Anda di halaman 1dari 33

1

CÓDIGO DE ÉTICA E RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL


INSTITUTO BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS FINANCEIROS

Versão: 24 de Setembro de 2002.

Seção I: Código de Ética e Responsabilidade Profissional


Seção II: Regras e Procedimentos Disciplinares

Seção I: Código de Ética e Responsabilidade Profissional


Preâmbulo e Aplicabilidade
Composição e Escopo
Compliance
Terminologia

Parte I – Princípios
Introdução
Princípio 1: Integridade
Princípio 2: Objetividade
Princípio 3: Competência
Princípio 4: Probidade
Princípio 5: Confidencialidade
Princípio 6: Profissionalismo
Princípio 7: Diligência
Princípio 8: Conhecimento do Cliente

Parte II – Regras
Introdução
Regras relacionadas ao Princípio da Integridade
Regras relacionadas ao Princípio da Objetividade
Regras relacionadas ao Princípio da Competência
Regras relacionadas ao Princípio da Probidade
Regras relacionadas ao Princípio da Confidencialidade
Regras relacionadas ao Princípio do Profissionalismo
Regras relacionadas ao Princípio da Diligência
Regras relacionadas ao Princípio do Conhecimento do Cliente

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
2

SEÇÃO I: Código de Ética e Responsabilidade Profissional

Preâmbulo e Aplicabilidade

O Código de Ética e Responsabilidade Profissional (“Código”) do Instituto Brasileiro de


Certificação de Profissionais Financeiros - IBCPF (“IBCPF”) estabelece princípios e
regras aplicáveis a todas as pessoas a quem tiver sido autorizado o uso da credencial
e certificação do IBCPF e das Marcas CFPTM e Certified Financial Planner (em conjunto,
as “Marcas”), cabendo à Diretoria do IBCPF determinar a quem será reconhecido o
uso das Marcas, bem como, a manutenção desse direito. A aceitação da autorização
acarretará a obrigação de cumprir as ordens e as exigências de todas as leis e
regulamentos aplicáveis elencados neste Código, mas não limitado a ele, e de assumir
a responsabilidade de agir de maneira ética e profissionalmente responsável em todos
os serviços e atividades profissionais em que se envolva.

Para os propósitos deste Código, qualquer pessoa reconhecida e certificada pela


diretoria do IBCPF para usar as Marcas será designada como Profissional CFP ou
Planejador Financeiro. Este Código aplica-se atodos os Profissionais CFP envolvidos na
prática de planejamento financeiro pessoal, em outras áreas de serviços financeiros,
na indústria, em profissões afins, no governo, na educação ou em qualquer outra
atividade profissional em que as Marcas sejam usadas no desempenho de suas
responsabilidades profissionais. Este Código também se aplica à conduta dos
candidatos à certificação do IBCPF que tenham sido registrados como tais junto ao
IBCPF. Para os propósitos deste Código, o termo Profissional CFP compreende
qualquer profissional certificado ou candidatos a certificação.

Composição e Escopo

O Código consiste em duas partes:


Parte I – Princípios; e
Parte II – Regras.

Os Princípios expressam em termos gerais a postura ética profissional esperada dos


Profissionais CFP, que devem perseguí-los em suas atividades profissionais. Os
Princípios, mais do que uma aspiração - constituem as bases de conduta e caráter do
Profissional CFP. Os comentários que acompanham cada Princípio explicam mais
detalhadamente os seus significados. Desse modo, as Regras determinam os padrões
éticos derivados dos dogmas contidos nos Princípios. Assim sendo, as Regras
clarificam os padrões de conduta ética e responsabilidade profissional que devem ser
observados e perseguidos em determinadas situações.

As regras aqui definidas se aplicam ao campo de atuação de um Profissional CFP, e


são aplicáveis às atividades afins. Um Profissional CFP deve determinar quais são as
suas responsabilidades em cada relacionamento profissional, incluindo, por exemplo,

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
3

aquelas relacionadas à confidencialidade e confiança que ele possa ter de seus


clientes, sendo sua obrigação cumprí-las.

O Código é estruturado de tal forma que a apresentação das Regras seja paralela à
apresentação dos Princípios. Por exemplo, as Regras relacionadas ao Princípio 1 –
Integridade, são numeradas de 100 a 199, enquanto aquelas Regras relacionadas ao
Princípio 2 – Objetividade, são numeradas de 200 a 299.

Cumprimento

A adesão a este Código é obrigatória a todos aqueles que pretendam ter o direito de
uso das Marcas. A eficácia e atendimento às regras do Código, individualmente e por
parte de uma classe de profissionais, dependem do conhecimento e do cumprimento
de seus Princípios e Regras por parte do Profissional CFP, da influência sobre seus
colegas profissionais, do reconhecimento pela opinião pública da idoneidade do IBCPF,
e dos procedimentos disciplinares a serem impostos aos profissionais CPF que
deixarem de cumprir as respectivas determinações deste Código.

Terminologia Usada Neste Código

“Cliente” significa uma ou mais pessoas, ou entidade que contrata um Profissional


CFP, usuários finais de seus serviços profissionais. Para os fins desta definição, um
profissional é contratado quando um indivíduo poderá perseguir objetivo financeiro,
em decorrência da razoabilidade das informações ou serviço prestado por este
profissional, que fundamentou seus trabalhos em fatos e circunstâncias relevantes,
que a ele foram disponibilizados, e que podem ter sido por ele complementados.
Quando os serviços do profissional são prestados a uma entidade (Sociedade
Anônima, Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada, Fideicomisso ou
Entidades Estatais), o cliente é a entidade e/ou indivíduo, usuário final de seus
serviços, independente para quem, e/ou através de qual firma trabalhe, ou, ainda, aja
por determinação/autorização do, ou como, representante legalmente autorizado.

“Profissional CFP” significa os profissionais certificados atuais, candidatos à


certificação, e indivíduos aos quais foram concedidos, em caráter não definitivo, os
direitos de uso, direto ou indireto, das Marcas registradas CFPTM e Certified Financial
PlannerTM

“Conflito(s) de interesse(s)” significa as circunstâncias, os relacionamentos ou


outros fatos relacionados aos próprios interesses financeiros, operacionais, de
propriedade e/ou pessoais do Profissional CFP que impedirão, ou poderão de certa
forma impedir, o Profissional CFP de prestar seu aconselhamento, suas
recomendações ou serviços de forma desinteressada.

“Remuneração” significa os ganhos do Profissional CFP no desenvolvimento de suas


atividades junto aos clientes. Essa deve contemplar todas as fontes e formas, diretas e

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
4

indiretas, de remuneração do Profissional CFP, independentemente da denominação


utilizada que configurem benefício financeiro, tais como, taxa, comissão, honorários,
entre outras.

“Planejamento financeiro pessoal” ou “planejamento financeiro” é o processo


que determina se e como um indivíduo pode alcançar seus objetivos financeiros
através da gestão adequada de seus recursos.

“Processo de planejamento financeiro pessoal” ou “processo de


planejamento financeiro” é o processo que inclui a análise dos dados dos clientes,
tais como, os objetivos, perfil de tolerância à risco e avaliação da situação financeira
do cliente, para o correto desenvolvimento e monitoramento de recomendações e/ou
alternativas de planejamento.

“Áreas de ação do planejamento financeiro pessoal” ou “áreas de ação do


planejamento financeiro” indicam os campos de ação básicos cobertos pelo
processo de planejamento financeiro, que normalmente devem incluir, mas não se
limitam a, preparação e análise da declaração financeira (incluindo análise do fluxo de
caixa/planejamento e orçamento), planejamento do investimento (incluindo projeto do
portfólio, isto é, distribuição do ativo e gerenciamento do portfólio), planejamento
fiscal, planejamento de gastos com educação, gerenciamento de riscos, planejamento
de aposentadoria e planejamento sucessório.

“Profissional de planejamento financeiro pessoal” ou “Profissional de


planejamento financeiro” indica uma pessoa capaz e qualificada para oferecer
conselhos financeiros objetivos, integrados e abrangentes a – ou em benefício de –
indivíduos para ajudá-los a atingir seus objetivos financeiros.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
5

Parte I – Princípios

Introdução

Os Princípios do Código expressam o reconhecimento pelos profissionais CFP de suas


responsabilidades para com o público, clientes, colegas e empregadores. Os princípios
se aplicam a todos os Profissionais CFP e lhes proporcionam orientação no
desempenho de seus serviços profissionais.

