Índice
Introdução ................................................................................................................................ 2
Sala ....................................................................................................................................... 5
Equipamento ........................................................................................................................ 5
Procedimento ........................................................................................................................... 6
Técnica................................................................................................................................ 15
Durante: ............................................................................................................................. 19
Após: .................................................................................................................................. 19
Conclusão ............................................................................................................................... 21
Bibliografia ............................................................................................................................. 22
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Radiologia de Intervenção
Introdução
2
Radiologia de Intervenção
Dinâmica do serviço
Planta do serviço de
Radiologia de Intervenção
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Radiologia de Intervenção
No que toca à radiologia em geral, o IPO não é comparável às outras instituições visto
ter uma área de acção específica: a oncologia.
Tal também se observa na radiologia de Intervenção. Realizam-se mais exames do foro
terapêutico (de facto, durante todo o tempo de estágio não observei a realização de nenhum
exame diagnóstico), tais como: nefrostomias (ou substituições de nefrostomias), drenagens
biliares, colocação de cateteres venosos centrais e quimioembolizações.
Também se realizam biopsias guiadas por TC, que embora não se realizem na sala de
intervenção também fazem parte deste serviço.
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Radiologia de Intervenção
Sala
A sala de trabalho é uma sala de relativamente grandes dimensões. Está equipada com
um aparelho Philips Integris V5000 (1), um injector de contraste automático Angiomat 600 (2),
um carrinho de ressuscitação/cardiologia (3), vários armários de apoio para colocação de
material (4), uma mesa de apoio ao material utilizado durante o procedimento específico(5),
saídas de parede para gases e vácuo (6).
Equipamento
O equipamento presente na sala de Intervenção no IPO está, como muitos outros,
basicamente dividido em duas partes:
Uma estrutura de arquitectura de arco em C, na qual se encontram o intensificador de
imagem e no lado oposto a ampola de Rx;
Gerador, mesa de exame, monitores e sistema de processamento e reprodução de
imagens.
A mesa de exame é móvel e radiotransparente, de fácil acesso e rápido
posicionamento.
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Radiologia de Intervenção
Procedimento
procedimento escolhido como base deste relatório foi a Colocação de Cateter Venoso
Central, visto o IPO ser uma instituição que trata doente do foro oncológico e este ser um
procedimento efectuado com frequência nesta instituição.
Cateteres venosos centrais são cateteres cuja a ponta distal, ou seja, a ponta do
cateter inserida no paciente, está localizada no terço médio inferior da Veia Cava Superior
(para administração de fluidos) ou no interior do átrio direito (para monitorização invasiva).
As diferentes indicações para a colocação do Cateter Venoso Central são as seguintes:
Tipos de cateteres
Os cateteres totalmente implantáveis têm vindo a ser uma solução para diversos
problemas associados a infusões contínuas, colecções de sange, nutrição parental e
quimioterapia de longa duração (sendo este o caso que está em estudo).
Hoje em dia, o uso de um cateter totalmente implantável já não é um onstáculo no
dia-a-dia do indivíduo.
Usualmente, os cateteres são fabricados em silicone radiopaco, a conectar, no final,
com o reservatório, que está disponível tanto em titânio quanto em polissulfona.
Cateter de Silicone
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Radiologia de Intervenção
Cateter de Titânio:
Combina resistência,
biocompatibilidade e é
compatível com a
Ressonância Magnética.
O objectivo da colocação de um cateter venoso central é que a sua ponta distal fique
posicionada no terço médio inferior da veia cava superior. Portanto, existem várias formas de
aceder a esta ponto anatómico específico, que vão depender de vários factores:
Porém, principalmente quando se opta por puncionar a veia jugular Interna ou a veia subclávia, é
mais vantajoso puncionar do lado direito, pois a cúpula pleural é mais baixa – o que faz com que o
risco de pneumotorax seja mais baixo (especialmente na punção da VCS), o trajecto até à aurícula
direita é mais rectílinio – o que leva a uma menor possibilidade de mau posicionamento do cateter
(especialmente quando se utiliza a veia jugular interna).
