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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


INSTITUTO DE BIOLOGIA
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR
GCM

ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS


1

PRÁTICA No 1 - FUNDAMENTOS DE FOTOMETRIA E ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO

1. Princípios gerais INTERVALO COR COR

O termo espectro foi utilizado inicialmente por (nm) ABSORVIDA COMPLEMENTAR

Newton, quando este descobriu que a luz branca, ao 380-435 violeta Verde-amarelada

atravessar um prisma, é dividida em várias cores. 435-480 azul amarela

Atualmente, sabe-se que o espectro visível é apenas uma 480-490 azul esverdeada alaranjada
pequena parte do espectro eletromagnético. A luz é, 490-500 verde azulada vermelha
portanto, definida como uma forma de energia 500-560 verde púrpura
eletromagnética, formada por ondas que apresentam 560-580 Verde- amarelada violeta
λ) é
comprimentos diferentes. O comprimento de onda (λ 580-595 amarelada azul
medido em nm onde 1,0 nm equivale a 10-9 m. A tabela 595-650 alaranjada Azul-esverdeada
abaixo mostra as regiões do espectro em relação ao 650-780 vermelha verde-azulada
comprimento de onda: A capacidade que as diversas substâncias
REGIÃO: λ) EM nm:
(λ químicas têm de absorverem luz em determinados
Raios X 0,1-100
comprimentos de onda pode ser utilizada para a sua
Ultravioleta 100-400
Visível 400-800 determinação quantitativa e qualitativa, uma vez que o
Infravermelho 800-5000 espectro de absorção é característico para uma
Microonda 5000-30000
determinada substância e a quantidade de absorção

A cor dos objetos é devida a duas causas: (intensidade) é dependente da concentração do

reflexão e absorção. Assim, um papel transparente, composto.

vermelho, recebe todos os λ da luz branca, mas reflete e A intensidade da radiação transmitida por uma

transmite somente o vermelho, sendo o restante solução pode ser determinada em aparelho (fotômetro),

absorvido. Quando um objeto é da cor branca, todos os que deverá ser constituído de: uma fonte luminosa, um

λ são refletidos, se é negro, é porque, praticamente, seletor de λ (filtro ou prisma), um compartimento para a

todos os λ são absorvidos. No entanto, existe uma cor amostra, uma célula fotoelétrica (ou fototubo) e um
sistema para amplificação e medida do sinal (corrente
(ou λ) que é mais absorvida, a qual corresponde à
elétrica) proveniente da célula fotoelétrica (medidor de
chamada cor complementar. Se uma solução absorve na
potencial elétrico = potenciômetro). Pode-se selecionar
faixa de 435-480 nm, que corresponde à radiação azul, a
o comprimento de onda que incidirá sobre a solução
sua cor (cor complementar) será o amarelo; a sensação
usando-se um monocromador (prisma ou retículo de
visual do amarelo será dada pelo conjunto de todos os
difração) ou um filtro óptico (vidro colorido ou quartzo,
outros componentes da luz branca, que não foram
que transmite uma determinada faixa de λ na região do
absorvidos. A tabela abaixo mostra as cores de cada
intervalo de radiação da faixa do visível e as suas ultravioleta, UV). Se o aparelho dispõe de filtro óptico,

respectivas cores complementares: é denominado fotômetro ou fotocolorímetro e se dispõe


de prisma ou retículo é denominado de
espectrofotômetro. Este último é muito útil, pois pode
selecionar faixas de comprimentos de onda
2

extremamente estreitas, nas regiões do UV, visível e A seguinte formulação pode ser feita:
infravermelho (IV). Transmissão = It / Io (luz transmitida / luz incidente).
A fotometria de absorção, portanto, presta-se Observe que o termo transmissão tem aplicação
tanto para a medida da concentração de compostos limitada, uma vez que, a It é I0 menos a luz que é
naturalmente corados, como daqueles incolores, mas absorvida não só pela substância que se deseja medir,
passíveis de adquirirem cor mediante o emprego de mas também pelo solvente, pelo material da cubeta e por
certos reativos, bem como de compostos incolores que outras substâncias aí existentes. Assim, It é a luz
absorvem UV ou IV. Esta metodologia, por conseguinte, transmitida após as absorções pela substância de
tem largo emprego na química analítica quantitativa. interesse mais os interferentes. Para corrigir tal efeito,
Alguns poucos exemplos: na determinação de atividade admite-se It =1 (100% de Transmitância) a luz
enzimática ou nas dosagens de compostos orgânicos em transmitida após I0 atravessar a cubeta contendo uma
fluidos biológicos, como glicose, uréia, proteínas, etc., solução denominada branco. Este branco contém todos
em que se dosa um produto colorido, obtido por meio de os componentes do meio, exceto a substância a ser
uma reação química, ou um produto incolor que absorva medida. No escuro, bloqueada a passagem de luz para o
na região do UV ou do IV. Ensaios imunológicos fototubo (fotocélula), a Transmitância = 0, ou seja, não
quantitativos (como o ELISA: Enzyme-Linke há luz transmitida a ser medida.
ImmunoadSorbent Assay) também usam a fotometria. Na prática, a transmitância (T), que é medida
em uma escala de 0 (no escuro) a 100% (com o branco
1.1. Leis da fotometria na passagem da luz), é pouco utilizada, pois é
O princípio básico da fotometria é baseado no substituída pelo valor de densidade óptica (D.O.) ou
fato de que: partículas dispersas ou dissolvidas em uma absorvância (A), termo mais aceito atualmente, que
solução interferem seletivamente com um raio de luz corresponde ao logaritmo do inverso da transmitância:
que passa através desta solução. Esta interferência A = log 1/T
depende dos seguintes fatores: A absorvância é, desta forma, medida em uma
a) cor do composto ou do tipo de ligação química escala de 0 (log 1/1) a infinito (log 1/0). A relação da A
presente; com a concentração da substância pode ser
b) tamanho da partícula; compreendida pelas Leis de Lambert-Beer: a
c) transparência da solução; absorvância de uma solução é proporcional à
d) combinação dos fatores acima. concentração da substância na solução e à distância
Deste modo, as partículas podem absorver e percorrida pelo feixe luminoso que atravessa a solução
transmitir parte do espectro, dependendo da sua (caminho óptico): A = ε. l.c,
concentração, da sua natureza química e/ou da sua cor. onde: ε = coeficiente extinção molar, que é constante
Se pudermos medir o total de luz que incide (Io ) sobre a para cada substância, e definido como a absovância (A)
solução de uma determinada substância e o total da luz de uma solução l molar da substância em um
transmitida (It), podemos avaliar o quanto a substância λ), numa cubeta de
determinado comprimento de onda (λ
absorveu (absorvância: A) O esquema abaixo mostra caminho óptico l = l cm (largura da cubeta) e c = à
como funciona um fotômetro ou um espectrofotômetro: concentração da solução.
3