Princípio 1 – Integridade
Um Profissional CFP deve oferecer e proporcionar serviços profissionais com
integridade e devem ser considerados por seus clientes como merecedores de total
confiança. A principal fonte desta confiança é a integridade pessoal do Profissional
CFP. Ao decidir o que é correto e justo, um Profissional CFP deve atuar com
integridade como condição essencial. Integridade pressupõe honestidade e sinceridade
que não devem estar subordinadas a ganhos e vantagens pessoais. Dentro do
princípio da integridade, pode haver uma certa condescendência com relação ao erro
inocente e à diferença legítima de opinião; mas a integridade não pode coexistir com o
dolo ou subordinação dos próprios princípios. A integridade requer que um Profissional
CFP observe não apenas o conteúdo, mas também, e fundamentalmente, o espírito
deste Código.

Princípio 2 – Objetividade
Um Profissional CFP deve ser objetivo na prestação de serviços profissionais aos
clientes. Objetividade requer honestidade intelectual e imparcialidade. Trata-se de
uma qualidade essencial a qualquer profissional. Independente do serviço particular
prestado ou da competência com que um Profissional CFP trabalhe, esse deve
proteger a integridade do seu trabalho, manter sua objetividade e evitar que a
subordinação de seu julgamento viole este Código.

Princípio 3 – Competência
Um Profissional CFP deve prestar serviços aos clientes de maneira competente e
manter os necessários conhecimentos e habilidades para continuar a fazê-lo nas áreas
em que estiver envolvido. Só é competente aquele que atinge e mantém um nível
adequado de conhecimento e habilidade, aplicando-os na prestação de serviços aos
clientes. Competência inclui, também, a sabedoria para reconhecer as suas limitações
e as situações em que a consulta a, ou o encaminhamento para, um outro Profissional
CFP for apropriada. Um Profissional CFP, em virtude de ter conquistado uma
certificação CFP, é considerado qualificado para praticar planejamento financeiro.
Entretanto, além de assimilar o conhecimento básico exigido e de adquirir a necessária
experiência para a certificação, um Profissional CFP deve firmar um compromisso de
continuação de aprendizagem e aperfeiçoamento profissional.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
6

Princípio 4 – Probidade
Um Profissional CFP deve realizar os serviços profissionais de maneira íntegra e justa
para os clientes, diretores, sócios e empregadores, devendo revelar conflitos de
interesses surgidos durante e/ou em razão da prestação dos serviços.
Probidade requer imparcialidade, honestidade intelectual e a revelação de conflitos de
interesses. Envolve uma subordinação dos próprios sentimentos, preconceitos e
desejos, de modo a conseguir um equilíbrio adequado dos interesses conflitantes.
Probidade é tratar os outros da mesma maneira que você gostaria de ser tratado e
constituí traço essencial de qualquer profissional.

Princípio 5 – Confidencialidade
Um Profissional CFP não deve revelar nenhuma informação confidencial do cliente sem
o seu específico consentimento, a menos que em resposta a qualquer procedimento
judicial, inclusive, mas não limitado a, defender-se contra acusações de má prática de
sua parte e/ou em relação a uma disputa civil entre o Profissional CFP e o cliente.
Um cliente, ao buscar os serviços de um Profissional CFP, pode estar interessado em
criar um relacionamento de confiança pessoal com o Profissional CFP. Este tipo de
relacionamento só pode ser criado tendo como base o entendimento de que as
informações fornecidas ao Profissional CFP e/ou outras informações serão
confidenciais. Para prestar os serviços eficientemente e proteger a privacidade do
cliente, o Profissional CFP deve salvaguardar a confidencialidade das informações e o
escopo de seu relacionamento com os clientes finais.

Princípio 6 – Profissionalismo
A conduta de um Profissional CFP em todas as questões deve refletir zelo e crença na
profissão. Devido à importância dos serviços profissionais prestados pelos Profissionais
CFP, há responsabilidades concomitantes de comportamento digno e cortês com todos
aqueles que usam seus serviços, profissionais colegas, e aqueles de profissões
relacionadas.
Um Profissional CFP também tem a obrigação de cooperar com outros Profissionais
CFP para melhorar a qualidade dos serviços e manter a imagem pública da profissão,
em conjunto com outros Profissionais CFP.
Somente através dos esforços combinados de todos os Profissionais CFP em
cooperação com outros profissionais, esse objetivo será alcançado.

Princípio 7 – Diligência
Um Profissional CFP deve atuar diligentemente na prestação de serviços.
Diligência é a prestação de serviços realizada em um prazo adequado ao normalmente
demandado para sua execução. Diligência também pressupõe um planejamento
adequado e supervisão.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
7

Princípio 8 – Conhecimento do Cliente


Um Profissional CFP deve tomar todas as medidas a fim de conhecer os clientes e suas
necessidades, devendo especialmente: documentar e confirmar a verdadeira
identidade dos clientes com quem mantenha qualquer tipo de relação profissional;
documentar e confirmar qualquer informação adicional sobre os clientes; tomar todas
as medidas necessárias a fim de que não se realizem operações com pessoas ou
entidades cuja identidade não se possam confirmar, cujas informações sejam de difícil
obtenção, ou cuja informação fornecida seja falsa ou que contenha incoerência
significativa que não se possa verificar, ou que não caiba retificação.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
8

Parte II – Regras

Introdução

Como foi estabelecido na Parte I – Princípios, os Princípios aplicam-se a todos os


Profissionais CFP. No entanto, devido à particular natureza dos campos de atuação de
um Profissional CFP, algumas Regras podem não ser aplicáveis à alguns tipos de
serviços. O universo das atividades dos Profissionais CFP é múltiplo e um determinado
Profissional CFP pode estar realizando todos, alguns ou nenhum dos serviços típicos
prestados por profissionais de planejamento financeiro. Em vista disso, considerando
as Regras da Parte II, um Profissional CFP deve, em primeiro lugar, reconhecer que
serviço específico está prestando e depois determinar se uma Regra específica é
aplicável a esses serviços.
Para ajudar o Profissional CFP a realizar essas determinações, este Código inclui uma
série de definições e terminologia em seu corpo.
Baseado neles, um Profissional CFP deve ser capaz de determinar quais serviços
proporciona e a quais Regras são aplicáveis.

Regras Relacionadas ao Princípio de Integridade

Regra 101

Um Profissional CFP não deve influenciar os clientes através de comunicações ou


propagandas falsas ou enganosas:
(a) Propaganda Enganosa: Um Profissional CFP não deve fazer uma comunicação falsa
ou enganosa sobre o tamanho, escopo ou áreas de competência do Profissional CFP,
ou de qualquer organização com a qual ele esteja associado; e

(b) Atividades Promocionais: Um Profissional CFP não deve fazer comunicações


materialmente falsas ou enganosas ao público ou criar expectativas injustificadas com
relação a questões relacionadas ao planejamento financeiro, ou às atividades
profissionais e competência do Profissional CFP. O termo “Atividades Promocionais”
inclui, mas não se limita a, palestras, entrevistas, livros, publicações impressas,
seminários, programas de rádio e TV, vídeo-cassete; CD-ROM; DVD; e Internet;

(c) Representação da Autoridade: Um Profissional CFP não deve dar a impressão de


estar representando as opiniões da Diretoria do IBCPF ou de qualquer outro grupo, a
menos que tenha sido autorizado a fazê-lo. As opiniões pessoais devem ser
claramente identificadas como tal.

Regra 102

No decorrer das atividades profissionais, um Profissional CFP não deve envolver-se em


conduta que implique desonestidade, fraude, dolo ou declarações falsas, ou
conscientemente fazer uma declaração falsa ou enganosa a um cliente, empregador,

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
9

empregado, colega profissional, corporação, representante governamental ou


qualquer pessoa ou entidade.

Regra 103

Um Profissional CFP tem as seguintes responsabilidades com relação aos recursos e


bens de clientes:
(a) Ao exercer a custódia ou administração discricionária de recursos ou outro bem do
cliente, um Profissional CFP deve agir apenas de acordo com os poderes estabelecidos
no instrumento jurídico (mandato, fideicomisso, testamento, etc.); e

(b) Um Profissional CFP deve identificar e manter registros completos de todos os


recursos e outros ativos do cliente sob sua administração discricionária; e

(c) Após receber recursos ou ativos na qualidade de representante de um cliente, o


Profissional CFP deve imediatamente entregá-los ao cliente ou a um terceiro que
esteja formalmente autorizado pelo cliente para receber. Deverá, ainda, prestar ao
cliente relatos completos sobre os recursos ou ativos; e manter controle
individualizado dos recursos de seus clientes que se encontram sob sua orientação.

