Anda di halaman 1dari 7

Os 10 eleitos da Expovinis 2010

Por Marcelo Copello* 30/04/2010

A Expovinis Brasil encerrou ontem em São Paulo sua 14ª edição, consolidando-se como a
maior feira de vinhos da América Latina. Este ano tivemos cerca de 15 mil visitantes, 300
expositores (cerca de 20% mais que ano passado), em um novo local, maior e mais
adequado, o Expo Center Norte, com 12 mil metros quadrados.

Desde a edição 2006 a Expovinis elege seus “Top Ten”. Este concurso testa 2 vinhos
enviados por cada expositor e elege os melhores em 10 categorias (veja abaixo). Em
2006 provamos 54 amostras, em 2007 foram 170, em 2008 157, em 2009 180 e este ano
166.

O certame contou com a coordenação José Ivan Santos e presidência do júri de Jorge
Lucki (que não participaram da degustação dos vinhos). O júri foi composto por 12
especialistas, quase os mesmos dos anos anteriores: Jorge Carrara (Folha de São
Paulo), José Maria Santana (revista Gosto), Marcio Oliveira (SBAV-MG), Roberto Gerosa
(Portal IG e Blog do Vinho), Manoel Beato (Fasano), Daniel Pinto (SBAV-SP), José Luiz
Pagliari (SBAV-SP), Gustavo de Paulo (presidente da ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-RJ),
Gerson Lopes (ABS-MG), Celito Guerra (Embrapa), e eu mesmo, Marcelo Copello, do site
Mar de Vinho (www.mardevinho.com.br).

As provas aconteceram no fim de semana que antecedeu a feira. Provamos, a partir das
10 da manhã, 86 vinhos no sábado e 80 no domingo. Como no ano passado cada jurado
votou diretamente em um computador (sem debater sua opinião com outros jurados)
dando notas até 100 pontos a cada vinho. Além disso, cada jurado escolheu para cada
categoria seus 3 prediletos, elegendo seu 1º lugar, 2º lugar e 3º lugar. O critério para
eleger o campeão foi a nota média do grupo. Em caso de empate técnico (médias com
menos de 2 décimos de diferença) o desempate foi feito atribuindo pontos aos prediletos
dos jurados (3 pontos para 1º lugar, 2 pontos para o 2º lugar e 1 ponto para o 3º lugar). A
ordem de degustação dos vinhos foi aleatória.

Acompanhe a grande prova passo a passo e os comentários sobre os campeões:

Espumantes Brasileiros

Esta categoria contou com 24 concorrentes, quase todos do Rio Grande do Sul, com duas
amostras de Petrolina e uma única catarinense. O espumante vencedor é uma novidade,
o que mostra que a qualidade do produto nacional se dissemina e proporciona o
surgimento de novos rótulos de classe.

O eleito foi: Grand Legado Brut Champenoise, da empresa Wine Park (a antiga Maison
Forrestier). Este espumante com clara inspiração francesa, elaborado pelo método
clássico, com Chardonnay e Pinot noir, com longa permanência com suas borras, tinha
cor dourada e brilhante, com aromas de tostados, fruta bem, madura, baunilha, brioche,
paladar cremoso e de boa acidez. Minha nota: 86 Pontos.

Outros espumantes bem pontuados nesta categoria foram o Aurora Chardonnay Brut (que
foi meu 1º lugar) e o Miolo Millésime 2006.
Espumantes do Mundo

Esta categoria contou com apenas 6 concorrentes, entre eles um Champagne, um


Prosecco, um espumante argentino, um francês, um português e um italiano. Desta vez
quem levou o troféu (com méritos) não foi um Champagne, mas um grande nome da
velha bota:

O eleito foi: Ferrari Perle 2002, Trentino-Itália (importado pela Decanter. Dourado intenso,
perlage fina e abundante, com aromas de baunilha, fermento, frutas madura, paladar
encorpado e redondo. Minha nota: 91 Pontos.

A disputa foi acirrada e por pouco um espumante francês não leva o título. O blanquette
de limoux “Bulle de Blanquette no.1 2005”, do produtor “Sieur d’Arques”, foi meu 1º lugar
pessoal, com o Ferrari em 2º e o excelente português “Vértice Gouveio Bruto 2004”, da
Caves Trasmontanas, em 3º.

