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c
c
Este TCC teve como objetivos uma reflexão sobre as dificuldades da aprendizagem na
leitura e escrita nos primeiros anos do ensino fundamental nas escolas Jonathan da Rocha
usada foi realizada através de uma pesquisa bibliográfica baseada na atual LDB e de alguns
autores importantes na área da escrita e da leitura, e empírica através dos dados adquiridos por
professor do ensino fundamental I como referencial para alcançar metas de qualidade tanto na
escrita como na leitura, tendo como uma das metas desenvolver integralmente a identidade da
criança fazendo com que ela seja capaz de crescer como cidadão, cujo direito à infância será
cultura, como uma forma de crescimento, e não como uma imposição da própria sociedade. A
responsabilidade do professor é muito importante nesse contexto, sem ele é quase impossível.
Mas é preciso investir na sua preparação profissional e mantê-lo sempre atualizado para que as
crianças possam desenvolver o hábito de uma boa leitura e conseqüentemente de uma melhor
escrita.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
ensino-aprendizagem da criança
da criança
2.8 ± Procedimentos que podem ser adotados por professores e pais de crianças disléxicas
BIBLIOGRAFIA
ANEXO
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m c
fará uma análise da problemática chamada dislexia que é um ³tormento´ para os educadores
trabalho voltado ao aumento da qualidade da leitura e da escrita, sabendo que os mesmos são
percurso dos objetivos almejados, portanto as teorias que envolvem a temática contribuíram
para a análise dialética dos diversos fatores que envolvem os fenômenos em todas as vertentes.
Ela foi desenvolvida numa perspectiva quantitativa e qualitativa, aos quais escolhemos
como metodologia uma pesquisa de campo, como instrumento da coleta de dados, optamos
pelas entrevistas e questionários. Ficou evidente na pesquisa que o trabalho que está sendo
direcionado para a melhoria da qualidade da leitura e da escrita está sendo de forma árdua e
comprometida para atingir os objetivos almejados, mas também ficou evidente que há muito o
que fazer, principalmente a comunidade escolar, ou seja, o corpo docente juntamente coma a
qualidade das suas aulas, mas não podemos esquecer da necessidade do apoio das autoridades
toda a história. Nos seus artigos 28 e 29, esta convenção trata do direito à educação e, mais
A Educação, ainda que afirmada como direito de todos, não possuía, sob enfoque
suscetível de gerar efeitos práticos e concretos no contexto pessoal dos destinatários da norma.
oportunidades.
na escrita dos alunos, fazendo da escola um espaço que lhes cabe no sistema educativo e na
sociedade, sem dúvida, mas também na família, na comunidade de base, na nação. Este dever
elementar deve ser constantemente recordado, para cada vez mais ser tido em conta, quanto às
homem´.
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c
ccccccccc
dias atuais.
tarefa de ensinar a ler e escrever. Atualmente, graças a estudos realizados por dedicados
pesquisadores, podemos afirmar que tal concepção está mudando. Hoje, nossos alunos chegam
à escola com uma bagagem de conhecimento bem ampla, favorecidos que são, principalmente,
pela tecnologia que com certeza colabora e facilita na aquisição da leitura e escrita.
Neste trabalho, apresentei uma pequena parte dos estudos de alguns autores e
± Recursos de identificação
± Sistema pictográfico
± Lexical silábica
± Silábica
± Alfabética
A etapa lexical silábica inicia-se por volta de 3100 a.C. com sistema pictográfico cujas
pictogramas, modo que no início, os ideogramas eram ³letras de fôrma´. A escrita cursiva
simplificar os traços. O sistema ao mesmo tempo deixa de ser icônico para ser simbólico.
portanto, tem também sua representação fonética. Para Gilb (op. Cit), a foneticização começa
É importante mencionar ainda que, como aquisição da língua escrita é para Vygostsk a
este processo o desenvolvimento dos gestos, dos desenhos e brinquedos simbólicos, pois essas
são também atividades de caráter representativo, isto é, utiliza-se de signos para representar
significados.
Segundo Ferreiro (1985), a escrita passa por três etapas que são:
posição das grafias. Essa variação pode ser influenciada pela lembrança de algum modelo de
b)c Escritas silábicas: com correspondência quantitativa, segundo uma análise sonora da
convencionais.
c)c Escrita alfabética: com correspondência sonora do tipo fonético e com valor sonoro
convencional.
principalmente porque não há uma relação biunívoca entre letra e som para que o aluno
Para Kato (1998), a escrita é a representação da fala, mas a nossa ortografia não pode
ter uma natureza estritamente fonética, pelo fato de que toda língua se modifica, apresentando
diferenças dialetais e variações estilísticas que afetam a pronúncia. Ela nos afirma que o que
determina as diferenças entre fala e a escrita são diferentes condições de produção e o uso da
linguagem, pois a fala devidamente planejada fica mais próxima da escrita do que da fala
Afirmando-nos, ainda, que nos anos 30, não envolvidas em respostas de ensinos, conseguiram
categorizar e descrever estratégias das quais as crianças lançavam mão de maneira sistemática.
causaram forte impacto nas propostas de alfabetização dominantes até então, no cenário
escolar.
alfabetização.
