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Estudo
Cristo, a razão para fazer missões
“Faço tudo isso por causa do evangelho, para também ser participante dele” (1Co 9.23)
Pr. Tomé Antônio Fernandes – missionário da JMM

Introdução so advogado (1João 2.1 e 3.5), e foi culação humana, de mentes místicas
Cristo é, realmente, único como um cordeiro sem mácula (1Pe 1.19, e desengajadas da história, mas re-
Deus e Salvador? Dizer que só Jesus 2.22-24, 2Co 5.21). Os seguidores de sultado da revelação de Deus. Nos-
salva é entendido como uma mensa- outras religiões, certamente, encon- so conhecimento de Deus é um co-
gem de intolerância e arrogância. A trarão paralelos em seus profetas e nhecimento revelado. A Bíblia não é
afirmação “Jesus é Senhor” foi anun- escritos acerca dessas áreas. um livro acerca das religiões, mas o
ciada num contexto de pluralismo No entanto, há algo sem paralelo registro da atividade da revelação de
do Império Romano, caracterizado na história humana e das religiões. É Deus na história. A grande mensa-
pelo helenismo, judaísmo e deuses a pessoa de Jesus. O Evangelho não gem de Jesus não foi somente sobre
romanos. é simplesmente uma ideologia, um o amor ou sobre a paz. Ele falou disso
“Quem Deus é” influenciará e de- corpo de doutrinas ou um conjunto e de outros temas cruciais. Sua gran-
terminará o conteúdo e método da de códigos, regras, regulamentos. O de mensagem foi Ele próprio. Neste
missão cristã. A unicidade de Cristo Evangelho não é uma proposta hu- sentido, é peculiar. “Cristo pregou-se
não é algo que nós reivindicamos, mana. Se assim fosse, seria mais um a si mesmo”. Veja as grandes afirma-
mas algo que Ele reivindicou para Si sistema religioso em pé de igualdade ções no Evangelho de João sobre o
mesmo (veja João 14.6, 8.12, 11.25, com o islamismo, budismo, hinduís- “Eu Sou” – a luz do mundo, o pão
10.36, 5.17-18). Apresentamos e mo, espiritismo e outros “ismos”. da vida, a videira verdadeira, a res-
defendemos unicidade para Cris- O Evangelho é uma Pessoa. Pes- surreição e a vida entre outros. Veja
to, e não para o cristianismo e suas soa que é o Criador do mundo. Cris- Mateus 11:28: “Vinde a MIM…e Eu
formas institucionalizadas. O que to é Eterno. Não tem começo e não vos aliviarei”. Ele é o Rei que tem dig-
é único acerca de Jesus Cristo? Por tem fim. Faz parte da harmonia da nidade, Único em pessoa e, também,
que missões? essência de Deus na Trindade. Ele é na missão e nos ensinos. Uma cris-
a Palavra pelo qual Deus construiu o tologia baseada na doutrina da Trin-
1) A razão para a ação mundo. Veja Gênesis 1. Essa Palavra dade é a base da reivindicação cristã
missionária do cristão e igreja se fez carne em Belém, no 1º Natal para a unicidade e universalidade do
(João 1.1-14). É uma Pessoa singular. evangelho de Cristo.