Regras Relacionadas ao Princípio da Objetividade

Regra 201

Um Profissional CFP deve exercer julgamento profissional razoável e prudente ao


prestar serviços profissionais.

Regra 202

Um especialista em planejamento financeiro deve agir de acordo com o interesse do


cliente.

Regras Relacionadas ao Princípio da Competência

Regra 301

Um Profissional CFP deve manter-se informado sobre os desenvolvimentos e


mudanças no campo do planejamento financeiro e ampliar seus conhecimentos e
capacitação técnica durante toda a sua carreira, para melhorar sua competência
profissional em todas as áreas nas quais estiver envolvido. Igualmente, um
Profissional CFP deve satisfazer todas as exigências de educação continuada
determinados pelo IBCPF.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
10

Regra 302

Um Profissional CFP só deve oferecer conselhos nas áreas em que tenha competência.
Nas áreas em que o Profissional CFP não se sentir profissionalmente competente, ele
deve buscar o aconselhamento de indivíduos qualificados e/ou encaminhar/indicar tais
profissionais ao cliente.

Regras Relacionadas ao Princípio da Probidade.

Regra 401

Ao prestar serviços profissionais, um Profissional CFP deve proporcionar ao cliente:

(a) Informações materiais relevantes ao relacionamento profissional, incluindo, mas


não limitadas a, conflitos de interesse, alterações na afiliação comercial do Profissional
CFP, endereço, número de telefone, credenciais, qualificações, licenças, estrutura de
pagamento e remuneração do serviços, bem como quaisquer relacionamentos seus
e/ou da empresa dele decorrentes, e o escopo de sua autoridade;

(b) As informações exigidas por todas as leis aplicáveis à contratação.

Regra 402

Um Planejador Financeiro deve disponibilizar, sempre que possível, a apresentação por


escrito de todas as informações materiais relativas ao relacionamento profissional. Em
todas as circunstâncias, estas informações devem incluir conflitos de interesse e
origem e forma detalhada de sua remuneração. Serão consideradas de acordo com
esta regra as apresentações por escrito que incluam as seguintes informações:

(a) Uma declaração da filosofia básica do Profissional CFP (ou empresa) ao trabalhar
com seus clientes. A apresentação deve incluir a filosofia, teoria e/ou princípios de
planejamento financeiro que serão utilizados pelo Profissional CFP;

(b) Currículos resumidos dos diretores e empregados da empresa que pretende


prestar serviços de planejamento financeiro ao cliente e uma descrição dos serviços.
Estas apresentações devem incluir formação educacional, histórico profissional ou
empregatício, certificados e licenças profissionais conquistados e áreas de
competência e especialização;

(c) Uma declaração de pagamento que, em detalhe, informe a(s) fonte(s) e quaisquer
contingências ou outros aspectos materiais relevantes ao acordo de comissionamento.
Qualquer estimativa deve ser claramente identificada como tal, e deve ser baseada em
suposições razoáveis. As gratificações de encaminhamento - se houver - devem ser
totalmente informadas;

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
11

(d) Uma declaração indicando detalhadamente as fontes e forma de remuneração do


Profissional CFP na prestação dos serviços para o cliente;

(e) Uma declaração descrevendo materialidades ou relacionamentos de trabalho que


um Profissional CFP (ou empresa que trabalha) tem com terceiros envolvidos e as
gratificações ou comissões resultantes destes relacionamentos; e

(f) Uma declaração identificando conflito(s) de interesse(s).

Regra 403

Um Profissional CFP que realize planejamento financeiro deve informar ao cliente,


sempre que possível por escrito, antes de estabelecer com ele relacionamento, outros
relacionamentos que, dentro do razoável, possam comprometer sua objetividade ou
independência, desde que observadas as exigências de confidencialidade descritas na
Regra 501.

Regra 404

Caso se desenvolva(m) conflito(s) de interesse(s) após o início de um relacionamento


profissional, se serviços contemplados por esse relacionamento ainda não tiverem sido
completados, o Profissional CFP deve imediatamente informá-los ao cliente ou às
outras pessoas envolvidas.

Regra 405

Independentemente do disposto na Regra 402, os Profissionais CFP devem fornecer


aos clientes informações sobre os ganhos auferidos e as remunerações pagas por eles
oriundos de serviços prestados, anualmente.

Regra 406

O pagamento do Profissional CFP deve ser justo e razoável.

Regra 407

Antes de estabelecer relacionamento com um cliente e observadas as exigências de


confidencialidade da Regra 501, um Profissional CFP deve, sempre que apropriado,
apresentar referências que podem incluir recomendações de atuais e/ou ex-clientes.

Regra 408

Quando agir como um consultor, um Profissional CFP deve assegurar-se de que o


escopo e legitimidade de sua atividade estejam amplamente definidos e
adequadamente documentados.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
12

Regra 409

Todos os Profissionais CFP devem aderir aos mesmos padrões de informações e


serviços, independentemente da instituição para a qual trabalhem.

Regra 410

Um Profissional CFP que seja um empregado deve realizar os serviços profissionais


com dedicação visando satisfazer demandas e necessidades dos clientes finais e
atender os objetivos do empregador, sempre em e de acordo com este Código.

Regra 411

Um Profissional CFP deve:


(a) Informar e orientar seu empregador sobre relações externas que tenham alguma
chance de comprometer o serviço; e

(b) Avisar oportunamente o empregador e os clientes, a menos que impedido por


obrigação contratual, de mudança de emprego ou comunicar, imediatamente,
mudanças de status de certificação promovidos pelo IBCPF.

Regra 412

Um Profissional CFP que realiza negócios como sócio ou diretor de uma empresa de
serviços financeiros deve a seus sócios ou co-proprietários a responsabilidade de agir
de boa fé. Isto inclui, mas não se limita, a exposição de informações financeiras
relevantes e materiais enquanto estiverem juntos no negócio.

Regra 413

Um Profissional CFP só deve participar de uma empresa de planejamento financeiro


como sócio ou diretor, nas hipóteses em que houver sido acordada a exposição mútua
de informações relevantes e materiais com relação às credenciais, competência,
experiência, licença, situação legal e estabilidade financeira das partes envolvidas.

Regra 414

Ao retirar-se de uma sociedade, um Profissional CFP deve fazê-lo observando-se os


acordos aplicáveis, devendo ainda, combinar seus interesses comerciais de uma
maneira justa e eqüitativa.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
13

Regra 415

Um Profissional CFP deve informar a seu empregador, representantes, sócios ou co-


proprietários, as fontes de receitas adicionais relacionadas a serviços prestados a
clientes.
Regra 416

Caso um Profissional CFP possa vir a celebrar uma transação de negócios com um
cliente, tal transação deverá ser realizada em termos justos e razoáveis para o cliente,
sendo que a priori, o Profissional CFP deve informar os riscos da transação, conflito(s)
de interesse(s), quando houver, e outras informações relevantes necessárias para que
o cliente tome a decisão de executá-la, ou não.

Regras Relacionadas ao Princípio da Confidencialidade.

Regra 501

Um Profissional CFP não deve revelar – ou usar para seu próprio benefício – sem o
consentimento do cliente, qualquer informação identificável concernente ao
relacionamento com e do cliente, ou aos negócios do cliente, exceto e na medida em
que as informações, ou o seu uso, sejam razoavelmente necessários:

(a) Para estabelecer um relato de aconselhamento ou corretagem, para efetuar uma


transação para o cliente; ou

(b) Para cumprir as exigências legais ou de processo legal; ou

(c) Para defender o Profissional CFP contra acusações de imperícia; ou

(d) Em conexão com uma disputa entre o Profissional CFP e o cliente. Para propósitos
desta regra, o uso de informações do cliente é considerado impróprio, cause ou não
dano ao cliente.

Regra 502

Um Profissional CFP deve manter os mesmos padrões de confidencialidade, tanto para


os empregadores quanto para os clientes.

Regra 503

Um Profissional CFP, realizando negócio como sócio ou diretor de uma empresa de


serviços financeiros, deve agir de boa fé. Isto inclui, mas não se limita, a adesão a
expectativas de confidencialidade durante a execução do trabalho ou após o seu
término.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
14

Regras Relacionadas ao Princípio do Profissionalismo

Regra 601

Um Profissional CFP deve usar as Marcas de acordo com as regras e os regulamentos


do IBCPF em vigor.
Regra 602

Um Profissional CFP deve mostrar respeito por outros profissionais de planejamento


financeiro e relacionar-se harmoniosamente com outros grupos de profissionais,
envolvendo-se em práticas competitivas justas e honestas, desde que tais
relacionamentos não impeçam o cumprimento deste Código.