Como primeiro nível, que é chamado pré-silábico, elas nos mostram que existe uma
fase em que as crianças buscam critérios que lhes permitem estabelecer as diferenças entre o
Não é do tipo de linha que faz a diferença entre o desenho são reproduzidos com linhas
retas, curvas ou pontos. A diferença está na organização das linhas: nos desenhos, as linhas são
As formas das letras nada têm a ver com a forma do objeto do qual as letras se referem
em sua organização nada tem a ver com a organização das partes do objeto.
de maneira linear. Portanto, arbitrariedade e linearidade são características que aparecem muito
Descobrindo a relação entre imagem e texto escrito num livro de histórias e, também,
as relações de semelhanças nos escritos de meio social com suas próprias produções gráficas
constituem-se um problema para a criança continuar aprendendo as leis que regem um sistema
de escrita e este conflito é resolvido com a adoção da seguinte hipótese: As letras sãs utilizadas
apenas para representar uma propriedade dos objetos que o desenho não consegue reproduzir.
Resolvido este problema, as crianças passam então a analisar e hipotetizar sobre como
as letras se organizam para representar corretamente os nomes. Na busca das condições que
um escrito exige para ser uma boa representação e possa servir para dizer algo, duas graves
As crianças rejeitam uma letra por considerar ser insuficiente para se ter uma palavra
escrita, ficam na dúvida quanto a duas letras, e finalmente, decidem que três letras é a
Considerando, ainda, que não é apenas o número de letras que define a legibilidade de
qualitativas: as letras devem ser diferentes. Se um escrito apresentar a mesma letra o tempo
Como segundo nível (pré-silábico), ela nos mostra que a criança, ao interagir com as
escritas do seu contexto social percebem, que, às vezes, as pessoas escrevem com poucas
letras, outras vezes, com muitas e para resolver este problema, as crianças adotam seguinte
critério: se o objeto for grande, por certo se escreverá seu nome com muitas letras e se for
pequeno terá menos letras ainda. Mais letras para pessoas velhas; para um animal de grande
E, como terceiro nível, ela nos informa que se trata do nível marcado pela fonetização
da representação escrita. A consciência da relação sonora com a forma escrita é motivada por
uma série de informações que o meio social proporciona à criança é uma importante referência
para a motivação das descobertas da relação entre fala e sua representação na escrita e a
o número de letras para o mesmo número de sílabas, podendo utilizar qualquer letra ou outra
forma que não seja letra, para qualquer sílaba. Algumas crianças alcançam a hipótese silábica
com algum conhecimento sobre certas letras que podem ser usadas para representar essa
mesma sílaba.
construção do sistema e, por isso, pode-se dizer que, em ambos os casos, a criança reinventa
esses sistemas.
escolarização.
relacionadas entre si, que logo serão reunidas por algum tipo de mecanismo não especificado.
Porém, aprendizagem da leitura e da escrita é muito mais que aprender a conduzir-se de modo
apropriado com este tipo de objeto cultural, inclusive quando se define culturalmente o termo
³apropriado´, ou seja, quando o relativizamos. È muito mais do que isto, exatamente por que
envolve a construção de novo objeto de conhecimento que, como tal, não pode ser diretamente
observado de fora.
escritos, num ambiente rico em escritos diversos, ou seja, escutar alguém lendo em voz alta e
ver adultos escrevendo, tentar escrever (sem estar necessariamente copiando um modelo);
tentar ler utilizando dados contextuais, assim como reconhecendo semelhanças e diferenças
nas séries de letras; brincar com a linguagem para descobrir semelhanças e diferenças sonoras.
fundamentação teórica relacionada à aquisição da criança. Visto que a inversão da escrita foi,
e acompanhar com carinho e dedicação todos os passos que levam a criança à aquisição de
alunos. Como professores têm certeza de que já tiveram este tipo de experiência.
Neste trabalho quero compartilhar com vocês algumas idéias de fundo sobre certos
fatores que podem ocasionar dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita, muitas vezes
O primeiro fator de dificuldade é o de não saber para que serve a língua escrita e como
ela funciona.
Muitas crianças chegam á escola com idéias bastante claras a esse respeito, sabem que
são lidas coisas escritas e não desenhos. Que um livro tem um título, que lendo pode-se saber o
letras de uma palavra corresponde, grosso modo, ao número de sons que compõem a palavra.
Entender o princípio alfabético não é o mesmo que conhecer os sons das letras. Uma criança
pode saber que ao símbolo escrito E corresponde ao som [e], e que ao símbolo L corresponde o
som [l], mas, mesmo assim, ela pode não ter compreendido o mecanismo que permite formar
pensam que o número de letras de uma palavra é igual ao número de sílaba de uma palavra,
enquanto outras, sequer entenderam que as letras escritas tem relação aos seus contextos de
origem, porém, é muito importante evitar que nesta transformação percam seu significado, seu
indispensável que se proteja o sentido deste saber do ponto de vista do sujeito que trata de
reconstruir esse objeto, isto é: a criança. Por essa razão, a transposição didática deve implicar
em fidelidade ao saber de origem assim como fidelidade ás possibilidades do sujeito de atribuir
Assim, instauramos uma ruptura entre o modo de ensinar e o modo de aprender, pois
que o sujeito que aprende não se depara com a realidade analisando um pedaço de cada vez, e
sim, o faz, tratando de entender como funciona, analisando os aspectos que seus esquemas
cognoscitivos lhe permitem observar, tratando de encontrar e dar um sentido ao que está
fazendo.
