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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE LINGUAGENS
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

ESTUDOS EM COMUNICAÇÃO COMPARADA

MIKHAIL BARROS E FAVALESSA

CUIABÁ
2009
Estudos em Comunicação Comparada

Os estudos em Comunicação Comparada se iniciaram com Jacques Kayser e


seu Jornalismo Comparado. Na obra “Une Semaine dans Le monde”, ele fez
uma análise crítica e comparativa entre 17 grandes diários do mundo durante
uma semana, conseguindo assim contemplar toda a variação inerente a jornais
diários. Kayser procurou analisar principalmente aspectos morfológicos do
objeto, utilizando a “mancha de tinta” e suas medidas em cm². A UNESCO,
frente de educação, cultura e ciência da ONU, teve papel primordial nesta
pesquisa pioneira, patrocinando o projeto – foi a primeira de várias
participações da entidade neste sentido.

Outra entidade muito importante nesta gênese da Comunicação Comparada foi


o CIESPAL – Centro Internacional de Estudos Superiores de Periodismo para a
América Latina. Com a participação do próprio Kayser, esta entidade foi peça
chave na difusão do Jornalismo Comparado por toda a América Latina,
formando professores que foram multiplicadores em seus países, dentro os
quais está José Marques de Mello – jornalista e cientista brasileiro responsável
pelo início das pesquisas comparadas no Brasil. A grande obra realizada pelo
CIESPAL é “Dos Semanas en La prensa de América Latina”, na qual foram
comparados 33 diários latino-americanos e 4 diários dos EUA, Inglaterra,
Rússia e França. As análises incluíam aspectos morfológicos, de conteúdo e
especiais – origem das informações, acontecimentos especiais e etc. As
grandes agências de notícia eram responsáveis por 93% das informações,
evidenciando um fluxo de informações extremamente desigual entre países
desenvolvidos e subdesenvolvidos.

Estas pesquisas em Comunicação Comparada tiveram início a partir do


momento em que a globalização começava a tomar conta dos fenômenos
comunicacionais por todo o mundo. Assim, era necessário (e ainda o é)
examinar os processos transnacionais da mídia em diferentes contextos,
estudando empresas de comunicação que se instalavam em vários países, a
oligopolização da mídia, a recepção local de culturais diferentes, entre outros
processos. Desta maneira, poder-se-ia entender melhor a própria nação,
identificar culturas marginalizadas, avaliar a abrangência de fenômenos
culturais e comunicacionais, revisar, testar e criar teorias que fossem –
supostamente – universalmente válidas, além de promover a melhora da
compreensão mútua entre as diversas nações. Contudo, a colaboração
multinacional, as dificuldades lingüísticas, de financiamento e pessoais, além
de problemas com a inculturação e com a questão da propriedade intelectual
se mostram como empecilhos a uma melhor análise comparativa internacional.

Duas pesquisas atuais que utilizam a metodologia de Comunicação


Comparada incluem uma de José Marques de Mello, na qual é analisado o
papel dos meios de comunicação de massa nas transições democráticas de
Brasil (década de 1980) e Espanha (década de 1970), e outra de Margarida
Kunsch. Nesta, com o título de “Fluxos informativos e culturais entre a América
Latina e a Europa Ibérica” (Comunicação & Sociedade, 1993), Kunsch constata
grande influência das agências internacionais de notícia no fornecimento de
notícias aos meios de comunicação latino-americanos, além de um pequeno
fluxo de informação entre as ex-metrópoles e as ex-colônias. No que tange à
cultura, a América Latina se apresenta como grande produtora de telenovelas
(Brasil e México em especial), produções cinematográficas em parcerias com
outros países e também no setor de produção audiovisual independente.

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