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Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios

Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff


Aula Demonstrativa

Introdução . ...................................................................................... 01
Conceitos básicos de auditoria. ............................................................ 04
Distinção entre auditoria interna, auditoria externa ou independente . ....... 19
Lista de questões . ............................................................................. 25
Bibliografia . ...................................................................................... 27

Introdução

Prezado Aluno,

Antes de darmos início a nossa aula, permitam-nos falar um pouco sobre nós:

Meu nome é Davi Barreto, sou cearense, me graduei em engenharia


eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Atualmente, sou
Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU),
tendo obtido o 1° lugar no concurso de 2007, e mestrando em economia na
UNB.

Meu nome é Fernando Graeff, sou Gaúcho de Caxias do Sul. Sou formado em
Administração de Empresas e, antes de entrar no serviço público, trabalhei
mais de 15 anos na iniciativa privada. Sou ex-Auditor Fiscal da Receita Federal
do Brasil, trabalhei nas Unidades Centrais deste Órgão. Atualmente, exerço o
cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União.
No serviço público, exerci ainda os cargos de Analista de Finanças e Controle
da Secretaria do Tesouro Nacional - área contábil – em Brasília e de Analista
de Orçamento do Ministério Público Federal em São Paulo.

É com muita satisfação que ministraremos para você, a quatro mãos, o Curso
de Auditoria (Teoria e Exercícios) voltado para o concurso da Comissão de
Valores Mobiliários – CVM.

Nossa proposta é ministrar um curso que abarque o conteúdo programático do


edital para os cargos de Inspetor, Analista de Mercado de Capitais, e
Analista de Normas Contábeis e Auditoria.

Nosso curso será dividido em sete aulas, uma por semana (contando com a
aula demonstrativa). As aulas terão entre 30 e 50 páginas, variando de acordo
com o assunto tratado, trazendo questões comentadas de provas passadas
aplicadas pela ESAF, com a base teórica necessária para seu perfeito
entendimento.

Ressaltamos que, além de questões da ESAF, eventualmente traremos


questões de outras bancas, especialmente a NCE/RJ – organizadora do último
concurso da CVM (2008).

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Outro detalhe muito importante desse curso é que será baseado nas novas
normas de auditoria.

Opa, que novas normas?

Para quem não sabe ainda, no final do ano de 2009, o Conselho Federal de
Contabilidade – CFC promoveu uma profunda modificação na estrutura das
Normas Brasileiras de Auditoria e publicou 38 novas resoluções, no intuito de
alinhar as disposições brasileiras com os padrões internacionais ditados pela
International Federation of Accounting – IFAC.

As novas normas serão aplicáveis aos balanços com exercícios iniciados a


partir do dia 1º de janeiro de 2010, portanto logo passarão a ser cobradas em
provas de concursos públicos, em substituição à NBC T 11 e seus
complementos.

Alguns alunos ficam preocupados e não sabem se devem estudar as normas


novas ou as antigas. Calma...

As novas normas não mudaram a essência da auditoria (a lógica continua a


mesma), o que mudou foram algumas nomenclaturas e definições - as novas
normas são mais abrangentes, mais detalhadas que as antigas. No entanto, no
fundo, a auditoria continua a mesma.

De qualquer forma, sempre faremos uma relação entre as normas


antigas e as novas, ou seja, você não será pego de surpresa caso a banca
traga questões que envolvam aspectos das normas antigas ou das novas.

Por fim, é importante salientar que tomaremos um cuidado especial com


as normas de auditoria específicas da CVM ao longo dos nossos estudos.
Por mais que estas não conflitem com as normas do CFC, há alguns detalhes
importantes aos quais precisamos estar atentos.

Muitas vezes notamos que os alunos se esforçam muito tentando decorar as


diferentes normas de auditoria, sem entender os conceitos e a lógica que
envolve essa disciplina.

Você verá que auditoria é uma ciência muito intuitiva e, se conseguir


entender os diferentes conceitos envolvidos e compreender como as coisas se
relacionam, não será difícil ter sucesso na hora da prova.

O quadro abaixo resume como será distribuído nosso cronograma de aulas:

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Aula Data Tópicos abordados


• Conceitos básicos de auditoria.
Aula 00 • Distinção entre auditoria interna, auditoria externa ou
independente.
• Independência e conflito de interesses.
• Informações obrigatórias anuais e eventuais perante os
órgãos fiscalizadores.
Aula 01 29/10/2010 • Supervisão e controle de qualidade.
• Programa de Revisão Externa de Qualidade
• Programa de Educação Continuada.
• Exame de Qualificação Técnica.
• Controle interno.
Aula 02 05/11/2010 • Risco de auditoria.
• Normas sobre fraude e erro.
• Planejamento e programas de auditoria
Aula 03 12/11/2010 • Evidências e teste de auditoria.
• Procedimentos de auditoria.
• Amostragem.
Aula 04 19/11/2010
• Documentação da auditoria (papéis de trabalho).
• Opinião do auditor e relatório de auditoria.
Aula 05 26/11/2010
• Eventos subsequentes.
• Representações formais (carta de responsabilidade da
administração).
• Estimativas contábeis.
Aula 06 03/12/2010
• Continuidade operacional.
• Contingências.
• Auditoria com uso de tecnologia da informação (TI).

Outra coisa: sempre colocaremos as questões discutidas durante a aula no


final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os
comentários.