Observe, portanto, que a absorvância é uma


função linear da concentração. Assim, para uma mesma 3. Reagentes
substância, considerando-se o caminho óptico constante, • Solução de KMnO4 3 mg /100 mL.
a A é diretamente proporcional à concentração desta
substância. No entanto, as Leis de Lambert–Beer nem 4. Procedimentos
sem pre são obedecidas. Algumas desobediências são 4.1. Procedimentos gerais de ajuste do fotômetro
conhecidas e atribuídas a fatores como: mudança na • Ligar o aparelho;
natureza do soluto, valores muitos altos ou muitos • Selecionar o comprimento de onda adequado.
baixos das concentrações das soluções, etc. Também as • Ajustar o zero de transmitância;
presenças de ácidos, bases e sais na solução podem • Introduzir a cubeta com o branco (água destilada) e
contribuir para essas desobediências, por estarem mais ajustar a 100% de transmitância, no botão
completamente dissociados, à medida que aumenta a correspondente;
diluição, visto que absorção da luz pelos íons é diferente • Repetir os ajustes acima.
daquela apresentada pelas moléculas não ionizadas. Para • Obtenção do espectro de absorção:
se evitar discrepâncias das Leis de Lambert-Beer, deve- • Ajustar o comprimento de onda inicialmente em 450
se trabalhar com soluções mais diluídas e construir, nm;
previamente, uma curva padrão, em que são usadas • Ajustar o 100% de transmitância com o branco. Isto
concentrações conhecidas (e crescentes) da substância coincide com o 0 de absovância;
em análise, e verificar as absorvâncias no comprimento
• Colocar a cubeta com a solução de permanganato de
de onda indicado e na cubeta de caminho óptico
potássio à concentração de 3 mg/100 mL;
adequado. Desta forma, teremos os limites de
• Ler a absorvância e registrá-la;
concentração nos quais a solução obedece às Leis de
• Ajustar o λ a 490 nm, repetir o ajuste do branco,
Lambert-Beer, ou seja, onde há linearidade. Com o
recolocar a solução de permanganato e ler,
emprego da curva padrão, podemos, também,
novamente, a absorvância correspondente a este λ;
determinar a concentração de uma solução problema. O
• Repetir estas operações para os seguintes valores de
λ) usado para a obtenção da
comprimento de onda (λ
λ: 530, 570 e 610;
curva padrão é obtido pela preparação do espectro de
• Fazer o gráfico do espectro de absorção do
absorção da substância em estudo e é, normalmente, o λ
permanganato em papel milimetrado, relacionando
onde a absorvância para a substância apresenta o valor
absorvância (ordenada) contra λ (abcissa);
máximo.
• Determinar o λ de absorção máxima.

2. Objetivos
• Determinar o espectro de absorção de uma solução
de permanganato de potássio;
• Caracterizar o comprimento de onda (λ
λ) onde ocorre λ A
absorção máxima; 450
• Construir uma curva padrão do permanganato de 490
potássio.
4

de Lambert-Beer, admitindo que nada interferiu em seu


530
procedimento.
570
5.3- Explique por que não se deve usar cubetas de vidro
610
para leituras na região do ultravioleta..

