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Religamento Tripolar: Comparação de Métodos de

Redução de Sobretensões
P. Mestas, M.C. Tavares

chaveamento pode ser conseguida através da utilização de um


Resumo -- A manobra de religamento tripolar de linhas de para-raio adicional no meio da linha [5], [6].
transmissão pode causar sobretensões elevadas não somente ao Outro método para reduzir as sobretensões durante o
longo da linha de transmissão como também nos equipamentos religamento é o chaveamento controlado. Este método
conectados. O presente trabalho propõe um novo método para o consiste em controlar o instante de abertura ou fechamento
controle de sobretensões durante a manobra de religamento de dos pólos do disjuntor, pois os surtos originados por manobras
linhas de transmissão com compensação reativa em derivação.
são dependentes das tensões no instante do seu fechamento, e
Este método é comparado com um método de chaveamento
controlado existente e com o resistor de pré-inserção. É realizada são consideravelmente reduzidos se estas tensões forem
uma análise num sistema de transmissão real de 500 kV, próximas de zero. Experiências positivas de campo têm sido
considerando carga residual na linha e os efeitos de diferentes obtidas durante os últimos anos com equipamentos de
níveis de compensação. As simulações digitais foram feitas sincronização usados para controlar manobras de bancos de
usando o programa PSCAD/EMTDC. capacitores e reatores em derivação em sistemas de alta tensão
[1]- [7].
Palavras Chave -- Chaveamento controlado, Sobretensões de O objetivo do presente trabalho é propor um novo método
manobra, Religamento trifásico, Linhas de transmissão, de chaveamento controlado para linhas de transmissão com
Transitórios eletromagnéticos. compensação em derivação visando a redução de sobretensões
ocasionadas pelo religamento tripolar rápido. O desempenho
I. INTRODUÇÃO do método proposto é comparado com um método de

E m um sistema de transmissão os níveis elevados de chaveamento controlado existente [8]-[9] e com o resistor de
sobretensões originados por fenômenos transitórios pré-inserção.
devem ser controlados para se tornar compatíveis com Nas seguintes seções o fenômeno de sobretensões
os níveis de isolamento dos equipamentos do sistema. Nas transitórias durante o religamento de linhas com compensação
linhas de transmissão longas os surtos de chaveamento mais em derivação é revisto. Posteriormente o artigo descreve o
severos são os resultantes de faltas seguidas de religamento método proposto e apresenta resultados de simulações em um
trifásico rápido com carga residual na linha. Por esta razão é sistema de transmissão real de 500 kV, comparando os três
necessário encontrar soluções mais eficazes, a fim de reduzir métodos.
os efeitos nocivos das sobretensões nos sistemas de
transmissão. II. SISTEMA ANALISADO
Atualmente, de maneira geral, para o controle de O sistema analisado é baseado em um sistema de
sobretensões durante a manobra de religamento tripolar de transmissão real de 500 kV de 1052 km. Foram utilizados
linhas de transmissão, utiliza-se o resistor de pré-inserção nos pára-raios de óxido metálico de tensão nominal de 420 kV,
disjuntores. Este embora seja um método efetivo, apresenta instalados nos terminais dos trechos de linha (Fig. 1). O fator
baixa confiabilidade, além do alto custo agregado à fabricação de qualidade dos reatores dos reatores de linha e barra é de
e à manutenção dos disjuntores [1]-[4]. 400 e dos reatores de neutro é de 40.
Uma alternativa ao uso do resistor de pré-inserção é a
instalação de pára-raios de óxido metálico com menor nível de
proteção e uma maior capacidade de dissipação de energia nos
dois terminais. Uma redução adicional de sobretensões de