E, por último, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do


Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar
no aprimoramento dos nossos cursos.

Dito isto, mãos à obra...

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Conceitos básicos de auditoria

Vamos começar nosso curso do início, olhando para o passado para entender
como surgiu a auditoria e qual o seu objetivo...

A auditoria surgiu para atender uma necessidade decorrente da evolução do


sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e familiares,
posteriormente, a evolução da economia trouxe, para algumas empresas, a
necessidade de captar dinheiro de terceiros.

Ou seja, para crescer é necessário dinheiro e, em muitas ocasiões, esse


recurso tem que vir de investidores externos à empresa (bancos, credores,
acionistas etc.)

Bom, agora se coloque na posição desses investidores. Com certeza, você vai
querer saber onde está colocando seu dinheiro – vai se perguntar se o
investimento é seguro, se a empresa é saudável, quais são seus ativos e
passivos...

Em resumo, esses investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e


financeira das empresas em que iriam investir. Essa necessidade de
informação era essencial para que pudessem avaliar a segurança, a liquidez e
a rentabilidade de seu futuro investimento.

As empresas passaram, então, a publicar suas demonstrações contábeis


(balanço patrimonial, demonstrativo de fluxo de caixa1 etc.), como forma de
prover informações sobre a sua situação econômico-financeira para o mundo
exterior.

Fique atento: Você deve saber que a Lei nº 11.638/07 instituiu várias
modificações nos padrões de contabilidade até então vigente no Brasil.
Porém, ficou mantida na norma a expressão “demonstrações
financeiras” ao invés de “demonstrações contábeis”, que é a
nomenclatura correta, por ser mais abrangente do que a adotada na
legislação. Assim, você pode encontrar na prova tanto uma como outra
expressão, indistintamente.

Entretanto, ainda havia um problema: como garantir a completude, correção e


idoneidade dessas informações?

1
A Lei nº 11.638/07 substituiu a demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos fluxos de
caixa, em função da facilidade de melhor entendimento da posição financeira da empresa.

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É nesse momento que surge a necessidade de uma avaliação


independente da real situação da empresa. Nasce, então, a auditoria!
Auditar é, antes de tudo, avaliar.

Podemos definir auditoria como o exame sistemático e independente das


atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor.

De forma geral, a auditoria pode ser dividida em dois grandes grupos:


auditoria externa e auditoria interna.

A auditoria externa (=independente) é aquela executada por profissionais ou


empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada,
com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade.

Já a auditoria interna é aquela executada por profissionais (geralmente


funcionários da empresa) ou empresas que possuem vínculo e/ou
subordinação à empresa auditada, com o objetivo de auxiliar a entidade a
atingir seus objetivos, por meio de uma avaliação sistemática do seu sistema
de controle interno. Falaremos com mais detalhes sobre auditoria interna nas
próximas aulas.

Outra forma de classificar a auditoria é de acordo com seus objetivos


específicos.

Como o próprio nome diz, a auditoria contábil é uma técnica da


contabilidade que objetiva avaliar as demonstrações contábeis de uma
entidade.

Chegamos então onde reside o interesse desse curso: na auditora contábil ou,
mais precisamente, na auditoria independente das demonstrações contábeis.
De agora em diante, trataremos apenas por auditoria independente, OK?

Dessa forma, o auditor independente é o profissional competente para avaliar


e emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis de uma
entidade.

Observe que, no Brasil, a auditoria é uma profissão regulamentada pelo


Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que determina que o exercício da
auditoria independente seja privativo de bacharéis em contabilidade
com registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Além disso, é importante ressaltar uma particularidade relativa à Comissão de


Valores Mobiliários (CVM): a Lei nº 6.385/76, que disciplina o mercado de
valores mobiliários e criou a CVM, determina no seu art. 26 que somente
empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis independentes
registrados na Comissão de Valores Mobiliários poderão auditar as
demonstrações contábeis de companhias abertas e de instituições,
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sociedades ou empresas que integram o sistema de distribuição e


intermediação de valores mobiliários.

Portanto, cuidado!

Como regra, para exercer a profissão de auditor independente basta o registro


no CRC.

Agora, o auditor independente, para exercer atividade no âmbito do mercado


de valores mobiliários, está sujeito ao registro na Comissão de Valores
Mobiliários, regulado pela Instrução CVM no 308/99.

Sugerimos que leia com bastante cuidado este normativo (assim como sua
Nota Explicativa), pois constitui a regulamentação básica da auditoria
independente no âmbito da CVM. São somente 20 páginas, mas de extrema
importância para esse concurso.