Regra 603

Profissional (is) CFP que tenha(m) conhecimento de que outro(s) Profissional (is) CFP
cometeu (ram) violação deste Código e que levante suspeita sobre a honestidade,
confiabilidade ou adequação desse(s) Profissional (is) CFP, entre outros aspectos,
deve(m) imediatamente comunicar tais fatos para o IBCPF. Esta regra não exige
divulgação de informações baseadas em conhecimentos que firam sigilo profissional
ou relacionadas à resolução de litígios, nem deverá conflitar com outros Princípios
deste Código, inclusive o de Confidencialidade.

Regra 604

Em todas as atividades, o Profissional CFP deve realizar serviços de acordo com:

(a) Leis, regras e regulamentos aplicáveis; e a

(b) Regras, regulamentos e políticas estabelecidas pelo IBCPF.

Regra 605

Um Profissional CFP não deve se envolver em nenhuma conduta que reflita de


maneira adversa em sua integridade ou adequação como um Profissional CFP, nas
Marcas ou na profissão.

Regra 606
Um Profissional CFP não deve praticar outros serviços profissionais nem se oferecer
para prestá-los, a menos que esteja qualificado e habilitado para tal.

Regra 607

Um Profissional CFP deve devolver os registros originais do cliente com presteza, ou


logo após sua solicitação.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
15

Regra 608

Um Profissional CFP não deve produzir ou ameaçar produzir um procedimento


disciplinar sob este Código, ou relatar ou ameaçar relatar informações ao IBCPF, em
conformidade com a Regra 603, ou fazer ou ameaçar fazer uso deste Código com
propósitos de molestar, ofender maliciosamente, constranger e/ou injustamente
pressionar outro Profissional CFP.

Regra 609

Um Profissional CFP deve cumprir todas as exigências, pós-certificação aplicáveis


estabelecidas pelo IBCPF, incluindo, mas não limitadas, ao pagamento de anuidade de
certificação e devolução de declaração de licenciado, quando solicitado ou obrigatório.

Regras Relacionadas ao Princípio da Diligência

Regra 701

Um Profissional CFP deve prestar serviços diligentemente.

Regra 702

Um Profissional CFP só deve aceitar um compromisso de trabalho após obter


informações suficientes que o satisfaçam, e que:

(a) O relacionamento profissional é justificado pelas necessidades e objetivos do


indivíduo; e

(b) O Profissional CFP tenha capacidade para prestar os serviços solicitados ou


envolver outros profissionais que possam prestar tais serviços.

Regra 703

Um Profissional CFP deve fazer e/ou implementar somente recomendações adequadas


para o cliente.

Regra 704

Consistente com a natureza e o escopo do compromisso, um Profissional CFP deve


realizar uma investigação razoável com relação aos produtos financeiros
recomendados aos clientes. Tal investigação pode ser feita pelo Profissional CFP ou
por outros, contanto que se proceda racionalmente e que a qualidade e confiabilidade
dessa investigação estejam asseguradas.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
16

Regra 705

Um Profissional CFP deve supervisionar adequadamente os subordinados com relação


à prestação de serviços de planejamento financeiro e não deve aceitar nem desculpar
condutas que violem este Código, agindo sempre de maneira a preservar a sua
imagem, a de seus colegas Profissionais CFP e às Marcas.

Regras Relacionadas ao Princípio do Conhecimento do Cliente

Regra 801

Um Profissional CFP deve proceder de modo a conhecer a identidade de seus


potenciais clientes, em conformidade com o estabelecido no Princípio 8 do presente
Código.
Os procedimentos a serem realizados pelo Profissional CFP devem ser orientados no
sentido de permitir:

(a) Estabelecer a identidade de cada cliente;

(b) Determinar o tipo de atividade profissional de seu cliente;

(c) Conhecer o caráter e idoneidade do seu cliente, ainda que de modo subjetivo,
porém criteriosamente, baseando-se na análise de seus relacionamentos comerciais,
tanto atuais como passados e qualquer tipo de relacionamento ou comportamento ao
alcance do conhecimento do Profissional CFP, relevante no âmbito da identificação do
cliente.

Regra 802

Consistente com a natureza e o escopo dos serviços a serem prestados,


independentes do exposto na Regra 801, um Profissional CFP deve realizar uma
averiguação razoável para conhecer o cliente. Esta averiguação pode ser feita pelo
próprio Profissional CFP ou por pessoa ou entidade de sua confiança.
Com vistas a conhecer potenciais clientes, o Profissional CFP pode realizar entrevistas,
solicitar documentos e referências, podendo praticar atos razoáveis para o perfeito
entendimento das atividades desempenhadas pelo potencial cliente e das suas
necessidades.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
17

SEÇÃO II

REGRAS E PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

ARTIGO 1: Introdução
ARTIGO 2: Comitês de Ética do IBCPF
ARTIGO 3: Razões Disciplinares
ARTIGO 4: Formas Disciplinares
ARTIGO 5: Condição de Suspensão Provisória
ARTIGO 6: Investigação
ARTIGO 7: Queixa – Resposta – Omissão
ARTIGO 8: Audiências
ARTIGO 9: Relatório e Recomendações
ARTIGO 10: Apelações
ARTIGO 11: Condenação de um Crime ou Suspensão Profissional
ARTIGO 12: Procedimento Conciliatório
ARTIGO 13: Ação Requerida Após Revogação ou Suspensão
ARTIGO 14: Reintegração Após Punição Disciplinar
ARTIGO 15: Confidencialidade dos Procedimentos
ARTIGO 16: Disposições Gerais

Artigo 1: Introdução

O Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros – IBCPF, adotou um


Código de Ética e Responsabilidade Profissional (o “Código”) que estabelece padrões
mínimos aceitáveis para a conduta profissional de indivíduos autorizados a usar as
Marcas CFP e Certified Financial Planner (em conjunto, as “Marcas”). O Código pode
ser ampliado e ilustrado de tempos em tempos pela adição e aperfeiçoamento de
Princípios e Regras promulgados pela Diretoria do IBCPF. O uso das Marcas pelo
Profissional CFP e a divulgação pública de que se trata realmente de profissional
certificado pelo IBCPF permitirá a seus clientes buscar nele aconselhamento para seus
negócios financeiros com confiança e segurança. O Profissional CFP corresponderá a
estas expectativas e jamais violará a confidência do cliente e cumprirá com
competência as responsabilidades decorrentes devidas ao cliente. Para manter altos
padrões de conduta profissional, os Profissionais CFP que demonstrarem ser
incapazes, ou que podem ser incapazes de cumprir com suas responsabilidades
profissionais estarão sujeitos a procedimentos disciplinares. A adesão ao Código é
obrigatória para todos os Profissionais CFP e suas previsões serão estritamente
cumpridas pela Diretoria do IBCPF. As regras e os procedimentos disciplinares abaixo
apresentados, de tempos em tempos aperfeiçoados (os “Procedimentos”) serão
seguidos no cumprimento do Código.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
18

Artigo 2: Comitês de Ética do IBCPF

2.1 Função e Jurisdição do Comitê Mestre de Ética do IBCPF

O Comitê Mestre de Ética do IBCPF (“Comitê Mestre de Ética”), formado e governado


pelas normas do IBCPF, é encarregado do dever de investigar, rever e tomar a ação
apropriada com respeito às supostas violações do Código e a supostos não-
cumprimentos dos padrões éticos, promulgados pela Diretoria do IBCPF, e tem
jurisdição original sobre todas essas questões e procedimentos disciplinares. O Comitê
Mestre de Ética será composto por, no mínimo, 2 (dois) integrantes da Diretoria do
IBCPF, através de eleição específica promovida pela Diretoria do IBCPF, para um
período de 2 anos, passível de re-eleição, devendo ser acrescido de pelo menos 11
(onze) membros, necessariamente Profissionais CFP escolhidos pela ou com anuência
da Diretoria do IBCPF. Para legitimar seu funcionamento e abertura de seus trabalhos,
é obrigatório que o Comitê Mestre de Ética tenha no mínimo 3 (três) participantes por
reunião, sendo desejável a ocorrência de um número ímpar de membros.
A presidência do Comitê Mestre de Ética será ocupada, preferencialmente, por um dos
membros da Diretoria do IBCPF, eleitos para integrá-lo como disposto neste Artigo,
presente no início dos trabalhos da sessão.
Na eventualidade de empate decisório, decorrente de contrapartida de votos para um
número par de membros congregados, e somente nessa situação, o Comitê Mestre de
Ética fará encaminhar o caso para apreciação e julgamento pela Diretoria do IBCPF.