Este trabalho teve o suporte financeiro da CAPES. Os autores agradecem


também o suporte financeiro recebido da FAPESP e do CNPq.
P. Mestas cursa o doutorado na Faculdade de Engenharia Elétrica e
Computação (FEEC), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
Campinas, São Paulo, Brasil (e-mail: pmestasv@dsce.fee.unicamp.br).
M. C. Tavares é professora Associada da Faculdade de Engenharia Elétrica e Fig. 1. Sistema de Transmissão de 500 kV
Computação (FEEC), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
Campinas, São Paulo, Brasil (e-mail: cristina@dsce.fee.unicamp.br). A modelagem e simulação do sistema em estudo foram
realizadas no PSCAD/EMTDC (Power System Computer
Apresentado no Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos (SBSE 2010), 18-
Aided Design) [10]. Os parâmetros de linha foram calculados
21 de Maio de 2010, Belém – Pará.
para freqüência fundamental (60 Hz) e são apresentados na
Tabela I. A linha foi considerada idealmente transposta e a A. Religamento trifásico de linhas sem compensação reativa
dependência dos parâmetros longitudinais com a freqüência em derivação
foi modelada utilizando o Modelo de Fases de linha de As operações de religamento de linhas de transmissão são
transmissão [11]. normalmente realizadas com carga residual na linha e as
TABELA 1 características de carga residual dependem do grau de
PARÂMETROS DE LINHA – 60 HZ
compensação em derivação da linha de transmissão. A tensão
Longitudinal Transversal
Componentes residual na linha determina a forma de onda de tensão entre os
(Ώ/km) (µS/km)
contatos do disjuntor. No caso de linhas sem compensação a
Não homopolar 0,0161 + j 0,2734 j 6,0458
forma de onda é aproximada à função 1 − cos(Ωt ) [6]. A
Homopolar 0,4352 + j 1,4423 j 3,5237
otimização do religamento trifásico deste tipo de linha
Para considerar os efeitos da compensação em derivação, o consiste em fechar o disjuntor no vales/picos da onda de
estudo analisou as seguintes seções da linha: tensão, ou seja, quando a tensão está mais próxima de zero
i) Segmento final da linha que corresponde a um (Fig. 2).
comprimento de 252 km em direção da barra B4 a B5
incluindo os dois reatores em derivação (90 % de 1.0k
VA VB VC