Outra exigência dessa instrução normativa para o exercício de auditoria


independente no âmbito da CVM para pessoas físicas e jurídicas são:

Pessoa Física Pessoa Jurídica


• estar regularmente inscrita, bem como
seus sócios e demais responsáveis
técnicos regularmente registrados, no
CRC
• estar inscrita no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas, sob a forma de
estar registrado no CRC, na categoria de sociedade civil, constituída
contador exclusivamente para prestação de
serviços de auditoria e outros
inerentes à profissão de contador
• que todos os sócios sejam contadores
e que, pelo menos a metade desses,
sejam cadastrados como responsáveis
técnicos
• terem todos os responsáveis técnicos
autorizados a emitir e assinar parecer
haver exercido atividade de auditoria, de auditoria em nome da sociedade
dentro do território nacional, por período • haver exercido atividade de
não inferior a cinco anos, consecutivos ou auditoria,dentro do território nacional
não, contados a partir da data do registro no por período não inferior a cinco anos,
CRC, na categoria de contador consecutivos ou não, contados a partir da
data do registro no CRC, na categoria de
contador
estar exercendo atividade de auditoria manter escritório profissional legalizado
independente, mantendo escritório em nome da sociedade, com instalações
profissional legalizado, em nome próprio, compatíveis com o exercício da atividade de
com instalações compatíveis com o exercício auditoria independente, em condições que
da atividade, em condições que garantam a garantam a guarda, a segurança e o sigilo
guarda, a segurança e o sigilo dos dos documentos e informações decorrentes
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documentos e informações decorrentes dessa dessa atividade, bem como a privacidade no


atividade, bem como a privacidade no relacionamento com seus clientes; e
relacionamento com seus clientes
manter quadro permanente de pessoal
possuir conhecimento atualizado sobre o
técnico adequado ao número e porte de
ramo de atividade, os negócios e as práticas
seus clientes, com conhecimento
contábeis e operacionais de seus clientes,
constantemente atualizado sobre o seu
bem como possuir estrutura operacional
ramo de atividade, os negócios, as práticas
adequada ao seu número e porte
contábeis e operacionais
terem sido todos os responsáveis técnicos
ter sido aprovado em exame de
aprovados em exame de qualificação
qualificação técnica
técnica

Já que estamos falando de normas de auditoria, nesse ponto, é importante


esclarecer que as recentes inovações nas normas brasileiras de auditoria
emitidas pelo CFC, apesar de em grande quantidade, não alteraram o espírito,
nem os objetivos, muito menos, a lógica da auditoria independente.

Essas alterações vieram no intuito de convergir as normas brasileiras (NBC


TAs) às internacionais, ainda que nomenclaturas e definições tenham sido
alteradas, a dinâmica por detrás das normas continua exatamente a mesma.

Veja, por exemplo, o comparativo entre a definição da auditoria das


demonstrações contábeis antes e depois das alterações:

NBC T 11 (revogada) NBC TA 200 (em vigor a partir de


1º/1/10)
A auditoria das demonstrações O objetivo da auditoria é aumentar o
contábeis constitui o conjunto de grau de confiança nas demonstrações
procedimentos técnicos que tem por contábeis por parte dos usuários. Isso
objetivo a emissão de parecer sobre a é alcançado mediante a expressão de
sua adequação, consoante os uma opinião pelo auditor sobre se as
Princípios Fundamentais de demonstrações contábeis foram
Contabilidade e as Normas Brasileiras elaboradas, em todos os aspectos
de Contabilidade e, no que for relevantes, em conformidade com
pertinente, a legislação específica. uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.

Observe que o objetivo do auditor é emitir um parecer (norma antiga), que


nada mais é que uma opinião (norma nova), sobre a adequação das
demonstrações contábeis, levando em consideração:

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NBC T 11 (revogada) NBC TA 200 (em vigor)


• os Princípios Fundamentais de • a estrutura de relatório
Contabilidade financeiro aplicável.
• as Normas Brasileiras de
Contabilidade
• a Legislação específica (no que
for pertinente)

Ora, a estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatórios


financeiros (Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício
etc.), adotada pela administração que é considerada aceitável em vista da
natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja
exigida por lei ou regulamento, ou seja, nada mais é do que seguir os mesmos
parâmetros citados pela revogada NBC T 11, enfim, apesar das palavras
diferentes, nada mudou...

Mas, e caso a banca continue usando o termo parecer? A questão estará certa
ou errada?

Nesse caso, existem bancas que cobram a literalidade das normas, outras são
um pouco mais flexíveis. Porém, temos que considerar que essas alterações
são recentes, as novas normas devem ser aplicadas na análise das
demonstrações referentes ao período que tenha início em 1º/1/2010.

A tendência é que as bancas não misturem normas novas e antigas, até para
não criar polêmica.
Porém, o cuidado deverá será redobrado, por exemplo, se aparecer um item
correto, mas, citando parecer em vez de relatório, desde que não tenha outro
item totalmente correto à luz das novas normas, ele será o gabarito da
questão.

Bom... voltando à nossa linha de raciocínio, vimos que o objetivo da auditoria


é expressar uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável. Ou seja, opinar sobre a adequação
das demonstrações contábeis.

Podemos afirmar então que, ao conduzir a auditoria de demonstrações


contábeis, os objetivos gerais do auditor são:

(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um


todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas
por fraude ou erro;
(b) expressar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável; e

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(c) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se,


em conformidade com suas constatações.

O art. 25 da IN CVM no 308/99 estabelece ainda que, no exercício de suas


atividades no âmbito do mercado de valores mobiliários, o auditor
independente deverá, adicionalmente, verificar:

(a) se as demonstrações contábeis e o relatório (parecer) de auditoria foram


divulgados nos jornais em que seja obrigatória a sua publicação e se
estes correspondem às demonstrações contábeis auditadas e ao relatório
ou parecer originalmente emitido;
(b) se as informações e análises contábeis e financeiras apresentadas no
relatório da administração da entidade estão em consonância com as
demonstrações contábeis auditadas;
(c) se as destinações do resultado da entidade estão de acordo com as
disposições da lei societária, com o seu estatuto social e com as normas
emanadas da CVM; e
(d) o eventual descumprimento das disposições legais e regulamentares
aplicáveis às atividades da entidade auditada e/ou relativas à sua
condição de entidade integrante do mercado de valores mobiliários, que
tenham, ou possam vir a ter reflexos relevantes nas demonstrações
contábeis ou nas operações da entidade auditada.