2.2 Poderes e Deveres do Comitê Mestre de Ética

O Comitê Mestre de Ética está autorizado a:

a. Recrutar a assistência de Profissionais CFP, e de outros indivíduos capacitados, para


ajudar nas investigações, ou para trabalhar temporariamente no Comitê de Audiência;

b. Relatar periodicamente à Diretoria do IBCPF sobre o desenvolvimento das


atividades dos Comitês de Ética;

c. Adotar emendas às Regras e Procedimentos Disciplinares, sujeitando-os à revisão e


aprovação da Diretoria do IBCPF; e

d. Adotar essas e outras regras ou procedimentos quando entender ser necessário ou


adequado para melhor administrar as responsabilidades e operações inerentes aos
Comitês de Ética.

2.3 Outros Comitês a Serem Criados pelo Comitê Mestre de Ética

Com relação a cada queixa individual, o Presidente do Comitê Mestre de Ética pode
estabelecer, para fins dos trabalhos de aplicação dos Procedimentos, 2 (dois) tipos de
comitês: o Comitê de Sindicância; e o Comitê de Audiência.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
19

Para cada Comitê criado será designado um Presidente, necessariamente um


Profissional CFP. Nenhum integrante de um Comitê de Sindicância poderá agir como
integrante do Comitê de Audiência sobre a mesma questão. No caso de uma questão
ser encaminhada para o Comitê de Sindicância para inquirição, e que
subseqüentemente for encaminhada para audiência, tal questão deverá,
necessariamente, ser ouvida pelo Comitê de Audiência, a menos que isentada dessa
exigência por alguma outra previsão destas Regras.

2.3.1 Comitê de Sindicância

O Comitê de Sindicância deverá, com a assistência adequada dos integrantes do


comitê Mestre de Ética, investigar quaisquer supostas áreas a serem disciplinadas,
como está estabelecido no Artigo 6 destes Procedimentos.
Um Comitê de Sindicância deve consistir de, pelo menos, 3 (três)integrantes, sendo
que seu Presidente deve necessariamente ser Profissional CFP, e preferencialmente do
Comitê Mestre de Ética. Além disso, 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, de seus
integrantes devem ser Profissionais CFP, sendo que, pelo menos, um deles deve ser,
também, integrante do Comitê Mestre de Ética.

2.3.2 Comitê de Audiência

O Comitê de Audiência deverá ser composto por, no mínimo, 3 (três) integrantes -


todos profissionais CFP, sendo, pelo menos, um deles deve ser integrante do Comitê
Mestre de Ética. O integrante do Comitê de Audiência que atuar como Presidente terá
soberania para decidir sobre todas as moções, objeções e outras questões
apresentadas no decorrer da audiência.

2.3.3 Desqualificação/Impedimento

Os integrantes de qualquer Comitê não participarão de qualquer procedimento em que


eles, um membro de sua família imediata ou um integrante da sua empresa tenha
qualquer interesse, ou que sua participação possa suscitar um conflito de interesse ou
impropriedade.

Artigo 3: Razões Disciplinares

A má conduta, individual ou coletiva, por parte de um Profissional CFP, incluindo, mas


não limitado aos seguintes atos ou omissões, independente da não ocorrência durante
o período de relacionamento com o cliente - constituem razões para instauração de
um processo disciplinar:

a. Qualquer ato ou omissão que viole as previsões do Código;

b. Qualquer ato ou omissão que não cumpra com os padrões éticos;

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
20

c. Qualquer ato ou omissão que viole as leis criminais da República Federativa do


Brasil ou qualquer estado, província, território ou jurisdição de qualquer outro país.
Independentemente, a condenação em um procedimento criminal não constitui pré-
requisito para a instituição de procedimentos disciplinares, assim como, a absolvição
em um processo criminal não o exclui de uma ação disciplinar, segundo este Código;

d. Qualquer ato que configure uma base adequada para a suspensão profissional,
como está aqui definida, mesmo que não seja um pré-requisito para a instituição de
procedimentos disciplinares, como a recusa das acusações em um procedimento de
suspensão profissional, não o excluem de ações disciplinares adicionais subseqüentes,
segundo este Código;

e. Qualquer ato ou omissão que viole estes Procedimentos ou uma Ordem de


disciplina;

f. A recusa em responder a uma solicitação dos Comitês de Ética, sem boa razão para
isso, ou obstrução dos Comitês de Ética, ou da Diretoria do IBCPF no desempenho de
suas funções;

g. Qualquer declaração falsa ou enganosa feita ao IBCPF e a qualquer órgão que o


componha.

A enumeração dos atos e omissões precedentes que constituem razões disciplinares é


meramente exemplificativa. Assim, outros atos ou omissões implicando má conduta
profissional podem constituir razões para instauração de procedimentos disciplinares.

Artigo 4: Formas Disciplinares

Nos casos, em que não foram estabelecidas razões para instauração de procedimento
disciplinar, o Comitê Mestre de Ética pode recusar a questão como sem mérito,
podendo, independentemente, expedir uma carta de advertência. Em todos os casos,
o Comitê Mestre de Ética tem o direito de exigir que os Profissionais CFP realizem
educação continuada adicional ou outro trabalho de reparação. A educação continuada
e/ou trabalho de reparação podem ser ordenados em vez de ou em adição a, qualquer
ato disciplinar abaixo relacionado. Nos casos em que as razões para disciplina forem
estabelecidas, qualquer uma das formas disciplinares que seguem poderá ser imposta.

4.1 Censura Privada

Os Comitês de Ética podem determinar a censura privada de um Profissional CFP,


através de reprimenda por escrito, não publicada, mas apontada nos registros do
IBCPF, remetida, após aprovação, pelo Comitê Mestre de Ética diretamente ao
Profissional CFP censurado.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
21

4.2 Suspensão

O Comitê Mestre de Ética pode ordenar a suspensão de indivíduos, cuja reabilitação


seja possível, por um período de tempo específico, sem exceder 5 (cinco) anos. No
caso de suspensão, será publicado o fato da suspensão, juntamente com a
identificação do Profissional CFP, em um órgão da imprensa e/ou por outra forma
definida pelo Comitê Mestre de Ética. Em alguns casos, quando o Comitê Mestre de
Ética determinar que há circunstâncias extremamente atenuantes, pode decidir reter a
notificação pública. Os Profissionais CFP que receberem uma suspensão poderão se
qualificar novamente, conforme o estabelecido no Artigo 14.
Durante o período de suspensão o uso da Marcas está proibido.

4.3 Revogação

O Comitê Mestre de Ética pode ordenar a revogação permanente do direito de uso das
Marcas de um Profissional CFP. No caso de revogação permanente, será procedimento
obrigatório publicar a revogação juntamente com a identificação do Profissional CFP
em um órgão da imprensa e/ou em outra forma definida pelo Comitê Mestre de Ética.

4.4 Formas Disciplinares Relacionadas a Candidatos

Sob certas circunstâncias, o Comitê Mestre de Ética pode agir em questões que
envolvam a conduta de candidatos à certificação CFP.
Nesses casos, serão adotadas as medidas estabelecidas por este Código, conforme
sua adequação.

Artigo 5: Condição de Suspensão Provisória

O Comitê Mestre de Ética poderá suspender temporariamente, por um período de


tempo indefinido, o direito de uso das Marcas de um Profissional CFP, enquanto os
procedimentos processuais contra ele estiverem pendentes. A imposição de uma
suspensão provisória não impedirá o Comitê Mestre de Ética de impor outro ato
disciplinar.

5.1 Publicação de uma Norma de Sindicância (Show Cause Order)

Embora o direito de uso das Marcas pelo Profissional CFP não deva normalmente ser
suspenso antes da conclusão dos procedimentos de investigação, quando parecer
haver culpa em um crime, como está definido no Artigo 11.5, ou tiver ocorrido
suspensão profissional, como está definido no Artigo 11.6, ou ainda, o implicado
tomou e usou ilegalmente ativos ou fundos, envolvendo-se em conduta que impõe
uma ameaça imediata ao público, ou se envolveu em conduta cuja gravidade vai de
encontro à estatura e a reputação das Marcas, o Comitê de Sindicância ou o Comitê
Mestre de Ética pode(m) publicar uma Norma de Sindicância pela qual o direito de uso
as Marcas é suspenso durante os procedimentos da pendência.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
22

5.2 Expedição

O IBCPF deve enviar a Norma de Sindicância ao profissional CFP, através de serviço


pessoal ou remessa certificada para o último endereço conhecido do Profissional CFP,
como determinado no Artigo 16.2.