compensação). A linha é chaveada utilizando o disjuntor 0.8k

CB7. 0.5k

ii) Segundo segmento da linha que corresponde a um 0.3k

comprimento de 320 km em direção da barra B2 a B3 com 0.0

(kV)
os dois reatores conectados (70 % de compensação). A -0.3k

linha é chaveada utilizando o disjuntor CB3. -0.5k


-0.8k
iii) O mesmo segmento final de 252 km entre a barra B4 e B5
-1.0k
considerado em i), mas desta vez só com um um reator em 0.550 0.600 0.650 0.700 0.750 0.800 0.850 0.900
derivação conectado (50 % derivação), sendo chaveando o
mesmo disjuntor CB7. Fig. 2. Forma de onda da tensão entre os contatos do disjuntor - LT sem
compensação reativa em derivação.
III. RELIGAMENTO TRIFÁSICO
O religamento de linhas de transmissão ocorre após uma B. Religamento trifásico de linhas com compensação reativa
seqüência de eventos, tais como ocorrência da falta, abertura em derivação
da linha para eliminar o curto-circuito e religamento. Após a Quando a linha é compensada com reatores em derivação,
ocorrência de uma falta na linha de transmissão, a proteção irá o grau de compensação tem um efeito importante na forma de
proceder à abertura tripolar, ou seja, das três fases da linha, onda de tensão entre os pólos do disjuntor. Devido ao circuito
isolando o trecho sob falta. Como a grande maioria das faltas formado entre a admitância transversal da linha e a indutância
que atinge as linhas de transmissão não é permanente, após dos reatores em derivação, a tensão entre os pólos do disjuntor
um tempo pré-definido a proteção irá religar o trecho de linha assume forma oscilatória (batimento) com composição entre a
aberto para garantir a continuidade do fornecimento de freqüência fundamental do sistema de um lado do contato do
energia. disjuntor com a freqüência natural da linha e equipamentos de
Quando um disjuntor opera na função de abrir uma linha, a compensação do outro lado do contato do disjuntor [6]-[9].
corrente da linha é interrompida ao passar pelo zero e, quando O período do batimento depende do grau de compensação
isto ocorre, a tensão na linha estará passando pelo seu valor da linha. Três exemplos são apresentados: Tensão entre os
máximo deixando uma carga residual na linha, que não é igual contatos do disjuntor para uma linha altamente compensada
nas três fases. A fase que primeiro interrompe a corrente pode (Fig. 3a), medianamente compensada (Fig. 3b) e para uma
chegar a ter uma tensão de até 1,3 p.u. e, a menos que esta linha pouco compensada (Fig. 3c).
carga seja drenada por um transformador, um reator, ou uma A perda da carga do trecho de linha em vazio produz um
carga, a linha permanecerá carregada por muito tempo. amortecimento na amplitude da tensão no decorrer do tempo
Se a linha for religada antes da carga residual ter sido sendo a descarga função do fator de qualidade do reator.
drenada e os contatos do disjuntor fecharem quando a tensão Como resultado a amplitude do batimento entre os contatos do
do sistema estiver com polaridade oposta à da linha, a disjuntor tende a diminuir, mas a amplitude da região de
sobretensão transitória será elevada. O decaimento da carga de mínimo do batimento aumenta com o tempo. Em função
uma linha em vazio, quando não existirem equipamentos destas condições, a região ótima nas ondas de tensão entre os
conectados a terra, é muito lento, sendo governado pelas pólos do disjuntor para religar o disjuntor corresponde aos
condições climáticas e ocorrendo através do escoamento da primeiros intervalos de menor amplitude do batimento da
carga pela cadeia de isoladores. Desta forma, a linha mantém- tensão, conforme ilustra a Fig.3, onde encontram-se
se carregada com praticamente sua tensão máxima por um destacadas as primeiras regiões de mínimo do batimento [12].
longo período após a interrupção da corrente, sendo este Para linhas pouco compensadas, o tempo morto para
tempo da ordem de 2 a 5 minutos para a descarga total da atuação da proteção deve ser levado em consideração.
linha podendo atingir 15 minutos em condições muito secas Asumindo um tempo morto de 12 ciclos da freqüência
[7]. fundamental para a atuação da proteção, a região ótima para
religamento trifásico corresponde ao mínimo de segundo compensadas a forma da onda da tensão é mais complexa
batimento (Fig. 3b) e ao mínimo do quarto batimento (Fig. (Fig. 3c), podendo acontecer que algumas passagens por zero
3c). sejam omitidas. Neste caso, utilizando o método existente, a
conseqüência é que no intervalo de tempo disponível para
VA VB VC
aquisição de dados a periodicidade dos zeros da tensão pode
800
não ser encontrada como é desejado.
600
Este problema foi superado com o método proposto. A
400
solução foi não utilizar o cruzamento por zero da tensão como
200
referência, mas sim a forma de onda de tensão entre os
0
(kV)

-200
contatos do disjuntor. O sinal tratado digitalmente é mais
-400
simples de manipular e a região ótima para religamento pode
-600
ser encontrada rapidamente.
-800
(s) 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00 V. MÉTODO PROPOSTO
A estratégia do método proposto [13] é atrasar
a) LT com 90 % de compensação reativa em derivação. apropriadamente os comandos de fechamento dos pólos do
disjuntor para que este ocorra no primeiro mínimo do
VA VB VC
1.0k batimento da tensão, após o tempo morto da proteção. Este
0.8k
0.6k
método é baseado na forma de onda de tensão entre os
0.4k contatos do disjuntor, independente do cruzamento por zero da
0.2k
tensão.
0.0
(kV)

