em 3.4.1 e 3.4.2.
18
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 4 Avaliando a incerteza padrão
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 5. Determinando a incerteza padrão combinada
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 5. Determinando a incerteza padrão combinada
c 1 = ∂P / ∂V = 2V / R o [1 + α( t − t o )] = 2P / V
∂f
ci =
∂X i
c 2 = ∂P / ∂R o = − V 2 / R 2o [1 + α(t − t o )] = −P / R o X i = X i ,0
e
2 2
c 3 = ∂P / ∂α = − V ( t − t o ) / R o [1 + α( t − t o )] δ i = X i − X i,0
= −P( t − t o ) / [1 + α( t − t o )]
Assim, para os objetivos de uma análise de
incerteza, um mensurando é usualmente
aproximado por uma função linear de suas
variáveis, transformando suas quantidades de
c 4 = ∂P / ∂t = − V 2 α / R o [1 + α(t − t o )] 2 entrada de Xi para δi (ver E.3.1).
= −Pα / [1 + α( t − t o )] Exemplo - Do exemplo 2 de 4.3.7, a
estimativa do valor do mensurando V é
e
V = V + ∆ V onde V =0,928 571 V, u( V ) =
2 2
∂P ∂P 2 12 µV, a correção aditiva ∆ V = 0 e u(∆ V ) =
u 2 (P ) = u 2 ( V ) + u (R o ) + 8,7 µV. Desde que
∂V ∂R o
∂P
2
∂P
2
∂V / ∂ V = 1 e ∂V / d( ∆ V) = 1, a variância
+ u 2 (α ) + u 2 ( t ) combinada associada com V é dada por
∂α ∂t
ou u 2c ( V ) = u 2 ( V) + u 2 ( ∆ V) = (12µV ) 2 + ( 8,7µV) 2
22
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 5. Determinando a incerteza padrão combinada
p p
5.1.6. Se Y é da forma Y = cX 1 1 X 2 2 ... X NN e os
p 5.2.2. Quando as quantidades de entrada são
correlatas, a expressão apropriada para a
expoentes pi são números conhecidos
variância combinada associada com o
positivos ou negativos tendo incertezas
resultado de uma medição é:
desprezíveis, a variância combinada, eq. (10),
pode ser expressa como: N N
∂f ∂f
u 2c ( y) = ∑ ∑ u( x i , x j )
j = 1 x i ∂x j
∂
2 2
u c ( y) N
piu( x i ) i=1
y = ∑ (12)
i=1 x i
2
Esta é da mesma forma que a eq. (11a) mas N
∂f N−1 N
∂f ∂f
= ∑ u 2 ( x i ) + 2∑ ∑ u( x i , x j )
com a variância combinada u 2c ( y) expressa
i = 1 ∂x i i = 1 j = i + 1∂x i ∂x j
com a variância combinada relativa [uc(y)/y)]2 e (13)
a variância estimada u2(xi) associada com cada
expectativa de entrada expressa como uma
variância relativa estimada [u(xi)/xi]2. A onde xi e xj são as estimativas de Xi e Xj e u(xi,
incerteza padrão combinada relativa é uc(y)/ y xj) = u(xj,xi) é a covariância estimada associada
e a incerteza padrão relativa de cada com xi e xj. O grau de correlação entre xi e xj é
caracterizado pelo coeficiente de correlação
estimativa de entrada u(xi)/ x i com y ≠ 0 e
estimado (C.3.6)
x i ≠ 0.
u( x i , x j )
r( x i , x j ) = (14)
Notas: Quando Y tem esta forma, sua u( x i )u( x j )
transformação para uma função linear de
variáveis (ver 5.1.5) é facilmente conseguida onde r(xi,xj) = r(xj,xi) e -1 ≤ r(xi,xj) ≤ +1. Se as
fazendo Xi = Xi,0 (1 + δi), para assim resultar a
estimativas xi e xj são independentes, r(xi,xj) = 0
seguinte relação aproximada:
e a variação de uma não implica em variação
( Y − Y0 ) N esperada na outra. (ver C.2.8, C.3.6 e C.3.7
= ∑ piδ i para discussão adicional).
Y0 i=1
Em termos de coeficientes de correlação, que
Por outro lado a transformação logarítmica são mais facilmente interpretadas do que
Z = ln Y e Wi = ln Xi leva a uma linearização covariâncias, a covariância da eq. (13) pode
exata em termos das novas variáveis:
ser escrito como
N
Z = ln c + ∑ pi Wi
i=1 N N
∂f ∂f
2∑ ∑ u( x i , x j )r( x i , x j ) (15)
2. Se cada pi é +1 ou -1, a eq. (12) se torna
i = 1 j = i + 1∂x i ∂x j
2 2
u c ( y) N
u( x i A eq. 13 se torna, com a ajuda da eq. (11b):
y = ∑
i=1 x i N N N
u 2c ( y) = ∑ c i2u 2 ( x i ) + 2∑ ∑ c i c ju( x i )u( x j )r ( x i , x j )
que mostra que para este caso especial a i =1 i =1 j = i +1
variância combinada relativa associada com a
estimativa y é simplesmente igual à soma das (16)
variâncias relativas estimadas associadas
com as estimativas de entrada xi. Notas
1. Para o caso muito especial onde todas as
estimativas de entrada são correlacionadas
5.2. Quantidades de entrada com coeficientes r(xi,xj) = +1, a eq. (16) se
correlatas reduz a
2 2
As eq. (10) e as suas derivadas eq. (11) e (12) N N ∂f
são válidas somente se as quantidades de u 2c ( y) = ∑ i i = ∑
c u( x ) u( x i )
entrada Xi são independentes e não correlatas i =1 i = 1 ∂x i
(as variáveis aleatórias, não as quantidades
físicas que são assumidas serem invariantes -
ver 4.1.1). Se algumas das Xi são A incerteza padrão combinada uc(y) é então
significativamente correlatas, as correlações simplesmente a raiz quadrada positiva de uma
devem ser consideradas. soma linear de termos representando a
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 5. Determinando a incerteza padrão combinada
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) 5. Determinando a incerteza padrão combinada
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) Determinando a incerteza
expandida
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Expressão da Incerteza: 1993 (E) Determinando a incerteza
expandida
completo dos usos do resultado da medição
podem facilitar a seleção do valor apropriado
de k.
Nota - Ocasionalmente, pode se achar que
uma correção conhecida b para um efeito
sistemático não tem sido aplicada para o
resultado reportado de uma medição, mas em
vez disso se tenta levar em consideração o
efeito, aumentando a incerteza atribuída ao
resultado. Isto deve ser evitado, somente em
circunstâncias muito especiais as correções
para efeitos sistemáticos significativos
conhecidos não devem ser aplicadas ao
resultado de uma medição (ver F.2.4.5 para
um caso específico e como tratá-lo).
Avaliando a incerteza de um resultado de
medição não deve ser confundido com
atribuindo um limite de segurança para
alguma quantidade.
6.3.2. Idealmente, deve-se ser capaz de
escolher um valor específico do fator de
cobertura k que forneça um intervalo Y = y ± U
= y ± kuc(y) correspondendo a um nível
particular de confiança p, tais como 95 ou 99%.
De modo equivalente, para um dado valor de k,
deve-se ser capaz de estabelecer sem
ambigüidade o nível de confiança associado
com este intervalo. Porém, isto não é fácil de
fazer, na prática, por que se requer um
conhecimento extensivo da distribuição de
probabilidade caracterizada pelo resultado da
medição y e sua incerteza padrão combinada
uc(y). Embora estes parâmetros sejam de
grande importância, eles são insuficientes para
o objetivo de estabelecer intervalos tendo
exatamente níveis conhecidos de confiança.