Os locais, referidos pela maioria dos autores e mais utilizados são os seguintes:
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Radiologia de Intervenção
A Veia jugular interna proporciona um dos melhores acessos às grandes veias torácicas,
associando-se a altas taxas de sucesso de punção além de manifestar baixos índices de
complicações graves.
Por estas razões, tem sido indicada, pela maioria dos autores, como via de acesso
principal em pacientes graves.
Referencias Anatómicas
Identificar a linha que vai do processo mastóide até a inserção esternal do músculo
esternocleidomastoideu;
Localizar o ápice do triângulo formado pelas duas cabeças do esternocleidomastoideu,
tendo a clavícula como base;
Palpar a pulsação da artéria carótida (medial ao bordo interno do
esternocleidomastoideu);
Identificar visualmente, ou por palpação, a posição da veia jugular externa, para evitar
sua punção acidental.
Legenda:
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Radiologia de Intervenção
Contra-indicações
Vantagens
Desvantagens
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Radiologia de Intervenção
Veia Subclávia
O acesso venoso central percutâneo através desta veia foi um dos primeiros a ser
utilizado nesta prática, sendo um procedimento confiável, extremamente útil e relativamente
seguro em mãos experientes. Todavia, por apresentar algumas complicações, que apesar de
raras podem ser potencialmente fatais, a sua indicação deve ser extremamente pensada,
principalmente em pacientes de alto risco – como doentes pulmonares crónicos, síndrome de
angústia respiratória aguda, discrasias sanguíneas e deformidades torácicas.
Não deve ser o procedimento de primeira instância para a cateterização venosa
central, tendo em conta que a incidência de complicações aumenta com a diminuição de
experiência do operador em punções venosas profundas.
Referencias Anatómicas
Identificar e demarcar a linha coraco-clavicular, isto é, a linha que vai da borda superior
da cabeça medial da clavícula ao bordo inferior da apófise coracoide.
Demarcar a linha infraclavicular.
Identificar o ponto de cruzamento da linha coraco-clavicular com a linha infraclavicular
(geralmente, na região médio-clavicular), e marcar outro ponto cerca de 1,5cm para fora
do cruzamento das duas linhas.A veiasubclávia tem uma direcção paralela à linha coraco-
clavicular, por baixo da clavícula, justamente medial ao ponto hemiclavicular. Esta é uma
maneira de identificar o local adequado para a punção da veia subclávia.
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Radiologia de Intervenção
Legenda:
Contra-indicações
Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crónica e/ou enfisema (maior risco de
pneumotorax);
Traumatismo da clavícula, cirurgias prévias no local ou deformidades torácicas
acentuadas.
Vantagens
Desvantagens
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Radiologia de Intervenção
Veia Femoral
A veia femoral tem sido geralmente pouco utilizada para a cateterização venosa central
prolongada, devido ao facto de que apresenta um alto índice de complicações, como infecções
e trombose.
No entanto, mais recentemente, a sua canulação tem sido retomada em algumas
situações clínicas especiais (manobras de ressuscitação cardiorrespiratória, hemodiálise,
reposição volémica em pacientes politraumatizados), e mesmo como um acesso preferencial
em alguns pacientes.
Isto deve-se principalmente ao seu baixo índice de complicações imediatas, além de
permitir a passagem de cateteres de grande calibre.
Referencias Anatómicas
Legenda:
A – artéria;
V – veia;
N – nervo.
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Radiologia de Intervenção
Contra-indicações
Vantagens
A veia femoral é relativamente superficial e de fácil acesso, com baixo risco imediato
(praticamente não se relatam complicações fatais relacionadas directamente à técnica de
punção).
O local é compressível manualmente e de acesso cirúrgico fácil.
Permite a passagem, com baixo risco, de cateteres de grande calibre, sendo um acesso
muito útil na ressuscitação de pacientes politraumatizados.
Na ressuscitação cardiorrespiratória pode ser um acesso venoso útil, de baixo risco, não
havendo necessidade de interrupção das manobras durante a sua punção.