A singularidade da pessoa de Jesus Não tem paralelo na história religio-
Podemos dizer que Cristo é sa e humana. Ele é ontologicamen- 2) O escopo da ação
único em seu nascimento, em seus te peculiar. Tinha duas naturezas missionária
ensinos, em seus milagres, em sua em uma só personalidade. Por isso, Seja co-participante do Reino,
vida peculiar, em sua morte, em sua só Jesus é “o caminho, a verdade e proclamando Jesus aos confins da
ressurreição e em sua ascensão. Sem a vida” (João 14.6). A sua ontologia Terra
dúvida, a vida de Jesus e seus ensi- explica a sua unicidade em matéria Ação missionária é estar en-
nos foram singulares. Desafiou seus de salvação. Só Ele podia unir Deus e volvido com o amor de Deus pelo
oponentes com uma pergunta (veja o ser humano, antes separados pelo mundo. Paulo se envolveu apaixo-
João 8.46). Sua pureza moral deixou pecado. A realidade das duas natu- nadamente com o plano de Deus na
seus inimigos sem ação. Devido a rezas de Cristo, e a consciência do história. A Igreja em Corinto foi re-
sua impecabilidade, Jesus é o nos- Deus Trino, não são fruto de espe- sultado desta ação missionária. Pau-
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lo não insistia em seus direitos, caso Lei tornei-me como sem Lei e fraco por causa da singularidade da pessoa
isto fosse um tropeço ao Evangelho para os fracos”. O escopo da missão de Cristo. Não existe possibilidade
(confira 1Coríntios 9.1-15). Na par- de Paulo era bem amplo. de salvação sem Cristo (João 14.6,
te seguinte do texto, em 1Coríntios A paixão de Paulo era de glori- Atos 4.12, 1Timóteo 2.5-6). Temos
9.16-27, o assunto é a missão. Missão ficar a Deus sendo co-participante de entender que Evangelho do Reino
denota propósito, alvo e sentido de do progresso e extensão do Rei- é uma coisa e Religião, qualquer que
vida. Ligado à missão, os versículos no (1Coríntios 9.23 e Colossenses ela seja, é outra coisa. O Deus das
19 e 20, enquadravam-se dentro da 1.24). Daí as ênfases: “ai de mim Sagradas Escrituras é o Deus Trino,
lei judaica a fim de ganhar os judeus. se não pregar o Evangelho” (9.16); centralizado em Jesus Cristo, onde
Contudo, seu alvo era muito mais “tornei-me” para com os judeus, um a encarnação, cruz e ascensão pos-
amplo. Ganhar, também, os gentios judeu; “assim corro .... assim esmur- suem um caráter decisivo universal.
(9.21). Não mandava os pais gentios ro...”. A mensagem de Jesus é de ex- Preguemos o Evangelho. O ser
circuncidarem seus filhos (9.22). No clusividade ideológica, mas não so- humano e o mundo precisam conhe-
verso 23, Paulo diz que fazia tudo ciológica. O Evangelho é para todos cê-Lo. O que é de real valor na vida e
isso por causa do Evangelho para ser os povos, nações, tribos e línguas. existência humana é o conhecimen-
co-participante dele. Glorifique a Deus sendo co- to de Deus que vem pelo Evangelho.
Paulo apresenta aqui o mode- participante na extensão do Evange- Sem isso, a vida e a história são trági-
lo encarnacional como método de lho de Cristo de diversas maneiras. cas e redutoras. Foi Jesus quem per-
testemunho. Por cinco vezes Paulo Que “para o louvor de Tua glória, guntou: “que adianta o ser humano
usa a expressão “tornei-me”. Seguiu vem Senhor, Tua história escrever ganhar o mundo inteiro e perder a
o exemplo de Jesus, que “se fez car- através de nossa vida”, seja a nossa sua vida?”. Contudo, antes de pregar
ne e habitou entre nós” (João 1), e oração. precisamos entender quem é Jesus e
se fez “escravo de todos, judeu para sua singularidade. Levemos Cristo e
com os judeus, para os da Lei como Conclusão o Deus das Sagradas Escrituras aos
se estivesse sujeito à Lei, para os sem A universalidade do Evangelho é extremos da Terra!