Resta-nos agora identificar tudo aquilo que não é objetivo do auditor:

(a) elaborar relatórios financeiros – as demonstrações contábeis sujeitas


à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua administração2, com
supervisão geral dos responsáveis pela governança3;

(b) identificar erros e fraudes – compete aos responsáveis pela


governança da entidade e à sua administração a prevenção e detecção
de erros e fraudes, cabendo ao auditor realizar seu trabalho de acordo
com as normas de auditoria e obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro;

(c) assegurar a viabilidade futura da entidade; e

(d) atestar a eficiência ou eficácia dos negócios conduzidos pela


administração da entidade.

2
As NBC TAs não impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõe
às leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria é conduzida com base na premissa
de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança, têm conhecimento de certas
responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria.
3
São as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade e, consequentemente, de
supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório financeiro).
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Vejamos algumas questões sobre o que acabamos de discutir...

01. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e


detecção de fraudes e erros é:

(A) da administração.
(B) da auditoria interna.
(C) do conselho de administração.
(D) da auditoria externa.
(E) do comitê de auditoria.

Resolução:

Questões como essa são bastante “batidas” em provas concurso e exploram as


responsabilidades e objetivos da auditoria independente.

Vimos que, diferente do que muitos pensam, a detecção de erros e fraudes


não é responsabilidade do auditor independente, mas da administração da
empresa e dos responsáveis pela governança.

Logo, o gabarito é a letra “A”.

02. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009 - Adaptada) Sobre a auditoria


independente, é correto afirmar que tem por objetivo:

(A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.


(B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
(C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis.
(D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a
justa solução do litígio.
(E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

Resolução:

Item A: errado
O objetivo do auditor independente não é ajudar a administração a cumprir
seus objetivos, isso é papel do auditor interno ou de um consultor. O objetivo
primordial da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários.

Item B: errado
O auditor independente até pode apresentar esses subsídios, mas isso não é o
seu objetivo principal.

Item C: certo
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As normas em vigor dispõem que o objetivo da auditoria é aumentar o grau de


confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Fique atento: essa opinião é emitida por meio de um relatório de auditoria, as


novas normas não utilizam mais o termo “parecer”.

Item D: errado
A afirmação dessa assertiva representa o papel de um advogado ou de um
consultor jurídico, não do auditor independente.

Item E: errado
O auditor externo também pode e deve fazer recomendações para a
administração por intermédio do chamado “relatório-comentário”, mas esse
não é seu objetivo final.

03. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin


Natal/2008/Adaptada) No processo de auditoria independente, deve-se

(A) garantir a viabilidade futura da entidade.


(B) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor.
(C) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil.
(D) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos.
(E) emitir opinião sobre as demonstrações contábeis com assinatura de
contador devidamente registrado.

Resolução:

Item A: errado

Inicialmente, só lembrando que as normas em vigor a partir de 2010 não


falam mais em parecer, mas em opinião do auditor sobre as demonstrações
contábeis, cuja emissão se dá por intermédio de um relatório.

Tal opinião trata de determinar se as demonstrações contábeis são elaboradas,


em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.

Essa opinião não assegura, por exemplo, a viabilidade futura da entidade nem
a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da
entidade.

Em outras palavras, a auditoria não garante que a empresa terá sucesso no


futuro em seus objetivos. Seria muita pretensão do auditor ter esse objetivo.

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Na realidade, ele é contratado com um único propósito: garantir, com


determinado nível de segurança, que as demonstrações contábeis estão
corretas.

Muito cuidado com isso!

As bancas geralmente fazem desse ponto uma “pegadinha” clássica. Portanto,


um item que afirme que a auditoria atesta a eficácia ou eficiência da
administração ou que representa uma garantia da viabilidade futura da
empresa está errado.

Item B: errado
As normas convergidas dispõem que cabe ao sócio encarregado do trabalho
(auditor) assumir a responsabilidade pela direção, supervisão e execução do
trabalho de auditoria de acordo com as normas técnicas e exigências legais e
regulatórias aplicáveis. Ou seja, mudou apenas a designação do auditor, que
as novas normas denominam “sócio encarregado do trabalho”, contudo, a
responsabilidade continua a mesma. (obs.: se vier na questão, simplesmente,
o termo “auditor”, considere correto, pois é uma designação genérica)

Item C: errado
O auditor também pode utilizar práticas profissionais formais ou informais para
embasar sua opinião. Desta forma, o auditor pode vir a utilizar-se de normas
que não foram emanadas pelos seus próprios órgãos de classe, como por
exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, o Banco Central do Brasil –
Bacen, a SUSEP e outros.