5.3 Resposta

Todas as Respostas às Normas de Sindicância devem ser enviadas por escrito para
serem submetidas dentro de 20 (vinte) dias corridos, a contar da data de sua
expedição ao Profissional CFP. A Resposta deve solicitar o direito de participar na
Audiência. A não manifestação acarretará na renúncia a esse direito.

5.4 Não-Resposta à Norma de Sindicância

Se o Profissional CFP não apresentar uma Resposta no período estabelecido na Seção


5.3, renunciará a seu direito de resposta, e as alegações apresentadas na Norma de
Sindicância serão consideradas admitidas, sendo automaticamente emitida sua
suspensão.

5.5 Audiência de Sindicância

Após receber a Resposta do Profissional CFP, como consta na Seção 5.3, deve ser
marcada uma audiência, com pelo menos, o quorum mínimo do Comitê Mestre de
Ética, como estabelecido no Artigo 2.1.. Se solicitado, o Profissional CFP deverá ter a
oportunidade de participar desta Audiência de Sindicância, apresentando argumentos
e evidências em sua defesa. Todas as evidências apresentadas devem ser submetidas
ao Comitê Mestre de Ética em até 20 (vinte) dias antes da data marcada da Audiência.
Qualquer evidência não submetida nestes termos só será admitida por moção à
audiência.

5.6 Suspensão Provisória

Uma suspensão provisória será publicada quando o Comitê Mestre de Ética entender
que o Profissional CFP não proporcionou evidências significativas em contrário. O fato
de um Profissional CFP condenado ou suspenso apelar da condenação ou da
suspensão não limita o poder do Comitê Mestre de Ética de impor uma suspensão
provisória.

5.7 Reintegração Automática Após Reversão da Condenação ou Suspensão

Os Profissionais CFP, suspensos sob este Artigo, podem ter as suspensões revogadas
após atenderem a todas as determinações emanadas pelo Comitê Mestre de Ética, que
necessariamente deverão passar por avaliação específica e soberana do IBCPF, e que

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
23

seja efetivamente demonstrado que as condenações criminais e/ou suspensões


profissionais originárias foram revertidas. As reintegrações devido a tais reversões não
terão nenhum efeito sobre quaisquer procedimentos sendo conduzidos então
pendentes contra o Profissional CFP.

5.8 Publicação

Será procedimento obrigatório publicar a suspensão temporária juntamente com a


identificação do Profissional CFP em um órgão da imprensa e/ou em qualquer outro
meio de comunicação a critério do IBCPF.

Artigo 6: Investigação

6.1 Início

Os procedimentos de investigação envolvendo violações potenciais da ética devem ser


iniciados após uma comunicação escrita - na qual serão apresentados as razões e
fatos - dirigida ao Comitê Mestre de Ética, podendo ser feita por qualquer pessoa.
Os procedimentos envolvendo não-conformidade dos padrões éticos deverão ser
iniciados após o envio da comunicação escrita - na qual serão apresentados as razões
e fatos - dirigida ao Comitê Mestre de Ética, feita por qualquer pessoa que tenha
relacionamento contratual com o Profissional CFP, por outro Profissional CFP, ou,
ainda, por qualquer pessoa idônea que tenha algum tipo de relação com o cliente do
Profissional CFP. Em qualquer situação, o Comitê Mestre de Ética pode determinar o
prosseguimento, ou não, de inquirição com relação às razões e fatos apresentados,
como julgar conveniente.

6.2 Procedimentos para Investigação de uma Queixa

Após receber comunicação contendo alegações que, caso sejam verdadeiras,


poderiam violar o Código, ou após a obtenção de informações que, caso sejam
verdadeiras, poderiam violar o Código, o Comitê Mestre de Ética notificará por escrito
o Profissional CFP em questão, informando sobre a investigação e natureza geral das
alegações declaradas contra ele. O Profissional CFP terá 20 (vinte) dias corridos, a
contar da data de recebimento da notificação de investigação, para apresentar ao
Comitê de Ética uma resposta por escrito para as referidas alegações.

a. Não Resposta. Expirado o prazo de 20 (vinte) dias corridos, caso não tenha sido
recebida nenhuma manifestação, a questão será encaminhada ao Comitê de
Audiência.

b. Resposta. Após o recebimento de uma resposta, o Comitê Mestre de Ética deverá


compilar todos os documentos e materiais pertinentes e submeter um relatório ao
Comitê de Sindicância.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
24

6.3 Procedimentos Diante do Comitê de Sindicância

A partir do relatório do Comitê Mestre de Ética, referido no Artigo 6.2 (b), o Comitê de
Sindicância deverá se manifestar sobre a instauração de procedimento disciplinar
para:

a. rejeitar as alegações como sendo sem mérito;

b. rejeitar as alegações com uma carta de advertência recomendando ação corretiva e


outras ordens apropriadas; ou

c. definir-se pelo estabelecimento de uma Queixa contra o Profissional CFP, ou por


outro direcionamento.

6.4 Disposição

O Comitê Mestre de Ética e o Comitê de Sindicância deverão conduzir a Investigação


com a maior presteza possível.

Artigo 7: Queixa – Resposta – Omissão

7.1 Decisão do Comitê de Sindicância

Se o Comitê de Sindicância acreditar que existam razões para disciplina, ele deve
pleitear ao Comitê Mestre de Ética a publicação de uma Queixa como está
determinado na Seção 7.2 deste Artigo.

7.2 Queixa

Uma Queixa deve ser preparada pelo IBCPF e ser encaminhada para o profissional
CFP. Simultaneamente, cópias da Queixa devem ser disponibilizadas ao Comitê de
Audiência. A Queixa deve apresentar, com clareza, as razões disciplinares pelas quais
o Profissional CFP é acusado e a conduta ou omissão que lhe deu origem.

7.3 Expedição da Queixa

O IBCPF deve expedir prontamente a Queixa ao Profissional CFP, através de serviço


pessoal ou por remessa certificada para o último endereço conhecido do Profissional
CFP, como está determinado no Artigo 16.2.

7.4 Resposta

Todas as Respostas às Queixas devem ser por escrito. A Resposta deverá ser
submetida dentro de 20 (vinte) dias corridos a contar da data da expedição da Queixa

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
25

ao Profissional CFP. A Resposta deverá ser encaminhada para o Comitê Mestre de


Ética em tantas vias quanto o número especificado na Queixa. Cópias da Resposta
serão incluídas no dossiê encaminhado ao Comitê de Sindicância, antes da inquirição.
Na Resposta, o Profissional CFP deve responder a todas as alegações contidas na
queixa, além de ser-lhe facultado apresentar quaisquer defesas e/ou circunstâncias
atenuantes.

7.5 Não Resposta e Omissão

Se o Profissional CFP não apresentar uma resposta dentro do período determinado na


Seção 7.4, ele será considerado omisso, e as alegações apresentadas na Queixa serão
consideradas admitidas. Nessa circunstância, o Comitê Mestre de Ética expedirá ao
Profissional CFP, consistente com a seção 7.3, uma Ordem de Revogação. A Ordem de
Revogação determinará claramente as razões para revogação do direito de uso das
Marcas. A Ordem está sujeita ao direito de apelação do Artigo 10.

7.6 Solicitação de Comparecimento

Na apresentação de Resposta, o Profissional CFP pode solicitar seu comparecimento


operante o Comitê de Sindicância, para pessoalmente apresentar argumentos,
testemunhas e evidências a seu favor. O Comitê de Sindicância pode, ou não,
consentir o pedido de comparecimento.

Artigo 8: Audiências

8.1 Notificação

A notificação de Audiência deverá ser expedida ao Profissional CFP e comunicada a


Diretoria do IBCPF, pelo menos, 60 (sessenta) dias corridos antes da data
determinada para a audiência de uma Queixa, como estabelecido no Artigo 16.2. A
notificação deverá indicar a data, o local da audiência e, também, avisar o Profissional
CFP que tem o direito de ser representado na audiência por procurador, constituído
para este fim, que poderá, em seu nome, avaliar as testemunhas e apresentar
evidências em defesa do Profissional CFP. Nenhuma evidência será aceita ou
testemunha endossada menos de 30 (trinta) dias antes da data da audiência, exceto
por moção a audiência.