Dados:
6. Questões complementares

1) Espectrofotômetro: TURNER, modelo 330. 6.1 – Você pesou l, 2 e 3 mg de permanganato de

2) Solução: KMnO4 ( 3 mg/ 100 mL ). potássio e dissolveu cada uma quantidade em 50 mL. As
absovâncias destas soluções, em 530nm, foram,
3) λ - Comprimento de onda.
respectivamente, 0,2, 0,4 e 0,6. A abosvância de uma
4) A - Absorvância.
solução desconhecida do sal foi 0,3. Calcule a sua
4.2. Curva padrão - Obtenção concentração, em mg/100mL.
• Preparar soluções de permanganato de potássio nas 6.2 – Para a dosagem da glicose do sangue de um
concentrações citadas na tabela abaixo: paciente, a amostra foi diluída em 10 vezes (no processo
Concentração de de desproteinização). 1mL do desproteinizado e 2mL de
KMnO4 cada um dos padrões de glicose (P) de 10, 20 e
(mg/100mL) Absorvância
30mg/100mL foram processados para a dosagem da
3,00
glicose, sendo o volume final, em todos os tubos,
2,00
ajustados para 5mL. Após as leituras
1,50 espectrofotométricas em comprimento de onda
1,00 adequado, as absorvâncias obtidas foram:
0,75 Amostra...................... ...0,180

0,50 P-10 mg/100mL............. 0,150


P-20 mg/100mL..............0,298
• Ler as absorvâncias das diferentes soluções de P-30 mg/100mL..............0,400.
λ : 530 nm) e registrá-las;
permanganato (λ Qual a concentração da glicose no sangue do paciente?
• Construir, em papel milimetrado, a curva padrão 6.3 - O coeficiente de extinção molar (εε) de uma
(absorvâncias na ordenada e concentrações na substância de peso molecular 200 é 14,5. Uma solução
abcissa), considerando os pontos zero de absorção e desta substância apresentou , numa cubeta de caminho
de concentração. óptico de 2 cm, a absorvância de 0,800. Qual a
concentração (em mg/L) da substância nesta solução?
5. Questões para discussão
5.1- Você dispõe dos filtros azul, verde, vermelho e
amarelo de um fotômetro. Qual deles você usará, para
que uma solução de cor vermelha tenha uma absorção
(contra o branco) o mais próximo de zero possível?
5.2- Avalie, nas condições experimentais acima, se o
permanganato de potássio segue, estritamente, as Leis
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PRÁTICA No 2 - ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO DAS PROTEÍNAS

1. Introdução
As proteínas, excluindo a água, são os 0 C
C O
NH
compostos químicos mais abundantes nos organismos,
NH
com extrema versatilidade de conformações e funções. R C H

O estudo de aspectos importantes da bioquímica nos R C H


O C Cu+2
leva, invariavelmente, ao estudo de proteínas. Portanto, NH
C O
HN
torna-se importante a existência de métodos adequados
R CH
CH R
de purificação e quantificação destes compostos. A
purificação e caracterização de uma proteína baseiam-se
Dependendo dos aminoácidos que fazem parte
em suas características físico-químicas. Por serem
das proteínas (estrutura primária), podem-se ter
formadas por aminoácidos e considerando-se que os
diferenças fisico-químicas individuais entre proteínas
aminoácidos aromáticos absorvem luz na região
numa mistura, as quais podem ser utilizadas para a
ultravioleta, as proteínas, em geral, podem ser
separação e purificação destes compostos. Por exemplo,
detectadas através da absorção de luz a 280 nm. No
métodos cromatográficos podem ser baseados em
entanto, a detecção de proteínas em materiais biológicos
diferenças no peso molecular e/ou carga elétrica.
envolve reações específicas com determinados reativos,
As proteínas são macromoléculas coloidais,
os quais originam substâncias coloridas que absorvem
possuem uma camada de solvatação ou hidratação. Ao
luz na região visível, permitindo a sua quantificação.
seu redor interagem moléculas de água, que permitem a
Dentre os métodos utilizados, situa-se o método do
sua solubilidade. Diversas substâncias, entre elas os sais
biureto, que é baseado na reação do sulfato de cobre em
inorgânicos ((NH4)2SO4, Na2SO4 e outros) podem
meio alcalino (reativo do biureto) com proteínas e
alterar a camada de solvatação de proteínas, aumentando
peptídeos (no mínimo tripeptídeos). O nome do método
(“salting-in”) ou diminuindo (“salting-out) a
provém do fato de que a uréia aquecida a 180oC dará
solubilidade.
reação positiva com desprendimento de amônia:
As proteínas possuem estruturas espaciais bem
NH2
0 C
NH2 definidas que, segundo o nível de complexidade, podem
H 0 C
N N H
H ser caracterizadas como estruturas secundária, terciária e
NH3
H quaternária. A função biológica está associada à
N 0 C
0 C H
NH2 NH2 estrutura espacial, que, por sua vez, depende da
estrutura primária (a simples disposição dos
BIURETO
aminoácidos na cadeia polipeptídica). Certos agentes
URÉIA podem alterar a conformação espacial original das
Quando a substância contém duas ou mais proteínas, sem que ocorra alteração da estrutura
ligações peptídicas, produz uma cor azul-violeta com o primária, modificando, desta forma, algumas de suas
reativo de biureto. Esta cor desenvolvida é devida a um propriedades biológicas. Este efeito, chamado de
complexo entre o íon cúprico e duas cadeias peptídicas desnaturação, pode ser produzido pelo aumento da
adjacentes:
6

temperatura do meio, alteração do pH ou pela adição de • Solução concentrada de proteínas.