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2° Missões: Privilégio e
Estudo
Bíblico
Missionário Responsabilidade Pessoais
“Faço tudo isso por causa do evangelho, para também ser participante dele” (1Co 9.23)

Pr. Sebastião Lúcio – ex-missionário da JMM

Introdução móveis). Instituições e organizações sões é tudo isto e muito mais! Je-
“Contudo, quando prego o Evan- não pregam nem testemunham do sus mesmo sabia disso quando nos
gelho, não posso me orgulhar, pois Evangelho. Esta tarefa é para a igreja constituiu Suas testemunhas. Ele
me é imposta a necessidade de pre- em sua constituição de organismo sabia a responsabilidade que é levar
gar. Ai de mim se não pregar o Evan- vivo, pedras espirituais, que somos a mensagem de salvação ao mun-
gelho!” (1Coríntios 9.16) nós, povo de Deus, ativo, missioná- do, e a batalha espiritual que a obra
De um modo geral, entendemos rio, comprometido, testemunhas envolve. Entretanto, sabemos que é
a obra missionária como uma res- atuantes de Cristo no mundo. Pes- um privilégio participar do projeto
ponsabilidade da igreja de Cristo. soas pregam o Evangelho; pessoas missionário pelo fato de irmos ao
Certamente é uma responsabilidade testemunham do Cristo, Salvador e mundo com uma mensagem divina.
que a Igreja recebeu do Senhor para Senhor. Pessoas oram em favor de É sabido que os anjos gostariam de
testemunhar e proclamar o Evange- missões e ofertam para o sustento proclamar essa mensagem ao mun-
lho a todos os povos (Marcos 16.15). missionário. Pessoas vão ao campo do (1Pedro 1.12), mas Deus nos deu
Essa tarefa, hoje, está em nossas atendendo ao chamado divino. Nos- este privilégio, não obstante nossas
mãos, pois muitos povos ainda estão sa Eclesiologia (a doutrina da Igreja) limitações humanas. Sem dúvida
esperando para ouvir as Boas Novas. nos ensina que, como povo de Deus, esta é uma séria responsabilidade,
É a tarefa mais urgente e necessária fomos constituídos por Jesus como mas sua dimensão espiritual a tor-
que a Igreja de Cristo tem no mun- Suas testemunhas e proclamadores na um grande privilégio. Afinal esta
do: levar a mensagem da salvação do Evangelho a todos. Esta tarefa é a única mensagem anunciada no
em Cristo ao mundo inteiro. Esta é a da igreja é minha e é sua; é de cada mundo que leva aqueles que a rece-
tarefa missionária da Igreja. pessoa que foi alcançada pela mara- bem à eternidade. A tarefa missio-
vilhosa graça e misericórdia de Deus nária realizada pelo povo de Deus
Tarefa da Igreja?! Qual Igreja? reveladas em Jesus Cristo. Quando é obra que povoa o céu com vidas
De modo mais amplo e geral, falamos que missões é responsabili- transformadas pelo Evangelho. Não
somos levados a pensar em missões dade da igreja, queremos dizer que existe privilégio maior do que este,
como uma “tarefa da igreja”. Por isso missões é tarefa de cada um de nós: e toda responsabilidade envolvida
muitos se escondem atrás de de- pessoal, intransferível e inadiável. nesta tarefa é recompensada pelo re-
terminado “conceito de igreja” para sultado eterno que ela produz.
afirmar a responsabilidade com a Responsabilidade privilegiada
obra missionária sem considerar a Em geral, pensamos em respon- Envolvimento Pessoal
dimensão pessoal de Missões. Pre- sabilidade como uma tarefa árdua, Missões é um apelo divino a cada
cisamos compreender que a igreja, dif ícil e, por vezes até, sacrificial. pessoa que já recebeu a salvação em
enquanto instituição (estatutos, re- Sempre que ouvimos a palavra “res- Cristo. Ainda que deva envolver
gimento interno, projeto funcional, ponsabilidade” imaginamos algo toda a comunidade de fé, ela conti-
diretoria legal) não realiza a obra que nos trará encargos e atividades nua sendo uma tarefa de cada crente
missionária. Nem tão pouco a igreja que custarão esforço, bens e tempo. em sua consciência e compromisso
enquanto estrutura (prédios, salas, Não podemos nos enganar: mis- de vida com o Senhor Jesus. Por isso

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devemos desenvolver este privilé- ferver de alegria e regozijo espiritual de outra maneira. Como recusar
gio de várias maneiras e em várias por Missões (Salmos 45.1); este privilégio de levar a mensagem
necessidades da obra missionária, 4. Orando em favor de Missões – As da vida eterna ao mundo com nos-
como por exemplo: orações intercessórias do povo de sas próprias palavras e com nossa
Deus em favor da obra de evangeli- própria vida? Por isso a Palavra nos
1. Amando Missões – A obra mis- zação mundial têm sido uma verda- encoraja a atender ao chamado mis-
sionária só se torna plenamente deira alavanca espiritual a serviço do sionário: “quão formosos os pés que
possível quando o crente pode sen- avanço missionário no mundo. En- anunciam as Boas Novas” (Romanos
tir, pelo mundo perdido, o mesmo volva-se na intercessão missionária, 10.15).