Sauvignon Blanc

Esta categoria contou com poucos concorrentes, 9, mas de um nível excepcional. Apesar
da concorrência o campeão desta categoria ganhou com boa margem, nada menos que 7
dos 12 jurados o apontaram como campeão.

O eleito foi: Sauvignon Blanc Yealands Estate 2009 (Nova Zelândia). Amarelo palha com
reflexos esverdeados. Aroma muito intenso de “gooseberry” (groselha branca), muito
típico dos Sauvignon Blancs da Nova Zelândia, aspargos, grama cortada, paladar com
boa textura e acidez excepcional, crocante. Este exemplar foi logo identificado como
sendo um neo-zelandês de qualidade e foi meu 1º lugar. Minha nota: 93 Pontos.

Outro que se destacou e recebeu meu 2º lugar foi o brasileiro Maestrale Integrus 2009, da
Sanjo de Santa Catarina.

Chardonnay

Esta categoria contou com 9 concorrentes e na minha opinião foi uma das mais fracas e
menos disputadas do ano. A amostra vencedora ganhou com boa margem, foi minha
escolhida como 1º lugar e foi minha maior nota, mas não passou de 84 pontos.

O eleito foi: Chardonnay Villaggio Grando 2008 (Santa Catarina, Brasil). Amarelo palha
claro e brilhante, aromas de ataque médio, lembrando frutas amarelas, banana, frutas
cristalizadas, florais, com paladar de leve a médio corpo. Bom vinho, mas faltou um pouco
de tipicidade de Chardonnay

Minha nota: 84 Pontos.

O 2º lugar na média dos jurados e na minha classificação pessoal foi outro vinho
brasileiro, o Chardonnay Cordilheira de Sant´Anna Reserva Especial 2008.

Branco de outras castas


Esta categoria agrega brancos do mundo todo (incluindo Brasil), que não sejam nem
Chardonnay nem Sauvignon Blanc. Como em anos anteriores haviam aqui muitas
amostras, 16 ao todo, entre Riesling, Viognier, Gewürztraminer, Loureiro, Verdelho,
Sémillon, Trebiano, Muscadet, Torrontés e Macabeo. Como em 3 dos 4 anos anteriores o
campeão foi um Riesling:

O eleito foi: Mesh Riesling 2007, Grosst-Hill Smith, Eden Valley-Australia (importado pela
KMM). Amarelo palha esverdeado, muito mineral e cítrico, com finesse. Paladar de bom
corpo, com textura cremosa, muito elegante e equilibrado. Minha nota: 88 Pontos.

Esta é a 3º vez que um Riesling autraliano vence, e nas 3 vezes do mesmo importador.
Parabéns a KMM!

Rosado

Esta categoria foi também concorrida, com 15 amostras, do Brasil, Chile, Portugal e
principalmente França. Assim como em outras categorias, a história aqui também se
repetiu e um rose da Provence levou o troféu pelo 4º ano consecutivo.

O eleito foi: Chateau de Pourcieux 2009, Provence-França (importado pela Cantu). Linda
cor entre salmão e cereja claro. Aroma de boa intensidade lembrando frutas vermelhas
frescas, framboesas, rosas. Paladar muito leve e elegante Minha nota: 86 Pontos.

Em minhas notas pessoais o vencedor seria o vinho que ganhou ano passado, o Cascaï
2009, Château Ferry Lacombe, também da Provence. Vale ressaltar que esta é a única
categoria onde um mesmo vinho venceu 3 vezes (Chateau de Pourcieux) e que uma
mesma região venceu 4 vezes. Isso prova a qualidade consistente dos vinhos da
Provence e a consistência do júri, que mostra que não elegeu estes vinhos às cegas por
acaso.

Tinto brasileiro

Esta categoria é sempre muito disputada, com muitos vinhos semelhantes (este ano
foram 30) que fazem com que a escolha seja difícil. Ao final de 3 baterias de 10 vinhos, de
onde selecionamos dois de cada etapa para uma finalíssima, um vinho sobressaiu e levou
a melhor com certa margem.