solventes orgânicos. A alteração da estrutura primária • Solução de ninhidrina 0,1g% (P/V).
das proteínas (quebra das ligações peptídicas) ocorre • Solução de aminoácidos.
o
por tratamento à quente (100 C) em presença de ácido • Ácido tricloroacético (TCA ) 10% (P/V).
ou base forte ou através de adição de enzimas • Solução saturada de sulfato de amônio (NH4)2 SO4.
proteolíticas. Determinados agentes podem ser usados • Solução tampão de fosfato de sódio 0,2 M, pH 7,0.
na precipitação de proteínas, o que é útil na • Etanol gelado.
desproteinização de materiais biológicos, como o • Resina Sephadex G-25 (faixa de separação PM
sangue: ânions de ácidos complexos (tricloroacético, 1000-5000 D).
tânico, fosfotúngstico) formam sais insolúveis onde a
• Solução contendo compostos de diferentes pesos
proteína funciona como cátion; metais pesados (cobre,
moleculares (azul de dextran: 2.000.000 D, vitamina
zinco, prata, mercúrio) em meio alcalino formam
B12: 1355 D em tampão pH 7,0, contendo sacarose).
precipitados onde a proteína atua como ânion.
Os aminoácidos componentes de uma proteína
4. Procedimentos
podem ser genericamente caracterizados se, após sua
• Enumerar 12 tubos de ensaio
hidrólise, efetuarmos a reação da ninhidrina. A
ninhidrina (hidrato de tricetoidrindeno) reage com
4.1. Reação do Biureto:
aminoácidos produzindo cor púrpura. É uma reação
• Tubo 1 (tubo branco): colocar: 1 mL do reativo do
inespecífica quanto à identidade do aminoácido, sendo a
Biureto + 0,5 mL de água destilada;
reação dependente da presença de grupos amina livres.
• Tubo 2: colocar: 1 mL do reativo do Biureto + 0,5
O aminoácido prolina, na verdade um iminoácido, ao
mL da solução diluída de proteínas;
reagir com a ninhidrina produz coloração amarela.
• Tubo 3: colocar: 1 mL do reativo do Biureto + 0,5
mL da solução de aminoácidos;
2. Objetivos
• Comparar o desenvolvimento de cor nos tubos.
• Realizar reação específica para detecção de
proteínas (reação do Biureto);
4.2. Reação da ninhidrina:
• Realizar reação específica de detecção de
• Aquecer água à 100oC
aminoácidos (reação com a ninhidrina);
• Tubo 4 (tubo branco): colocar 2 mL da solução de
• Verificar a alteração de solubilidade de proteínas em
ninhidrina + 0,5 mL de água destilada;
presença de soluções salinas e solventes orgânicos;
• Tubo 5: colocar 2 mL da solução de ninhidrina + 0,5
• Verificar a ação de agentes desnaturantes;
mL da solução diluída de proteínas;
• Observar a separação cromatográfica (cromatografia
• Tubo 6: colocar 2 mL da solução de ninhidrina + 0,5
de exclusão molecular) de substâncias de pesos
mL da solução de aminoácidos;
moleculares diferentes.
• Ferver os tubos de ensaio 4, 5 e 6 por 5 minutos;
• Comparar o desenvolvimento de cor nos tubos.
3. Reagentes
• Reagente do Biureto: CuSO4 em solução alcalina.
4.4. Precipitação ácida:
• Solução diluída de proteínas.
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• Tubo 7 (tubo de centrífuga): colocar 1 mL de TCA densa, devido à presença da sacarose, esta se depositará
10% (P/V). + 1 mL da solução diluída de proteínas; sobre o gel.
• Agitar e observar; Continuar adicionando o tampão e acompanhar o
• Centrifugar (por 10 minutos), separando as frações fracionamento dos componentes da amostra, anotando
sobrenadante e precipitado; os resultados.

• Colocar 0,5ml do sobrenadante no Tubo 8;


• Adicionar 1mL do reativo do biureto ao Tubo 8; 5. Questões para discussão:

• Adicionar tampão ao precipitado do Tubo 7. Agitar; 5.1- Explique o que ocorreu em cada etapa executada.

• Comparar os resultados. 5.2- Pelos resultados obtidos no item 4.5, podemos


afirmar que a solução de sulfato de amônio saturado

4.5. Efeito da adição de sais: precipita todas as proteínas? Por quê? Como podemos

• Tubo 9: Colocar 2 mL da solução diluída de saber se esta precipitação é reversível ou não?

proteínas + 2 mL da solução saturada de sulfato de 5.3.- Pelos resultados obtidos no item 4.6, podemos

amônio. Agitar. Centrifugar à 3000rpm por 10 afirmar que o etanol gelado precipita todas as proteínas?