amor unilateral e sacrificial que Je- pois a oração de um justo é poderosa Estas possibilidades mostram
sus sentiu. Não podemos esquecer em seus efeitos (Tiago 5.16); que, na obra missionária, há espaço
que missões só se tornou possível 5. Ofertando – Consagre seus bens para todos e para cada um participar
porque Deus nos amou e nos enviou a Deus através de ofertas missioná- cooperando com Deus. Ninguém
Seu filho ao mundo (João 3.16); rias que representem a dimensão do tem motivo ou desculpa para ficar
2. Encorajando – Podemos fazer seu amor em favor da evangelização de fora.
contato pessoal com nossos missio- mundial. Compartilhe suas bênçãos
nários e suas famílias com palavras materiais e exerça a liberalidade cris- Conclusão
de encorajamento e estímulo através tã em favor dos povos e nações que Não podemos somente pensar
de cartas, e-mails, cartões, ou outras ainda não ouviram a mensagem de na obra missionária como responsa-
maneiras disponíveis em nossos Cristo, certo de que realmente “Deus bilidade pessoal a ponto de nos es-
dias. Paulo reconhecia o valor do ama ao que dá com alegria” (2Corín- tressarmos. Devemos fazer o que es-
encorajamento: “Por isso, irmãos, tios 9.7); tiver ao nosso alcance para avançar
em todas as nossas dificuldades e so- 6. Enviando missionários – Uma com a mensagem até os confins da
frimentos temos sido animados por maneira de fazer missões é ajudar a terra. Certamente, missões é minha
causa de vocês. A fé que vocês têm enviar alguém que esteja disponível tarefa pessoal. É uma tarefa inescu-
foi o que nos animou” (1Tessaloni- para ir aos campos. Se por algum sável, inadiável e intransferível. É
censes 3.7); motivo você não pode ir pessoal- uma obra que não aceita desculpas
3. Divulgando a obra – Pessoas pre- mente ao campo, ajude alguém que pessoais, que possa ser deixada para
cisam conhecer a obra missionária possa ir através do Projeto de Ado- depois, ou mesmo que eu possa dei-
para se envolver nos projetos que ção Missionária (PAM). Dessa for- xar nas mãos de outros. Como cris-
Deus tem desenvolvido através de ma você responde de modo positivo tãos, precisamos nos envolver direta
nossos missionários em várias partes à pergunta bíblica: “como irão se não ou indiretamente no projeto missio-
do Brasil e do mundo. Passe adiante forem enviados?” (Romanos 10.15); nário que Deus nos deu em favor do
as mensagens missionárias, estimule 7. Indo – Quando Deus nos chama mundo. Este envolvimento deve ser
pessoas a conhecerem as necessida- para dedicar nossa vida nos campos na plena convicção de que fazer mis-
des de oração e apoio, seja um divul- missionários Ele nos dá a oportuni- sões não é somente uma responsabi-
gador das coisas boas que Deus está dade de testemunhar a pessoas que lidade, mas, sobretudo um privilégio
fazendo, que fazem o nosso coração talvez nunca ouvirão o Evangelho que Deus me dá.