6.3.3. A Recomendação INC-1 (1980) não
especifica como a relação entre k e p deve ser
estabelecida. Este problema é discutido no
Anexo G e um método preferido para sua
solução aproximada é apresentado em G.4 e
resumido em G.6.4. Porém, um enfoque mais
simples, discutido em G.6.6 é geralmente
adequado em situações de medição onde a
distribuição de probabilidade caracterizada por
y e uc(y) é aproximadamente normal e os graus
efetivos de liberdade de uc(y) é de tamanho
significativo. Quando este é o caso, que
freqüentemente ocorre na prática, pode-se
assumir que tomando k = 2 produz um intervalo
tendo um nível de confiança de
aproximadamente 95% e que tomando k = 3
produz um intervalo tendo um nível de
confiança de aproximadamente 99%.
Nota - Um método para estimar os graus
efetivos de liberdade de uc(y) é dado em G.4.
A Tab. G.2 do Anexo G pode então ser usado
para ajudar a decidir se esta solução é
apropriada para uma determinada medição
=
(ver G.6.6). APOSTILA\INCERTEZA Guide1.doc 15 JUL 96
27
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 7. Reportando a
incerteza
Reportando a incerteza
28
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 7. Reportando a
incerteza
d) dar a informação indicada em 7.2.7 ou Quando reportando o resultado de uma
referir a documento publicada que a medição e quando a medida da incerteza é a
contenha. incerteza expandida U = kuc(y), deve-se
Se for julgado útil para os usuários do resultado a) dar uma descrição completa de como o
da medição, por exemplo, ajudar no cálculo mensurando Y é definido;
futuro dos fatores de cobertura ou assistir no
b) apresentar o resultado da medição como
entendimento da medição, pode-se indicar
Y = y ± U e dar as unidades de y e U;
a) a estimativa efetiva dos graus de liberdade
(ver G.4); c) incluir a incerteza expandida relativa U/ y ,
b) as incertezas padrão combinadas do Tipo A com y ≠ 0, quando apropriado;
e do Tipo B ucA(y) e ucB(y) e seus graus de
liberdade efetivos estimados νefA e νefB ver d) dar o valor de k usado para obter U [ou,
G.4.1., nota 3) para a conveniência do usuário do
resultado, dar ambos k e uc(y)];
7.2.2. Quando a medida da incerteza é uc(y), é
preferível estabelecer o resultado numérico da e) dar o nível aproximado de confiança
medição em um dos seguintes quatro modos associado com o intervalo y ± U e
de modo a evitar mal entendidos. (A apresentar como ele foi determinado;
quantidade cujo valor está sendo reportado é f) dar a informação listada em 7.2.7 ou referir
assumido ser um padrão de massa mS de 100 a documento publicado que a contenha.
g; as palavras em parênteses podem ser
omitidas por brevidade se uc é definido em 7.2.4. Quando a medida da incerteza é U, é
algum outro lugar do documento reportando o preferível, para máxima claridade, apresentar o
resultado) resultado numérico da medição como no
exemplo seguinte. (As palavras em parênteses
1) mS = 100,021 47 g com (uma incerteza podem ser omitidas por brevidade se U, uc(y) e
padrão combinada) uc = 0,35 mg. k são definidos em algum outro lugar no
2) mS = 100,021 47 (35) g, onde o número em documento reportando o resultado.)
parênteses é o valor numérico da (incerteza mS = (100,021 47 ± 0,000 79) g, onde o
padrão combinada) uc referido aos últimos número seguindo o símbolo ± é o valor
dígitos correspondentes do resultado numérico de (uma incerteza expandida) U = k
cotado. uc, com U determinada de (uma incerteza
padrão combinada) uc = 0,35 mg e (um fator
3) mS = 100,021 47 (0,000 35) g, onde o de cobertura) k = 2,26 baseado na
número em parênteses é o valor numérico distribuição t para ν = 9 graus de liberdade e
da (incerteza padrão combinada ) uc define um intervalo estimado para ter um
expressa na unidade do resultado cotado. nível de confiança de 95%.
4) mS = 100,021 47 ± 0,000 35 g, onde o 7.2.5. Se uma medição determina
número seguindo o símbolo ± é o valor simultaneamente mais do que um mensurando,
numérico da (incerteza padrão combinada ) isto é, se ela fornece duas ou mais estimativas
uc e não um intervalo de confiança. de saída yi (ver H.2, H.3 e H.4), então, além de
dar yi e uc(y), dar os elementos da matriz de
Nota - o formato ± deve ser evitado sempre
que possível porque ele tem sido
covariância u(yi,yj) ou os elementos r(yi,yj) da
tradicionalmente usado para indicar um matriz de coeficientes de correlação (C.3.6,
intervalo correspondendo a um alto nível de nota 2) (e preferivelmente ambos).
confiança e assim pode ser confundido com a
7.2.6. Os valores numéricos da estimativa y e
incerteza expandida (ver 7.2.4). Além disso,
embora o propósito do formato em 4) seja sua incerteza padrão uc(y) ou incerteza
evitar tal confusão, escrevendo Y = y ± uc(y) expandida U não devem ser dados com um
poderia ainda ser mal entendida para número excessivo de dígitos. É usualmente
implicar, especialmente se o formato é suficiente cotar uc(y) e U [bem como as
acidentalmente omitido, que uma incerteza incertezas padrão u(xi) das estimativas de
expandida com entrada xi] com, no máximo, dois algarismos
k = 1 é pretendida e que o intervalo y - uc(y) ≤ significativos, embora em alguns casos possa
Y ≤ y + uc(y) tem um nível de confiança ser necessário reter dígitos adicionais para
especificado p, por exemplo, que associado evitar erros de arredondamento em cálculos
com a distribuição normal (ver G. 1.3). Como subsequentes.
indicado em 6.3.2 e Anexo G, interpretando
uc(y) deste modo é usualmente difícil para
justificar.
29
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 7. Reportando a
incerteza
Reportando os resultados finais, pode ser
apropriado, muitas vezes, arredondar as
incertezas para cima, em vez de arredondar
para o valor mais próximo. Por exemplo, uc(y) =
10,47 mΩ deve ser arredondado para 11 mΩ,
em vez de 10 mΩ. Porém , o bom senso deve
prevalecer e um valor como uc(y) = 28,05 kHz
deve ser arredondado para 28 kHz. Estimativas
de entrada e saída devem ser arredondadas
para ficarem consistentes com suas incertezas;
por exemplo, se y = 10,057 62 Ω com uc(y) =
27 mΩ, y deve ser arredondado para 10,058 Ω.
Coeficientes de correlação devem ser dados
com precisão de três dígitos se seus valores
absolutos são próximos de 1.
7.2.7. No relatório detalhado que descreve
como o resultado de uma medição e sua
incerteza foram obtidos, deve-se seguir as
recomendações de 7.1.4 e assim
a) dar o valor de cada estimativa de entrada xi
e sua incerteza padrão u(xi) junto com uma
descrição de como elas foram obtidas;
b) dar as covariâncias estimadas ou
coeficientes de correlação estimados
(preferivelmente ambos) associados com
todas estimativas de entrada que são
correlatas e os métodos usados para obtê-
los;
c) dar o grau de liberdade para a incerteza
padrão de cada estimativa de entrada e
como ele foi obtido;
d) dar a relação funcional Y = f(X1,X2,..., XN) e
quando eles parecerem úteis, as derivadas
parciais ou coeficientes de sensitividade
∂f / ∂x i . Porém, quaisquer coeficientes
determinados experimentalmente devem ser
dados.
