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São Gonçalo
2010
Título
MONTAGEM E MANUTENÇÃO DE MICROCOMPUTADORES
Autor
Leandro C. Siqueira
Capa
Leandro C. Siqueira
Esta apostila, diante da autorização do autor, foi liberada sob a licença Creative
Commons Attribution NonCommercial. Esta licença provê os seguintes direitos:
É permitido:
É proibido:
Introdução ............................................................................................................................... 3
Capítulo 1................................................................................................................................ 1
Capítulo 2.............................................................................................................................. 11
Capítulo 3.............................................................................................................................. 20
Placa-Mãe ..................................................................................................................... 20
Capítulo 3.............................................................................................................................. 28
CPU ............................................................................................................................... 28
Capítulo 4.............................................................................................................................. 30
Memória......................................................................................................................... 30
Capítulo 5.............................................................................................................................. 33
Capítulo 6.............................................................................................................................. 37
Montagem ..................................................................................................................... 37
Capítulo 7.............................................................................................................................. 43
Capítulo 8.............................................................................................................................. 48
Capítulo 9.............................................................................................................................. 52
Manutenção corretiva................................................................................................... 52
Considerações finais............................................................................................................ 58
Bibliografia ............................................................................................................................ 59
Introdução
Bons estudos!
Leandro Siqueira
Capítulo 1
_______________________________________________________________
Figura 1
Ábaco
Ossos de Napier
Figura 2
Ossos de Napier
1
Criou um dispositivo conhecido como “Ossos de Napier”, formado por
um conjunto de barras segmentadas, organizadas de tal maneira que os
resultados de uma multiplicação eram obtidos somando-se os números de
seções horizontais adjacentes.
Pascalina
Figura 3
Pascalina
Tecelagem
Figura 4
Máquina de tear
2
Desde os 10 anos, já trabalhando como aprendiz de tecelão, Jacquard
sentira-se incomodado com a monótona tarefa que lhe fora confiada na
adolescência: alimentar os teares com novelos de linhas coloridas para formar
os desenhos no pano que estava sendo fiado.
Máquina analítica
Figura 5
Máquina analítica
3
números ficariam armazenados até que o moinho precisasse utilizá-los. Os
dados eram introduzidos na Máquina Analítica por meio de cartões perfurados.
A Máquina Analítica nunca foi construída, pois seria tão grande quanto
uma locomotiva e em seu interior haveria uma intrincada mistura de
mecanismos e engrenagens movidos a vapor. Restam apenas alguns
desenhos e o “moinho”, construído pelo filho de Babbage. Apesar de nenhum
de seus projetos importantes terem sido finalizados, foi o primeiro a perceber
que uma máquina de processamento deveria consistir em um dispositivo de
entrada, uma memória, uma unidade central de processamento e um
dispositivo de saída. Ele utilizava uma “impressora” como dispositivo de saída e
um leitor de cartões como dispositivo de entrada.
Hollerith
Figura 6
Máquina de Hollerith
4
O censo de 1890 levou um terço do tempo do censo anterior para ser
tabulado, comprovando a eficiência do método de Hollerith, que ganhou
prêmios e título de doutor na Universidade de Columbia pela sua invenção.
Válvulas
Figura 7
ENIAC
O matemático inglês Alan Turing desenvolveu uma máquina com duas mil
válvulas eletrônicas, com a qual conseguiu interceptar e quebrar os códigos
secretos utilizados pelos alemães durante a guerra, com os métodos que Zuze
havia planejado.
Transistores
Figura 8
Transistores
Circuito integrado
Figura 9
Chip
Mas a era da Informática estava apenas em seu início. Nos anos 80,
surgiram os microprocessadores, e nos anos 90, os microprocessadores de
alta velocidade, com a tecnologia MOS, que nada mais são que muitos
circuitos integrados numa só mesa epitaxial (pastilha de silício).
2ª geração de computadores
Nos equipamentos de segunda geração, a válvula foi substituída pelo
transistor, dispositivo eletrônico desenvolvido em 1947 na BELL
LABORATORIES por BARDEEN, BRETTAIN e SHOCKLE. Seu tamanho era
100 vezes menor que o da válvula, não precisava de tempo para aquecimento,
consumia menos energia, era mais rápido e mais confiável. Os computadores
desta época calculavam em microssegundos.