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outros âmbitos, no âmbito da língua escrita, a criança é um sujeito ativo que se depara com a
modificando-as.
aprendizagem da escrita não é uma tarefa simples para a criança, já que requer um processo
complexo de construção, em que suas idéias nem sempre coincidem com as dos adultos.
investigações mencionadas para questionadas. Uma delas é a de que o nosso sistema alfabético
As investigações de Ferreiro demonstram que as idéias das crianças não coincidem com
essa pressuposição. Até os quatro anos, elas tentam compreender que tipo de objeto são as
Ferreiro, são consideradas somente como ³letras´, ³números´, ³a,e,i,o,u´, etc. Para a criança
desta faixa etária as ³letras´ ou os ³números´ não subsistem nada, são aquilo que são, um
Essa maneira de pensar muda mais tarde. As grafias servem para substituir outra coisa,
passam a ser ³objetos substitutos´, que têm um significado, ainda que diferentes do nosso
ponto de vista de adultos alfabetizadas, pois para as crianças as grafias não representam sons.
O primeiro tipo de relação consiste em buscar alguma correspondência entre os sinais gráficos
e os objetos do mundo. Como os objetos têm nome, a relação se estabelece quando para certo
Porém o nome ainda não é a representação de uma pauta sonora e sim uma propriedade
dos objetos que podem ser representadas através da escrita, a atribuição depende muito mais
das correspondências que existem na relação com o objeto do que das propriedades daquilo
que está escrito. Desta forma um mesmo conjunto de letras significa vaca perto da imagem de
uma vaca, sem que se exclua que pode significar também outra coisa se estiver relacionado a
outras imagens.
A primeira hipótese que aparece é que as letras representam sílabas. A hipótese silábica
consiste em atribuir uma sílaba a uma letra, a qualquer delas e a correspondência é mais
quantitativa que qualitativa. Para um nome trissílabo fazem falta três letras. Mas, no caso de
nomes monossílabos ou dissílabos, duas e uma letra são ³poucas´. Com poucas letras (menos
de três) se vai de encontro à outra hipótese da criança que consiste em exigir uma quantidade
mínima para que uma coisa sirva para ³ler´. A criança tem muitas idéias sobre a escrita sem
³A relação entre escrita e linguagem não é um dado inicial. A criança não parte dela,
mas chega a ela´. Passa de uma correspondência lógica (uma letra para cada sílaba) para uma
correspondência mais estável (não mais qualquer letra para qualquer sílaba).
Portanto, a idéia de que a escrita é um objeto substitutivo, isto é, tem significado, está
bastante distante da redução à uma simples associação entre fonemas e sons e não depende
1.c A aprendizagem de certas convenções fixas, exteriores ao sistema de escrita, como por
alfabético;
3.c Aceitar como escrita o que é escrito de formas não convencionais ao sistema;
5.c Fazer uso de uma metodologia que permita às crianças de suas teorias infantis e
leitura e escrita.
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m c ca m c
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Aos desmembrarmos a palavra, de imediato temos a primeira noção básica do que vem
a ser dislexia. Dis = distúrbio, dificuldade; lexia = leitura (do latim) ou linguagem (do grego).
de linguagem, esse termo foi adotado para denominar um distúrbio específico na aquisição da
leitura e escrita. Isso não implica que, ao menor sinal de dificuldade nessa área, possamos
identificar um indivíduo como disléxico. São várias as causas que podem intervir no processo
pislexia é uma alteração nos neurotransmissores cerebrais que impede uma criança de
ler e compreender com a mesma facilidade com que as crianças da mesma faixa etária. Todo
identificar, associar e ordenar os sons e as formas das letras. As causas da dislexia são
neurobiológicas e genéticas. A dislexia é herdada; portanto, uma criança disléxica tem um pai,
tio ou primo que também é disléxico e a incidência difere de acordo com o sexo: para cada três
conhecer, de forma geral, como funciona o cérebro. Diferentes partes do cérebro exercem
funções específicas. A área esquerda do cérebro, por exemplo, está mais diretamente
relacionada à linguagem; nela foram identificadas três subáreas distintas: uma delas processa
fonemas, outra analisa palavras e a última reconhece palavras. Essas três subdivisões
trabalham em conjunto, permitindo que o ser humano aprenda a ler e escrever. Uma criança
aprende a ler ao reconhecer e processar fonemas, memorizando as letras e seus sons. Ela passa,
respectivos sons. À medida que a criança adquire a habilidade de ler com mais facilidade,
outra parte de seu cérebro passa a se desenvolver; sua função é a de construir uma memória
permanente que imediatamente reconheça palavras que lhe são familiares. Com o avanço
O cérebro de disléxicos, devido às falhas nas conexões cerebrais, não funciona desta
forma. No processo de leitura, os disléxicos recorrem somente à área cerebral que processa
fonemas. A conseqüência disso é que eles têm dificuldade em diferenciar fonemas de sílabas,
pois sua região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa. Suas ligações
cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de palavras e, portanto, a criança
disléxica não consegue reconhecer palavras que já tenha lido ou estudado. A leitura se torna
um grande esforço para ela, pois toda palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida
(SELIKOWITZ, 2001).