-0.2k
A tensão de um sistema de potência é monitorada
-0.4k constantemente por transformadores de potencial (TPs). Para
-0.6k
-0.8k
efeitos de simulação trabalha-se com a tensão real do sistema,
-1.0k mas no caso de implementação do algoritmo desenvolvido nos
(s) 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50 equipamentos de proteção serão utilizadas grandezas
reduzidas transformadas pelos TPs. Por outro lado, mesmo
b) LT com 70 % de compensação reativa em derivação sendo o sistema trifásico, o algoritmo necessita da tensão
somente de uma das fases, a qual emitirá o sinal para operar o
1.0k
VA VB VC
religamento das três fases (Fig 4).
0.8k Primeiramente, se mede a tensão no lado do sistema e a
0.5k tensão no lado da linha. Assim a forma de onda tensão entre
0.3k os terminais do disjuntor aberto pode ser obtida. Em seguida
0.0
este sinal de tensão será tratado logicamente para obter a
(kV)

-0.3k
duração do primeiro semiciclo (Fig 5). Finalmente o valor
-0.5k
deste semiciclo será duplicado obtendo-se a duração do
-0.8k
período do batimento (Fig 6).
-1.0k
0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50
Logo após a abertura dos contatos do disjuntor, o relé deve
ajustar o tempo do religamento para um valor muito elevado.
c) LT com 50 % de compensação reativa em derivação No instante em que o sinal lógico da identificação do
Fig. 3. Forma de onda entre os contatos do disjuntor. semiciclo for concluído uma ordem é fornecida para que o
tempo do religamento seja substituído pelo período do
IV. MÉTODO EXISTENTE batimento identificado.
O método se adapta a qualquer grau de compensação em
O método existente descrito em [8]-[9] identifica a derivação. Para as linhas altamente compensadas, o disjuntor
primeira região de amplitude mínima e envia uma ordem para irá fechar no primeiro mínimo do batimento e para linhas
o disjuntor fechar na próxima região semelhante. pouco compensadas o tempo de religamento depende do
Três condições devem ser atendidas para identificar a tempo morto de atuação da proteção, sendo sua identificação
região de mínimo batimento: o cruzamento por zero do sinal um procedimento automático.
da tensão do lado da fonte e do lado da linha deve ocorrer ao A identificação do instante ótimo do fechamento é obtida
mesmo tempo, as derivadas dos dois sinais devem ter a mesma com vários ciclos de freqüência fundamental de antecedência,
polaridade e a amplitude destes sinais deve ser a mesma. possibilitando assim um ajuste adicional, se necessário, devido
Assim o fechamento dos pólos somente irá ocorrer após a à dispersão dos pólos e à característica dielétrica do disjuntor.
primeira região de amplitude mínima, o que implica em um Devido à grande redução de sobretensões não é necessário
tempo maior da linha fora de serviço. Por outro lado a procurar o cruzamento por zero da tensão. Como a detecção
sobretensão é maior quando o fechamento ocorre para as do instante ótimo de fechamento é muito rápida, este
regiões de amplitude mínima subseqüentes. procedimento permite ter uma margem grande de tempo para
Outro fator a considerar é que para linhas pouco operar o disjuntor.
VA
As seguintes situações foram simuladas:
800
i) Nenhum método para limitar sobretensões.
600
ii) Utilizando o método proposto de chaveamento controlado.
400
200
iii) Utilizando o método existente de chaveamento controlado.
0
iv) Utilizando resistor de pré-inserção.
(kV)