3ª geração de computadores
A terceira geração começa em 1965 com a substituição dos transistores
pela tecnologia dos circuitos integrados. Os transistores e outros componentes
eletrônicos são miniaturizados e montados em um único chip. A finalização
desta geração é datada no início dos anos 70 a qual foi considerada a
importância de uma maior escala de integração para o início da 4ª geração.
4ª geração de computadores
A quarta geração de computadores caracteriza-se pelo uso do
microprocessador. O microprocessador é a CPU (Central Processing Unit) dos
computadores, ou seja, Unidade Central de Processamento.
8
No início da década de 70, os CPUs possuíam a capacidade de processar
por volta de 100.000 informações por segundo e foram utilizados nos primeiros
microcomputadores de 8 bits.
5ª geração de computadores
Desde o início da era dos computadores, os especialistas em informática
trataram de desenvolver técnicas que permitem aos computadores atuar, como
faz o ser humano. Uma das bases de apoio desta nova forma de desenhar um
programa é a inteligência artificial. Tradicionalmente, a inteligência artificial é
dividida em 3 grandes aplicações: os processos de linguagem natural, que
facilitam a comunicação do computador com o usuário; a robótica e tudo
associado à visão e manipulação de objetos; e os sistemas especialistas,
baseados no armazenamento do conhecimento adquirido.
Grandezas computacionais
De acordo com Carlos Morimoto (Morimoto, 2002), existem duas
maneiras de representar uma informação: analógica ou digitalmente.
9
Já com o sistema digital, qualquer informação é armazenada na forma de
uma seqüência de valores positivos e negativos, ou seja, na forma de uns e
zeros. Cada algarismo binário (um “0” ou um “1”) é chamado de Bit (contração
de binary digit). Portanto, qualquer tipo de dado (texto, fotos, programas) será
processado e armazenado na forma de uma grande seqüência de uns e zeros.
64 32 16 8 4 2 1
1010
Nibble: 4 bits
Byte: 8 bits
Word: 16 bits
Double Word: 32 bits
Quad Word: 64 bits
10
Observe abaixo:
Sufixo Quantidade
10
Kilo (K) 2 = 1.024
Mega (M) 220 = 1.048.576
Giga (G) 230 = 1.073.741.824
Tera (T) 240 = 1.099.511.627.776
Peta (P) 250 = 1.125.899.906.843.624
Exa (E) 260 = 1.152.921.504.607.870.976
Zeta (Z) 270 = 1.180.591.620.718.458.879.424
Yotta 280 = 1.208.925.819.615.701.892.530.176
Tabela 2
Grandezas computacionais
Capítulo 2
__________________________________________________________
Case
Figura 10
Case
11
Os modelos verticais são: minitorre, torre média e torre grande.
PS
Figura 11
Fonte de alimentação
Estabilizador de voltagem
Figura 13
Estabilizador
UPS
Figura 15
UPS
Monitor de vídeo
Figura 16
Monitor
Mouse
Figura 17
Mouse
Teclado
Figura 18
Teclado
Placa-mãe
Figura 19
Placa-mãe
CPU
Figura 20
RAM
Figura 21
Memória RAM
BIOS
BIOS (Basic Input/Output System) é um software armazenado em um
chip ROM na placa-mãe. A maioria dos sistemas atuais utiliza Flash EPROM
(Erasable Programmable ROM), possibilitando a atualização pelo usuário.
15
uma placa de sistemas. Todos estes processos são de baixo nível, porém
extremamente importantes para o sistema.
Disco rígido
Figura 22
Disco rígido
Cooler
Figura 23
Cooler
16
Placa de vídeo
Figura 24
Placa de vídeo
Modem
Figura 25
Modem
Placa de som
17
Como a maioria das placas-mãe atualmente apresentam som on-board,
seu uso é dispensável. Ela ainda é muito útil quando se quer um som de
altíssima fidelidade e compatível com as tecnologias de áudio recentes, como
edição de áudio. Hoje em dia, há muitos casos onde o modem já foi substituído
por outras opções de conectividade remoto, como ADSL, ISDN etc.
NIC
Figura 27
NIC
Portas
As portas agem como pontos de conexão para cabos, possibilitando a
transferência de dados entre o computador e outro dispositivo. Há vários tipos
diferentes tipos de conectores e cabos que são utilizados para unirem
dispositivos.