Note - Como a relação funcional f pode ser
muito complexa ou pode não existir
explicitamente mas somente como um
programa de computador, pode não ser
possível dar f e suas derivadas. A função f
pode então ser descrita em termos gerais ou
o programa usado pode ser citado por uma
referência apropriada. Em tais casos, é
importante que seja claro como a estimativa y
do mensurando U e sua incerteza padrão
combinada uc(y) foram obtidas.
30
Expressão da Incerteza: 1993 (E) 8. Sumário do procedimento para avaliar e expressar a incerteza
1. Expressar matematicamente a relação entre saída, calcular suas covariâncias (ver 7.2.5,
o mensurando Y e as quantidades de entrada H.2, H.3 e H.4).
Xi das quais Y depende: Y = f(X1, X2,..., XN). A 7. Se é necessário dar uma incerteza
função f deve conter cada quantidade, expandida U, cujos objetivos é fornecer um
incluindo todas as correções e fatores de intervalo y - U a y + U que pode ser esperado
correção, que podem contribuir um incluir uma grande fração da distribuição de
componente significativo de incerteza para o valores que podem razoavelmente ser
resultado da medição (ver 4.1.1 e 4.1.2). atribuídos ao mensurando Y, multiplicar a
2. Determinar xi, o valor estimado da incerteza padrão combinada uc(y) por um fator
quantidade de entrada Xi, ou com base na de cobertura k, tipicamente na faixa de 2 a 3,
análise estatística de séries de observações ou para obter U = k uc(y). Selecionar k com base
por outros meios (ver 4.1.3). no nível de confiança requerido do intervalo
(ver 6.2, 6.3 e especialmente anexo G, que
3. Avaliar a incerteza padrão u(xi) de cada discute a seleção de um valor de k que produz
estimativa de entrada xi. Para uma estimativa um intervalo tendo um nível de confiança
de entrada obtida da análise estatística de próximo a um valor especificado.
séries de observações, a incerteza padrão é
avaliada como descrito em 4.2 (avaliação da 8. Reportar o resultado da medição y junto com
incerteza padrão do Tipo A). Para uma sua incerteza padrão combinada uc(y) ou
estimativa de entrada obtida por outros meios, incerteza expandida U como discutido em 7.2.1
a incerteza padrão u(xi) é avaliada como e 7.2.3, usar um dos formatos recomendados
descrito em 4.3 (avaliação da incerteza padrão em 7.2.2 e 7.2.4. Descrever, como listado
do Tipo B). também na cláusula 7, como y e uc(y) ou U
foram obtidos.
4. Avaliar as covariâncias associadas com
todas estimativas de entrada que sejam
correlatas (ver 5.2).
5. Calcular o resultado da medição, isto é, a
estimativa y do mensurando Y, da relação
funcional f usando para as quantidades de
entrada Xi as estimativas xi obtidas no passo 2
(ver 4.1.4).
6. Determinar a incerteza padrão combinada
uc(y) do resultado da medição y das incertezas
padrão e das covariâncias associadas com as
estimativas de entrada, como descrito na
cláusula 5. Se a medição determina
simultaneamente mais do uma quantidade de
31
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo A: Recomendações do Grupo de Trabalho e CIPM
Anexo A
32
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo A: Recomendações do Grupo de Trabalho e CIPM
33
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo B: Termos metrológicos gerais
Anexo B
34
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo B: Termos metrológicos gerais
referência convencional ou por um Nota
procedimento de medição ou por ambos.
As operações podem ser feitas
B.2.3. valor verdadeiro (de uma quantidade) automaticamente.
[VIM 1.19] B.2.6. princípio de medição [VIM 2.3]
valor consistente com a definição de uma dada base científica de uma medição.
quantidade particular.
Exemplos
Notas
a) efeito termelétrico aplicado à medição de
1. Este é um valor que seria obtida por uma temperatura;
medição perfeita
b) efeito Josephson aplicado à medição de
2. Valores verdadeiros são, por natureza, diferença de potencial elétrico;
indeterminados
c) efeito Doppler aplicado à medição de
3. O artigo indefinido um, em vez do artigo velocidade ou de vazão;
definido o, é usado em conjunto com valor
verdadeiro, porque pode haver vários valores d) efeito Raman aplicado à medição do
consistentes com a definição de uma dada número de onda de vibrações moleculares.
quantidade particular.
B.2.7. método de medição [VIM 2.4]
Comentário do Guide: Ver Anexo D, em
seqüência lógica de operações, descrita
particular D.3.5, para as razões por que o
genericamente, usada para fazer medições
termo valor verdadeiro não é usado neste
Guide e porque os termos valor verdadeiro de Nota - Métodos de medição podem ser
um mensurando (ou de uma quantidade) e qualificados em vários modos, tais como:
valor de um mensurando (ou de uma - método de substituição
quantidade) são vistos como equivalentes.
- método diferencial
B.2.4. valor verdadeiro convencional (de - método de nulo
uma quantidade) [VIM 1.20]
valor atribuído a uma quantidade particular e B.2.8. procedimento de medição [VIM 2.5]
aceito, algumas vezes por convenção, como conjunto de operações, descrito
tendo uma incerteza apropriada para um dado especificamente, usado para fazer medições
objetivo. particulares de acordo com um dado método
Exemplos Nota - Um procedimento de medição é
a) em um dado local, o valor atribuído à usualmente registrado no documento que é
quantidade realizada por um padrão de geralmente chamado de procedimento de
referência pode ser tomada como um valor medição (ou um método de medição) e é
verdadeiro convencional; usualmente em detalhe suficiente para
possibilitar um operador fazer uma medição
b) o valor recomendado pelo CODATA (1986) sem informação adicional.
para a constante de Avogrado:
6,022 136 7 x 1023 mol-1. B.2.9. mensurando [VIM 2.6]
Notas quantidade particular sujeita à medição
a. Valor verdadeiro convencional é Exemplo - pressão de vapor de uma dada
geralmente chamado de valor atribuído, amostra de água a 20 oC.
melhor estimativa do valor, valor convencional Nota - A especificação de um mensurando
ou valor de referência. Valor de referência, pode requerer declaração acerca de
neste sentido, não deve ser confundido com o quantidades como tempo, temperatura e
valor de referência no sentido usado na nota pressão.
para [VIM 5.7].
2. Freqüentemente, um número de resultados
de medições de uma quantidade é usado
para estabelecer um valor verdadeiro
convencional.
Comentário do Guide: Ver o comentário do
Guide para B.2.3.
35
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo B: Termos metrológicos gerais
proximidade de consenso entre os resultados
B.2.10. quantidade de influência [VIM 2.7]
de medições sucessivas do mesmo
quantidade que não é o mensurando mas que mensurando feitas sob as mesmas condições
afeta o resultado da medição de medição
Exemplos Notas
a) temperatura de um micrômetro usado para 1. Estas condições são chamadas de
medir comprimento condições de repetibilidade
b) freqüência na medição da amplitude de 2. As condições de repetibilidade incluem
uma diferença de potencial elétrica alternada.