Nesse sentido, veja o que dispõe a NBC TA 570: “No caso do Brasil, como
definido no item 7 da NBC T 19.27 – Apresentação das Demonstrações
Contábeis ‘práticas contábeis adotadas no Brasil’ compreendem a legislação
societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as
orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e
práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde
que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por conseguinte, em
consonância com as normas contábeis internacionais”. (grifos nossos)

Ou seja, continuam sendo aceitas práticas que não foram emanadas pelos
próprios órgãos de classe, a novidade é a parte final do dispositivo
mencionado, que determina que essas práticas estejam em consonância com
as normas contábeis internacionais, objetivo das alterações promovidas pelas
novas normas de auditoria.

Item D: errado
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A continuidade normal das atividades da entidade deve merecer especial


atenção do auditor, quando do planejamento dos seus trabalhos, ao analisar os
riscos de auditoria, e deve ser complementada quando da execução de seus
exames.

De acordo com as novas regras de auditoria, a responsabilidade do auditor é


obter evidência de auditoria suficiente sobre a adequação do uso, pela
administração, do pressuposto de continuidade operacional na elaboração e
apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão sobre
se existe incerteza significativa sobre a capacidade dessa continuidade.

Mesmo as normas revogadas não falavam em certificação, elas dispunham que


a evidência de normalidade pelo prazo de um ano após a data das
Demonstrações Contábeis é suficiente para a caracterização da continuidade
operacional da entidade. Atenção, as normas falam em evidência de
normalidade, nunca em garantia da continuidade operacional da entidade
auditada.

Item E: certo

Segundo as normas em vigor a partir de 1º/01/2010, o objetivo da auditoria é


aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.

Por sua vez, as normas profissionais do Auditor Independente ainda não foram
convergidas, assim, permanece em vigor a Resolução CFC nº 821/97. Segundo
esta norma, o auditor independente deve ser um contador. Assim, não é todo
contabilista, na sua acepção genérica, que pode assinar um relatório de
auditoria, mas, apenas aqueles enquadrados na categoria de contador.

04. (NCE-RJ/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2008)


Segundo a Instrução CVM nº 308, para fins de registro na categoria de auditor
independente – pessoa física será necessária a seguinte condição:

(A) estar exercendo atividade de auditoria independente, mantendo escritório


profissional legalizado em nome próprio;
(B) estar registrado no Conselho Regional de Contabilidade de seu estado de
origem como contabilista;
(C) haver exercido atividade de auditoria dentro do território nacional ou em
países com mercados mobiliários regulamentados;
(D) ter escritório registrado no Ibracon, com condições que garantam a
guarda, a segurança e o sigilo dos documentos;
(E) ter sociedade constituída sob a forma de sociedade civil e que tenham em
seu contrato social expressões do tipo “limitada”.
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Resolução:

Para resolver essa questão, basta dar uma olhadinha na tabela que fizemos
para listar as exigências da instrução 308/99 para os exercícios de auditoria
independente por pessoas físicas e jurídicas no âmbito da CVM.

O único item correto é a letra A.

O item B está errado por falar em “contabilistas”.

O item C está errado por falar em “países com mercados mobiliários


regulamentados”.

O item D está errado por afirmar que o escritório tem que ser registrado no
Ibracon.

O item E não se aplica a pessoas físicas.

Ainda há um ponto que não discutimos, mas que também é bastante


relevante.

Provavelmente, você já deve ter percebido que a auditoria tornou-se


necessária para o correto funcionamento das atividades econômicas de hoje e
que, apesar de já termos uma boa intuição sobre o assunto, ainda não
falamos, explicitamente, sobre os motivos que levam a contratação do auditor.

Bom… o primeiro e mais óbvio motivo são as determinações legais. Vejamos


algumas empresas que são legalmente obrigadas a serem auditadas:

• a Lei 6.404/76 (lei das sociedades anônimas por ações) estabelece que
as companhias abertase de instituições, sociedades ou empresas
que integram o sistema de distribuição e intermediação de
valores mobiliários devem ser auditadas por auditores independentes
registrados na CVM;

• a Lei 11.638/07, que alterou a lei das S.A., estabelece que as empresas
de grande porte4, ainda que não constituídas sob a forma de sociedade
por ações, devem ser auditadas por auditores independentes registrados
na CVM;

• o Banco Central determina que as instituições financeiras sejam


auditadas por auditores independentes;

4
As empresas de grande porte são aquelas que tenham, no exercício anterior, ativo total superior a R$240 milhões ou
receita bruta anual superior a R$300 milhões.
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• a CVM, por meio da Instrução 247/96, obrigou que as demonstrações


consolidadas de controladoras e controladas sejam submetidas à
auditoria independente;

• A SUSEP por intermédio da Res. CNSP5 nº 118, de 2004, determinou que


as demonstrações contábeis, inclusive as notas explicativas das
sociedades supervisionadas (sociedades seguradoras, de
capitalização, resseguradoras locais e entidades abertas de previdência
complementar) devem ser auditadas por auditor independente;

• Etc.

Atenção: fique de olho na exigência da Lei 11.638/07 que inclui as empresas


de grande porte no rol daquelas que necessitam ser auditadas. As bancas
sempre gostam de novidade.

Além das obrigações legais, existem outros motivos que podem levar uma
empresa a se submeter a uma auditoria externa, entre eles citamos:

• como medida de controle dos próprios proprietários;

• imposição de credores ou bancos, para possibilitar compras a prazo ou


empréstimos;

• exigências estatutárias da própria empresa;

• para efeito de fusão, incorporação ou cisão.