Porta Função
Tabela 3
Portas
18
Drives de CD-ROM
O CD, desenvolvido pela Philips em associação com outras empresas,
transformou-se no modo padrão mais usado para álbuns de música. Logo,
também se tornaram o meio mais eficiente e barato para armazenamento de
dados. Com isso, a indústria de software praticamente eliminou a distribuição
de programas em disquetes. (Alecrim)
Drive de CD-RW
De acordo com (Moraz, 2006), estes dispositivos são mais conhecidos
como gravadores de CD. Possuem as mesmas características do CD-ROM,
incluindo a possibilidade de gravação de dados nos CDs virgens ou
regraváveis.
Drive de DVD-ROM
O DVD armazena informações de forma digital, proporcionando uma
capacidade maior de armazenamento que o CD, devido essencialmente a sua
tecnologia óptica superior.
19
Capítulo 3
Placa-Mãe
Figura 28
Soquete 7
Soquetes DIMM/SIMM
Figura 29
Soquetes DIMM/SIMM
Slots de expansão
Figura 30
Slots de expansão
Portas de comunicação
Placas de sistema possuem portas de comunicação integradas
diretamente em sua estrutura. Estas portas também são conhecidas como
COM. Freqüentemente, encontramos duas portas COM em cada sistema,
COM1 e COM2.
Porta paralela
A porta paralela é também conhecida como LPT1. Uma de suas
principais características é o envio de 8 bits de cada vez. Trata-se de um
conector de 25 pinos, que também é conhecido como DB25-fêmea.
Conectores de mouse/teclado
Os conectores PS/2, encontrados na grande maioria das placas-mãe,
servem para conectarmos o mouse e o teclado do sistema.
Conector de energia
Figura 31
Conector ATX
Figura 32
Conector AT
Interface SATA
22
disco rígido possa entender. Depois, envia de volta para o processador a
informação já convertida em sinais que o processador também possa entender.
BIOS
Figura 34
BIOS
Bateria
Figura 35
Figura 35
Bateria
Tipos de placas-mãe
Figura 36
Tipos de placas-mãe
Full AT
O antigo padrão Full AT possuía 30.48cm x 27.94cm. Este padrão era
bastante problemático com relação a instalação e manutenção dos
componentes. Sempre que ocorria que as placas de expansão, quando
inseridas no sistema, ficavam quase por cima do processador. Esta situação
ocasionava problemas de aquecimento, devido a insuficiência no processo de
ventilação.
Baby-AT
Este padrão de placa-mãe foi um dos mais populares já lançados.
Medindo 21.59cm x 25.4cm, esta placa pode ser facilmente identificada porque
geralmente possue um conector DIN para o teclado, no cantinho da mesma.
24
ATX
Figura 37
ATX
Arquiteturas de barramentos
Slots de expansão foram idealizados para expandirmos as
características de nossas máquinas. O problema é que há vários tipos
diferentes de slots de expansão no sistema, fazendo com que você ao comprar
uma nova placa certifique-se que comprou o modelo correto.
ISA
Figura 39
ISA
25
Devido a sua enorme popularidade na época, é provável que um dia
você se depare com a ISA, principalmente em micros antigos.
MCA
Figura 40
Tipos de slots
A MCA (Micro Channel Architecture), que foi desenvolvida pela IBM, era
uma arquitetura de 32 bits e rodava a 10 MHz. O interessante é que a MCA
não era compatível com o padrão ISA.
Com a MCA, a IBM trouxe uma novidade chamada Bus Mastering, que
permitia aos dispositivos, ao “conversarem”, enviar informações diretamente
uns para os outros, sem ter que passar pelo processador.
EISA
A EISA (Extended Industry Standard Architecture) foi desenvolvida sob a
arquitetura de 16 e 32 bits. A grande vantagem da EISA é que manteve
compatibilidade com as antigas placas ISA. A EISA também manteve o
conceito de bus mastering, introduzido pela MCA. Como ambas as placas
encaixavam-se no mesmo slot, eles tiveram que manter os 8 MHz de
velocidade.
VESA
Em 1992, a VESA (Video Electronics Standard Association) desenvolveu
uma arquitetura de barramento que era superior ao ISA. VESA era uma
arquitetura de 32 bits, suportando o bus mastering e rodava na mesma
velocidade do processador, que na época gerava em torno de 25 a 33 MHz.