- o mesmo procedimento de medição
c) concentração de bilirubin na medição de
concentração de hemoglobina em uma - o mesmo observador
amostra de plasma sangüíneo do homem. - o mesmo instrumento de medição, usado
Comentário do Guide: A definição de sob as mesmas condições
quantidade de influência é entendida para - o mesmo local
incluir valores associados com padrões de
- repetições em um curto período de tempo
medição, materiais de referência e dados de
referência nos quais o resultado de uma 3. A repetibilidade pode ser expressa
medição pode depender, bem como os quantitativamente em termos da dispersão
fenômenos tais como flutuações rápidas do característica dos resultados.
instrumento de medição e quantidades tais
como temperatura ambiente, pressão B.2.16. reprodutibilidade (dos resultados
barométrica e umidade. das medições) [VIM 3.7]
proximidade de consenso entre os resultados
B.2.11. resultado de uma medição [VIM 3.1.] de medições sucessivas do mesmo
valor atribuído a um mensurando, obtido por mensurando feitas sob condições diferentes de
medição medição
Notas Notas
1. Quando um resultado é dado, deve ficar claro se 1. Uma expressão válida da reprodutibilidade
ele se refere a requer a especificação das condições
variadas.
- a indicação
2. As condições variadas podem incluir:
- o resultado não corrigido
- princípio de medição
- o resultado corrigido
- método de medição
e se fez a média de vários valores
- observador
2. Uma apresentação completa do resultado de uma
medição inclui informação acerca da incerteza da - instrumento de medição
medição. - padrão de referencia
B.2.13. resultado corrigido [VIM 3.4] - local
resultado de uma medição depois da correção - condições de uso
do erro sistemático
- tempo
B.2.14. exatidão da medição [VIM 3.5] 3. A reprodutibilidade pode ser expressa
proximidade de consenso entre o resultado de quantitativamente em termos da dispersão
uma medição e um valor verdadeiro do característica dos resultados.
mensurando 4. Os resultados são aqui entendidos como
os resultados corrigidos.
Notas
1. Exatidão é um conceito qualitativo
2. O termo precisão não deve ser usado para
exatidão.
Comentário do Guide: Ver o comentário do
Guide para B.2.3.
36
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo B: Termos metrológicos gerais
3. É entendido que o resultado da medição é
B.2.17 desvio padrão experimental [VIM 3.8] a melhor estimativa do valor do mensurando
para uma série de n medições do mesmo e que todos os componentes da incerteza,
mensurando, a quantidade s(qk) incluindo os que aparecem de efeitos
caracterizando a dispersão dos resultados e sistemáticos, tais como os componentes
dado pela fórmula: associados com correlações e padrões de
referência, contribuem para a dispersão.
n
Comentário do Guide: É mostrado no VIM que
∑ ( q k − q) 2 esta definição e as notas são idênticas às
k =1
s( q k ) = deste Guide (ver 2.2.3).
n−1
B.2.19. erro (da medição) [VIM 3.10]
resultado de uma medição menos um valor
qk sendo o resultado da ka medição e q sendo verdadeiro do mensurando
a média aritmética dos n resultados Notas
considerados
1. Como um valor verdadeiro não pode ser
Notas determinado, na prática é usado um valor
verdadeiro convencional 9ver [VIM] 1.19
1. Considerando a série de n valores como [b.2.3] e 1.20 [B.2.4]).
uma amostra de uma distribuição, q é uma 2. Quando for necessário distinguir erro de
2
estimativa não polarizada da média µq e s (qk) erro relativo, o erro é geralmente chamado de
é uma estimativa não polarizada da variância erro absoluto da medição, que não deve ser
σ2, desta distribuição. confundido com o valor absoluto do erro, que
é o módulo do erro.
2. A expressão s( qk ) / n é uma estimativa Comentário do Guide: Se o resultado de uma
do desvio padrão da distribuição de q e medição depende dos valores de outras
chamado de desvio padrão experimental da quantidades diferentes do mensurando, os
média. erros dos valores medidos destas quantidades
contribuem para o erro do resultado da
3. O desvio padrão experimental da média é, medição. Também ver o Comentário do Guide
às vezes, chamado incorretamente de erro
para B.2.22 e para B.2.3.
padrão da média.
Comentário do Guide: Alguns dos símbolos B.2.20. erro relativo [VIM 3.12]
usados no VIM tem sido trocados para ter erro da medição dividido por um valor
consistência com a notação usada em 4.2 verdadeiro do mensurando
deste Guide.
Nota - Desde que um valor verdadeiro não
B.2.18. incerteza (da medição) [VIM 3.9] pode ser determinado, na prática é usado um
erro verdadeiro convencional (ver [VIM] 1.19
parâmetro, associado com o resultado de uma [B.2.2] e 1.20 [B.2.4]).
medição, que caracteriza a dispersão dos
valores que poderiam razoavelmente ser Comentário do Guide: Ver o Comentário do
atribuído ao mensurando Guide para B.2.3.
Notas
1. o parâmetro pode ser, por exemplo, um
desvio padrão (ou um dado múltiplo dele) ou
a meia largura de um intervalo tendo um
determinado nível de confiança.
2. incerteza da medição compreende, em
geral, muitos componentes. Alguns destes
componentes podem ser avaliados da
distribuição estatística dos resultados de
séries de medições e podem ser
caracterizados por desvios padrão
experimentais. Os outros componentes, que
podem também ser caracterizados por
desvios padrão, são avaliados de
distribuições de probabilidade assumidas
baseadas na experiência ou outra
informação.
37
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo B: Termos metrológicos gerais
B.2.21. erro aleatório [VIM 3.13] B.2.24. fator de correção [VIM 3.16]
resultado de uma medição menos a média que fator numérico pelo qual o resultado não
resultaria de um número infinito de medições corrigido de uma medição é multiplicado para
do mesmo mensurando feitas sob as condições compensar o erro sistemático
de repetibilidade
Nota - 2. Como o erro sistemático não pode
Notas ser perfeitamente conhecido, a compensação
não pode ser completa.
1. Erro aleatório é igual ao erro menos o erro
sistemático
2. Como pode ser feito somente um número
finito de medições, é possível determinar
somente uma estimativa do erro aleatório.
Comentário do Guide: Ver o Comentário do
Guide para B.2.22.
38
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo C: Termos e conceitos estatísticos básicos
Anexo C
39
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo C: Termos e conceitos estatísticos básicos
C.2.8. parâmetro [ISO 3534-1, 1.13] C.2.13. momento central de ordem q [ISO
A relação entre duas ou várias variáveis 3534-1, 1.28]
aleatórias dentro de uma distribuição de duas Em uma distribuição com uma variável, a
ou mais variáveis aleatórias. expectativa da qa potência da variável aleatória
Nota - Muitas medidas estatísticas de centrada (X - µ):
correlação medem somente o grau de relação E[(X - µ)q]
linear.
Nota - O momento central de ordem 1 é a
C.2.9. expectativa (de uma variável aleatória variância da variável aleatória X.
ou de uma distribuição de probabilidade;
valor esperado; média [ISO 3534-1, 1.18] C.2.14. distribuição normal; distribuição de
Laplace-Gauss [ISO 3534-1, 1.37]
1. Para uma variável aleatória discreta X
tomando os valores xi dentro das A distribuição de probabilidade de uma variável
probabilidades pi, a expectativa, se existir, é: aleatória continua X, a função de densidade de
probabilidade de que é
µ = E( X ) = ∑ pi x i
a integral sendo estendida sobre todo o C.2.15. característica [ISO 3534-1, 2.2]
intervalo de variação de X. Uma propriedade que ajuda a identificar ou
diferenciar entre itens de uma dada população.