No disléxico a idade de leitura pode ser até dois anos inferior à idade cronológica e esse
déficit se traduz em dificuldades e demora para ler; geralmente observa-se também grafia ruim
A dislexia não tem cura, mas existem tratamentos que permitem que as pessoas
aprendam estratégias para ler e entender. A maioria dos tratamentos enfatiza a assimilação de
Esses tratamentos ajudam os disléxicos a reconhecer sons, sílabas, palavras e, por fim,
frases. Ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é muito trabalhoso e exige muita atenção, mas
toda criança disléxica necessita de apoio e paciência, pois essas crianças sofrem de falta de
autoconfiança e baixa auto-estima, pois se sentem menos inteligentes que seus amigos
(MARTINS, 2004).
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c!cc,-
habilidade de leitura é devida a uma lesão cerebral específica e ocorre após o domínio da
leitura pelo indivíduo. Nas dislexias do desenvolvimento, ao contrário, não há uma lesão
acordo com o modelo, há basicamente duas rotas para a leitura ± a fonológica e a lexical.
fonológicos, e o acesso ao significado, caso ocorra, é alcançado mais tarde pela mediação da
forma auditiva da palavra. À medida que o leitor se torna mais competente, o processo de
A rota lexical faz uso de um processo visual direto para a leitura, mas somente pode ser
empregada quando o item a ser lido tem sua representação ortográfica pré-armazenada no
léxico mental ortográfico. Nesta rota a pronúncia é obtida a partir do reconhecimento visual do
item escrito, e o leitor tem acesso ao significado daquilo que está sendo lido antes de emitir a
Com base nas etapas do processamento da informação escrita ao longo das rotas de
$c Dislexia visual: há distúrbios na análise visual das palavras. Os erros de leitura mostram uma
consistentemente ignora partes das palavras, geralmente deixando de ler a parte inicial.
processamento paralelo das letras. A leitura é feita corretamente somente após a soletração (em
voz alta ou não) de cada letra. Há dificuldade com letras cursivas, pois a separação das letras é
menos evidente, sendo mais fácil ler palavras escritas em letra de forma.
$c Dislexia atencional: há dificuldades na codificação das posições das letras nas palavras, mas a
identificação paralela das letras está preservada. Assim, pode haver migrações de letras dentro
de uma mesma palavra ou, principalmente, de uma palavra a outra durante a leitura de frases.
$c Dislexia fonológica: há dificuldades na leitura pela rota fonológica, que faz uso do
processamento fonológico. Porém, a leitura visual direta pela rota lexical está preservada.
$c Dislexia morfêmica ou semântica: há dificuldades na leitura pela rota lexical, sendo a leitura
irregulares e longas, com regularizações. Representa cerca de 10% dos quadros disléxicos.
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Segundo Selikowitz, (2001), para que o termo dislexia tenha algum significado, ele
deve ser utilizado somente para crianças que tenham consideráveis dificuldades para aprender
na maioria das vezes, ela não se torna evidente até que aumentem as exigências do trabalho
são habilidades fáceis de avaliar e são de importância fundamental para o sucesso escolar. Para
escrita, ortografia e aritmética no primeiro ou segundo ano escolar, mas, após esse período,
ela deve atingir um nível básico de competência. peve-se suspeitar caso a criança pareça
dificuldades em leitura depois deste período, ela pode ter uma dificuldade específica de
baseado no grau de atraso da leitura e não em tipos específicos de erros que a criança
comete.
Embora pais e professores sejam os primeiros a suspeitar que uma criança tenha
De acordo com referido autor, avaliação global é um processo em que a natureza exata
são planejados por uma equipe composta por pediatras, psicólogos, assistentes sociais e, às
criança.
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$c Contaminações de sons;
$c Pular uma linha, retroceder para a linha anterior e perder a linha ao ler;
$c Soletração defeituosa: reconhece letras isoladamente, porém sem poder organizar a palavra
como um todo, ou então lê a palavra sílaba por sílaba, ou ainda lê o texto palavra por palavra;
$c Problemas de compreensão;
$c Dificuldade com rimas (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início
das palavras);
$c Dificuldade em associações, como, por exemplo, associar os rótulos aos seus produtos;
dislexia podem ser enriquecidos se forem vistos por um enfoque biológico e sociológico.
Temos de entender sua relação com o talento muito desenvolvido e também com as condições
sociais que fazem dele um distúrbio. Temos de entender também as outras formas de distúrbio
de aprendizagem, uma vez que estas podem nos ajudar a perceber aspectos da dislexia que, de
outra forma, nos poderiam ter escapado. Quanto mais amplo o contexto em que observamos a
dislexia, mais poderemos entender suas causas e isso, por sua vez, poderá contribuir para o
causa da dislexia. Vários estudos têm demonstrado que é comum que a criança disléxica tenha
foi descrito: às vezes, parece ser herdado da mãe, e outras vezes, do pai.
três para um. Esta vulnerabilidade dos meninos sugere que genes transportados pelo
possa causar dificuldade específica de aprendizagem, ele não terá outro cromossomo X para
neutralizar o seu efeito. Uma menina, por outro lado, seria protegida por ter o segundo
cromossomo X normal.
Existe uma outra razão para se suspeitar de que fatores genéticos têm participação: é
que as dificuldades específicas de aprendizagem são mais comuns em crianças com certas
Fatores ambientais ± conforme Selikowitz (2001), foram realizados vários estudos para
Os resultados destes testes foram inconsistentes: alguns revelam certa relação, enquanto outros
não. Alguns estudos demonstraram que um conjunto de problemas está associado com mais
Uma criança que tenha um grave episódio de encefalite virótica pode apresentar
dificuldades semelhantes àquelas com dislexia. Uma criança que lia bem antes da doença pode
ficar incapaz de ler depois de curada, apesar de permanecer inalterada em qualquer outro
aspecto.