Seus slots eram mais utilizados para placas de vídeo e são facilmente
identificados, já que possuem uma cor parecida com cor de canela, agindo
como uma extensão do slot ISA.
26
PCI
Figura 43
PCI
AGP
A AGP (Advanced Graphics Port) roda a 66 MHz, ou seja, o dobro do
barramento PCI. Elas foram idealizadas para a conexão de placas de vídeo. O
aumento do desempenho não vem somente da velocidade, mas também pelo
fato do barramento AGP possuir um caminho direto para o processador, logo, a
informação trafega rapidamente do processar para placa AGP.
USB
O USB (Universal Serial Bus) é uma tecnologia serial de alta velocidade.
Permite a conexão de até 127 dispositivos em cada porta, recurso conhecido
como daisy chain.
Chipset
Figura 42
Chipset
27
Os chipsets podem ser divididos em duas pontes: MCH e ICH.
ICH (I/O Controller Hub): Também conhecido como ponte sul, o ICH é
conectado à ponte norte e sua função é basicamente controlar os dispositivos
on-board e de entrada e saída, como discos rígidos, portas USB, barramento
PCI, barramento PCI Express, RTC (relógio de tempo real) etc .
Capítulo 3
_____________________________________________________________________
CPU
A CPU (Central Processing Unit) age como o líder de um grande time,
tomando todas as decisões lógicas e aritméticas do sistema. Os principais
fabricantes atuais de processadores são a Intel e a AMD.
A=1;
B=1;
While (a<=5)
{
B=B*A;
A=A+1;
}
Os processadores são programados através de instruções. Quando
você executa um determinado programa, o mesmo é transferido do disco rígido
para a memória RAM, e o processador busca as instruções do programa na
própria RAM.
28
O funcionamento dos microprocessadores é dividido em algumas
etapas:
4- A instrução é executada.
Velocidade
A velocidade é medida em milhões de ciclos por segundo, ou MHz.
Embora não seja o único fator que afeta o desempenho, em resumo, quanto
mais MHz, mais rápido será o sistema.
Barramento de dados
Responsável pela entrega dos dados de um local para outro no PC. (Ex:
Processador para a memória)
Barramento de endereço
Para armazenar informações na memória, o processador terá que
conceder endereços que apontam para uma localização particular na memória.
O processador acessa estas posições de memória pelo barramento de
endereços. Em outras palavras, o barramento de endereços dita quanta
memória física o processador poderá ter acesso.
Registradores
São áreas de armazenamento dentro dos processadores. São usadas
para armazenar e processar os dados. São medidos em bits. Um processador
de 32 bits, possui 32 containers que armazenará a informação usada pelo
sistema.
29
Memória cache
Em geral, o processador quando acessa a memória do sistema para
pegar as instruções da próxima execução, perde-se um pouco de tempo, já que
primeiro ele “fala” com o controlador de memória, o controlador acha os dados
na memória, pega esses dados e passa para o processador. Ou seja, é um
processo um pouco lento. Então, enquanto as instruções não chegam, o
processador “senta e espera”. Nada mais lógico a construção de uma memória
que ficaria dentro do próprio processador, para agilizar todo esse processo.
Esta memória é chamada de cache, feita de SRAM.
Co-processador matemático
A NPU é responsável por toda a operação de cálculo que as aplicações
precisarem, como aritmética de ponto flutuante etc. Em resumo, o co-
processador é responsável por todas as complicadas funções matemáticas.
Tipos de chips
Capítulo 4
_______________________________________________________________
Memória
ROM
A memória ROM (Read-Only Memory) é um tipo de memória que não
pode ser escrita. As informações escritas na ROM são feitas pelos fabricantes
e não poderá ser mudada. Os programas escritos para memória ROM são
chamados de firmware.
30
Um dos casos onde podemos encontrar memória ROM é no caso de
armazenar o BIOS do sistema, que contém o POST (Power On Self Test). O
BIOS possui também o código de baixo nível, que possibilita a comunicação
entre a CPU e os dispositivos de Hardware.
EPROM
A EPROM (Erasable Programmable Read-Only Memory) é um tipo de
memória que normalmente não pode ser escrita, pois é uma variação da ROM.