05. (Cesgranrio/Profissional Júnior de Ciências Contábeis – Petrobrás


Distribuidora/2008) De acordo com a Lei no 6.404/76 e a Lei no 11.638/07,
estão obrigadas à auditagem por auditores independentes, registrados na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as sociedades anônimas

(A) e as demais sociedades.


(B) de capital aberto, somente.
(C) de capital aberto e de capital fechado, somente.
(D) de capital aberto e as sociedades de grande porte.
(E) de capital aberto, de capital fechado e as sociedades de grande porte.

Resolução:

Acabamos de falar que as sociedades anônimas de capital aberto devem


ser passar por auditoria independente, conforme dita a Lei no 6.404/76.

5
Conselho Nacional de Seguros Privados
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Além disso, vimos também que a Lei no 11.638/07 estabelece que as


empresas de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de
sociedade por ações, devem ser auditadas por auditores independentes
registrados na CVM.

Logo, a resposta é o item “D”

Finalmente, para falar de conceitos e objetivos da auditoria, temos que


lembrar os princípios da contabilidade. Você lembra que a opinião do auditor
deve tomar como base esses princípios, não é mesmo?

Esses princípios foram estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade na


Resolução nº 1.282/106. Acreditamos que você já estudou ou estudará, com
mais detalhes, esses princípios na disciplina específica de Contabilidade Geral.

De qualquer forma, gostaríamos de citá-los. São 6 (seis)7 princípios, a saber:

1. Princípio da Entidade: necessidade da diferenciação de um patrimônio


particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.

Portanto, o princípio da entidade envolve o conceito de autonomia


patrimonial, nesta acepção, o patrimônio da entidade não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários. Assim, é
possível extrais alguns axiomas desse princípio:

• o patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é


verdadeira; e
• a soma de patrimônios autônomos não resulta em uma nova
entidade.

2. Princípio da Continuidade: pressuposto de que a entidade continuará em


operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio devem levar em conta essa circunstância.

3. Princípio da Oportunidade: refere-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas.

6
Esse normativo alterou a Resolução CFC nº 750/93 e revogou a Resolução CFC nº 774/94, passando a denominar
Princípios de Contabilidade e não mais Princípios Fundamentais da Contabilidade.
7
A Resolução CFC nº 750/93 trazia 7 (sete) princípios, no entanto, o Princípio da Atualização Monetária foi
incorporado ao Princípio do Registro pelo Valor Original.
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A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da


informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação.

4. Princípio do Registro pelo Valor Original: os componentes do patrimônio


devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional. Assim, os registros
contábeis devem procurar refletir o real valor da transação, na realidade
econômica do país.

Para isso, é possível utilizar duas bases de mensuração: custo histórico e


variação do custo histórico.

No primeiro caso, os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem


pagos para adquiri-los na data da aquisição, enquanto que os passivos são
registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos ou que serão
recebidos em troca da obrigação. Já no segundo caso, uma vez integrados
ao patrimônio, os ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes de
certos fatores.

5. Princípio da Competência: as receitas e as despesas devem ser


reconhecidos no período em que ocorrerem, independentemente de
recebimento ou pagamento.

6. Princípio da Prudência: determina a adoção do menor valor para os


componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais.

Esse princípio pressupõe o emprego de certo grau de precaução no


exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições
de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados
e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior
confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais.

Vejamos como são bem simples as questões sobre esse tema...

06. (NCE-RJ/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2008) O


proprietário de uma empresa retira temporariamente do caixa R$ 2.000,00. O
contador registra um adiantamento da empresa para o proprietário. O princípio
que norteou esta conduta foi:

(A) Competência do Exercício


(B) Denominador comum monetário
(C) Entidade
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(D) Realização da Receita


(E) Custo Histórico

Resolução:

Bom… essa questão é bem fácil, basta saber quais são os princípios da
contabilidade.

No entanto, não podemos esquecer que a Resolução CFC no 750/93 foi


alterada pela Resolução CFC nº 1.282/10, e trouxe como principal mudança a
incorporação do Princípio da Atualização Monetária pelo Princípio do Registro
pelo Valor Original.

1. Prudência
2. Registro pelo Valor Original
3. Entidade
4. Continuidade
5. Oportunidade
6. Competência

Mudamos a ordem de apresentação dos princípios para formar um pequeno


mnemônico: PRECOC.

Pronto, agora você não pode mais esquecer!

Veja que essa questão trata primordialmente do fato de o patrimônio da


entidade não se confundir com aqueles dos seus sócios ou proprietários, ou
seja, do princípio da entidade.

O gabarito é a letra “C”.

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Distinção entre auditoria interna, auditoria externa ou independente

Como vimos as auditorias também podem ser classificadas em dois grandes


grupos: auditoria externa e auditoria interna.

A auditoria externa ou independente é aquela executada por profissionais ou


empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada,
com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade.

A auditoria interna, por sua vez, é aquela executada pela própria organização,
com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais, por
meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos.

Os controles internos são o conjunto integrado de métodos e procedimentos


adotados pela própria organização para proteção de seu patrimônio e
promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros contábeis
(falaremos sobre os detalhes dos controles internos de uma organização nas
aulas seguintes).

Assim, a auditoria interna funciona como um órgão de assessoramento da


administração e seu objetivo é auxiliar no desempenho das funções e
responsabilidades da administração, fornecendo-lhes análises, apreciações, e
recomendações.