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De acordo com Giroto (1999), seria muito importante que todos os professores
soubessem o que é dislexia. Havendo suspeita de que um aluno esteja apresentando algum
contato com a orientação pedagógica da escola para mais informações sobre o aluno. Caso esse
aluno já tenha passado por avaliações anteriores, é importante obter uma cópia dos resultados
para uma melhor observação. Se o distúrbio não foi diagnosticado, ou os testes foram
- Avise no primeiro dia de aula sobre o desejo de conversar individualmente com os alunos
- Detalhe, no início do curso, todas as exigências, inclusive a matéria a ser dada, métodos de
- Use vários materiais de apoio para apresentar a lição à classe como: lousa, projetores de slide,
- Realize aulas de revisão que permitam o tempo adequado para perguntas e respostas;
usando métodos alternativos, inclusive avaliações orais, provas gravadas, trabalhos feitos em
- Leia a prova em voz alta e antes de iniciá-la verifique se todos entenderam e compreenderam
disléxicos dentro e fora da sala de aula. É vital que os professores leiam as pastas desses
alunos, de tal maneira que eles não sejam superestimados nem subestimados nas suas
habilidades. Cada professor deveria entender que as repostas orais dos alunos disléxicos são
realização de um trabalho, mas o resultado não reflete necessariamente seu esforço. A nota da
criança disléxica deveria ser dada de acordo com o seu conhecimento, e não de acordo com as
Treino diário de prática de influência com leitura oral repetida e guiada em conjunção
com instrução dada por profissional é produtiva no desenvolvimento deste aspecto essencial da
uma parceria envolvendo o psicopedagogo, pais e a escola. No caso da dislexia, essa parceria é
linguagem, pode tornar árduo esse processo; porém, com acompanhamento adequado, a
(aprender pelo uso de todos os sentidos), combinando sempre a visão, a audição e o tato para
atentamente, atentar aos movimentos da mão quando escreve e prestar atenção aos
Desta forma Scoz, (1994) confirma que "a criança disléxica associará a forma escrita de
uma letra tanto com seu som quanto com os movimentos das mãos para escrevê-la". Segundo
ele, o aprendizado deve ser feito de forma sistemática e cumulativa, sendo ainda cada caso um
$c A criança disléxica deve sentar-se próxima à professora, de modo que a mesma possa observá-
$c Cada ponto de ensino deve ser revisto várias vezes. Mesmo que a criança esteja atenta à
explicação, isso não garante que ela lembrará o que foi dito no dia seguinte;
$c Professores e pais devem evitar sugerir que a criança é lenta, preguiçosa ou pouco inteligente,
$c Não solicitar para que ela leia em voz alta na frente da classe;
$c Sua habilidade e conhecimentos devem ser julgados mais pelas respostas orais que escritas;
$c Não esperar que ela use corretamente um dicionário para verificar como é a escrita correta das
$c Evitar dar várias regras de escrita numa mesma semana. Por exemplo: os vários sons do C ou
do G. Dar listas de palavras com uma mesma regra para a criança aprender;
$c Sempre que possível a criança deve repetir, com suas próprias palavras, o que a professora
$c A apresentação do material escrito deve ser cuidadosa, com cabeçalhos destacados, letras
$c A escrita cursiva é mais fácil do que a forma, pois auxilia velocidade e a memorização da
$c Esforços devem ser feitos para auxiliar a autoconfiança da criança, mostrando suas habilidades
para crianças mais velhas que já possuem histórico de fracasso escolar, o método fônico é
indicado para crianças mais jovens, e deve ser introduzido logo no início da alfabetização.
O método multissensorial busca combinar diferentes sensoriais no ensino da linguagem
escrita às crianças. Ao unir as modalidades auditiva, visual, sinestésica e tátil, este método
sinestésicos.
Maria Montessori foi uma das precursoras do método multissensorial. Ela defendia a
participação ativa da criança durante a aprendizagem e o movimento era visto como um dos
aspectos mais importantes da alfabetização. A criança devia, por exemplo, traçar a letra
criança inicialmente vê a palavra escrita, repete a pronúncia da palavra fornecida pelo adulto, e
escreve a palavra dizendo o nome de cada letra. Ao final, a criança lê novamente a palavra que
segmentar e manipular, de forma consciente, os sons da fala. Esta dificuldade, porém, pode ser
também tem se mostrado o mais adequado ao ensino regular de crianças sem distúrbios de
escrita (CAPOVILLA & CAPOVILLA, 2000), e em contexto educacional regular com classes
expostas ao currículo escolar regular que focalizava atividades globais baseadas em textos.