minutos, separar as frações sobrenadante e Por quê? Como poderíamos comprovar isto? O

precipitado; precipitado obtido (após centrifugação) seria


redissolvido em tampão? Por quê?
• Colocar o sobrenadante no tubo 10. Adicionar igual
5.4 - Qual foi a ordem de eluição das amostras na coluna
volume de TCA 10% (P/V)., agitar e centrifugar
(item 4.7)? Por quê?
novamente. Se aparecer algum precipitado, tentar
dissolvê-lo com 1 mL de tampão;
6 - Exercícios complementares:
• Adicionar 1 mL de tampão ao precipitado do tubo 10
6.1- Você dispõe num laboratório de dois frascos
e agitar. Verificar o que acontece.
idênticos, porém, não rotulados. Um deles contém
solução de aminoácidos e, o outro, contém uma solução
4.6. Efeito da adição de solventes orgânicos:
de proteínas. Qual seria o seu procedimento para
• Tubo 11: colocar 1mL da solução de proteínas +
identificar as duas soluções e rotular os frascos?
2mL de etanol gelado (lentamente até o
aparecimento de uma ligeira turvação).
6.2- Descrever um método que permita separar a
proteína no 6 de uma mistura que contenha seis
4.7. Cromatografia em peneira molecular:
proteínas, sabendo-se que: a) as proteínas de no 1, 3 e 5
Montagem da coluna: numa coluna de vidro (aprox. 30
precipitam pelo sulfato de amônio a 40% de saturação;
x 1,5 cm), colocar o gel suspenso em tampão pH 7,0,
b) as proteínas de no 1, 2, 4 e 6 precipitam pelo etanol
deixando a extremidade inferior da coluna aberta, até
gelado; c) as proteínas de no 1, 3, 5 e 6 precipitam pelo
que o gel se acame. Cuidado para não deixar secar o gel,
sulfato de amônio a 75% de saturação; d) os pontos
adicionando sempre tampão, até que o gel esteja
isoelétricos das proteínas 1 e 3 são iguais a 6,5 ; o da
equilibrado e acamado.
proteína 2 é 7,2; o das proteínas 4 e 6 se igualam a 6,3 e
Aplicação da amostra: aplicar 1mL da amostra sobre a
o da proteína 5 é 6,8.
superfície da coluna, que deverá estar com cerca de 2
cm de tampão sobre o gel. Como a amostra está mais
8

6.3- Num extrato biológico existem hormônios protéicos com os seguintes resultados: a) reação fortemente
e isoenzimas, que devem ser isolados da maneira mais positiva para o biureto e fracamente positiva para
pura possível para uso posterior. Você dispõe de sulfato ninhidrina; b) a adição de ácido forte gelado e posterior
de amônio, TCA, etanol, resinas cromatográficas, neutralização do pH, não alteraram os resultados do
equipamentos cromatográficos e de eletroforese. Que item anterior; c) Com a adição de ácido forte à quente
métodos você poderia utilizar? Explique o seu princípio (100oC por 2 h) e posterior resfriamento e neutralização
e como executá-lo. Que métodos não poderiam ser do pH , a reação da ninhidrina foi positiva (fortemente
utilizados? positiva). Interprete e explique estes resultados.

6.4- Uma solução a 1% de hormônio anti-diurético


(nonapeptídio) foi submetida aos tratamentos abaixo
9

PRÁTICA No 3 - CINÉTICA ENZIMÁTICA

1. Introdução meio reacional são determinantes para a velocidade


Enzimas são catalisadores biológicos: aceleram a reacional.
velocidade das reações químicas, diminuindo a energia A velocidade de uma reação catalisada pode ser
de ativação. Possuem, em geral, estrutura protéica, determinada, em instantes iniciais, através da
sendo que foram descritas algumas moléculas de RNA determinação do produto formado por unidade de tempo
com atividade catalítica. As enzimas não alteram a (caso mais comum) ou através da mensuração do
constante de equilíbrio nem a variação de energia livre substrato consumido por unidade de tempo. O produto
das reações, sendo regeneradas, sob a forma original, ao formado pode ser medido diretamente através de alguma
final da catálise. As moléculas reagentes são propriedade físico-química característica, ou então fazer
denominadas substratos (S) e produtos (P) são formados uma reação química com este produto produzindo um
ao final. As enzimas são, geralmente, bastante outro que possua propriedades apropriadas para medida.
específicas com relação aos substratos, formando um Uma propriedade freqüentemente usada para tal fim é a
complexo com estes durante a catálise: capacidade do produto a ser quantificado de absorver
E + S ↔ ES ↔ E + P determinados comprimentos de onda de radiações
Algumas teorias procuram explicar esta luminosas (o que não deve, em princípio, acontecer com
especificidade: 1- teoria de Fischer (“chave-fechadura”) qualquer outra substância encontrada no meio
, onde enzima e substrato seriam complementares; 2- reacional), aplicando-se os princípios da fotometria.
teoria de Koshland do encaixe induzido, ou seja, o Os ensaios de atividade enzimática
substrato durante a catálise se encaixa na enzima; 3- desenvolvidos na aula prática serão realizados com a
teoria que propõe o perfeito encaixe no estado de enzima FOSFATASE, presente no extrato aquoso da
transição, estado onde a barreira energética (energia de batata inglesa. No ensaio, a enzima catalisará a reação
ativação) foi vencida. de desfosforilação do para-nitrofenil fosfato, resultando
Diversos são os fatores que influenciam a na formação de um composto de cor amarelada em meio
velocidade de uma reação enzimática. Por terem alcalino, o para-nitrofenol. Portanto, a atividade
estrutura protéica, alterações no pH, na temperatura, na enzimática será detectada pelo aparecimento da
força iônica do meio reacional podem modificá-las (ás coloração amarela no meio reacional.
vezes, até a estrutura dos substratos é alterada),
modificando, assim, a velocidade das reações. Como
esperado, a concentração de substrato e de enzima no

2. Objetivos
Avaliar o efeito de alguns fatores que interferem na atividade enzimática, tais como, o tempo de reação, a
concentração de substrato e a concentração de enzima.
10

3. Reagentes • IMPORTANTE: O homogeneizado deve ser usado

• Uma batata inglesa média (cerca de 110g). no prazo máximo de 30 minutos.


