Atributos são prerrogativas que existem por conta dos interesses que a
Administração representa, são as qualidades que permitem diferenciar os atos
administrativos dos outros atos jurídicos. Os atributos do ato administrativo são: a
Presunção de Legitimidade, que é a presunção de que os atos administrativos devem ser
considerados válidos até que se demonstre o contrário, a bem da continuidade da
prestação dos serviços públicos, o que não quer dizer que não se possa contrariar os atos
administrativos (o ônus da prova é que passa a ser de quem alega); a Imperatividade,
que consiste no poder que os atos administrativos possuem de gerar unilateralmente
obrigações aos administrados, independente da concordância destes, ou seja, é a
prerrogativa que a Administração possui para impor, exigir determinado comportamento
de terceiros; a Exigibilidade ou Coercibilidade, que é o poder que possuem os atos
administrativos de serem exigidos quanto ao seu cumprimento sob ameaça de sanção; e a
Auto-executoriedade - poder que possuem os atos administrativos de serem executados
materialmente pela própria administração independentemente de recurso ao Poder
Judiciário. A auto-executoriedade é um atributo de alguns atos administrativos, ou seja,
não existe em todos os atos (p. ex: procedimento tributário, desapropriação etc.). Poderá
ocorrer em dois casos: quando a lei expressamente prever e quando estiver tacitamente
prevista em lei (nesse caso deverá haver a soma dos requisitos de situação de urgência e
inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, evitar a lesão).
Sim, é válida.
Terceirização é um método de gestão em que uma pessoa jurídica pública ou
privada transfere a prestação de serviços ou fornecimento de bens a terceiros
estranhos aos seus quadros. No caso da Administração Pública, a terceirização passa a
ser considerada uma das formas de inserção do particular na prestação do serviço
público, que se faz por meio de contrato administrativo. O terceiro é um mero executor
material, destituído de qualquer prerrogativa com o Poder Público. Logo, a terceirização
de serviços pela administração pública, é viável quando diz respeito às atividades-meio
dos entes públicos, não sendo cabível quando destinar-se ao exercício de atribuições
próprias dos servidores de cargos efetivos próprios dos quadros do respectivo ente
contratante, ou para o exercício de funções relativas ao poder de polícia administrativa
ou prática de atos administrativos. Os órgãos públicos são responsáveis desde a escolha
da empresa prestadora de serviço à fiscalização destas quanto ao cumprimento da lei
trabalhista, sendo o de contrato de terceirização efetuado através da concessão,
permissão ou autorização.