O eleito foi: Sesmarias 2008 – Miolo Wine Group (Brasil). Rubi violáceo escuro, perfil
moderno e elegante, com boa fruta, madeira bem casada, frescor, paladar de bom corpo,
sem excessos de extração, ótimo equilíbrio. Esta é a grande novidade da Miolo, que
provei ano passado em avant-première e que está chegando agora ao mercado como o
novo “top de linha” da empresa Minha nota: 88 Pontos.

Outros vinhos que se destacaram na avaliação dos jurados foram: Cabernet Sauvignon
Reserva 2009 (Don Candido), Salton 100 anos, Storia Merlot 2006 (Valduga).
Tinto Novo Mundo

Esta categoria contou com 19 amostras, todas do Chile e da Argentina. Este ano não
tivemos nenhum blockbuster australiano, vinhos que costumam arrebatar prêmios nesta
categoria.

O eleito foi: Morandé Grand Reserva Syrah 2005 – Morandé-Chile (importado por
Carvalhido) Rubi escuro com reflexos violáceos, nariz concentrado, vincado, mostrando
menta, geléias, especiarias e toque de verniz. Paladar encorpado, com taninos firmes,
acidez moderada, persistência média. Minha nota: 88 Pontos.

Pablo Morandé merece muitos prêmios, mas a amostra vencedora não levou meu voto.
Eu e outros 3 jurados votamos como 1º lugar no “Las Estrellas Carmenère”, que também
levou o voto de outros 5 jurados como 2º melhor.

Tinto Velho Mundo

Esta categoria contou este ano com quantidade e qualidade. Foram 30 amostras em um
nível médio bem alto. Dei mais de 90 pontos a vários vinhos.

Estavam representados Portugal (grande maioria), Espanha, Itália e França. Os


portugueses, mais uma vez levaram a melhor:

O eleito foi: Herdade do Esporão Touriga Nacional 2007 – Alentejo-Portugal (Qualimpor).


Rubi violáceo muito escuro, moderno, intenso no nariz, com fruta madura bem delineada
e elegante, violetas, madeira bem presente. Paladar encorpado, com taninos finíssimos,
final longo, equilibrado e elegante. Delicioso. Foi logo identificado como um Touriga
Nacional português.

Minha nota: 93 Pontos.

A amostra campeã foi a minha escolha pessoal como 1º lugar. Confesso que aqui a
decisão foi no photochart, pois outras amostras estavam também excepcionais. Gostei
muito, entre outros, do espanhol, Miros de Ribera Reserva 2001, da Bodegas Peñafiel,
que ficou apenas um ponto atrás do Esporão.

Fortificados e Doces

Esta categoria sempre arranca suspiros dos jurados. Costumam ser poucos vinhos aqui
(8 este ano), mas de alta qualidade.

Estavam representados: Portugal (um Madeira e quatro Portos), Chile e França. Nesta
briga de cachorro grande estavam um excepcional Porto Tawny 40 anos (Burmester) e um
finíssimo e raro Porto branco, o Quinta Santa Eufêmia Porto Branco 30 anos. No final
desta sacrificante peleja levou a melhor o Madeira.

O eleito foi: Madeira Justino’s Colheita 1995 – Justino Henriques (importado pela Porto a
Porto). Logo identificado às cegas como um Madeira, de cor âmbar, mostrando aromas
intensos, com uma complexidade fantástica, aliando perfil etéreo com frescor de mel,
melaço, resinas, doces e toques bem típicos que lembram querosene. Paladar muito doce
e extremamente longo. Minha nota: 95 Pontos.

Todos os vencedores da Expovinis

2006 – 54 amostras

Rosado – Santa Digna Cabernet Sauvignon Rose 2005, Miguel Torres, Penedés-Chile.

Branco Sauvignon Blanc – Sauvignon Blanc 2004, Hunter’s, Marlborough-Nova Zelândia.

Branco Chardonnay -Gimblett Gravels Chardonnay 1999, Trinity Hill, Hawkes Bay-Nova
Zelândia.

Branco outras castas -The Lodge Hill Riesling 2003, Jim Barry, Clare Valley-Austrália.

Espumantes do Mundo 1 – Cava Cuvée Raventós, Cordoníu, Penedés-Espanha.