• Substrato: para-nitrofenilfosfato de sódio 1mM
(solução fresca). 5. Procedimentos
• NaOH 0,02N. • Enumerar os tubos de ensaio que seu grupo vai usar;
• Liquidificador. • Colocar sempre os reagentes na mesma ordem em
todos os tubos;
4. Preparo de fração com atividade de fosfatase
• O HOMOGENEIZADO DEVERÁ SER
alcalina
ADICIONADA SEMPRE POR ÚLTIMO.
• Descascar a batata;
• Após adicionar o homogeneizado, agite a mistura
• Homogeneizar a batata descascada em 200mL de
suavemente;
água, usando um liquidificador;
• A incubação será realizada à temperatura ambiente.
• Filtrar o homogeneizado em algodão.

5.1. INFLUÊNCIA DO TEMPO DE REAÇÃO


SUBSTRATO ÀGUA HOMOGENEIZADO Tempo após a adição de 2mL de
TUBO
(mL) (mL) (mL) NaOH 0,02N (min)
1 3,0 2,0 0,5* 0
2 3,0 2,0 0,5 2
3 3,0 2,0 0,5 5
4 3,0 2,0 0,5 10
5 3,0 2,0 0,5 20
6 3,0 2,0 0,5 30

*Adicionar 2mL de NaOH 0,02N antes da adição do homogeneizado (SOMENTE NO TUBO 1)

• Observe a cor desenvolvida em todos os tubos.


• Anote os resultados.

5.2. INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DA ENZIMA


ÁGUA HOMOGENEIZADO
TUBO SUBSTRATO (mL)
(mL) (mL)
7 3,0 1,0 0,0
8 3,0 0,9 0,1
9 3,0 0,5 0,5
10 3,0 0,0 1,0

• Após 5 minutos de reação, adicione 2mL de NaOH 0,02N em cada tubo.


• Observe a cor desenvolvida nos tubos (7-10). Anote os resultados.

5.3. INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO. (curva [S]] x velocidade da reação)


11

SUBSTRATO SUBSTRATO ÁGUA


TUBO HOMOGENEIZADO (mL)
µM (mL) (mL)
11 0,0 0,0 5,0 0,5
12 54,5 0,3 4,7 0,5
13 163,0 0,9 4,1 0,5
14 272,0 1,5 3,5 0,5
15 545,0 3,0 2,0 0,5
16 909,0 5,0 0,0 0,5

• Após 10 minutos de reação, adicione 2mL de NaOH 0,02N em cada tubo.


• Observe a cor desenvolvida nos tubos (11-16). Anote os resultados.

6. Questões para discussão:


TUBO ENZIMA
6.1- Por que a enzima (homogeneizado) só deve ser (mL)
adicionada por último? 1 0,2
2 0,4
6.2- Como são fixadas as condições de dosagem de uma 3 0,6
determinada enzima em condições ótimas? 4 0,8
5 0,8
6.3- Explique os resultados de cada item.
7.2 - Ao estudar-se “in vitro” a cinética da reação onde a
formação do produto P (fumarato), a partir do substrato
7. Exercícios complementares
S (succinato) é catalisada pela enzima E (succinato
7.1- A variação da velocidade de reação de uma enzima
desidrogenase) verificou-se que:
em função de sua concentração foi analisada em 5 tubos
I) não sendo possível obter-se a enzima pura, usou-se,
conforme o indicado na tabela abaixo. Cada tubo
sempre, um mesmo volume do mesmo extrato celular;
recebeu 0,8 mL de uma solução de substrato 0,01mM. A
II) a quantidade de substrato inicial estava em ligeiro
enzima usada (E) estava contida num homogeneizado
excesso; III) o pH tinha sido previamente estudado e
hepático a 10g% e na tabela abaixo estão indicados os
escolheu-se aquele que proporcionava o máximo de
volumes deste homogeneizado adicionado a cada tubo.
atividade enzimática; IV) a formação de produto cresceu
O volume final em cada tubo foi o mesmo, ajustado com
entre o instante zero (início da reação) até 20 minutos da
tampão apropriado. Ao final de 30 minutos de reação a
reação; V) a partir do 20o minuto de incubação, a
quantidade de produto formado foi igual em todos os
velocidade de reação medida pela quantidade de
tubos, exceto no tubo 5 que foi mantido a 0oC durante
produto formado por minuto, diminuiu.
toda a experiência. Com estas informações, discuta:
VI) todas as observações acima foram obtidas em
a) o fato de ter sido obtida a mesma quantidade de
temperatura ótima de reação.
produto nos quatro primeiros tubos;
Pede-se: discutir os fatores, dentre aqueles
b) sem alterar o tempo de reação, como seria possível
analisados, que poderiam acarretar a diminuição da
aumentar a quantidade de produto formado nesses
velocidade a partir do 20o minuto de incubação.
quatro tubos?
c) o que teria acontecido no tubo 5?
12