C.2.10. variável aleatória centrada [ISO 3534-
1, 1.21] Nota - A característica pode ser quantitativa
(para variáveis) ou qualitativa (para atributos)
Uma variável aleatória cuja expectativa é igual
a zero. C.2.16. população [ISO 3534-1, 2.3]
Nota - Se a variável aleatória X tem uma A totalidade de itens sob consideração.
expectativa igual a µ, a variável aleatória
Nota - No caso de uma variável aleatória, a
centrada correspondente é (X - µ).
distribuição de probabilidade ([ISO 3534-1],
C.2.11. variância (de uma variável aleatória 1.3 [C.2.3]) é considerada para definir a
população desta variável.
ou de uma distribuição de probabilidade
[ISO 3534-1, 1.22] C.2.17. freqüência [ISO 3534-1, 2.11]
A expressão do quadrado da variável aleatória O número de ocorrências de um dado tipo de
centrada (ISO 3534-1, 1.21 [C.2.10]): evento ou o número de observações caindo em
uma classe específica.
σ 2 = V( X ) = E{[ X − E( X )] 2 }
C.2.18. distribuição de freqüência [ISO 3534-
C.2.12. desvio padrão (de uma variável 1, 2.15]
aleatória ou de uma distribuição de
A relação empírica entre os valores de uma
probabilidade [ISO 3534-1, 1.23]
característica e suas freqüências ou suas
A raiz quadrada positiva da variância: freqüências relativas.
40
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo C: Termos e conceitos estatísticos básicos
Notas
C.2.22. momento central de ordem 1 [ISO
1. O termo média pode se referir a um 3534-1, 2.37]
parâmetro da população ou ao resultado de
um cálculo dos dados obtidos em uma Em uma distribuição de uma única
amostra. característica, a média aritmética da qa
potência da diferença entre os valores
2. A média de uma única amostra aleatória
tomada de uma população é um estimador observados e sua média x é:
não polarizado da média de sua população.
1 n
Porém, outros estimadores, tais como média
geométrica, média harmônica, mediana ou ∑
n i=1
(x i − x)q
moda, podem também ser usados.
Nota - O momento central de ordem 1 é igual
C.2.20. variância [ISO 3534-1, 2.33] a zero.
Uma medida da dispersão, que é a soma dos
quadrados dos desvios de observações de sua C.2.23. estatística [ISO 3534-1, 2.45]
média dividida por um menos o número de Uma função das variáveis aleatórias da
observações. amostra.
Exemplo - Para n observações x1, x2,..., xn Nota - Uma estatística, como uma função de
com média variáveis aleatórias, é também uma variável
aleatória e como tal, assume diferentes
1 n valores de amostra para amostra. O valor da
x= ∑ xi
n i=1 estatística obtida usando os valores
observados nesta função pode ser usado em
um teste estatístico ou com uma estimativa
a variância é
de um parâmetro da população, tal como uma
1 n média ou um desvio padrão.
s2 = ∑
n − 1 i=1
(x i − x )2
C.2.24. estimativa [ISO 3534-1, 2.49]
Notas A operação de atribuir, de observações em
uma amostra, valores numéricos para os
1. A variância da amostra é um estimador não parâmetros de uma distribuição escolhida
polarizado da variância da população. como o modelo estatístico da população da
2. A variância é n/(n - 1) vezes o momento qual a amostra é retirada.
central de ordem 2 (ver nota para [ISO 3534-
Nota - Um resultado desta operação pode ser
1] 2.39).
expresso como um valor único (ponto
Comentário do Guide: A variância definida aqui estimado; ver [ISO 3534-1] 2.51 [C.2.26]) ou
é mais apropriadamente chamada de como um intervalo estimado ver [ISO 3534-1]
2.57 [C.2.27] e 2.58 [C.2.28]).
estimativa da amostra da variância da
população. A variância de uma amostra é C.2.25. estimador [ISO 3534-1, 2.50]
usualmente definida para ser o momento
centro de ordem 2 da amostra (ver C.2.13 e Uma estatística usada para estimar um
C.2.22). parâmetro da população.
C.2.21. desvio padrão [ISO 3534-1, 2.34] C.2.26. estimado [ISO 3534-1, 2.51]
A raiz quadrada positiva da variância. O valor de um estimador obtido como um
resultado de uma estimativa.
Nota - O desvio padrão da amostra é um
estimador não polarizado do desvio padrão C.2.27. intervalo de confiança com dois
da população. lados [ISO 3534-1, 2.57]
Quando T1 e T2 são duas funções dos valores
observados tais que, θ sendo um parâmetro da
população a ser estimado, a probabilidade
Pr(T1 ≤ T ≤ T2) é, no mínimo, igual a (1 - α)
[onde (1 - α) é um número fixo, positivo e
menor que 1], o intervalo entre T1 e T2 é um
intervalo de confiança (1 - α) de dois lados para
θ
41
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo C: Termos e conceitos estatísticos básicos
Notas C.2.31. graus de liberdade [ISO 3534-1, 2.85]
1. Os limites T1 e T2 do intervalo de confiança Em geral, o número de termos em uma soma
são estatísticos ([ISO 3534-1] 2.45 [C.2.23]) e menos o número de limitações nos termos da
como tal, geralmente assumem valores soma.
diferentes de amostra para amostra.
2. Em uma longa série de amostras, a C.3. Elaboração dos termos e
freqüência relativa de casos onde o valor
verdadeiro do parâmetro da população θ é conceitos
coberto pelo intervalo de confiança é maior ou
igual a (1 - α). C.3.1. Expectativa
A expectativa de uma função g(z) sobre uma
C.2.28. intervalo de confiança com um lado
função densidade de probabilidade p(z) de uma
[ISO 3534-1, 2.57]
variável aleatória z é definida por:
Quando T é uma função dos valores
observados tais que, θ sendo um parâmetro da E[ g( z)] = ∫ g( z)p( z)dz
população a ser estimado, a probabilidade Pr(T
≥ θ) [ou a probabilidade Pr (T ≤ θ)] é, no
mínimo, igual a (1 - α) [onde (1 - α) é um
onde, da definição de p(z), ∫ p( z)dz = 1 . A
número fixo, positivo e menor que 1], o expectativa da variável aleatória z, denotada
intervalo entre o menor valor possível de θ até por µz e que é também chamada de valor
T (ou o intervalo de T até o maior valor possível esperado ou a média de z, é dada por
de θ) é um intervalo de confiança (1 - α) de um
µ z = E( z) = ∫ zp( z)dz
lado para θ
Notas
É estimado estatisticamente por z , a média
1. O limites T do intervalo de confiança é uma aritmética de n observações independes de z
estatística ([ISO 3534-1] 2.45 [C.2.23]) e da variável aleatória z, a função densidade de
como tal, geralmente assume valores probabilidade da qual é p(z):
diferentes de amostra para amostra.
1 n
2. Ver nota 2 de [ISO 3534-1] 2.57 [C.2.27]. z= ∑ zi
n i=1
C.2.29. coeficiente de confiança, nível de
confiança [ISO 3534-1, 2.59] C.3.2. Variância
O valor (1 - α) da probabilidade associada com A variância de uma variável aleatória é a
um intervalo de confiança ou um intervalo de expectativa de seu desvio quadrático em
cobertura estatístico. (Ver [ISO 3534-1] 2.57 relação a sua expectativa. Assim, a variância
[C.2.27], 2.58 [C.2.28]) e 2.61 [C.2.30].) da variável aleatória z com função densidade
Nota - (1 - α) é geralmente expresso em de probabilidade p(z) é dada por
percentagem
σ 2 ( z) = ∫ ( z − µ z ) 2 p( z)dz
C.2.30. intervalo estatístico de cobertura
[ISO 3534-1, 2.61] onde µz é a expectativa de z. A variância σ2(z)
Um intervalo para o qual se pode estabelecer, pode ser estimada por
com um dado nível de confiança, que ele
1 n
contem no mínimo uma proporção especificada s 2 ( zi ) = ∑ ( z i − z) 2
n − 1 i=1
da população.