-200 Serão apresentados os resultados gráficos das simulações


-400 de linhas de transmissão com 90 % de compensação. Os
-600 resultados das simulações da linha com 70 e 50 % de
-800 compensação são apresentados na Tabela II.
(s) 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40
No primeiro caso nenhum método para limitar
sobretensões é usado, ou seja, são utilizados somente pára-
Fig. 4. Forma de onda entre os contatos do disjuntor (Fase A).
raios com tensão nominal de 420 kV localizados nos terminais
V6 da linha. O tempo morto considerado foi 550 ms (os valores
2.0
típicos para linhas de transmissão de 500 kV em Brasil estão
1.0
na faixa de 500 a 1100 ms).
Utilizando o método proposto, o disjuntor é fechado, no
0.0 primeiro (Fig. 7a), segundo e quarto mínimo do batimento
entre os contatos do disjuntor para linhas com 90, 70 e 50 %
-1.0 de compensação em derivação, respectivamente. A tensão no
terminal receptor para o religamento da linha com 90 % de
-2.0 compensação pode se observar na Fig. 7b.
(s) 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40

VA VB VC
800
Fig. 5. Identificação da duração do meio período.
600
400

VA 200
800
0
(kV)

600
-200
400 -400
200 -600

0 -800
(kV)

-200 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50

-400
-600 a) Diferença de potencial entre os contatos do disjuntor.
-800
(s) 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 FASE A FASE B FASE C
800

600

Fig. 6. Identificação do instante ótimo para o religamento do disjuntor. 400

200

VI. RESISTOR DE PRÉ-INSERÇÃO 0


(kV)

O método tradicional para limitar sobretensões de


-200

-400
chaveamento nas manobras de fechamento e religamento de -600
linhas de transmissão de extra-alta tensão é utilizar disjuntores -800
equipados com resistores de pré-inserção. Esta é ainda uma (s) 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50

prática comum no Brasil onde quase todas as linhas de


transmissão novas têm este tipo de disjuntor especificado. b) Tensão no terminal receptor.
Os resistores de fechamento são introduzidos em série com Fig 7. Religamento tripolar utilizando o método proposto – Linha com 90 %
a linha, os quais normalmente são curto-circuitados após 8 a de compensação.
10 ms, desse modo mitigam as sobretensões transitórias. No
caso em estudo, um resistor de 400-Ω (existente em campo) Utilizando o método existente para controle de
com um tempo de inserção de 8 ms, foi instalado. Foi testado sobretensões no religamento tripolar o disjuntor deve ser
também outro resistor com valor mais próximo ao da fechado no cruzamento por zero do segundo (Fig. 8a), terceiro
impedância de surto da linha, os resultados foram semelhantes e quinto mínimo do batimento da tensão entre os pólos
aos obtidos como o resistor existente em campo [12]. disjuntor para linhas com 90, 70 e 50 % de compensação em
derivação, respectivamente. Este instante para o religamento é
VII. ANÁLISE COMPARATIVA ideal, na realidade o método pode apresentar dificuldade para
encontrar a exata periodicidade do batimento.
O método proposto é avaliado mediante simulações Para linhas com 90 % de compensação a sobretensão no
digitais do religamento de linhas de transmissão tomando em terminal da linha é mostrada na Fig. 8b.
conta a carga residual na linha e os efeitos da compensação
em derivação.
VA VB VC
distância ao longo da linha, desde o terminal junto à geração
800
(0 %) até o terminal receptor (100 %). A sobretensão do
600
400
método proposto é ligeramente menor que a do método
200 existente, mas a diferença encontrada com o resistor de pré-
0 inserção é significativa.
(kV)

-200 A Tabela II resume os resultados das simulações


-400
incluindo os tempos de religamento. Pode-se observar que
-600
-800
utilizando o método proposto as sobretensões são ligeiramente
0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50 menores do que para o método existente, mas apresenta
grande vantagem devido à redução do tempo de religamento.
a) Diferença de potencial entre os contatos do disjuntor. Deve se considerar que o método existente foi modelado
idealmente e os resultados apresentados são otimistas se
comparados com os apresentados em [8-Parte II] (Em torno de
FASE A FASE B FASE C
800

600
800 ms em lugar de 297 ms como apresentado na Tabela II)
400

200

0
(kV)

-200

-400

-600

-800
(s) 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50

b) Tensão no terminal receptor.