Um chip EPROM é um chip especial de ROM na qual os fabricantes
conseguem escrever as informações com um dispositivo de programação
especial, que utiliza raios ultravioletas para apagar os dados.
EEPROM
A EEPROM (Electrically Erasable Programmable ROM) é uma nova
implementação de ROM ou Flash ROM. Os fabricantes escrevem as instruções
de software nos chips ROM, e possibilita ao usuário a atualizar estas instruções
rodando um software especial oferecido pelo fabricante. Para atualizar o BIOS,
por exemplo, a EEPROM se torna a opção clássica.
RAM
A memória RAM (Random Access Memory) caracteriza-se pela sua
volatilidade, ou seja, todo o seu conteúdo é perdido quando a máquina é
finalizada. As variações da memória RAM são:
DRAM
As DRAM (Dynamic RAM) são provavelmente os tipos mais populares
atualmente. Quando alguém diz que a máquina tal possui 1GB de memória
RAM, na verdade está querendo dizer que possui 1GB de memória DRAM.
CMOS RAM
O CMOS RAM (Complementary Metal-Oxide Semiconductor) é a area
onde o computador armazena toda a informação de sua configuração. É como
se realmente fosse um inventário de tudo que a máquina possui. Como o seu
conteúdo também é volátil, os dados só não se perdem ao desligar a máquina
devido a bateria do sistema, que fornece energia suficiente para evitar esse
problema.
31
SRAM
A SRAM (Static RAM) é tipicamente usada para memória cache. Como já
estudamos, a memória cache serve para armazenar aquelas informações que
são lidas freqüentemente.
Tipos de DRAM
As memórias DRAM são os principais tipos de memórias usadas
atualmente nos PCs. No entanto, existem vários tipos de DRAM.
Standard DRAM
A memória é organizada em fileiras e colunas. A informação é
armazenada em diferentes células ou blocos. Com a memória Standard DRAM,
a CPU solicita os dados enviando o endereço da fileira e coluna para todos os
blocos de dados que precisará ser lido. Então, o controlador de memória acha
a informação destes blocos.
EDO
A memória EDO (Extended Data Output) funciona de maneira bem mais
eficaz que a FPM. Com a EDO, o controlador de memória consegue ler dados
de um bloco de memória enquanto “ouve” a próxima instrução. Esta
capacidade aumenta o desempenho, já que o controlador de memória não
precisará esperar pela próxima instrução após ler um bloco de memória;
enquanto está lendo um bloco de memória, já estará recebendo a nova
instrução.
SDRAM
A SDRAM (Synchronous DRAM) é uma memória que é sincronizada pela
velocidade do sistema. Esta velocidade sincronizada significa que os dados
armazenados na memória são “refrescados” na velocidade do sistema, e os
dados acessados na memória são realizados na velocidade do sistema.
32
Encapsulamento da DRAM
SIMM
Os módulos de memória SIMM (Single In-Line Memory Modules) são
caracterizados pelo número de chips de memória nele instalados, como
também o número de pinos do conector que fará contato com a placa-mãe.
Módulos SIMM possuem dois tipos diferentes: 30 ou 72 pinos, que descrevem
o número de conectores que realizam o contato. Os módulos de 30 pinos
possuem um caminho de dados de 8 bits, enquanto os módulos de 72 pinos
possuem 32 bits.
DIMM
Os módulos de memória DIMM (Dual In-Line Memory Modules) possuem
168 pinos de contatos e possuem 64 bits de caminhos de dados.
Capítulo 5
_______________________________________________________________
Disco rígido
O disco rígido é o dispositivo de armazenamento de dados mais utilizado
nos computadores. Nele, guardamos os nossos programas, arquivos e,
principalmente, o nosso sistema operacional.
Figura 43
33
Para que possamos ler e gravar os dados no disco existe uma cabeça
de leitura eletromagnética, presa a um braço móvel, capaz de varrer todas as
posições do disco. Normalmente, os discos tem diâmetro de 3,5 polegadas. É
claro que quanto menor o diâmetro mais rápido os discos podem girar,
melhorando o desempenho.
Seek Time
É o tempo que leva em mover a cabeça de leitura/gravação até a trilha
desejada. O seek time compreende a seguinte fórmula: Ts = m x n + s, onde:
Ts é o tempo de busca estimado, m é uma constante que depende da unidade
de disco, n é o número de trilhas percorridas e s é o tempo de partida.