Desvantagens
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Radiologia de Intervenção
Contra-indicações
Como nos outros tipos de punção venosa periférica, praticamente não há contra-
indicações absolutas para a cateterização da veia jugular externa.
Vantagens
Desvantagens
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Radiologia de Intervenção
Hematomas locais.
Trombose e flebite.
Técnica
Após verificada a informação clínica do paciente e verificado que não existem contra
indicações, o clínico explica ao paciente o tipo de procedimento a que será submetido e todas
as suas possíveis complicações, para que o paciente assine o consentimento informado
estando ciente de todas as possibilidades e também com o objectivo de conseguir o máximo
de colaboração por parte deste.
É requerido um jejum de pelo menos 6 horas, para reduzir o risco de aspiração.
Antes da entrada do paciente da sala, deve-se preparar todo o material necessário ao
procedimento, tendo cada membro da equipa uma função específica.
A cargo do pessoal de enfermagem está a preparação da mesa respectiva, esta deve
estar coberta por um plano esterilizado e sobre esta devem constar os seguintes materiais:
Recipientes com os solutos: soro, betadine e contraste;
Um kit especifico para este tipo de intervenções, que normalmente contem:
2 batas esterilizadas (uma para o clínico e outra para o enfermeiro);
Compressas;
Seringas de vários tamanhos;
Agulhas de vários calibres
Protecção para o intensificador;
Cateter específico para este procedimento: cateter e reservatório;
Fio guia (100 a 150 cm);
Anestésico local: lidocaína a 1%.
Fio de sutura.
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Radiologia de Intervenção
Legenda:
P – local da punção;
F - fúrcula esternal
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Radiologia de Intervenção
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Radiologia de Intervenção
4. Introdução do fio-guia
Resultado final:
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Radiologia de Intervenção
Durante:
Para prevenir Infecções:
Assepsia adequada da pele;
Uso do material apropriado – luvas, batas e restante material esterilizado.
Sedação prévia (se necessário);
Evitar a punção de doentes com infecções locais ou distúrbios na coagulação.
Após:
Fixação adequada do cateter e cuidado na sua manipulação;
Retirar o cateter caso haja algum problema inflamatório ou trombose venosa;
Trocar o cateter somente em casos de extrema necessidade;
Caso haja suspeita de infecção, é recomendável uma nova punção;
O cateter deve ser heparinizado de 4 em 4 semanas, mesmo que não seja
manipulado regularmente, de modo a não ficar obstruído;
Não utilizar roupa ou acessórios que comprimam ou façam fricção sobre o cateter.
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Radiologia de Intervenção
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Radiologia de Intervenção
Conclusão
Durante este estágios, os meus conhecimentos perante esta técnica foram alargados,
servido o estágio de complemento às aulas teóricas.
Devido à natureza específica desta instituição, não são realizados os procedimentos
mais habituais, sendo estes direccionados para a vertente oncológica.
Não se efectuam procedimentos a nível diagnóstico, o que, embora me tenha privado
da visualização de alguns procedimentos, deu-me a conhecer outros, que não são tão feitos
noutras instituições.
A experiência neste estágio foi enriquecedora, tanto a nível académico com pessoal.
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Radiologia de Intervenção
Bibliografia
http://www.hccpg.rn.gov.br/downloads/artigos/CIRURGIA/acessovascularHSL.pdf
http://www.amib.org.br/rbti/download/artigo_2010629165427.pdf
http://lava.med.br/livro/pdf/dionisio_quimioterapia.PDF
http://victoriaparente.blogspot.com/2010/03/acesso-vascular-paraquimioterapia.html
http://www.ajronline.org/cgi/reprint/168/5/1235.pdf
http://www.minervamedica.it/en/getfreepdf.php?cod=R02Y2005N09A0561&cksum=AAAAKG
hPbN0A3yYmiIe4wJWU.zW6umH480kk.FDiHsPnI33xpQqxqaowlOdW625LLwqn&ckid=AAAAGH
skvfgAdBynjhCUrqlrcVXzNpHIJM/SuzKQjxCc
http://caonline.amcancersoc.org/cgi/reprint/58/6/323.pdf
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