Observe que o auditor interno vai além da simples verificação da correta


aplicação de normas e procedimentos. Ele atua como um consultor para a
empresa, por exemplo, promovendo medidas de incentivo e propondo
aperfeiçoamentos no funcionamento organizacional. Dizemos que, além da
auditoria contábil, também realiza auditoria operacional.

Trata-se, portanto, de uma atuação muito mais proativa, quando comparada à


do auditor externo ou independente.

Isso quer dizer que o auditor independente, no decorrer do seu trabalho, não
pode propor melhorias à organização?

Claro que não! O auditor independente deve descrever os principais problemas


organizacionais, constatados no curso do seu trabalho, e emitir recomendações
sempre que necessário. Contudo, esse não é o seu objetivo principal. A
auditoria independente é, primordialmente, contábil, enquanto que a auditoria
interna é contábil e operacional.

Assim, a principal diferença entre as auditorias interna e externa é a finalidade


do trabalho.

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Na auditoria independente, o objetivo é a emissão da opinião sobre as


demonstrações contábeis, destinado, principalmente, ao público externo
(acionistas, credores, fisco etc.). Já na auditoria interna, o objetivo é a
elaboração de um relatório que comunique os trabalhos realizados, as
conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas.

É importante ressaltar que, de acordo com as novas normas de auditoria8,


tanto o auditor independente quanto o auditor interno emitem relatórios para
fundamentar, respectivamente, sua opinião e suas recomendações.

Outra diferença que caracteriza o auditor interno é a sua subordinação à


empresa auditada.

O auditor interno, geralmente, é um empregado da empresa. Isso não quer


dizer que essa atividade não possa ser desenvolvida, de forma terceirizada,
por uma firma de auditoria. O que interessa é o grau de subordinação
existente, seja do “empregado pessoa física” ou do “empregado pessoa
jurídica”.

Já o auditor externo ou independente, como o próprio nome remete, não é


subordinado à administração, pois deve emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis fidedigna e livre de qualquer pressão da empresa
auditada.

Ainda sobre esse tópico, apesar de ser subordinado à administração, o auditor


interno deve ter certa autonomia, naturalmente, menor que a do auditor
independente. Contudo, aquele auditor deve produzir um trabalho livre de
interferências internas.

Dessa forma, a auditoria interna deve ser subordinada apenas ao mais alto
nível da administração, como, por exemplo, à Presidência ou ao Conselho de
Administração. O responsável pelas atividades de auditoria interna deve,
portanto, reportar-se a um executivo ou órgão cuja autoridade seja suficiente,
para garantir uma ação efetiva, com respeito aos assuntos levantados e à
implantação das recomendações efetuadas. É fundamental que os auditores
internos atuem com liberdade dentro da organização, sem medo de serem
demitidos.

Em algumas empresas e conglomerados, os auditores internos são


subordinados diretamente à holding, permitindo que atuem livres de pressão
em todas as controladas, pois apenas a administração da empresa investidora
pode admitir ou demitir esses profissionais.

8
A NBC TA 700 define que a opinião do auditor independente deve ser expressa em um documento denominado
relatório de auditoria. As normas de auditoria anteriormente vigentes e hoje revogadas faziam uma distinção na
nomenclatura dos documentos emitidos pelo auditor independente (parecer) e o auditor interno (relatório).
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Outro ponto importante se refere à extensão do trabalho nesses dois tipos de


auditoria.

Na auditoria interna, os trabalhos são desenvolvidos de forma contínua ao


longo do tempo, pois isso é inerente às atividades de acompanhamento e
avaliação. Enquanto isso, na auditoria independente, os trabalhos são
realizados esporadicamente, de acordo com as exigências legais ou outras
demandas para esse tipo de auditoria. Consequentemente, o volume de testes
e procedimentos realizados pelo auditor interno é maior que aquele realizado
pelo auditor externo.

A auditoria interna, assim como a independente, pode ser exercida nas


pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Além disso, o auditor interno também deve ser contador registrado no
Conselho Regional de Contabilidade.

Vamos resumir as principais diferenças entre a auditoria interna e a auditoria


externa no quadro abaixo.

Auditor Externo ou
Auditor Interno
Independente
Relação com a não possui vínculo
é empregado da empresa
empresa empregatício
Grau de
menor maior
independência
elaboração de um relatório
que comunique os trabalhos
emissão de uma opinião
realizados, as conclusões
Finalidade sobre a adequação das
obtidas e as recomendações
demonstrações contábeis
e providências a serem
tomadas
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Tipos de
contábil e operacional contábil
auditoria
interno e externo
Público alvo interno
(principalmente o último)

Duração contínua pontual

Volume de
maior menor
testes
Quem exerce a
contador com registro no CRC
atividade
Documento que
Relatório
produz
Onde é em pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo,
realizada e de direito privado.

07. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) A respeito dos objetivos da


auditoria interna e da auditoria independente, é correto afirmar que:

(A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no


cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é a
emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.
(B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas
utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa cuida de revisar os
lançamentos e demonstrações contábeis.
(C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da
avaliação é sempre a contabilidade.
(D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade,
enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das
demonstrações contábeis.
(E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas
e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir
parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade.

Resolução:

Essa é uma questão bem recente, cobrada no último concurso do ISS-RJ.


