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PAULO ROBERTO RIBEIRO FONTES COMUNIDADE OPERARIA, MIGRACAO NORDESTINA E LUTAS SOCIAIS: SAO MIGUEL PAULISTA (1945-1966) Tese de doutorado apresentada ao Departamento de Histéria do Instituto de Filosofia e Ciéncias Humanas da Universidade Estadual de Campinas, sob orientaga0 do Prof. Doutor Michael M. Hall. Este exemplar corresponde & redagao final da tese defendida e aprovada pela Comissio Julgadora em 15 /03/2002 BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Michael M. Hall — Orientador (Unicamp) Ae 4 Hath Prof. Dr. Claudio H. M. Batalha (Unicamp) aa c Prof. Dr. Sidney Chathoub (Unicamp) hol Prof*Dr.* Maria Célia Paoli (USP) Prof. Dr. José Ricardo Ramalho (UFRJ) \! eA afl SuPLENCIA q Prof, Dr. Ricardo Antunes (Unicamp) Prof, Dr. Femando Teixeira da Silva (Unimep) CAMPINAS FEVEREIRO DE 2002 WHINIO VOSLONaIS dAVOIND: voaoe he ___— cHAMADA TJ | a 5wad 66! ROC! 6» 22 rego AT OC. TA o CPD FICHA CATALOGRAFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IFCH - UNICAMP F737e Fontes, Paulo Roberto Ribeiro Comunidade opersria, migragdo nordestina e lutas sociais: Miguel Paulista (1945-1966) / Paulo Roberto Ribeiro Fontes . + Campinas, SP: [s.n.J, 2002, Orientador: Michael M. Hall. Tese (doutorado ) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciéncias Humanas. 1. Migracdo interna ~ Brasil, 1945-1966. 2. Urbanizagao— Sio Paulo (SP). 3. Movimentos sociais. 4. Bairro Sdo Miguel Paulista (Si0 Paulo, SP). I. Hall, Michael M. (Michael MeDonald). IL Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciéncias Humanas. IILTitulo. Resumo Esta tese analisa o impacto das migragdes intemas, em particular a nordestina, e da urbanizagao no processo de formagao da classe trabalhadora brasileira entre os anos 40 e 60. Analisando © caso do bairro paulistano de Sic Miguel Paulista, considerado um dos primeiros distritos ‘nordestinos’ da cidade e um tipico exemplo de expans&o urbana periférica, 0 estudo procura destacar a importancia das redes sociais, e das relagdes comunitérias para a formagio da classe. Aspectos da vida cotidiana operaria, tais como moradia, lazer ¢ religido também sio abordados, Sto Miguel Paulista constitui um importante campo de estudo para questionar problematizar as explicages académicas que privilegiaram ‘a origem rural do proletariado brasileiro’ como determinante para entender a sua suposta apatia e auséncia de consciéncia de classe e, a0 mesmo tempo, compreender no Ambito deste caso as relagdes entre especificidades regionais, migragio © cultura operiria. Por fim, a tese analisa a ago politica e 0 forte associativismo experimentado pelas classes populares naquele periodo, incluindo além dos sindicatos e partidos politicos, as associagdes de bairro ¢ outras organizagées que claramente expressavam 0 proceso formativo de uma classe multifacetada e dinamica. Abstract The impact of internal migration, particularly from the Northeast, and the urbanisation on the working class formation between the 40s and 50s in Brazil is the core of this thesis. The study focus on Sao Miguel Paulista, considered the first ‘Northeastern’ neighbourhood in Sao Paulo, and an example of the growth of working-class districts in the outskirts of the city during that period. The thesis stresses the importance of networks and community in the making of the working class. Everyday life features, such as household, leisure and religion are taken into consideration, The case of Sio Miguel Paulista disputes the academic and political view which considers