Fig.8. Religamento tripolar utilizando o método existente – Linha com 90 %
de compensação.
O último caso reproduz o uso do resistor de pré-inserção
com pára-raios Ur. 420 kV localizados nos terminais da linha.
O disjuntor foi fechado logo após um tempo morto de 550 ms
(Fig. 9a). A sobretensão no final da linha é apresentada na
Fig. 9b. a) 90 % compensação.
VA VB VC
800
600
400
200
0
(kV)

-200
-400
-600
-800
0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50

a) Diferença de potencial entre os contatos do disjuntor.

PHASE A PHASE B PHASE C


800
b) 70 % compensação
600

400

200

0
(kV)

-200

-400

-600

-800
(s) 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30 1.40 1.50

b) Tensão no terminal receptor.


Fig. 9. Religamento tripolar utilizando o resistor de pré-inserção – Linha com
90 % de compensação.
A Fig. 10 a, b e c apresenta o perfil de sobretensão para os
três casos analisados (três níveis de compensação) incluindo o c) 50 % compensação
método proposto bem como as alternativas analisadas
Fig.10. Perfis de sobretensões ao longo da linha
anteriormente. As sobretensões foram medidas em função da
TABELA II
SOBRETENSÕES NO TERMINAL RECEPTOR DA LINHA DE TRANSMISSÃO
90 % de compensação 70 % de compensação 50 % de compensação
Tensão no Tempo de Tensão no Tempo de Tensão no Tempo de
terminal da linha religamento terminal da linha religamento terminal da linha religamento
(pu) (ms) (pu) (ms) (pu) (ms)
Sem controle de sobretensões 1.81 550 1.94 500 1.91 500
Método proposto 1.24 360 1.15 230 1.59 239
Método existente 1.25 740 1.28 350 1.61 297
Resistor de pré-inserção 1.54 550 1.42 500 1.85 500