Espumantes do Mundo 2 -Cava Reserva de la Família Brut Nature 2002, Juvé y Camps,
Penedés-Espanha.

Champanhe – Cuvée Spéciale Jean-Paul Gaultier NV, Piper-Heidsieck, Champagne-


França.

Tintos leves e brasileiros -Quinta do Sanguinhal 2000, Companhia Agrícola do


Sanguinhal, Óbidos-Portugal.

Tinto estilo Bordeaux 1 -Old Block Shiraz 2001, St.Hallett, Barossa Valley-Austrália.

Tinto estilo Bordeaux 2 -Leo d’Honor 2001, Casa Ermilinda de Freitas, Palmela-Portugal.

Tinto de maior estrutura -Vinha da Ponte 2003, Quinta do Crasto, Douro-Portugal.

2007 – 170 amostras

Espumantes do Mundo – Vértice Super Resera Bruto 2000, Caves Trasmontanas, Douro-
Portugal

Branco Sauvignon Blanc -Sauvignon Blanc 2006, William Cole, Casablanca-Chile

Branco Chardonnay – Chardonnay 2006, Villa Francione, São Joaquim-Brasil.

Branco outras castas – Esporão Private Selection 2006, Herdade do Esporão, Alentejo-
Portugal

Rosado -Château Pourcieux 2006, Provence-França

Tinto brasileiro – Desejo Merlot 2004, Salton, Bento Gonçalves-Brasil.

Tinto Bordeaux – Château Haut-Bacalan 2003, Michel Gonet, Bordeaux-França


Tinto Novo Mundo – The Octavius 2001, Yalumba, Barossa Valley-Australia

Tinto Velho Mundo – Vosne-Romanée 2003, Bouchard Pere & Fils, Borgonha-França

Fortificados e Doces – Château Doisy-Daene 2002, Sauternes-França

2008 – 157 amostras

Espumantes – Drappier La Grande Sendrée 2000, Champagne-França

Sauvignon Blanc – Casa del Bosque Reserva 2007, Casablanca-Chile


Chardonnay -Cordilheira de San’tana Reserva Especial 2005, Campanha Gaúcha-Brasil

Branco outras castas – Petaluma Hanlin Hill Riesling 2005, Clare Valley-Austrália

Rosés – Château de Pourcieux 2007, Provence-França

Tintos Nacionais – Rio Sol 2006, Vale do São Francisco-Brasil

Tintos Castas Bordalesas – Urano Cabernet Sauvignon 2006, Bodega Eral Bravo,
Mendoza-Argentina

Tintos Novo Mundo – Kilikanoon Covenant Shiraz 2004, Clare Valley-Austrália

Tintos Velho Mundo – Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo Grande Reserva 2005,
Douro-Portugal

Doces e Fortificados – Grandjó Late Harvest 2005, Real Companhia Velha, Douro-
Portugal

2009 – 180 amostras

Espumantes Brasileiros – Casa Valduga Gran Reserva Extra-brut 2002, Bento Gonçalves-
Brasil

Espumantes do Mundo – Champagne Pehu Simonet brut sélection grand cru nv,
Champagne-França (Vinália)

Branco Sauvignon Blanc – Ventisquero Queulat Gran Reserva 2008, Casablanca-Chile


(Cantú)

Branco Chardonnay – Morandé Terrarum Reserva 2007, Casablanca-Chile (Carvalhido)

Branco outras castas – Josmeyer Les Pierrets Riesling 2001, Alsace-França (Zahil)

Rosado – Cascaï 2008, Château Ferry Lacombe, Provence-França (Vins de Provence)

Tinto brasileiro - Salton Talento 2005, Tuyuti-RS-Brasil


Tinto Novo Mundo – Las Perdices Tinamú 2006, Viña Las Perdices, Mendoza-Argentina
(Bodegas Los Andes)

Tinto Velho Mundo – Vinha Longa Reserva 2006, Alentejo-Portugal (AEP)

Fortificados e Doces – Justino’s Madeira 10 anos, Justinos Henriques, Ilha da Madeira-


Portugal

Marcelo Copello (mcopello@mardevinho.com.br)

www.mardevinho.com.br

http://www.mardevinho.com.br/colunas/expovinis2010

Anda mungkin juga menyukai