Notas onde
1. Quando dois limites são definidos por
1 n
estatística, o intervalo tem dois lados.
Quando um dos dois limites não é finito ou
z= ∑ zi
n i=1
consiste do limite da variável, o intervalo é de
um lado. e zi são n observações independentes de z.
2. Também chamado de intervalo de Notas
tolerância estatística. Este termo não deve
ser usado porque ele pode causar confusão 1. O fator (n -1) na expressão de s2(zi) vem
com intervalo de tolerância que é definido na da correlação entre zi e z e reflete o fato que
ISO 3534-2. há somente (n - 1) itens independentes no
conjunto {zi - z)
42
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo C: Termos e conceitos estatísticos básicos
2. Se a expectativa µz de z é conhecida, a 1 n
variância pode ser estimada por: s( y i , z i ) = ∑ ( yi − y)( zi − z)
n − 1 i=1
1 n
s 2 (zi ) = ∑ (zi − µ)2
n i =1
onde
1 n
A variância da média aritmética das e z= ∑ zi
n i =1
observações, no lugar da variância das
observações individuais, é a medida apropriada
Nota - A covariância estimada de duas
da incerteza de um resultado da medição. A médias
variância de uma variável z deve ser
cuidadosamente distinguida da variância da y e z é dada por s( y , z ) = s(yi,zi)/n
média z . A variância da média aritmética de
uma série de n observações independentes zi
de z é dada por C.3.5. Matriz de covariância
Para uma distribuição de probabilidade
σ 2 ( zi )
σ 2 ( z) = multivariável, a matriz V com elementos iguais
n às variâncias e covariâncias das variáveis é
e é estimada pela variância experimental da chamada de matriz covariância. Os elementos
média diagonais, ν(z,z) = σ2(z) ou s(zi,zi) = s2(zi), são
as variâncias e os elementos fora da diagonal,
s 2 ( zi ) 1 n
ν(y,z) ou s(yi,zi) são as covariâncias.
s 2 ( z) =
n
= ∑ ( z i − z) 2
n(n − 1) i=1
C.3.6. Coeficiente de correlação
C.3.3. Desvio padrão
O desvio padrão é a raiz quadrada positiva da O coeficiente de correlação é uma medida da
variância. Uma vez que uma incerteza padrão dependência mútua relativa de duas variáveis,
do Tipo A é obtida tomando a raiz quadrada da igual à relação de suas covariâncias para a raiz
variância estatisticamente calculada, é quadrada positiva do produto de suas
geralmente mais conveniente quando variâncias. Assim,
determinando uma incerteza padrão do Tipo B ν( y, z) ν( y, z)
para avaliar um desvio padrão não estatístico ρ( y, z) = ρ( z, y) = =
equivalente primeiro e depois obter a variância ν( y, y)ν( z, z) σ( y)σ( z)
equivalente elevando ao quadrado o desvio
padrão. com estimativas
s( y i , z i ) s( y i , z i )
r( y i , z i ) = r( z i , y i ) = =
C.3.4. Covariância s( y i , y i )s( z i , z i ) s( y i )s( z i )
A covariância de duas variáveis aleatórias é
uma medida de sua dependência mútua. A O coeficiente de correlação é um número puro
covariância de variáveis aleatórias y e z é tal que -1 ≤ ρ ≤ +1 ou -1 ≤ r(yi,zi) ≤ +1.
definida por: Notas
cov(y,z) = cov (z,y) = E{[y-E(y)][z - E(z)]} 1. Como r e r são números puros na faixa de -
que leva a 1 a +1 inclusive, enquanto as covariâncias
são usualmente quantidades com dimensões
cov(y,z) = cov (z,y) físicas e tamanhos inconvenientes, os
coeficientes de correlação são geralmente
= ∫ ∫ ( y − µ y )( z − µ z )p( y, z)dydz mais úteis que as covariâncias.
2. Para distribuições de probabilidade
= ∫ ∫ yzp( y, z)dydz − µ y µ z multivariáveis, a matriz de coeficientes de
correlação é usualmente dada no lugar da
onde p(y,z) é a função densidade de matriz de covariância. Desde que ρ(y,y) = 1 e
probabilidade conjunta de duas variáveis y e z. r(yi,yi) = 1, os elementos da diagonal desta
matriz são 1.
A covariância cov(y,z)] também denotada por
ν(y,z)] pode ser estimada por x(yi,zi) obtido de n 3. Se as estimativas de entrada xi são
pares independentes de observações correlatas (ver 5.2.2) e se uma variação δi em
simultâneas yi e zi de y e z, xi produz uma variação δj em xj, então o
coeficiente de correlação associado com xi e
xj é estimado aproximadamente por
43
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo C: Termos e conceitos estatísticos básicos
u( x i )δ j
r( x i , x j ) =
u( x j )δ i
Esta relação pode servir como base para
estimar experimentalmente os coeficientes de
correlação. Ela também pode ser usada para
calcular a variação aproximada em uma
estimativa de entrada devido à variação em
outra se o coeficiente de correlação for
conhecido.
C.3.7. Independência
Duas variáveis aleatórias são estatisticamente
independentes se sua distribuição de
probabilidade conjunta é o produto de suas
distribuições de probabilidades individuais.
Nota - Se duas variáveis aleatórias são
independentes, sua covariância e coeficiente
de correlação são zeros, mas o inverso nem
sempre é verdade.
ν + 1 ν + 1
Γ t 2 − 2
1 2 1+
p( t, ν) =
πν Γ ν ν
2
onde Γ é a função gama e ν > 0. A expectativa
da distribuição t é zero e sua variância é ν/(n -
2) para ν > 2. Quando n → ∞, a distribuição t se
aproxima da distribuição normal com µ = 0 e
σ = 1 (ver C.2.14).
A distribuição probabilidade da variável
( z − µ z ) / s( z) é a distribuição t se a variável
aleatória z é normalmente distribuída com
expectativa µz, onde z é a média aritmética de
n observações independentes zi de z, s(zi) é o
desvio padrão experimental de n observações
e s( z) = s( z i ) / n é o desvio padrão
experimental da média z com n = ν - 1 graus
de liberdade.