8.2 Indicação do Comitê de Audiência

Todas as audiências sobre Queixas para ação disciplinar contra um Profissional CFP
serão conduzidas por Comitês de Audiência específicos.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
26

8.3 Procedimentos e Provas

As audiências serão conduzidas em conformidade com as regras de procedimento e


evidências estabelecidas pelo Comitê de Audiência.

Não será mandatório que as regras de procedimento e evidências aplicáveis em um


tribunal sejam observadas em qualquer audiência, mas o Comitê de Audiência pode se
guiar por tais regras, na medida em que julgar adequado.
A prova de má conduta deverá ser estabelecida por preponderância de evidências.
Deverá ser efetuado um registro completo de todos os testemunhos ouvidos nas
audiências do Comitê de Audiência.

8.4 Abertura de Audiência

A abertura de um caso disciplinar ocorrerá somente após uma Queixa ter sido
formalizada contra um Profissional CFP. Nessa situação, o Profissional CFP poderá
obter cópias de todos os documentos constantes do seu arquivo disciplinar, que sejam
absolutamente importantes para a ação pendente no Comitê de Audiência, e desde
que o conteúdo não seja privilegiado. As solicitações de cópias de documentos ao
IBCPF, nesses casos, devem ser feitas ao Comitê Mestre de Ética, por escrito. A
divulgação autorizada de informações contidas no arquivo disciplinar de um
Profissional CFP será permitida, desde que, o material seja usado, apenas, para
propósitos diretamente relacionados à ação pendente junto ao Comitê de Audiência.

Artigo 9: Relatório e Recomendações

9.1 Comitê de Audiência

Na conclusão da audiência, o Comitê de Audiência deverá preparar relatório com suas


conclusões e recomendações para o(s) caso(s) apreciado(s), que será submetido ao
Comitê Mestre de Ética para suas considerações finais. Ao fazer suas recomendações,
o Comitê de Audiência poderá levar em consideração qualquer registro disciplinar
anterior do Profissional CFP.

9.2 Relatório do Comitê de Audiência

O relatório do Comitê de Audiência deve:

a. determinar que a Queixa não foi provada ou que os fatos, como foram apurados e
apresentados, não justificam a imposição de disciplina e recomenda que a Queixa seja
recusada como sem mérito, ou com imputação de advertência; ou

b. encaminhar ao Comitê Mestre de Ética recomendando a forma de disciplina que


julgar cabível. O Comitê de Audiência pode também recomendar para análise do
Comitê Mestre de Ética outras ações disciplinares cabíveis.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
27

9.3 Poder do Comitê

Ao Comitê Mestre de Ética é reservada a autoridade de revisão a qualquer


determinação emanada pelo Comitê de Audiência, decorrente de procedimentos
disciplinares ou de conduta Ética. Nesse sentido, o Comitê de Ética poderá determinar
que procedimentos adicionais sejam conduzidos pelos Comitês de Audiência e
Sindicância, tantas vezes quanto achar apropriado. O Comitê de Ética poderá solicitar
esclarecimentos, bem como, procedimentos complementares de investigação e
preventivos para uma melhor condução dos trabalhos do Comitê de Audiência, sempre
que entender que existam razões suficientes para tal.

Artigo 10: Apelações

Apelações às determinações dos Comitês de Ética deverão ser submetidas ao Comitê


Mestre de Ética, que nomeará novos Comitês de Sindicância e Audiência para esse
fim.
Das decisões dos Comitês de Audiência de apelação não caberá recurso.
As determinações do Comitê Mestre de Ética que não sofrerem apelação, no prazo de
30 (trinta) dias corridos após a entrega da notificação aos Profissionais CFP, serão
consideradas finais.

Artigo 11: Condenação de um Crime ou Suspensão Profissional.

11.1 Prova da Condenação ou Suspensão Profissional

Exceto se disposto de outra maneira nestes procedimentos, um comunicado do oficial


de justiça de qualquer tribunal de jurisdição criminal, indicando que um Profissional
CFP foi condenado por um crime naquele tribunal, ou, ainda, uma carta, ou outro
documento emitido por autoridade governamental ou executiva de entidade de classe
profissional, para efeito de comunicação de uma ordem de suspensão profissional,
estabelece conclusivamente a existência da condenação ou da suspensão profissional
para os propósitos de estabelecimento de procedimentos disciplinares, e constituí
prova conclusiva do cometimento daquele crime ou das bases para suspensão do
Profissional CFP.

11.2 O Dever de Relatar Condenação Criminal ou Suspensão Profissional

Todo Profissional CFP, após ser condenado por um crime, deve obrigatoriamente
notificar, por escrito, essa condenação ao IBCPF, dentro do período de 10 (dez) dias
corridos, a contar da data que foi notificado da condenação ou da suspensão.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
28

11.3 Início dos Procedimentos Disciplinares Após Notificação de


Condenação ou Suspensão Profissional

Após ser comunicado que um Profissional CFP foi condenado por crime, o IBCPF deve
determinar a realização de investigação comprovativa prévia, para só após encaminhar
a questão para o Comitê de Sindicância para procedimentos adicionais.
Se a condenação é por crime ou se um Profissional CFP é alvo de suspensão
profissional, o IBCPF deve obter o registro da condenação, ou prova de suspensão, e
apresentar uma Queixa contra esse profissional, como está determinado no Artigo 7.
Se a condenação criminal ou suspensão profissional do Profissional CFP for provada ou
admitida, esse profissional só terá o direito de ser ouvido pelo Comitê de Audiência
para refutar qualquer evidência apresentada ao Comitê Mestre de Ética, inclusa a
prova da condenação ou da suspensão.

11.4 Condenação por Crime ou Suspensão Profissional – Suspensão


Imediata

Após receber notificação, ou confirmação, oficial da condenação criminal ou suspensão


profissional de um Profissional CFP, o Comitê Mestre de Ética pode, a seu exclusivo
critério, comunicar o Profissional CFP, condenado ou suspenso, da proibição do direito
de uso das Marcas, de acordo com o Artigo 5, porém facultando-lhe o direito de
defesa, dentro do prazo máximo, irrecorrível, de 5 (cinco) dias corridos, a partir da
data de expedição, como estabelecido no Artigo 16.2..

11.5 Definição de Crime

O termo crime, como é utilizado neste Código, deve incluir:

a. Qualquer crime definido pelas leis penais brasileiras; e/ou

b. Qualquer crime, cujo elemento necessário, por definição estatutária ou pela lei
comum, envolve procedimento impróprio, fraude, extorsão, apropriação indébita ou
roubo; e/ou

c. Uma tentativa ou conspiração para cometer crime, ou solicitação a outrem para


cometer crime.

O Comitê Mestre de Ética poderá para fins de aplicação das penas de suspensão
provisória e/ou definitiva, avaliar o(s) tipo(s) de crimes pelos quais o Profissional CFP
foi condenado ou vem sendo investigado, especialmente, em se tratando de crimes
dolosos. O Comitê Mestre de Ética deverá, sempre fundamentando suas razões,
aplicar, ou não, quaisquer das suspensões previstas neste Código.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
29

11.6 Definição de Suspensão Profissional

Uma suspensão profissional inclui a suspensão ou exclusão como medida disciplinar,


por parte de qualquer autoridade governamental ou executiva de entidade de classe
profissional, de uma licença ou habilitação técnica para as categorias profissionais
seguintes, mas não limitadas apenas a estas: de representante de seguros registrado;
corretor; vendedor ou corretor de seguros; advogado; contador; consultor de
investimentos; consultor ou administrador de valores mobiliários; agente autônomo;
ou planejador financeiro.

Artigo 12: Procedimento Conciliatório

Um Profissional CFP, contra quem estão pendentes procedimentos disciplinares deste


Código - decorrentes de uma Queixa formal e antes da decisão final dos Comitês de
Ética - pode apresentar ao Comitê Mestre de Ética uma Oferta de Acordo. A Oferta de
Acordo deve ser apresentada por escrito diretamente ao Comitê Mestre de Ética, que
após apreciação da matéria, manifestará sua posição ao Comitê de Audiência, que
agirá segundo essa solicitação. A submissão de uma Oferta de Acordo, pode vir a
suspender todos, ou alguns dos procedimentos sendo conduzidos, segundo estas
Regras e Procedimentos Disciplinares.