Vamos ver como não é difícil respondê-la, com base no que acabamos de
discutir.

De cara, já é possível ver que o item A está correto e, portanto, é o gabarito


da questão (gabarito preliminar da Banca). Ora, vimos que o objetivo da
auditoria interna é auxiliar a administração da entidade e o da auditoria

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independente é emitir uma opinião (parecer) sobre a adequação das


demonstrações contábeis.

De qualquer forma, vejamos porque os outros itens estão errados.

No item B, o auditor externo na revisa os lançamentos e as demonstrações,


mas emite uma opinião sobre eles.

No item C, a atuação e os objetivos da auditoria interna e externa são


distintos.

No item D, a auditoria interna não se restringe aos aspectos financeiros da


empresa, vimos que abarca também os aspectos operacionais.

No item E, o objetivo da auditoria interna não é apontar falhas (erros e


fraudes), além disso, a auditoria externa não emite opinião sobre a “execução
contábil e financeira”, mas sobre as demonstrações contábeis como um todo.

08. (FCC/APOFP – Sefaz SP/2010) As auditorias internas e externas atuam


em diferentes graus de profundidade e de extensão nas tarefas de auditoria.
Embora exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria
externa

(A) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os


ajustes necessários.
(B) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de
administração da empresa, na consecução dos seus objetivos.
(C) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da
razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.
(D) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa, concluindo
as tarefas com a elaboração de relatórios.
(E) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos trabalhos,
com grau de independência limitado.

Resolução:

Analisando rapidamente os itens A, B, D e E, é possível identificar o que os


torna errados.

No item A, não é função do auditor externo prevenir erros e fraudes.

No item B, acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de


administração da empresa (=controle interno) é função da auditoria interna.

No item D, o trabalho do auditor externo é esporádico e não contínuo.

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No item E, a afirmação de que o grau de independência do auditor externo é


limitado está errada.

Logo, o único item correto é o item C que afirma que compete ao auditor
independente avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em
busca da razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.

Finalizamos, aqui, a nossa aula demonstrativa, foi uma pequena amostra da


metodologia que utilizaremos.

Esperamos que você tenha gostado, nos vemos na próxima aula.

Um grande abraço,
Davi e Fernando

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Lista de Questões

01. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e


detecção de fraudes e erros é:

(A) da administração.
(B) da auditoria interna.
(C) do conselho de administração.
(D) da auditoria externa.
(E) do comitê de auditoria.

02. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009 - Adaptada) Sobre a auditoria


independente, é correto afirmar que tem por objetivo:

(A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.


(B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
(C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis.
(D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a
justa solução do litígio.
(E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

03. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin


Natal/2008/Adaptada) No processo de auditoria independente, deve-se

(A) garantir a viabilidade futura da entidade.


(B) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor.
(C) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil.
(D) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos.
(E) emitir opinião sobre as demonstrações contábeis com assinatura de
contador devidamente registrado.

05. (Cesgranrio/Profissional Júnior de Ciências Contábeis – Petrobrás


Distribuidora/2008) De acordo com a Lei no 6.404/76 e a Lei no 11.638/07,
estão obrigadas à auditagem por auditores independentes, registrados na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as sociedades anônimas

(A) e as demais sociedades.


(B) de capital aberto, somente.
(C) de capital aberto e de capital fechado, somente.
(D) de capital aberto e as sociedades de grande porte.
(E) de capital aberto, de capital fechado e as sociedades de grande porte.

06. (NCE-RJ/Analista de Normas Contábeis e Auditoria – CVM/2008) O


proprietário de uma empresa retira temporariamente do caixa R$ 2.000,00. O
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contador registra um adiantamento da empresa para o proprietário. O princípio


que norteou esta conduta foi:

(A) Competência do Exercício


(B) Denominador comum monetário
(C) Entidade
(D) Realização da Receita
(E) Custo Histórico

07. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) A respeito dos objetivos da


auditoria interna e da auditoria independente, é correto afirmar que:

(A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no


cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é a
emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.
(B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas
utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa cuida de revisar os
lançamentos e demonstrações contábeis.
(C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da
avaliação é sempre a contabilidade.
(D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade,
enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das
demonstrações contábeis.
(E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas
e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir
parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade.

08. (FCC/APOFP – Sefaz SP/2010) As auditorias internas e externas atuam


em diferentes graus de profundidade e de extensão nas tarefas de auditoria.
Embora exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria
externa

(A) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os


ajustes necessários.
(B) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de
administração da empresa, na consecução dos seus objetivos.
(C) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da
razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.
(D) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa, concluindo
as tarefas com a elaboração de relatórios.
(E) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos trabalhos,
com grau de independência limitado.

01 02 03 04 05 06 07 08
A C E A D C A C

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Bibliografia

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.203/09 - NBC TA


200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria).

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.231/09 - NBC TA


700 (Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente
sobre as Demonstrações Contábeis.).

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 986/03 - NBC T 12


(Normas de Auditoria Interna).

BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução CVM nº 308, de 14 de


maio de 1999.

Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (e suas atualizações).

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São


Paulo: Ed. Atlas, 2007.

ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002.

BRAGA, Hugo Rocha & Almeida, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na


Lei Societária. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

FERREIRA, Ricardo J. Manual de Auditoria: teoria e questões comentadas. Rio


de Janeiro: Ed. Ferreira, 2009.

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