34
transferidos, r é a velocidade de rotação por segundo e N é o número de bytes
na trilha.
Tempo de latência
Dentro do disco rígido, os discos magnéticos giram sem parar. Por isso,
dificilmente os setores a serem lidos estarão sob a cabeça de leitura/gravação
no exato momento de executar a operação, podendo, no pior dos casos, ser
necessário uma volta completa do disco até o setor desejado passar
novamente sob a cabeça de leitura.
Densidade
A densidade dos platters de um disco rígido é outro fator com enorme
impacto no desempenho. Quanto maior for a densidade, menor será o espaço
a ser percorrido pela cabeça de leitura para localizar um determinado setor,
pois os dados estarão mais próximos uns dos outros. A densidade pode ser
calculada muito facilmente, bastando dividir a capacidade total do disco pela
quantidade de cabeças de leitura (e conseqüentemente o número de faces de
disco).
MBR
O Master Boot Record é o primeiro setor, da primeira trilha, do primeiro lado e
do primeiro platter. Ele traz consigo o código de boot do sistema operacional
que controla o carregamento do sistema. Além disso, possue as características
dos drivers – como a tabela de partição. Em resumo, caso ocorra algo de
errado com o MBR, será impossível o carregamento do S.O.
Alto nível: mais conhecida como formatação lógica, onde há a preparação dos
setores para o uso do sistema operacional, além da inclusão do setor de boot,
do diretório raiz etc.
35
Principais interfaces de disco rígido
IDE
Os primeiros HDs e interfaces IDE chegaram ao mercado em 1986. Em 1990 o
padrão foi ratificado pelo ANSI, dando origem ao padrão ATA. Como o nome
IDE já era popular, a maioria das pessoas continuaram usando o termo “IDE”.
Inicialmente, as interfaces IDE suportavam apenas a conexão de discos
rígidos. Devido a isso, os primeiros drivers de CD utilizavam interfaces
proprietárias, incorporadas à placa de som, ou mesmo controladoras SCSI.
SATA
A partir de certo ponto, ficou claro que o padrão ATA estava chegando
ao seu limite e que mudanças seriam feitas com a introdução de um novo
padrão. Surgiu então o SATA (Serial ATA).
36
O SATA é um barramento serial, onde é transmitido um único bit por vez
em cada sentido, eliminando assim os problemas de sincronização e
interferência encontrados nas interfaces paralelas, permitindo que sejam
usadas freqüências mais altas.
SATA 150
SATA 300
SCSI
As controladoras SCSI (Small Computer System Interface) são as
tradicionais concorrentes das interfaces IDE. O primeiro padrão (SCSI 1) foi
ratificado em 1986 e consistia em controladoras de 8 bits, operando a 5 MHz e
oferecendo um barramento de dados de até 5 MB/s.
Capítulo 6
Montagem
A montagem dos computadores é um assunto primordial. Quem
pretende trabalhar com manutenção poderá a princípio pensar que não precisa
dessas dicas, já que irão somente consertar computadores já montados.
37
Errado. Essas dicas são interessantíssimas, pois a montagem de
computadores é uma atividade intimamente ligada à manutenção.
Placa de vídeo: MSI, Gigabyte, ATI, Asus etc. Fique ligado: fabricantes de
placas também utilizam os chips ATI em seus produtos. Portanto, atenção para
as placas “genéricas”.
38
se acumula, surge o raio, uma descarga poderosa o suficiente para vencer a
distância.
Figura 44
1 – Placa-mãe
2 – Placa de vídeo
3 – CPU
4 – Disco rígido
5 – Driver de disquete de 3 ½
6 – Driver de CD-ROM
7 – Fonte de alimentação
39
Resumo sobre montagem
Figura 45
Figura 46
Detalhes da montagem
3 – Fixe o disco rígido ao case. Deverá ser introduzido pela parte sua parte
interna e aparafusado com dois parafusos de cada lado. Lembre-se: sempre
manuseie as placas e dispositivos pelas bordas.
Figura 47
40
4 – Introduza o driver de CD-ROM no gabinete pela parte frontal e aparafuse-
os pelos furos laterais.
Figura 48
Espaçador plástico
Note que na maioria dos cases ATX, toda a fixação é feita por parafusos
hexagonais metálicos, sem espaçadores plásticos. Neste caso, basta colocar a
placa posicionada no case e fixá-la com parafusos.