12.1 Oferta de Acordo

As Ofertas de Acordo podem ser apresentadas quando a natureza do procedimento e


os interesses do público, do IBCPF e seus associados, bem como, dos Profissionais
CFP assim o permitirem. Um Profissional CFP tem permissão para submeter apenas
uma Oferta de Acordo, no decorrer de um procedimento disciplinar. A Oferta deve ser
feita em conformidade com as previsões deste Artigo e não deve ser feita de maneira
frívola ou inconsistente com a seriedade das violações alegadas nos procedimentos.
Toda Oferta de Acordo deve conter e descrever com razoável detalhamento:

a. O ato ou prática em que o indivíduo ou pessoa associada supostamente se envolveu


ou foi omissa;

b. O princípio, regra, regulamento ou dispositivo estatutário de tal ato, prática ou


omissão da ação supostamente violada;

c. Uma declaração de que o Profissional CFP está ciente e concorda com os fatos e as
violações levantadas na Queixa e que elas são consistentes com as declarações
contidas na oferta, conforme descrito nos parágrafos 12.1a e 12.1b;

d. A ação reparatória proposta, acrescida de uma declaração de anuência expressa à


mesma pelo Profissional CFP; e

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
30

e. Uma renúncia a todos os direitos de apelação, inclusive, aos tribunais, ou a desafiar


ou contestar a validade da Ordem a ser emitida se a Oferta de Acordo for aceita, no
todo ou em parte.

12.2 Aceitação da Oferta

Se uma Oferta de Acordo for aceita pelo Comitê de Audiência, esta decisão deve ser
examinada e poderá ser aprovada, ou não, no todo ou em parte, pelo Comitê Mestre
de Ética. A decisão do Comitê Mestre de Ética de aprovação, total ou parcial, da
decisão de aceitação da Oferta de Acordo pelo Comitê de Audiência será conclusiva e
terá validade desde a data de apresentação da Oferta de Acordo. Se a Oferta de
Acordo incluir uma penalidade de revogação ou suspensão, essa deverá se tornar
efetiva imediatamente, independente da aceitação por parte do Comitê de Audiência e
da apreciação por parte do Comitê Mestre de Ética.

12.3 Rejeição da Oferta

Se a Oferta de Acordo for rejeitada pelo Comitê de Audiência, as questões levantadas


na Queixa serão apreciadas, preferencialmente, na mesma audiência. O Profissional
CFP não deve, no entanto, ser prejudicado pela rejeição da Oferta de Acordo na
resolução das questões envolvidas nos procedimentos pendentes ou em qualquer
outro.

12.4 Publicação

Caso os procedimentos relativos ao Artigo 12 resultarem em uma revogação ou


suspensão, ou ainda, resultarem em proibição do direito de uso das Marcas, será
publicado esse fato juntamente com a identificação do Profissional CFP em um órgão
da imprensa e/ou por outra forma definida pelo Comitê Mestre de Ética.

Artigo 13: Ação Requerida Após Revogação ou Suspensão

A ordem de revogação ou suspensão imputará ao Profissional CFP a proibição imediata


do uso das Marcas e, particularmente imporá a eliminação delas de qualquer
propaganda, anúncio, cabeçalho de cartas ou cartão de visitas, não se limitando tal
proibição e/ou supressão a apenas esses meios ou formas de divulgação.

Artigo 14: Reintegração Após Punição Disciplinar

14.1 Após a Revogação

A revogação é permanente, e não há oportunidade para reintegração.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
31

14.2 Reintegração Após Suspensão

A menos que determinado de outro modo pelo Comitê Mestre de Ética, em sua ordem
de suspensão, o Profissional CFP que for suspenso por um período de 1 (um) ano civil,
ou menos, deverá ser reintegrado após a expiração do período de suspensão,
contanto que apresente ao IBCPF um depoimento juramentado declarando que
cumpriu plenamente a ordem de suspensão e todas as previsões aplicáveis inclusive
educacionais, dentro do período de 30 (trinta) dias corridos da data da expiração do
período de suspensão, a menos que a Diretoria do IBCPF abra mão desse critério.
O Profissional CFP que for suspenso por um período maior que 1 (um) ano civil, deve
requerer ao IBCPF uma audiência de reintegração no período de até seis meses após
o final da sua suspensão, ou a não realização desta audiência resultará em renúncia
administrativa. Antes de ser marcada qualquer audiência de reintegração, o
Profissional CFP deve juntar todas as exigências administrativas e educacionais para
sua relicenciatura, pagar os custos da audiência de reintegração e proporcionar
evidências, se necessário, de que todos e quaisquer custos anteriores a audiência
foram pagos.
Na audiência de reintegração, o Profissional CFP deve provar através de evidências
claras e convincentes que se reabilitou, cumpriu todas as ordens e previsões
disciplinares aplicáveis e que está em condições de restabelecer seus direitos de uso
das Marcas.

14.3 Investigação

Imediatamente após receber uma petição para reintegração, o Comitê Mestre de Ética
deve iniciar uma investigação. O peticionário deve cooperar em quaisquer
investigações dos Comitês de Ética e/ou seus prepostos. O Comitê Mestre de Ética
submeterá um relatório da investigação à Diretoria do IBCPF, que se pronunciará
sobre o registro disciplinar do peticionário, sobre qualquer recomendação adicional
para a reintegração e se aprova, ou não, a reintegração.

14.4 Petições Sucessivas


Se um indivíduo tem sua reintegração negada, deve esperar 2 (dois) anos para
peticionar novamente pela reintegração; se a segunda petição for negada, o direito de
uso das Marcas do indivíduo será extinto.

14.5 Custos da Reintegração

Os peticionários de reintegração arcarão com os custos dos procedimentos de


reintegração.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
32

Artigo 15: Confidencialidade dos Procedimentos

15.1 Confidencialidade

Exceto se de outro modo determinado neste Código, todos os procedimentos e os


registros do IBCPF, sua Diretoria, e dos Comitês de Ética são confidenciais e assim
devem ser mantidos.

15.2 Exceções à Confidencialidade

As pendências, as razões para suas motivações e a situação dos procedimentos


conduzidos de acordo com este Código, poderão ser reveladas se:

a. Os procedimentos forem baseados em condenação criminal ou suspensão


profissional como aqui definido; ou

b. O(s) Profissional(is) CFP renunciar(em), sejam quais forem as formas e motivos, à


confidencialidade; ou

c. A revelação for requerida por processo legal de um tribunal, ou outro corpo


governamental ou entidade que tenha sua própria jurisdição.

Artigo 16: Disposições Gerais

16.1 Quórum

O número mínimo de integrantes dos Comitês de Ética, como definido no Artigo 2.1.,
deverá estar presente para se constituir o quórum base para o prosseguimento dos
trabalhos, sendo que a decisão de qualquer processo se dará por maioria simples do
quórum então presente.

16.2 Notificação e Expedição

Exceto se de outra maneira disposto neste Código, será considerada entregue


qualquer notificação escrita expedida via serviço de entrega pessoal ou por meio de
remessa certificada para o último endereço conhecido do Profissional CFP, de acordo
com os registros do IBCPF.
Assim sendo, é obrigatório a todos os Profissionais CFP manter atualizado seus dados
pessoais junto ao IBCPF.

16.3 Custos

Em todos os casos disciplinares em que uma audiência for convocada, fica


determinado ser de responsabilidade do Profissional CFP arcar com os custos inerentes
a ela, até 30 (trinta) dias antes da data marcada para a audiência. Além disso, se o

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP
33

Profissional CFP que desejar comparecer pessoalmente, ou pretender participar por


telefone ou outros meios de comunicação eletrônica disponíveis, deverá se
responsabilizar pelos custos adicionais decorrentes, também, até 30 (trinta) dias antes
da data marcada para a audiência. O IBCPF se reserva o direito de compensar, sem
ser obrigado a, restituir valores cobrados a maior, bem como, de empreender
cobrança de eventuais custos e despesas verificados, ainda não ressarcidos.
No caso da audiência resultar em uma destituição sem mérito, o IBCPF poderá, sem
haver a obrigação de, restituir ao Profissional CFP os custos da audiência; o
Profissional CFP pode solicitar especificamente que lhe sejam reembolsados os custos
da audiência, no próprio corpo de sua Resposta, ou durante a audiência. Um
Profissional CFP, que peticione uma apelação, deve obrigatoriamente arcar com os
custos dos procedimentos decorrentes.

IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros


Av. Brigadeiro Faria Lima, 2179 / 2.o andar – Jardim Paulistano.
CEP 01451-000 São Paulo - SP

Anda mungkin juga menyukai