Fundamentos da Eletrostática
Aula 01
Introdução / Operações com Vetores • Neste curso trataremos da parte estática do eletromagnetismo. Ou seja:
estudaremos o eletromagnetismo em situações onde as cargas permanecem em
repouso e os campos elétricos presentes não variam no tempo. Tais situações
Prof. Alex G. Dias são objeto de estudo da eletrostática.
Prof. Alysson F. Ferrari • Esta escolha, para um primeiro curso de eletromagnetismo, deve-se à simplici-
dade : se a teoria eletromagnética é composta por um conjunto de leis que são
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>
> ρ = ρ (x, y, z) densidade de carga
<
j=0 densidade de corrente
eletrostática ↔
>
> E = E (x, y, z) vetor campo elétrico
:
B=0 vetor campo magnético
A vantagem desta notação é que podemos somar vetores sem precisar fazer
desenhos: por exemplo, se r1 = (x1, y1, z1) e r2 = (x2, y2, z2), o vetor soma
r1 + r2 é dado simplesmente por
(Vetores unitários) É conveniente denir o conjunto de três vetores unitá- Uma propriedade fundamental do produto es-
rios das coordenadas cartesianas calar (veja lista 01):
r = x x̂ + y ŷ + z ẑ . p
√
Em particular, r = r · r = x2 + y 2 + z 2, como já havíamos visto.
x̂ × ŷ = −ŷ × x̂ = ẑ
|A × B| = AB sin θ .
Exemplo:
o seguinte produto vetorial,
B na direção do eixo dos y ,
A no plano yz ` ´ ` ´
A × B = Ax x̂ + Ay ŷ + Az ẑ × Bx x̂ + By ŷ + Bz ẑ
D = B × A = (AB sin θ) x̂ ` ´ ` ´
=Ax By ẑ − Bz ŷ + Ay (−Bx ẑ + Bz x̂) + Az Bx ŷ − By x̂
` ´ ` ´
= Ay Bz − Az By x̂ + (Az Bx − Ax Bz ) ŷ + Ax By − Ay Bx ẑ
A×A=0 Dado um referencial, todo vetor é especicado por três números suas componentes neste
referencial. Mas nem toda tripla de números é um vetor por exemplo, se m, b e l são o número
de maças, bananas e laranjas numa sacola de supermercado, não podemos dizer que (m, b, l) é
um vetor.
A · (A × B) = 0
O que realmente caracteriza uma grandeza como um vetor, é seu comportamento frente a
uma mudança de referencial .
A · (B × C) = (A × B) · C
Suponha, para ser concreto, que r (t) é um
vetor que dá a posição de uma dada partícula,
d
e v (t) = dt r (t) a correspondente velocidade,
A × (B × C) = B (A · C) − C (A · B)
ambos em relação a um referencial O . Temos:
0 0 0 0 0
r (t) = x (t) x̂ + y (t) ŷ0 + z (t) ẑ ,
0 0 0 0 0 0
v (t) = vx (t) x̂ + vy (t) ŷ + vz (t) ẑ .
e
0
x̂ =x̂
0
ŷ = cos θ ŷ + sin θ ẑ
0
ẑ = − sin θ ŷ + cos θ ẑ
` ´
Podemos escrever a relação entre as componentes x0, y 0, z 0 e (x, y, z) de
forma matricial como
2 0 3 2 32 3
x 1 0 0 x
4 y0 5 = 4 0 cos θ sin θ 5 4 y 5
z0 0 − sin θ cos θ z
eletrostática.