o
PRÁTICA N 4 – URINÁLISE

1. Introdução filtrada é reabsorvida pelos rins. Entretanto, quando a


Os rins desempenham suas funções mais
carga filtrada excede a capacidade de reabsorção da
importantes ao filtrarem o plasma sangüíneo e
glicose, a sua excreção urinária se dá em nível
removerem as substâncias do filtrado em quantidades
detectável. Um grande aumento da concentração
variáveis, dependendo das necessidades do corpo. Além
plasmática de glicose, capaz de elevar a carga de
disso, eles “depuram” as substâncias indesejáveis do
filtração renal acima de 320 mg/minuto, ocasiona a
filtrado (e, portanto, do sangue), ao excretá-las na urina,
excreção do excesso de glicose na urina. A glicose
enquanto devolvem ao sangue as substâncias
plasmática no indivíduo sadio quase nunca fica elevada
indispensáveis ao metabolismo. A intensidade de
o suficiente para causar a sua excreção pela urina. A
excreção de diferentes substâncias na urina representa a
glicosúria (presença de glicose na urina) pode estar
soma de três processos renais: filtração glomerular,
relacionada a várias causas, como, por exemplo: fatores
reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o
endócrinos, hepáticos, neurológicos e alimentares. No
sangue e secreção de substâncias do sangue para os
diabetes mellitus não-controlado, o nível plasmático de
túbulos renais.
glicose pode atingir valores elevados, com conseqüente
A urina normal é essencialmente composta de excreção urinária desta ose. A presença de glicose na
água, tem coloração variável entre o incolor e o amarelo urina pode ser evidenciada através da redução alcalina
(dependente da dieta, atividades físicas e principalmente pelo cobre. Portanto, utiliza-se para a pesquisa de
da ingestão de água), e carreia substâncias de excreção, glicose na urina o reagente de Benedict, que consiste de
resultantes do metabolismo do organismo. Todo sangue, uma solução de sulfato de cobre em um meio alcalino.
ao passar pelos rins, é filtrado ou depurado, eliminando
Os chamados corpos cetônicos (acetoacetato,
seus catabólitos, que são veiculados pela água.
ácido β-hidroxibutírico e acetona), quando presentes em
Entretanto, podem aparecer na urina elementos
níveis elevados na urina, indicam um quadro de jejum
anormais, como: albumina, glicose e altas quantidades
severo e prolongado ou diabetes mellitus não tratado.
de corpos cetônicos, sais e pigmentos biliares
Em condições normais, o ácido acetoacético e o ácido
(urobilinogênio e urobilina). A análise da urina fornece
β-hidroxibutírico que entram na corrente sangüínea são
valiosas informações no diagnóstico de doenças renais,
transportados, tão rapidamente, para os tecidos, que suas
das vias urinárias, do trato genital e até de doenças
concentrações plasmáticas, combinadas, raramente se
sistêmicas.
elevam acima de 3 mg/dL. Os corpos cetônicos são
Esta prática refere-se a dois dos exames de rotina liberados do fígado e transportados até as células.
de urina, através dos quais é possível observar o Todavia, as células são limitadas, quanto à quantidade
metabolismo anormal envolvendo algumas substâncias de corpos cetônicos que podem oxidar, devido a várias
como a glicose e os corpos cetônicos. razões, dentre as quais pode-se destacar a quantidade de

Em condições normais, não aparece glicose na oxaloacetato que é necessário para iniciar a oxidação de

urina em quantidade detectável pelos reagentes Acetil-CoA no ciclo do ácido cítrico. Os corpos

convencionais, visto que, praticamente, toda a glicose cetônicos no sangue e na urina podem atingir níveis
13

extraordinariamente altos, provocando uma condição verde (qualquer tom) com positivo +
conhecida como: cetonemia e cetonúria, precipitado amarelo
castanho ou marrom positivo ++
respectivamente. A pesquisa de corpos cetônicos na
vermelho tijolo positivo +++
urina é realizada através do reagente de Imbert. Este
reativo é de uma solução de nitroprussiato de sódio em
4.2. Pesquisa de Corpos Cetônicos
ácido acético glacial.
• colocar 8 ml de urina em um tubo de ensaio;
• adicionar 12 gotas do Reativo de Imbert e misturar;
2. Objetivo
• inclinar o tubo e com o auxílio de uma pipeta, deixar
Analisar amostras de urina, quanto à presença ou
escorrer pelas paredes do tubo aproximadamente 3
ausência de glicose e de corpos cetônicos.
ml de NH4OH 10%, lentamente, de tal maneira que
os dois líquidos não se misturem;
3. Reagentes • observar a superfície de contato entre os dois
• 8,5 mL de urina. líquidos.
• 2,5 mL de Reativo de Benedict ( CuSO4; citrato de
sódio e Na2CO3).
RESULTADOS
• 1 mL de Reativo de Imbert ( nitroprussiato de sódio
e ácido acético glacial). Nenhuma alteração ocorrida negativo

• 3 mL de NH4OH 10% (p/v).