Tais estudos trazem fortes evidências sobre a importância dos procedimentos fônicos e
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Selikowitz (2001), normalmente, é solicitado que a criança leia em voz alta partes do texto
graduadas de acordo com a dificuldade. Os textos mais fáceis apresentam poucas palavras
simples em letras grandes, comumente com ilustrações. A criança progredirá para níveis cada
vez mais difíceis até que fique claro para o avaliador que ele alcançou seu limite máximo.
outras crianças de sua idade. O número de erros que a criança comete é também observado
para que se estabeleça a precisão de leitura, também comparada a padrões de idade. Após ter
lido cada parte do texto, o avaliador pode fazer uma série de perguntas-padrão à criança sobre
o que ela acabou de ler para determinar a compreensão de leitura da criança; isto ainda pode
O avaliador observa os tipos específicos de erros que a criança comete. Ele pode
também aplicar alguns testes específicos para tentar estabelecer a natureza exata do problema
de leitura. Por exemplo, pode testar a percepção visual da criança: a capacidade do cérebro de
formar um sentido das coisas que os olhos vêem. Pode comparar a capacidade da criança de ler
palavras reais e palavras sem sentido para avaliar suas habilidades fonológicas (Selikowitz,
2001).
embora elas possam ser sutis e difíceis de detectar. Por esta razão, o ideal é que crianças com
São muitos os sinais que identificam a dislexia. Crianças disléxicas tendem a confundir
letras com grande freqüência. Entretanto, esse indicativo não é totalmente confiável, pois
tentar rimar palavras e reconhecer fonemas. Na primeira série, elas não conseguem ler palavras
curtas e simples, têm dificuldade em identificar fonemas e reclamam que ler é muito difícil. Da
segunda à quinta série, crianças disléxicas têm dificuldades em soletrar, ler em voz alta e
memorizar palavras; elas também freqüentemente confundem palavras. Essas são apenas
algumas das dificuldades provocadas em uma criança que sofre de dislexia. Conforme
Ê leitura do disléxico pode ser lenta e hesitante, com erros elementares. Êo ler, ele
pode formar a história baseado nas ilustrações para dissimular dificuldades ou pode tentar
adivinhar as palavras de forma desordenada. Pode ser incapaz de soletrar as palavras em sua
ortografia, apesar de tentar arduamente. Sua letra pode permanecer muito imatura ou
ilegível, apesar de grande esforço. utro sinal é quando ela consegue escrever claramente
Suas habilidades aritméticas são afetadas, ela parece confusa quando lhe pedem para
fazer cálculos que se espera de uma criança de seu nível de escolaridade. A criança tem
grandes dificuldades para entender o significado das operações aritméticas, como adição,
subtração e multiplicação.
Uma outra indicação de que a criança pode ter uma dificuldade específica de
aprendizagem é a lentidão da fala. Ela pode encontrar dificuldade para se expressar ou sua fala
primeiramente percebida, ela pode ficar confusa diante de uma situação complexa e não
determinado período de tempo, pode ter grande dificuldade para colocar as coisas na ordem
Aprender a dar laço no sapato ou dizer as horas, pode estar além de suas capacidades, mesmo
pode ser uma armadilha para os menos atentos, já que o problema pode ser atribuído à
tornar-se arredia, agressiva ou hostil, ela pode ser rejeitada pelas outras crianças e tornar-se
socialmente isolada. Estes comportamentos podem indicar auto-estima baixa como resultado
(SELIKOWITZ, 2001). A dislexia está muitas vezes associada a outros termos e perturbações,
(2004):
criança que fala sem parar e nunca espera por nada, não consegue esperar por sua vez,
interrompendo e atropelando tudo e todos, não consegue focar a atenção em um único tópico.
$c A hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade psicomotora, com reação lenta
a qualquer estímulo, trata-se daquela criança chamada "boazinha", que parece estar sempre
cc&cc!"cc
ver claramente as formas das letras para que elas possam ser transmitidas para o cérebro. As
formas das letras devem ser transmitidas em seqüência para o cérebro, e sua posição exata no
espaço deve ser mantida. Em um leitor competente, o processo que desenvolve em seu cérebro
significados de todas as palavras que conhece e permite que todas as palavras conhecidas
palavras familiares. Quando um indivíduo tem um léxico bem equipado e pode usá-lo para o
maioria das crianças normais não alcança este estágio até os 8/10 anos de idade, e uma criança
Conforme Selikowitz (2001), as crianças precisam passar por estágios preparatórios antes que
possam alcançar o estágio automático de leitura; o disléxico tem dificuldades para alcançar
estes estágios.
léxico (o léxico está vazio). Em vez disso, as palavras são conhecidas como se fossem pessoas
muito importante. Crianças normais entram neste estágio aos 6/7 anos de idade. Neste estágio,
as crianças trazem um sistema especial para leitura, que é essencial, quando elas tiverem que
equipar seu léxico para que possam progredir para o estágio automático. O sistema utilizado é
preencher o léxico do seu cérebro com palavras. Quando isso acontece, elas podem começar a
superar o sistema fonológico e ter acesso ao léxico sempre que elas lêem uma palavra familiar,
isso não acontece com um disléxico, pois as palavras não conseguem ser identificadas pelo
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segundo estágio de aprendizagem de leitura. Se elas não tiverem estas habilidades, a leitura
automática não pode ser desenvolvida; é o que acontece com os disléxicos, eles não têm
fonemas, o processo pelo qual uma palavra não familiar é quebrada pelo cérebro em seus sons
automáticas. Elas podem compensar sua dificuldade fonológica tentando desenvolver técnicas
de reconhecimento visual, mas estas não são geralmente suficientes para uma leitura eficiente.