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Estudo
Por que devo ir
Bíblico
Missionário até os confins da Terra?
“Faço tudo isso por causa do evangelho, para também ser participante dele” (1Co 9.23)

Pr. Francisco Sanches – missionário da JMM

O tema “Por Cristo, vou até os e 20-21; Apocalipse 13.8). vor e humilhação do homem, e o
confins da Terra” pode ser aborda- Do Éden à cruz, ainda que en- trouxe à luz a vida e a imoralidade,
do a partir de vários textos bíblicos. frentando resvalos humanos, a per- maior anseio e realização do ho-
Preferimos tomar Atos 1.8 e nele nos severança divina move a história e, mem (2Timóteo 1.8-10; Hebreus
ater, considerando, primeiramente, na sucessão de eventos, efetiva sua 2.13 e 14).
o “porquê” do ir. Cada ação deve ser finalidade, a redenção do homem À luz dessa realidade, o amor de
justificada por uma razão séria, do (Weltgeschichte e Heilsgeschichte*). Deus aos homens há que ser anun-
contrário, cai-se no solo da casuali- Os séculos de preparação, no Anti- ciado a todos os povos da Terra,
dade. go Testamento, apontam uma tarefa cada geração à sua geração, simul-
Por que devo ir até os confins da universal do povo de Deus naquela taneamente, carecendo de execução
Terra? A melhor resposta deve vir da dispensação que se projeta, mais por parte da Igreja do Senhor Jesus
percepção do “propósito de Deus”. O explicitamente, na revelação e no Cristo, o que implica mandamento,
Universo é resultado do propósito pacto da Nova Aliança, na qual o carecendo e execução e, por con-
bem definido, bem determinado do propósito divino efetiva a obra justi- sequência, da parte de cada crente.
Senhor. Tudo o que existe manifesta ficadora na pessoa de Jesus de Naza- A Igreja é constituída de membros
uma finalidade inteligente da parte ré, Senhor e Cristo (Lucas 24.44-49; (pessoas regeneradas) e, somente
do Criador. Assim, o ser humano é Atos 10.37-43). quando cada membro desincumbir-
o clímax desse propósito na ação de O Cristo, ressurreto dentre os se da missão, a Igreja o terá feito atra-
Deus, vindo a existir para “louvor de mortos, incumbe, pois, sua Igreja, o vés de cada um desses seus mem-
Sua glória” (Efésios 1.6). novo Israel, o Israel da fé, de tornar- bros. Por isso, por Cristo, vou até os
É inegável a realidade histórico- se o agente histórico da continui- confins da Terra.
teológica da corrupção moral e dade da História numa linearidade
espiritual da pessoa humana, a sua dirigida à sua consumação, que será Mas, por que devo ir até os con-
experiência de pecado, que alienou a manifestação em concreto de seu fins da Terra?
a criatura do Criador, sem contudo propósito eterno feito na pessoa de 1.1) Porque Cristo é a expressão
inviabilizar a efetivação dos planos Seu Filho, Jesus Cristo (Efésios 1.10 e máxima do amor do Pai por mim e
divinos. A intervenção do diabo tra- 3.10 e 11; Mateus 28.20b). pelo mundo (João 3.16; Romanos
zia em seu bojo tal intenção. O que o A missão, o encargo dado pelo 5.8; Gálatas 2.20).