Figura 49
Conectores AT e ATX
Figura 50
9 – Ligue o flat cable do driver de 31/2 na sua interface. Esta interface localiza-
se na placa-mãe geralmente sob o nome de floppy.
42
Capítulo 7
Particionando o disco e instalando o sistema
operacional
Tabela de partições: é uma tabela que indica como o disco rígido está
dividido. Ele poderá ser usado integralmente como “C:” ou ser particionado em
“E:”, “D:” e assim por diante.
Setor de boot: Um disco pode ser usado como sendo um único disco lógico ou
pode ser dividido em dois ou mais discos lógicos. Cada disco lógico começa
com um setor de boot. Qualquer disco pode ser usado para carregar o sistema
operacional, desde que seja configurado para tal, portanto cada um deles
precisa ter um setor de boot.
Sistema de arquivos
Os sistemas de arquivos é uma espécie de “formato” no qual os dados são
distribuídos no disco.
Instalando o Windows 7
(Costa)
43
quantidade de memória, já que a maioria dos programas rodam nas duas
versões do sistema.
Figura 51
Instalação do Windows 7
Figura 52
Instalação do Windows 7 - II
3 – Partindo do princípio que o disco rígido a ser usado esteja vazio, teremos
que criar as partições. Criaremos as partições de sistema e de dados. Clique
no link opções de unidade. Surgem os comandos Novo, Formatar (caso fosse
formatar alguma partição já existente), Excluir e Estender. Escolha Novo. Em
geral, quando criamos a partição de sistema, usamos cerca de 40% do total do
44
disco. Exemplo: um disco rígido de 500 GB ficaria com a partição de sistema
de cerca de 200 GB.
45
12 - Para completar a instalação e ajuste inicial do Windows, é necessário
verificar se todos os itens de hardware foram configurados corretamente. Para
isso, clique no botão Windows e, depois, com o botão direito do mouse, em
Computador. Escolha a opção Gerenciar. Clique na seção Gerenciador de
Dispositivos. Note que surge uma lista de itens de hardware. Verifique se
algum deles tem um símbolo de exclamação. Neste caso, será preciso instalar
o driver correspondente. Em regra, os drivers do Vista funcionam no Windows
7. Mas, para garantir a instalação, clique no arquivo executável (normalmente
setup.exe) com o botão direito do mouse e escolha Propriedades. Marque a
opção Executar em Modo de Compatibilidade e selecione o Windows Vista,
na lista de sistemas.
Figura 54
Instalação Ubuntu I
46
Após aparecer a tela de boas vindas, selecione o idioma “Português do
Brasil” e selecione Instalar Ubuntu 10.04 LTS (caso desejar instalar o sistema)
ou, se preferir, selecione Experimentar Ubuntu 10.04 LTS (neste caso, o
sistema não será instalado – ele irá rodar em tempo real para que você teste e
decida se quer instalar ou não).
Figura 55
Instalação Ubuntu II
Entenda as opções:
Aproveitamento de espaço livre no HD, através de redimensionamento da
partição existente. Esta opção deve ser selecionada quando já existe um
sistema operacional instalado no computador, e se deseja mantê-lo. O
instalador criará, após a instalação, um menu de seleção do sistema
47
operacional a ser utilizado. Ex: Já existe o Windows instalado e se deseja
mantê-lo.
Figura 56
Capítulo 8
Manutenção preventiva
48
Vários cuidados devem ser tomados com o computador no dia-a-dia,
tanto em relação a software como hardware. Conhecendo os cuidados da
manutenção preventiva você evitará muitos problemas.
Faça Backup
Além de ser vital a realização de cópias dos dados gerados pelo usuário,
é também importante fazer cópias dos programas. É super importante que você
tenha, junto com o seu computador, uma cópia de todos os seus programas.
49
Ventilação do case
O calor é bastante prejudicial ao computador. O ar condicionado ajuda
bastante. Os PCs possuem um sistema de ventilação. O ventilador principal
localiza-se na fonte de alimentação, e a sua saída de ar fica na parte traseira
do case. O ventilador puxa o ar de dentro para fora do PC. O ar sai pela parte
traseira do case. Nos micros atuais, é recomendável a utilização de um
segundo ventilador na parte traseira do case, empurrando o ar quente para
fora.