Freqüentemente, tais crianças têm também um déficit na memória verbal, uma dificuldade de
lembrar palavras que acabam de ler, isto pode aumentar mais o seu problema.
fonológico é a causa mais comum de dificuldades específicas de leitura, nem todas as crianças
com esta condição têm este problema específico. Algumas crianças têm dificuldade na maneira
como o cérebro percebe as formas das letras, um déficit de percepção visual. Os cérebros
destas crianças "não são bons" em reconhecer ou interpretar as formas das letras, isto pode
acontecer porque as crianças com dificuldade específica de leitura confundem letras com "b" e
Crianças com déficits fonológicos têm maiores probabilidades a erros fonéticos na ortografia,
enquanto crianças com problemas de percepção visual são mais prováveis de cometerem erros
entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia, como "a±o", "e-d", "h-n" e "e-
d", por exemplo. As crianças disléxicas apresentam uma caligrafia muito defeituosa,
de fluidez de raciocínio.
As crianças disléxicas apresentam confusão com letras com grafia similar, mas com
diferentes orientações no espaço, como: "b-d", "d-p", "b-q", "d-b", "d-p", "d-q", "n-u" e "a-e".
A dificuldade pode ser ainda para letras que possuem um ponto de articulação comum e
cujos sons são acusticamente próximos: "d-t" e "c-q", por exemplo. Pais e educadores precisam
ficar atentos para inversões de sílabas e palavras como "som-mos", "sol-los" bem como a
forma: inventa palavras ao ler o texto, utiliza estratégias e truques para não ler, distrai-se com
bastante facilidade perante qualquer estímulo, parecendo que está sonhando acordada, tem
melhores resultados nas avaliações orais do que nas escritas, não se interessa por livros e
Segundo Martins (2004), "crianças com expressivas dificuldades de leitura não são
necessariamente disléxicas, mas todas as crianças disléxicas têm um sério distúrbio de leitura".
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aprendizagem escolar.
Por que o domínio básico de lecto-escrita se tomou tão desafiador para o sistema de
ensino escolar? Por que ensinar a ler não é tão simples? Como desvelar o enigma do acesso ao
código escrito?
fracasso do ensino escolar, no entanto, não é obra exclusiva da metodologia. Muitos são os
escolar das escolas Jonathan da Rocha Alcoforado e Alba Gadelha. O melhor caminho, no
caso da leitura, é o entendimento lingüístico, por parte dos docentes e discentes, do fenômeno
lingüístico que subjaz ao ato de ler. Ler uma habilidade lingüística e traz, por isso, todas as
A escola Jonathan da Rocha Alcoforado tem em seus parâmetros que ler é, ao primeiro
palavras, atribuir-lhes significados ou sentidos; enfim, ler, realmente, não é tão simples como
julgam alguns leigos. E para a escola Alba Gadelha ler, é uma habilidade das mais complexas
no âmbito da linguagem. Qual, então, o papel do professor na formação de bons leitores? Que
passos devem levar a efeito no exercício da leitura.
Para as escolas que participaram deste trabalho vêem que o primeiro passo, nessa
direção, é de o professor ensinar o aluno a aprender a ler antes para, em seguida, praticar
estratégias de leitura. Em outras palavras, o docente deve atuar eficientemente diante das
pedagógicas.
Quero dizer o seguinte: é papel do professor ensinar o aluno a aprender mais sobre os
escrita.
tomá-Ia como ponto de partida para o estudo dos sons da fala, dos fonemas da língua:
consoantes,vogais e semivogais.
má sistematização, em sala de aula, do estudo dos sons da fala, em geral, mal orientado por
classe docente e do núcleo gestor, tanto da escola Jonathan da Rocha Alcoforado como da
Um professor da escola Alba Gadelha indagou uma questão que referia que a alma e o
papel, o pensamento e a linguagem, a fala e a memória, todos esses componentes têm um papel
extraordinário na formação para o leitor proficiente. Em geral, os docentes não partem, desde o
A escrita é ideologicamente apontada como sendo superior à fala. A tal ponto podemos
considerar essa visão reducionista da linguagem, que quem sabe falar, mas não sabe escrever,
na variação culta ou padrão de sua língua, não tem lugar ao sol, não tem reconhecimento de
suas potencialidades lingüísticas. Claro, a escrita não é superior à fala nem a fala superior à
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ensina: a fala é ponto de partida do ensino da língua. Qualquer dúvida sobre essa hipótese,
pode se pôr à prova por meio de uma simples observação direta das crianças, sem maiores
rigores abstratos: realmente partir da fala faz com que a criança perceba que traz consigo um
A fala na educação infantil é rico laboratório para os docentes. Por ela, desenvolve-se
mundo, forma de fazer leitura do seu cotidiano, é mais importante do que memorizar formas
lingüísticas, das regras do bem dizer. A verdadeira teoria da linguagem vem do olhar, da
observação. Olhar para o mundo, suas circunstâncias, é uma forma de apreendê-lo de forma
sistemática e inspiradora.