44
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo D: Valor verdadeiro, erro e incerteza
Anexo D
45
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo D: Valor verdadeiro, erro e incerteza
especificada e a leve compressão da peça sob D.3.5. O termo valor verdadeiro de um
a pressão aplicada. mensurando ou de uma quantidade (muitas
vezes truncado para valor verdadeiro) é evitado
D.3.4. O resultado corrigido pode ser chamado
neste Guide porque a palavra verdadeiro é
a melhor estimativa do valor verdadeiro,
vista como redundante. Mensurando (ver B.2.9)
verdadeiro no sentido que é o valor da
significa quantidade particular sujeita à
quantidade que se acredita satisfazer
medição, assim valor de um mensurando
totalmente a definição do mensurando mas tem
significa valor de uma quantidade particular
o micrômetro sido aplicado para uma parte
sujeita à medição. Desde que quantidade
diferente da folha de material, a quantidade
particular é geralmente entendida para
realizada teria sido diferente com um diferente
significar uma quantidade definida ou
valor verdadeiro. Porém, este valor verdadeiro
especificada (ver B.2.1, nota 1), o adjetivo
seria consistente com a definição do
verdadeiro em valor verdadeiro de um
mensurando porque o último não especificou
mensurando (ou em valor verdade de uma
que a espessura era para ser determinada
quantidade) é desnecessário - o valor
neste determinado ponto da folha. Assim, neste
verdadeiro do mensurando (ou quantidade) é
caso, por causa de uma definição incompleta
simplesmente o valor do mensurando (ou
do mensurando, o valor verdadeiro tem uma
quantidade). Além disso, como indicado na
incerteza que pode ser avaliada das medidas
discussão acima, um único valor verdadeiro é
feitas em diferentes pontos da folha. Em algum
apenas um conceito idealizado.
nível, cada mensurando tem uma incerteza
intrínseca que pode, em princípio, ser estimada
de algum modo. Esta é a mínima incerteza com D.4. Erro
que um mensurando pode ser determinado e
cada medição tem tiver esta incerteza pode ser Um resultado correto da medição não é o valor
vista como a melhor medição possível do do mensurando - isto é, ele está em erro - por
mensurando. Para obter um valor da causa da medição imperfeita da quantidade
quantidade em questão tendo uma menor realizada devido a variações aleatórias das
incerteza requer que o mensurando seja observações (efeitos aleatórios), determinação
definido com mais detalhes. inadequada das correções para os efeitos
sistemáticos e o conhecimento incompleto de
Notas certos fenômenos físicos (também efeitos
1. No exemplo, a especificação do sistemáticos). Nem o valor da quantidade
mensurando deixa muitos outras informações realizada nem o valor do mensurando pode ser
em dúvida que poderiam afetar a espessura: conhecido exatamente; tudo que pode ser
pressão barométrica, umidade, atitude da conhecido são seus valores estimados. No
folha no campo gravitacional, o modo como exemplo acima da medida da espessura da
ela é suportada. chapa pode estar em erro, isto é, pode diferir
2. Embora um mensurando seja definido em do valor do mensurando (a espessura da
detalhe suficiente, de modo que qualquer chapa), por causa de cada uma das seguintes
incerteza resultante de sua definição contribuições para um erro desconhecido para
incompleta seja desprezível em comparação o resultado da medição:
com a exatidão requerida da medição, deve
ser reconhecido que isto pode nem sempre a) pequenas diferenças entre as
ser praticável. A definição pode, por exemplo, indicações do micrômetro quando é
ser incompleta porque ela não especifica repetidamente aplicada à mesma
parâmetros que deveriam ser assumidos, quantidade realizada;
injustificadamente, tendo efeito desprezível;
ou ela pode implicar condições que nunca b) calibração imperfeita do micrômetro;
são totalmente satisfeitas e cuja realização
imperfeita é difícil de considerar. Por c) medição imperfeita da temperatura e
exemplo, no exemplo de D.1.2, a velocidade da pressão aplicadas;
do som implica ondas planas infinitas com
d) conhecimento incompleto dos efeitos
pequena amplitude. Para o objetivo que a
medição não satisfaz estas condições, a da temperatura, pressão barométrica
difração e os efeitos não lineares devem ser e umidade na peça ou no micrômetro
considerados. ou em ambos.
3. Especificação inadequada do mensurando
pode levar a discrepâncias dos resultados D.5. Incerteza
das medições da ostensivamente mesma
quantidade feitas em diferentes laboratórios. D.5.1. Uma vez que os valores exatos das
contribuições para o erro de um resultado de
46
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo D: Valor verdadeiro, erro e incerteza
uma medição são desconhecidos e ou de distribuições subjetivas ou a priori
desconhecíveis, as incertezas associadas com baseadas em um pool de informação
os efeitos aleatórios e sistemáticos que disponível e então calcular o resultado da
provocam o erro podem ser avaliadas. Mas medição dos valores estimados das
mesmo se as incertezas avaliadas são quantidades de entrada e a incerteza padrão
pequenas, ainda não há garantia que o erro no combinada das incertezas padrão destes
resultado da medição é pequeno; para a valores estimados. Somente se há uma base
determinação de uma correção ou na avaliação boa para acreditar que tudo isso possa ser feito
do conhecimento incompleto, um efeito corretamente, com nenhum efeito sistemático
sistemático pode sido omitido por que ele não é significativo tendo sido omitido, pode-se
reconhecido. Assim, a incerteza de um assumir que o resultado da medição é uma
resultado de uma medição não é estimativa confiável do valor do mensurando e
necessariamente uma indicação da que sua incerteza padrão combinada é uma
probabilidade que o resultado da medição está medida confiável do erro possível.
próximo do valor do mensurando; ele é
Notas
simplesmente uma estimativa da probabilidade
de proximidade ao melhor valor que é 1. Na Fig. D.1a as observações são
consistente com o conhecimento atualmente mostradas como um histograma para fins
disponível. ilustrativos (ver 4.4.3 e Fig. 1b).
2. A correção para um erro é igual ao
D.5.2. A incerteza da medição é assim uma
negativo da estimativa do erro. Assim, na Fig.
expressão do fato que, para um dado D.1 e na fig. D.2, uma seta que ilustra a
mensurando e um dado resultado da medição correção para um erro é igual em
dele, não há um valor mas um número infinito comprimento mas aponta no sentido oposto à
de valores dispersos em torno do resultado que seta que ilustra o erro e vice-versa. O texto
são consistente com todas as observações e da figura torna claro se uma seta particular
dados e seu conhecimento do mundo físico e ilustra uma correção ou um erro.
que, com graus variáveis de credibilidade, D.6.2. Fig. D.2 mostra algumas das idéias
podem ser atribuídos ao mensurando. ilustradas na Fig. D.1 mas de modo diferente.
D.5.3. Felizmente, em muitas medições Mais ainda, ela também mostra a idéia que
práticas, muito da discussão deste Anexo não pode haver muitos valores do mensurando se a
se aplica. Exemplos são quando o mensurando definição do mensurando é incompleta (entrada
é adequadamente bem definido, quando g da figura). A incerteza resultante desta
padrões ou instrumentos são calibrados definição incompleta como medida pela
usando padrões de referência bem conhecidos variância é avaliada da medição de realizações
que são rastreáveis a padrões nacionais; e múltiplas do mensurando, usando o mesmo
quando as incertezas das correções da método, instrumentos, local.
calibração aparecem de efeitos aleatórios nas Nota - Na coluna Variância as variâncias são
indicações de instrumentos ou de um número entendida serem as variâncias ui2(y) definidas
limitado de observações (ver E.4.3.). Todavia, na eq. (11) em 5.1.3; assim elas se somam
o conhecimento incompleto das quantidades de linearmente, como mostrado.
influência e seus efeitos podem geralmente
contribuir significativamente para a incerteza do
resultado de uma medição.
47
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo E: Motivação e base para a Recomendação INC-1 (1980)
Anexo E
Este anexo faz uma breve discussão da valores reportados, geralmente com
motivação e da base estatística para a conseqüências danosas ou mesmo
Recomendação INC-1 (1980) do Grupo de desastrosas. Uma superestimativa deliberada
Trabalho no Estabelecimento das Incertezas, das incertezas também poderia ter repercussão
sobre o qual este Guide se baseia. Para indesejável. Ele poderia fazer o usuário do
discussão adicional, ver Ref. 1, 2, 11 e 12. instrumento de medição comprar instrumentos
mais caros que o necessário ou poderia causar
a rejeição desnecessária de produtos caros ou
E.1. Seguro, aleatório e sistemático a rejeição indevida de serviços de laboratório
de calibração.