the rural origin of the Brazilian working class as the main reason for its supposed apathy and absence of class consciousness. The study also analysis political action of the working class and its experiment in organisations, such as trade-unions, political parties, and neighbourhood associations, expressing a very diverse and dynamic class. UNICAMP BIBLIOTECA CENTRAL AGRADECIMENTOS “Vocé vai ter muita coisa para escrever, mas também muita coisa para aprender.” Foi assim que um dos trabalhadores que entrevistei me recepcionou numa chuvosa tarde de quinta- feira na subsede do Sindicato dos Quimicos em Sao Miguel Paulista. Ao iniciar este trabalho, confesso que eu nao tinha nogao do quanto aquela frase seria tao profundamente verdadeira. De fato, aprendi muito, provavelmente bem mais do que fui capaz de expressar na redago desta tese. Foram tantas as pessoas com as quais tive a satisfagio de conviver e aprender e que direta ou indiretamente colaboraram, apoiaram, contribuiram ou simplesmente torceram para a conclusio deste trabalho, que temo néo registrar aqui o meu agradecimento a todas elas. De toda forma, tentarei. Comego justamente pelos trabalhadores e moradores de Sao Miguel Paulista que comigo compartilharam suas experiéncia de vida, Sou imensamente grato a todos que me concederam entrevistas, conversaram, mostraram fotografias, documentos antigos e me conduziram pelas ‘trilhas’ da S40 Miguel dos anos 50. Em particular, agradego & Associagiio dos Aposentados Quimicos de Sao Paulo, cujo apoio foi fundamental para a construgao de uma verdadeira ‘rede’ de entrevistados. Sem este suporte, esta tese no teria sido possivel. Espero que o resultado esteja altura da riqueza da historia de luta do povo de Sao Miguel. Tenho uma enorme gratidéio para com Michael Hall, meu orientador. Seu decisivo apoio, renovado interesse ¢ estimulante orientagdo foram fundamentais para a realizago deste trabalho. A convivéncia com Michael permitiu-me entender o real significado do termo japonés sensei, utilizado por Hobsbawm em Sobre a Histéria: “um mestre intelectual para quem se deve algo que no pode ser retribuido.” 6 Os comentarios de Claudio Batalha e Sidney Chalhoub no exame de qualificagao foram valiosos. A eles, 0 meu agradecimento. Sou grato ainda aos professores Marco Aurélio Garcia, John French € todos os professores que, em diferentes momentos, forneceram-me informagdes € documentagao importantes, além de permanente estimulo. Agradego aos meus grande amigos e parceiros intelectuais da Central Unica dos Historiadores: Alexandre Fortes, Antonio Luigi Negro, Fernando Teixeira da Silva e Hélio da Costa. Sem eles, esta jornada ndo teria comegado. Longa vida 20 CUH! Tive a felicidade, tanto do ponto de vista profissional, quanto pessoal de passar 15 meses no International Centre of Labour Studies da Universidade de Manchester, onde encontrei um rico ¢ instigante ambiente intelectual. Agradego imensamente a Huw Beynon, meu orientador em terras britanicas, aos professores Mike Savage, Kevin Morgan, Sheila Rowbotham, Paul Cammack e, em particular, ao historiador e amigo Neville Kirk, pelas preciosas sugestées e indicagdes bibliograficas. Anne Morrow foi de uma enorme gentileza e sua ajuda facilitou em muito a nossa adaptago na rainy city. Anand Chand, Burgak Ozoglu, Tom Woodin, Rob Copeland, Dominic Broadhurst e Kevin Ward sao novos amigos fruto desta experiéncia. Aos trés liltimos, devo ainda a minha conversio ao glorioso Manchester City. Senti que me tornava um pouquinho Mancunian ao entoar ‘Blue Moon’ junto com toda a fanatica torcida do City em Maine Road. Sou grato 4 Capes pelo suporte financeiro, através do programa PDEE (bolsa sanduiche) que permitiu a minha estadia na Inglaterra. Registro e agradego o apoio financeiro fornecido pela FAPESP, ao proporcionar a bolsa de estudos que permitiu a realizagao desta pesquisa. Fui invariavelmente muito bem atendido ¢ recebido em todas as instituigées, arquivos e bibliotecas nas quais pesquisei. Agradego a todos os funciondrios e responsiveis por estas entidades. 