diabo não poderia prever é que Deus Mestre, reveste-se de significado e Uma leitura cuidadosa da Bíblia
não se deixa surpreender. O adven- relevância transcendentes a qual- nos revela, em toda a extensão de
to da queda estava incluso na obra quer outro, pois implica na procla- seu conteúdo, a grandeza do caráter
completa e perfeita de Deus: “eis que mação da mensagem que nenhuma de Deus, amando a pessoa humana,
tudo era muito bom”. A Redenção é outra instituição é capaz, ordenada pacientemente buscando-a, perdo-
realidade constituinte do propósi- e autorizada a fazer: proclamar vida ando-a, suportando seus erros, suas
to divino na eternidade e não uma em Jesus a todos os seres humanos falhas, seus pecados. A história de
ação emergencial, consequente do (Lucas 24.47). A obra completa de Israel é a história da bondade divi-
advento do pecado (1Pedro 1.10-12 Cristo aniquilou a morte, maior pa- na, de Sua longanimidade, como

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Pai amoroso, sempre cercando-o de fé nEle, conciliando-nos com Deus, ção “sentimento” deve se entendida
atenção, cuidado, suprindo cada ne- fazendo-nos filhos e herdeiros (João como “percepção”, “entendimento”
cessidade. 1.12; Romanos 5.1 e 2 e 8.14-17). (phroneite). Jesus fez tudo o que fez
Se quisermos deixar outros con- Encontramos registrados, no por entender nossa condição, neces-
teúdos, bastam-nos os Salmos e o re- Novo Testamento, cinco vezes o sidade, e por se submeter à vontade
gistro ali, de experiências sublimes. mandamento de ir; quatro vezes do Pai: do céu veio ao mundo, aonde
Mas quando chegamos ao Novo nos Evangelhos e uma vez em Atos. o Pai O enviou; tornou-se a pessoa
Testamento e lemos de Jesus, de No Evangelho de João, Jesus afirma: que o Pai queria que ele fosse; fez a
Seus ensinos, de Suas ações, de Sua “Aquele que tem os meus manda- obra que o Pai queria que ele fizesse,
entrega por nós, temos de nos cur- mentos e os pratica, esse é o que me proclamando-a “consumada”. Ele nos
var, adorar, agradecer pelo que hoje ama”; “Vós sois meus amigos se fizer- estimula com Seus atos: “para que
temos e somos. O impacto da gló- des o que eu vos mando” (João 14.15 como eu fiz, assim, façais vós tam-
ria de Cristo em nossas vidas (João e 21; 15.14). Obedecer ao Senhor Je- bém” (João 13.14 e 15; 1Pedro 2.21).
1.14), é tão forte que não podemos sus é honrá-Lo; é aceitar a honra que O ministério abrangente de Jesus
negligenciar o privilégio do encar- nos concede em dar-nos tão elevado foi de total dinâmica (Mateus 9.35).
go. Como Pedro e João, temos que encargo. Sua preocupação: as multidões ca-
dizer: “Não podemos deixar de falar rentes. Seu sentimento: a compaixão
do que temos visto e ouvido” (Atos 1.3) Porque Cristo fê-lo, dei- (splanchnon). Sua ação: fazer o bem.
4.20). xando-nos Seu exemplo, esti- Seu fazer: com perfeição. Sua dis-
mulando-nos a segui-Lo. posição: obedecer o Pai (João 4.34 e
1.2) Porque Cristo nos manda Há uma série de registros dos 13.49 e 50).
ir atos de Jesus que nos estimularam O discípulo segue o Mestre e
Na vida, durante nosso estágio atuar no mundo. Dois desses re- empenha-se por repetir o Mestre.
terreno, somos sujeitos a muitas di- gistros falam do “fazer-se homem” Jesus é o nosso Mestre. Por isso: por
ferentes autoridades em muitos di- (João 1.14; Filipenses 2.5-11). Neste Cristo, vou até os confins da Terra.
ferentes contextos, e obedecemos. último, o fato é descrito de manei-
Sabemos que tal disposição nos ga- ra tão viva que já deu até ocasião a ______________
rante uma vida calma e tranquila. O um sistema teológico equivocado, ( * ) Karl Löwith: Meaning in History
Senhor Jesus nos concede a paz que chamado de “A morte de Deus”. (tradução inglesa do original ale-
promana da nossa justificação pela No registro de Filipenses a tradu- mão, 1949).