Cabos soltos
Figura 56
Evitando o liga-desliga
Para os circuitos eletrônicos, a pior hora do dia é aquela quando são
ligados. Nesse instante, uma “avalanche” de elétrons os atravessa durante uma
fração de segundo, formando uma corrente elétrica maior que a normal.
Quanto menos vezes o computador for ligado e desligado, melhor. O que não
se deve fazer é ligar e desligar o computador várias vezes durante o dia.
Também não poderemos ir ao extremo e deixá-lo ligado 24 horas por dia. Evite
também o desperdício de energia enquanto o computador estiver sem
atividade, use os comandos de gerenciamento de energia: modo standby e
hibernação.
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Resumo
Pesquise sempre sobre a manutenção preventiva. Ela é muito
importante para o seu equipamento. Aprenda sempre!
Capítulo 9
Manutenção corretiva
A manutenção corretiva é também muito importante e quanto mais
aprender sobre ela, mais sucesso irá conseguir em sua carreira profissional.
Figura 57
Removendo a bateria
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Para retirá-la, basta empurrá-la lateralmente com a ajuda de uma
chave de fenda. A bateria nova é encaixada pelo caminho inverso.
Limpeza geral
Pelo menos uma vez por ano, realize a limpeza completa dos
componentes do micro. Use pincel para espanar a poeira dos soquetes de
memória, dos slots, do soquete do processador, dos conectores das interfaces
de disco, dos conectores da parte traseira, da face dos componentes e do
verso da placa. Use também o pincel nas demais partes, como placa de vídeo,
placa de som, placa de rede etc. Use o spray limpador (contacmatic) em todos
os conectores que não podem ser limpos por borracha, como soquetes de
memória, slots PCI, AGP etc...
Travamentos aleatórios
Inúmeros podem ser os motivos que fazem um micro travar
aleatoriamente. Alguns travamentos têm lógica, outras vezes não. As causas
possíveis são:
Arquivos corrompidos
Códigos de erros
Os códigos de erros são sempre emitidos pelo alto-falante, através de
uma seqüência de beeps. Tome como base a tabela de beeps existente no
manual da placa-mãe.
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Com base nas tabelas usadas pelo BIOS AMI, Award e Phoenix,
vamos selecionar os principais códigos de erros.
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Por mais que se esforcem, essas tabelas de códigos de erros não
informam com precisão a causa do erro.
Memória
Placa de vídeo
Bateria
4 – Checar as memórias
5 – Revisar os jumpers
7 – Trocar peças
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Reparos nas unidades de CD/DVD
Quando uma unidade de CD/DVD começa a apresentar erros de
leitura em vários CDs e DVDs, é hora de fazer limpeza. Coloque um CD de
limpeza (ex: CD Lens Cleaner, da Maxwell) no driver do CD-ROM e selecionar
a trilha. Deixe a trilha sendo acessada por alguns segundos e a limpeza estará
terminada.
A limpeza do cooler
Cooler impregnado de poeira e com pasta térmica ressecada tem a sua
eficiência reduzida. Retire os parafusos que predem o ventilador na peça de
alumínio. A hélice deve ser posteriormente limpa com um pincel seco, mas não
utilize água.
Considerações finais
O que se espera de um técnico de manutenção de micros moderno?
Nunca pense que sabe tudo. Muito menos, tente achar que deverá
saber tudo. Isto é humanamente impossível. Portanto, veja da seguinte forma:
hoje escrevo esta apostila – amanhã poderá ser você. A área de informática é
sempre muito democrática. Hoje somos alunos – amanhã estaremos dando
palestras sobre determinado assunto.
Procure sempre, à cada erro seu, crescer mais e mais. Aquele que
acha que sabe tudo nunca crescerá como você – que realmente está focado
em aprender e estudar a cada dia.
Espero que este curso tenha lhe motivado a conhecer ainda mais este
mundo computacional.
Leandro Siqueira
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Bibliografia
(s.d.). Acesso em 02 de 10 de 2010, disponível em Museu do computador:
http://www.din.uem.br/museu/hist_processo.htm
Thompson, R. B., & Thompson, B. F. (2006). Repairing and Upgrading Your PC. O'
Reilly.
Torres, G. (2001). Hardware Curso Completo. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil.
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