7 Karim Roberta de Ameida ajudou-me enormemente na condugio desta pesquisa. Suas indicagSes de entrevistas e fontes em Sio Miguel foram sempre iiteis e precisas. A ela, a minha gratidao e admiragao pela garra e paixdo pela historia dos trabalhadores. Também agradego aos meus colegas na Unicamp. Edilene, Luigi, Norberto, Verénica, Candido, Cristina Meneguello e Zé Roberto pelo convivio e amizade. Adriano Duarte, em especial, tem sido um grande interlocutor e com ele compartilhei diversas reflexées sobre 0 estudo de bairros operétios. Tenho tido o prazer de conviver e aprender com Carolyn Kazdin. A ela ¢ a toda equipe do Solidaridy Center da AFL-CIO, Fabiano, Silvana, Mario Rogério ¢ Joana, os meus agradecimentos pelo apoio ¢ compreensio. Adenilson Teixeira, Carlos Magno, Caio Galvao, Leonardo Mello e Silva, Marco Aurélio Santana, Marilane Teixeira, Lufs Paulo Bresciani e Tadeu Martins so alguns dos amigos que muito me apoiaram e torceram pelo sucesso desta empreitada. A todos eles um grande “obrigado’! De certa forma, esta tese comecou em casa. Escrevé-la é contar um pouco a histéria de meus pais ¢ a minha propria. Por isso, e por muito mais, agradego ao meu pai, Arivaldo de Brito Fontes, 4 minha mie, Maria de Lourdes Ribeiro Fontes e aos meus irmaos, Carlos, Denise Déborah. E praticamente impossivel agradecer 4 Angela. Seu apoio, compreensio, carinho ¢ amor foram inestimaveis e, sem diivida, responsaveis por tudo de bom que acontece na minha vida, inclusive esta tese. Obrigado, Angie!!! Sumario Apresentagiio... 11 Classe ¢ comunidade ... 16 Formagio de classe .. 22 Origem rural, trabalhadores e politica .. 29 Fontes e capitulos ... 38 Capitulo 1 ‘Mala de papelao e patud nas costas” Migragées nordestinas nos anos 50 em Sao Paulo ... 45 “A febre da época’ ... 50 “Eu penei, mas aqui cheguei” ... 59 Migrantes e suas redes ... 65 Migragio e mercado de trabalho ... 75 “Baianos’ em Sao Paulo ... 84 Capitulo 2 ‘Terra de nordestinos’ Migracao, urbanizacio e trabalho fabril em Sao Miguel Paulista ... 101 “So Miguel, o Nordeste em Sao Paulo’... 105 Bergo dos nordestinos ... 124 Uma fabrica explosiva ... 132 Capitulo 3 Cotidiano e sociabilidade operdria Moradia, lazer, criminalidade e religiao ... 157 Pensdes, casa propria e mutirdo ... 159 Futebol, cinema, bailes e bares ... 169 “Onde o crime faz morada’ ... 195 Trabalhadores e a Igreja .. 201 Capitulo 4 Uma comunidade operaria Identidades e diversidades em S40 Miguel Paulista ... 217 “Sao Miguel era tudo mato’: caréneias urbanas ¢ ‘progresso’ ... 219 Migrantes, ‘elite’ e ‘mistura’ ... 235 “Todo mundo conhecia todo mundo’ ... 247 Uma identidade nordestina ... 250 Capitulo § ‘Direito de fazer politica’ Partidos e liderangas politicas em Sao Miguel Paulista ... 267 *O orgulho do PCB? ... 269 A era da repressio ... 287 Ademarismo e janismo em Sao Miguel ... 302 Aurelino e Tareflio ... 324 Capitulo 6 Trabalhadores e 0 bairro Movimentos sociais e a luta pela autonomia em Sao Miguel Paulista ... Amigos do bairro ... 337 “Bairro ou cidade?”: as lutas pela autonomia ... 