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Estudo
Bíblico
A causa que vale a pena
“Faço tudo isso por causa do evangelho, para também ser participante dele” (1Co 9.23)
Missionário

Pr. Josué Campanhã – Diretor da Sepal Brasil

O
dia 11 de setembro de 2001 os outros. O terrorista faz qualquer do deixa de orar, contribuir, ir, pregar
ficou conhecido em todo coisa para arranjar dinamite e bom- ou ensinar todas as coisas que Jesus
o mundo como o maior bas, amarra-as ao corpo e explode mandou.
atentado terrorista da história da tudo que for possível. O cristão pega Muitos também cometem “aten-
humanidade. Aconteceu em Nova a Bíblia “dinamitada” que tem à sua tados missionários” quando despre-
Iorque, nos EUA. Além dos prédios mão, e guarda-a bem guardada, com zam a obra missionária, são insensí-
derrubados, cerca de 6 mil pessoas medo que ela faça estragos em sua veis à necessidade de testemunhar
morreram ou desapareceram. Mor- vida e na vida das pessoas que estão de Jesus ou simplesmente não se
reram pela ação de terroristas que, ao seu redor. interessam pela salvação de mais
motivados pela causa que acham O terrorista tem alvos especí- pessoas. O resultado são milhares de
certa, mas que é certamente erra- ficos. Ele quer explodir prédios e pessoas morrendo todos os dias, sem
da, jogaram aviões lotados contra matar pessoas. O crente muitas ve- esperança e sem Jesus, e que habita-
dois prédios. O atentado é um ato zes não tem alvo. O máximo que ele rão o inferno eternamente. Isto sim,
criminoso. Todos nós condenamos faz é construir alguns prédios que é um verdadeiro atentado, sem chan-
os atentados terroristas e temos até são chamados de “igreja” para se es- ce de reação por parte dos atingidos.
medo deles. conder dentro deles. Talvez a única Para debater a questão em grupo, e
No entanto, gostaria de refletir coisa em que o terrorista e o cristão saber se você tem participado dos aten-
sobre um outro tipo de atentado. são iguais é que ambos podem ma- tados missionários ao redor do mundo,
Em primeiro lugar ele não é um ato tar pessoas. O terrorista quer matar responda às perguntas a seguir:
criminoso, mas talvez seja até um pessoas para defender sua causa. O
pouco pior. Depois, ele não é come- cristão pode matar algumas pessoas 1) Diante da morte de pessoas por
tido por terroristas com uma falsa por não propagar a sua causa. causas que não valem à pena, qual a
esperança, mas é cometido por cris- Como disse acima, cerca de 6 mil sua reação?
tãos que têm esperança de uma vida pessoas morreram naquele atentado 2) Pela causa de Cristo, pelo sacrif í-
eterna. Este atentado não usa explo- terrorista. Centenas de pessoas con- cio que Ele fez, você entregaria a sua
sivos ou aviões seqüestrados, mas tinuam morrendo todas as sema- vida?
poderosas armas invisíveis como nas em várias partes do mundo em 3) Você tem orado por missões cons-
desprezo, desinteresse e insensibili- atentados terroristas. No entanto, tantemente?
dade. Trata-se do “atentado missio- milhares de pessoas morrem diaria- 4) Ajuda a sustentar missionários?
nário” que muitos cristãos cometem mente pelo mundo, por causa dos 5) Obedece ao Ide de Jesus em sua
semanalmente. “atentados missionários” cometidos vida?
Quando um terrorista descobre por milhares de cristãos. Um cristão Se você respondeu “Sim” às per-
a falsa esperança que lhe é vendida, comete um “atentado missionário” guntas, alegre-se, pois você está con-
já é tarde demais e acabou morren- quando deixa de fazer aquilo que tribuindo para levar salvação a muita
do por ela. O cristão, depois que Deus está pedindo que ele faça pela gente. No entanto, se você respon-
descobre a esperança de vida eterna, obra missionária. Um cristão come- deu “Não”, leia o estudo outra vez e
morre com ela, sem repartir com te um “atentado missionário” quan- pense um pouco no assunto.
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