E.1.1. Este Guide apresenta um método
largamente empregado para avaliar e E.2.2. Não se deve dizer que aqueles usando
expressar a incerteza na medição. Ele fornece um resultado da medição não poderiam aplicar
um valor realístico em vez de um valor seguro seu próprio fator de multiplicação a sua
da incerteza, baseando-se no conceito que não incerteza estabelecida de modo a obter uma
há diferença inerente entre os componentes incerteza expandida que defina um intervalo
aleatórios e sistemáticos da incerteza (ver 3.2.2 tendo um nível específico de confiança e que
e 3.2.3). O método se difere, portanto, de um satisfaça suas próprias necessidades nem em
método antigo que tem as duas idéias certas circunstâncias que instituições
seguintes em comum. fornecendo resultados de medição poderiam
não aplicar rotineiramente um fator que
E.1.2. A primeira idéia é que a incerteza forneça uma incerteza expandida similar que
relatada deve ser segura ou conservativa, satisfaça as necessidades de uma classe
significando que ela nunca deve cair no lado particular de usuários de seus resultados.
de ser muito menor. De fato, como a avaliação Porém, tais fatores (sempre a serem
da incerteza do resultado de uma medição é estabelecidos) devem ser aplicados à incerteza
problemática, ela geralmente se torna quando determinada por um método realista e
deliberadamente grande. somente após a incerteza ter sido assim
E.1.3. A segunda idéia é que as influências que determinada, de modo que o intervalo definido
afetam a incerteza foram sempre consideradas pela incerteza expandida tenha o nível de
como ou aleatórias ou sistemáticas, com confiança requerido e a operação possa ser
ambas sendo de naturezas diferentes, as facilmente revertida.
incertezas associadas com cada uma forma E.2.3. As pessoas envolvidas na medição
combinadas de modo próprio e foram geralmente devem incorporar em suas analises
reportadas separadamente, (ou quando um os resultados das medições feitas por outros,
único numero era requerido, combinadas de com cada um destes outros resultados
algum modo específico). De fato, o método de possuindo uma incerteza própria. Na avaliação
combinar incertezas era geralmente da incerteza de seus próprios resultados de
desenvolvido para satisfazer a exigência de medição eles precisam ter o melhor valor, não
segurança. um valor seguro, da incerteza de cada um cós
resultados incorporados de outro local.
E.2. Justificativa de avaliações Adicionalmente, deve haver um modo lógico e
realistas da incerteza simples em que estas incertezas importadas
possam ser combinadas com as incertezas de
E.2.1. Quando o valor de um mensurando é suas próprias observações para dar a incerteza
reportado, a melhor estimativa de seu valor e a de seu próprio resultado. A Recomendação
melhor avaliação da incerteza desta estimativa INC-1 (1980) fornece este modo.
devem ser dadas, para se a incerteza estiver
errada, não é normalmente possível decidir em
que direção ela deve errar seguramente. Uma
sub-estimativa das incertezas poderia causar
muito mais confiança a ser colocada nos
48
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo E: Motivação e base para a Recomendação INC-1 (1980)
A expectativa do desvio quadrado (z - µz)2 é a
E.3. Justificativa para tratar todos variância de z, isto é , E[(z-µz)2] = σz2 e assim a
componentes da incerteza do eq. (E.2b) fica
mesmo modo
O foco da discussão desta seção é um (E.3)
exemplo simples que ilustra como este Guide
trata os componentes da incerteza que
aparecem de efeitos aleatórios e de correções Nesta expressão, σi2 = E[(wi - µi)2] é a variância
para efeitos sistemáticos exatamente do de wi e ρij = ν(wi, wj)/(σi2σj2)1/2 é o coeficiente de
mesmo modo na avaliação da incerteza do correlação de wi e wj, onde
resultado de uma medição. Isto exemplifica o ν(wi, wj) = E[(w1 - µj)] é covariância de wi e wj.
ponto de vista adotado neste Guide e citado
Notas
em E.1.1., ou seja, que todos os componentes
da incerteza sejam da mesma natureza e 1. σz2 e σi2 são, respectivamente, os momentos
sejam tratados do mesmo modo. O ponto de centrais de ordem 2 (ver C.2.13 e C.2.22) das
partida da discussão é uma derivada distribuições de probabilidade de z e w1. A
simplificada da expressão matemática para a distribuição de probabilidade pode ser
completamente caracterizada por sua
propagação de desvios padrão, chamada neste
expectativa, variância e momentos centrais de
Guide a lei da propagação da incerteza. maior ordem.
E.3.1. Seja a quantidade de saída 2. A eq. (13) em 5.2.2 [junto com a eq. (15)], que
z = f(w1, w2, ..., wN) função de N quantidades de é usada para calcular a incerteza padrão
entrada w1, w2, ..., wN, onde cada wi é descrita combinada, é idêntica à eq. (E.3), exceto que a
por uma distribuição de probabilidade eq. (13) é expressa em termos de estimativas
apropriada. A expansão de f em torno das das variâncias, desvios padrão e coeficientes de
expectativas de wi, E(wi) = µi, em uma série de correlação.
Taylor de primeira ordem, dá para pequenos E.3.2. Na terminologia tradicional, a eq. (E.3) é
desvios de z em torno de µz em termos de geralmente chamada a lei geral da
pequenos desvios de wi em torno de µi. propagação do erro, uma apelação é mais
bem aplicada para uma expressão da forma
N
∂f
Ζ − µΖ = ∑ ( w i − µi ) (E.1)
i =1 ∂w i N ∂f
∆Ζ = ∑i=1 ∆w i
∂w i
onde todos termos de maior ordem são
assumidos desprezíveis e µz = f(µ1, µ2, ..., onde ∆Z é a mudança em Z devido a
µN). O quadrado do desvio z - µz é dado por: pequenas mudanças ∆wi em wi [ver eq. (e.8)].
De fato, é apropriado chamar a eq. (E.3) a lei
da propagação da incerteza como feito neste
2
N ∂f Guide, porque ela mostra como as incertezas
( Ζ − µ Ζ ) = ∑
2
( w i − µ i ) (E.2a) das quantidades de entrada wi, tomadas iguais
i=1 ∂w i aos desvios padrão das distribuições de
probabilidade de wi, combinam para dar a
incerteza da quantidade de saída z se esta
que pode re-rescrito como: incerteza é tomada igual ao desvio padrão da
distribuição de probabilidade de z.
2
∂f
N
(Ζ − µΖ ) = ∑
2
( w i − µi ) +
2
(E.2b)
i =1 ∂w i
∂f
+ 2 ∑ ∑ ∂w
49
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo E: Motivação e base para a Recomendação INC-1 (1980)
50
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo E: Motivação e base para a Recomendação INC-1 (1980)
Anexo F
51
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo E: Motivação e base para a Recomendação INC-1 (1980)
Anexo G
Graus de liberdade e
níveis de confiança
52
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo E: Motivação e base para a Recomendação INC-1 (1980)
Anexo H
Exemplos
53
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo E: Motivação e base para a Recomendação INC-1 (1980)
Anexo J
54
Expressão da Incerteza: 1993 (E) Anexo E: Motivação e base para a Recomendação INC-1 (1980)
Anexo K
Bibliografia
55