348 O golpe de 64 ¢ as demissdes de 66 ... 363 Consideragées finais ... 381 Fontes ... 389 Bibliografia ... 397 335 APRESENTACAO 13 A partir dos anos 1940, So Paulo foi palco de uma extraordindria expanstio urbana ¢ industrial, apenas comparavel a poucas cidades em ambito mundial. Esse processo de acelerado desenvolvimento econémico colocou imimeros desafios aos trabalhadores, tanto no campo da produgio quanto no das condigdes de vida de modo geral. Emergiram e se agudizaram problemas relacionados & especulagto imobilidria e infra-estrutura urbana de maneira geral (transportes, saneamento, pavimentago, equipamentos de educag%o e satide, etc.), além de importantes modificagdes no mercado de trabalho relacionadas & aceleraglio da industrializagio ¢ maior diversificagaio do setor de servigos. Tais fenémenos interferiram diretamente na vida dos trabalhadores, provocando, entre outros aspectos, grande mobilidade geogréfica, carestia, competig20, divistes e divergéncias intemas & classe operdria. Um intenso processo de migragiio de trabalhadores das zonas rurais (particularmente do interior dos estados de Sao Paulo, Minas Gerais e do Nordeste) alterou profundamente a composigio social da classe operiria, resultando em mudangas politicas e culturais fundamentais No plano politico, o periodo de 1945 a 1964 foi marcado por novos padrées de relacionamento entre trabalhadores e Estado, caracterizados via de regra pelo conceito de populismo, estabelecendo-se relagdes especificas de conflitos reciprocidades em um sistema dinamico de aliancas ¢ disputas entre esses atores sociais.' No contexto paulistano, tal fenémeno traduziu-se ndo apenas no trabalhismo getulista, mas também pela emergéncia de forcas politicas ligadas as figuras de Ademar de Barros e Janio Quadros. Além disso, a esquerda comunista, mesmo na clandestinidade durante a maior parte do tempo, manteve-se ativa ¢ relativamente forte em varias conjunturas deste periodo. ' Hé uma grande ¢ diversificada bibliografia sobre 0 populismo. Para uma anilise de algumas das principais abordagens sobre o assunto, incluindo perspectivas que criticam a utilizacao deste conceito, ver Francisco Weffort. O opulismo na politica brasileira, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980; John French. © ABC dos operérios: conflitos e aliancas de classe em Sdo Paulo, 1900-1950. Sao Paulo-Hucitec/Sio Caetano do Sul-Prefeitura Municipal de Sao Caetano do Sul, 1995 e Jorge Ferreira (org.). O populismo e sua historia. debate e critica. Rio de Janeiro, Civilizagao Brasileira, 2001. 4 Os trabalhadores expressaram e confrontaram os desafios desta era por meio de uma série de estratégias. Suas redes sociais, baseadas no mais das vezes em relagées informais entre familiares, amigos, conterréneos e membros da comunidade, foram fundamentais nao apenas para © proceso de migrac&o das zonas rurais para a cidade, que grande parte deles vivenciou, mas também para o enfrentamento das dificuldades da vida urbana e dos dilemas do mundo do trabalho, Tais redes e relagdes informais também estavam na base de uma verdadeira ‘onda associativa’ ¢ de boa parte da ado politica experimentada pelas classes populares em Sao Paulo naquele periodo. Os sindicatos foram um dos eixos da forte associatividade dos trabalhadores, mas o fenémeno nao ficou restrito a eles, nem exclusivamente ao embate entre operirios industriais. Ao contrario, associagdes de bairro, recreativas, educacionais, beneficentes, étnicas, mutualistas, cooperativistas, religiosas ¢ artistico-culturais