É mais fácil uma criança guardar na memória aquilo que apreende com a percepção do
que aquilo que aprende com imposições de deveres, regras ou tarefas escolares. A escola,
infelizmente, não percebeu a validade dessa informação didática. A escola, precisa, urgente,
As relações entre linguagem oral e escrita são, na verdade, o primeiro passo para o
O que é a escrita senão o espaço material, objetivo, concreto, real, visível de expressão
e representação da fala, da linguagem oral? Minha pergunta, na verdade tem uma resposta
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As crianças, desde cedo, devem perceber que há uma relação muito estreita entre fala e
escrita. A escrita é o esforço cultural e civilizatório do homem de representar, por meio de sua
percepção visual, os sons da fala, da sua expressão oral. A alfabetização não vem apenas do
A boa alfabetização não viria, pois, a rigor, nem se justificaria mesmo, com o uso, em
sala de aula, de cartilhas de ABC, mas com a valorização, no interior da escola, da expressão
oral: isto é, defendo aqui que a alfabetização escolar se dê inicialmente com os sons da fala,
lingüístico, mas nem por indução, é lógica para escola e para muitos educadores.
consciência fonológica vem com ensino formal e sistemático da correspondência entre letras e
fonemas não ser unívoca, mas equívoca. Quando as crianças, na faixa de 3 a 6 anos de idade,
idade, à consciência fonológica e às habilidades fonológicas. Por exemplo, saber quantas letras
e fonemas possui uma palavra, discriminá-las uma a uma, ou fazer sua divisão silábica revela
muito da capacidade fonológica da criança. Quem adquire, na idade própria, a consciência dos
sons da fala pode relacionar esta habilidade lingüística com a aprendizagem da leitura nos anos
subseqüentes. O que é ler um texto senão decantar os sons da fala ali, em enigma, na escrita
ortográfica?
a ortografia senão uma representação, na escrita, dos sons da fala? Portanto, ler ajuda na
consciência ortográfica. Grafar bem as palavras ajuda no ato de ler com proficiência.
caminho que pode trazer soluções novas para este velho problema.
escolas. Fica superada a visão da alfabetização como domínio de uma técnica; Processo
criança;
Compreender que os professores precisam saber que, em vez de ensinar tudo, deve
munir o meio ambiente dos materiais variados e adequados, dando a criança oportunidade para
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A alfabetização, a leitura e a produção textual têm sido alvo de grandes discussões por parte
A voz do professor raras vezes é, ouvida no coro daqueles que denunciam a situação.
sem acesso à palavra escrita, seja, como leitor, porque não detém recursos financeiros
suficientes para adquirir o que é instrumento para seu trabalho, seja como escritor, porque não
sala de aula.
A função primordial da escola seria, para grande parte dos educadores, propiciar aos
alunos caminhos para que eles aprendam, de forma consciente e consistente, os mecanismos de
em seu espaço social. Essa também é a nossa perspectiva de trabalho, pois, uma escola
transformadora é a que está consciente de seu papel político na luta contras as desigualdades
motivador, pois a linguagem da escola nem sempre é a do aluno. Dessa maneira percebemos a
escola que exclui, reduz, limita e expulsa sua clientela: seja pelo aspecto físico, seja pelas
condições de trabalho dos professores, seja pelos altos índices de repetência e evasão escolar
ou pela inadaptabilidade dos alunos, pois, a norma culta padrão é a única variante aceita, e os
concepção que se tem sobre o que é a linguagem e o que é ensinar e aprender. E essas
escolarização.
dos símbolos lingüísticos. A escola transmite uma concepção de que a escrita é a transcrição
basicamente algumas das noções sobre a relação entre escrita e oralidade, para que possua os
Mas a escrita ultrapassa sua estruturação e a relação entre o que se escreve e como se
escolhidas.
retribuição de sentidos.
aprendizado dessas práticas como o acesso às primeiras letras, que seria acrescido linearmente
após o conhecimento dessas unidades, o.aluno estaria apto a ler e a escrever. Essa seria uma
discursivas podem ser compreendidas como as ações de enunciado que representam o assunto
leitura e escrita como fenômenos sociais que ultrapassam os limites da escola. Partimos do
princípio de que o trabalho realizado por meio da leitura e da produção de textos é muito mais
Adotar esse ponto de vista requer mudança de postura pois a diferença lingüística não é
mais vista como deficiência. O trabalho com a leitura e a escrita adquire o caráter sócio
vivencial.
e a sua natureza psicológica mudam de acordo com o contexto vivido. A partir das
generalizações primitivas, o pensamento verbal eleva-se ao nível dos conceitos mais abstratos.
(Vigotski, 1984:30). Não é simplesmente o conteúdo de uma palavra que se altera, mas o
O significado dicionarizado de uma palavra nada mais é do que uma pedra no edifício
do sentido; não passa de uma potencialidade que re realiza de formas diversas na fala.
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$c LEITE, Luci Banks. Piaget e a ES,cola de Genebra. São Paulo: Cortez, 1987.
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1) Quais são as grandes prioridades da escola?
4)Quais projetos são desenvolvidos pela escola, para melhorar o desempenho do alunado na
escrita e na leitura?
6)Quais os resultados atingidos através dos projetos desenvolvidos na escola e pela escola?
10) Você acredita que o hábito de ler e escrever deve ser introduzido pela família?
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2)Os alunos (as) são instruídos sobre as formas correta de escrita e as formas legais de leitura?
( ) sim
( ) não
3)A escola possui algum trabalho diferenciado para os alunos que possuem alguma
dificuldade na escrita e na leitura?
( ) sim
( ) não
4)Se a resposta for sim, cite alguns trabalhos desenvolvidos e que estão dando certo?
( ) crescimento intelectual
( ) visão melhor de mundo
( ) privilégio de classe dominante
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