VIII. CONCLUSÕES
[6] A.C. Carvalho, M. Lacorte, O. Knudsen O, “Improved EHV Line
Um método novo para religamento tripolar controlado de Switching Surge Control by Application of MO-arrester and Controlled
linhas de transmissão foi proposto e avaliado por meio de Switching”, International Conference on Energy Management and
Power Delivery, Proceedings of EMPD’95, 1995.
simulações digitais utilizando PSCAD / EMTDC.
[7] H. Ito, “Current Status and Future Trend of Controlled Switching
As simulações demonstram a eficiência do método System”, Mitsubishi Electric Advance, Março 2007.
proposto para reduzir as sobretensões de advindas do [8] K. Froehlich, A.C. Carvalho, B.L. Avent, C. Hoelzl, W. Hofbauer, D.F.
religamento tripolar rápido otimizando o tempo morto e Peelo, M. Stanek, P. Hoegg, J.H. Sawada, “Controlled closing on shunt
reactor compensated transmission lines - Part I: Closing Control Device
reduzindo o tempo de interrupção do fornecimento de energia.
Development. Part II: Application of Closing Control Device for High-
O procedimento apresenta maior confiabilidade na Speed Autoreclosing on BC Hydro 500 kV Transmission Line”, IEEE
determinação do primeiro mínimo do batimento de tensão, Transactions on Power Delivery, Vol. 12, No. 2, pp. 734 -746, Abril
independente do cruzamento por zero da tensão. Este método 1997.
[9] K. Dantas, W. L. Neves, D. Fernandes., G.. Cardoso, L. Fonseca
permite também ter uma ampla margem de tempo para operar
“Mitigation of switching overvoltages in transmission lines via
o disjuntor já que a detecção do mínimo do batimento ocorre controlled switching”. In: Power and Energy Society General Meeting -
com vários ciclos da freqüência fundamental de antecedência. Conversion and Delivery of Electrical Energy in the 21st Century, 2008
Por exemplo, o método proposto permite considerar a [10] PSCAD®/EMTDCTM vs 4.2.1 User’Guide, Manitoba HVDC Research
Centre, Agosto 2006.
dispersão e a característica dielétrica dos pólos do disjuntor
[11] J. Marti, “Accurate Modeling of Frequency Dependent Transmission
durante o religamento trifásico. Lines in Electromagnetic Transients Simulation”, IEEE Transactions on
A utilização do religamento tripolar controlado adaptativo Power Apparatus and Systems, PAS-101, #1, pp. 147-155, Jan. 1982.
elimina a necessidade do resistor de pré-inserção, reduzindo [12] P. Mestas, “Análise comparativa de técnicas de controle de sobretensões
transitórias durante a energização e religamento de linhas de
os custos dos disjuntores da linha de transmissão. Como
transmissão”, Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de
conseqüência o religamento controlado pode proporcionar um Campinas, Campinas, SP, Brasil, Julho 2007.
aumento da vida útil dos equipamentos e a melhoria da [13] M. C. Tavares, P. Mestas, “Método para religamento tripolar rápido em
qualidade no fornecimento da energia. linhas de transmissão com compensação reativa em derivação” Instituto
Nacional de Propriedade Industrial INPI. Depósito Patente 13.10.08 –
PI0804330-2, Brasil, Outubro, 2008.
IX. REFERÊNCIAS
[1] A. C. Legate, J. H. Brunke, J. J. Ray, and E. J. Yasuda, “Elimination of X. BIOGRAFIAS
closing resistors on EHV circuit breakers”, IEEE Transactions on Power
Delivery, vol. 3, no. 1, pp. 223.231, Janeiro 1988. Patrícia Mestas: Engenheira Mecânico-Eletricista pela Universidade
[2] J. R. Ribeiro and M. E. McCallum, “An application of metal oxide Nacional San Agustín de Arequipa (UNSA) Peru, M.Sc (2007) pela
surge arresters in the elimination of need for closing resistors in EHV Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Brazil. Trabalhou na
breakers”, IEEE Transactions on Power Delivery, vol. 4, no. 1, pp. 282. elaboração de projetos, montagem e manutenção de linhas de transmissão.
291, Janeiro 1989. Atualmente cursa doutorado em Engenharia Elétrica na UNICAMP. Suas
[3] P. C. V. Esmeraldo, J. Amon, F. M. Salgado Carvalho, A. C. C. áreas de interesse são transitórios eletromagnéticos, linhas de transmissão e
Carvalho, S. A. Morais, “Circuit-breaker requirements for alternative simulações computacionais do tipo EMTP, EMTDC.
configurations of a 500 kV transmission system”, IEEE Transactions on Maria C. Tavares: Engenheira eletricista (1984) pela UFRJ –
Power Delivery, Vol. 14, No. 1, Janeiro 1999 Universidade de Rio de Janeiro, M.Sc (1991) pela COPPE/UFRJ, D.Sc.(1998)
[4] Paulo C. Fernandez, Paulo C. V. Esmeraldo, Jorge Amon Filho, Cesar pela UNICAMP. Trabalhou em firmas de consultoria em engenharia elétrica
Ribeiro Zani. Use of controlled switching systems in power system to com análise de sistemas de potência, HVDC, desenvolvimento de modelos
mitigate switching transients trends and benefits – Brazilian experience. para o EMTP e planejamento de transmissão elétrica. Atualmente é professora
IEEE PES Transmission & Distribution Conference & Exposition: Latin Associada na Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da
America, 2004. Universidade Estadual de Campinas. Suas áreas de interesse são transitórios
[5] L. Stenstrom, M. Mobedjina, “Limitation of switching overvoltages by eletromagnéticos em sistemas de potência, transmissão a longa distância e
use of transmission line surge arresters” In: CIGRE 1998 sc 33 aplicações computacionais para a análise de transitórios em sistemas de
International Conference, Zagreb, 1998. potência.

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