formaram uma gama complexa ¢ heterogénea de organizagdes que claramente expressavam 0 processo formativo de uma classe muitifacetada, com diferentes valores comunitirios. No entanto, apesar da diversidade de associagdes, & possivel encontrar espacos de articulagao ¢ interag3o entre muitas destas organizagdes, particularmente em momentos criticos como greves e protestos.? Esta tese analisa este processo a partir do estudo do bairro paulistano de Sao Miguel Paulista. Esta localidade pareceu-me um caso particularmente interessante para perceber as intricadas relagdes entre industrializagto, urbanizaglo, migragio e formacio de classe no contexto brasileiro entre os anos 40 e 60. Pequeno ¢ isolado vilarejo nas cercanias de Sao Paulo, o bairro teve sua face radicalmente alterada quando, no final da década de 30, ali se instalou a Nitro Quimica, grande fabrica de > Um exemplo particularmente interessante pode ser encontrado na ‘greve dos 400 mil’ em 1957, quando varies sociedades de amigos de bairro e comunitirias deram apoio ao movimento. Cf. Paulo Fontes. “ ‘Centenas de estopins ‘acesos ao mesmo tempo’. A greve dos 400 mil, piquetes a organiza¢do dos trabalhadores em So Paulo (1957)” in Alexandre Fortes et all. Na luda por direitos. Estudos recentes em histéria social do trabalho. Campinas, Edunicamp, 1999, 15 fibras artificiais e produtos quimicos. Nos anos seguintes, a indtistria se tornaria uma das maiores do pais e teria influéncia decisiva no desenvolvimento e na vida social de Séo Miguel. A maioria dos trabalhadores da Nitro Quimica era composta de migrantes rurais, em particular nordestinos, que foram morar nas imediagdes da fabrica e nas diversas vilas erguidas em Si Miguel. Um vigoroso processo de loteamento urbano transformou o bairro em um dos distritos de maior crescimento e um dos mais acabados exemplos da expansdo periférica em Si0 Paulo. A forte presenga de migrantes tornou-se uma das marcas caracteristicas da regiio e Sto Miguel ficaria conhecido como um dos primeiros redutos de nordestinos da cidade. ‘A Nitro Quimica desenvolveu, ao longo dos anos 40 ¢ 50, um especifico sistema de gesttio de sua mao-de-obra que misturava patemnalismo, nacionalismo ¢ um extenso sistema de beneficios. Tal modelo partilhava elementos presentes na ideologia corporativa e no ideirio nacional-desenvolvimentista do Estado naquele periodo. Mas, ao mesmo tempo, nao prescindia de um forte esquema de controle represstio a qualquer contestaco operdria, freqiientemente contando com 0 apoio direto do aparato policial do Estado. Apesar disso, os trabalhadores em Sto Miguel Paulista desenvolveram um forte senso de identidade comunitaria e classista. Em diversos momentos, uma cultura militante aflorou e mobilizou os operarios e operdrias em tomo do Sindicato dos Quimicos ¢ de diversas outras organizagdes locais. As péssimas condigdes de infra-estrutura urbana do bairro conflitaram com muitas das expectativas dos préprios trabalhadores e criaram espaco para a atuagio de vérias correntes politicos que procuram relacionar-se com este novo contingente de trabalhadores. Se em um primeiro momento, o Partido Comunista do Brasil foi bastante bem sucedido neste sentido, 0 final dos anos 40 e a década de 50 veriam emergir 0 ademarismo e o janismo, que dominaram a vida politica do bairro naqueles anos. ‘Além disso, 0 peso majoritério da mao-de-obra nordestina, em sucessivas levas de migragao 20 longo de quase cingilenta anos para So Miguel Paulista constitui um importante

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