Presença de um anel violeta positivo
4. Procedimentos

4.1. Pesquisa de Glicose


5- Questões para Discussão
• colocar 2,5 ml do Reativo de Benedict em um tubo
de ensaio; 5.1- Comente (sucintamente) a participação dos

• depositar 4 gotas de urina límpida; hormônios: adrenalina, cortisol, glucagon e insulina no

• misturar e levar ao banho-maria até entrar em controle da glicemia, envolvendo as vias metabólicas e

ebulição; os seus mecanismos de ação.

• deixar esfriar espontaneamente (aproximadamente 5.2- Por que em condições de jejum severo e
15 minutos); prolongado ou o diabete melito não compensado pode
• observar a coloração do líquido. acarretar uma cetonemia e conseqüente cetonúria?

5.3- Conceitue e diferencie (metabolicamente):


RESULTADOS “diabetes insipidus” e “diabetes mellitus” e “diabetes
cor inalterada (azul) negativo renallis”.
verde-azulado ou verde traços

PRÁTICA No 5 - ISOLAMENTO DE DNA DE CÉLULAS DE CEBOLA


14

1. Introdução isoamílico, que desnatura as proteínas e, após


Nos organismos eucariontes e procariontes a
centrifugação, estas são retiradas da solução de DNA.
informação genética está localizada nas moléculas de
ácido desoxirribonucléico (DNA), que são polímeros de
2. Objetivo
nucleotídeos, nos quais o açúcar é a desoxirribose. O
Isolar DNA de células de cebola.
DNA está localizado principalmente no núcleo dos
eucariontes, associado com proteínas (principalmente
3. Material
histonas) e dentro de organelas como mitocôndrias e
• Cebola.
cloroplastos.
• Solução salina-EDTA:
Os métodos utilizados para a detecção e
NaCl 0,15 M
dosagem do DNA celular nuclear de eucariontes (pois o
EDTA 0,1 M (pH=8,0).
de cloroplastos e mitocôndrias não é em geral, detectado
• SDS 2% (P/V).
pelas técnicas rotineiras) implicam no rompimento das
• Etanol absoluto 95%.
membranas citoplasmática e nuclear. Neste experimento,
• Solução Tris-EDTA (TE)*
o rompimento das membranas plasmática e nuclear será
10 mM Tris.Cl, 1 mM EDTA - pH 7,5.
realizado com o tratamento do detergente aniônico
Obs:
duodecil sulfato de sódio (SDS). Os tratamentos com
*Esta solução mantém a força iônica, dissolvendo o
detergentes, iônicos ou não, são largamente utilizados na
DNA, além de quelar íons divalentes, necessários para a
solubilização de proteínas e lipídeos de membrana.
ação da DNase.
Nestes processos de solubilização por detergentes, são
formadas micelas, que consistem de proteínas, lipídios e
4. Procedimentos
detergentes. O tratamento das células com uma
• Cortar 5 g de cebola (fatia fina e bem picotada);
concentração relativamente alta de SDS resulta no
• Colocar a cebola picada em um tubo Falcon de 15
rompimento das membranas celulares com a
mL;
conseqüente liberação das nucleoproteínas. A atividade
• Adicionar 2.5 mL de solução salina EDTA;
da enzima digestiva (DNAase) será inibida pela ação do
• Adicionar 1.0 mL de SDS 2%;
EDTA em meio alcalino − que altera pH e quela os íons
• Macerar a cebola com ajuda de um bastão de vidro
divalentes necessários à ação da DNAase. A adição de
durante 5 minutos;
etanol sobre a fase aquosa, contendo os ácidos nucléicos
• Filtrar a solução com gaze para retirar os fragmentos
dissolvidos, resultará na precipitação destes, uma vez
de cebola;
que o etanol diminui a constante dielétrica da água,
• Colocar o filtrado em um tubo de vidro;
promovendo uma menor solubilização das moléculas de
• Adicionar, lentamente, com pipeta, 4 mL de álcool
DNA.
etílico 95% de modo que os dois líquidos não se
Nas técnicas de biologia molecular, o DNA
misturem. Notar que na interface, forma-se um
deve estar livre de proteínas, para isto, estas devem ser
material insolúvel filamentoso, o DNA;
extraídas. Normalmente, esse procedimento é realizado
utilizando-se uma solução de clorofórmio/álcool
15

• Introduzir um bastão até a região de interface. • A emulsão será separada em 3 camadas;


Imprimir-lhe um movimento circular e verificar que
o material filamentoso irá aderir ao mesmo;
• Retirar o bastão e dissolver o precipitado a ele
aderido em 2 mL da solução de Tris-EDTA.

SOLUÇÃO DE
DNA

• A camada superior (aquosa) contém os dois tipos de


ácidos nucléicos (DNA e RNA) que devem
coletados para posterior utilização.

5. Questões para discussão:


Desproteinização – (Não realizada durante a aula
5.1 - Qual a função da solução de SDS?
prática):
• Após a dissolução do DNA, adicione igual volume
5.2 - Ao romper a célula e, também, suas organelas, pela
(2 mL) da mistura de clorofórmio:álcool isoamílico
técnica descrita acima, o DNA não seria degradado por
24:1 (V/V), e agite vigorosamente por 30 minutos;
enzimas lisossomais?
• Centrifugue a emulsão resultante a 3000 rpm durante
10 minutos;

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