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Tendo como base o princípio do devido processo legal, expresso no artigo

5º, inciso LIV da Constituição Federal, que garante que ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal, subentende-se que
todos os demais princípios constitucionais são espécies deste. Ele possui como
essência a possibilidade efetiva de a parte ter acesso à justiça, pleiteando o que
acredita ter direito e defendendo-se de forma plena de todas as acusações a ela
imputadas, mediante a utilização de todos os meios legalmente permitidos.
O artigo 5º, inciso LV, consagra o princípio do contraditório e da ampla
defesa. É o princípio que rege a bilateralidade dos atos e termos processuais e a
possibilidade de contrariá-los. Significa que toda pessoa física ou jurídica que
tiver que manifestar-se no processo tem o direito de invocá-lo a seu favor. O
princípio do contraditório, também traduzido na expressão audiatur et altera
pars, exige que sempre se ouça a outra parte da demanda antes de se tomar a
decisão. Quando uma das partes alega alguma coisa, há de ser ouvida também
a outra, dando-lhe oportunidade de resposta.
São requisitos para a efetividade do princípio do contraditório: a notificação
dos atos processuais à parte interessada; a possibilidade de exame das provas
constantes do processo; o direito de assistir à inquirição de testemunhas; o
direito de apresentar defesa escrita. O princípio constitucional do contraditório
consiste em se garantir às partes as mesmas oportunidades e instrumentos
processuais hábeis para a efetivação de seus direitos e pretensões, ao ajuizar
uma ação, ao deduzir respostas, ao requerer e realizar provas ou ainda ao
recorrer das decisões judiciais. As partes hão de gozar de igualdade jurídica,
"combatendo com armas iguais", no sentido de garantir justiça interna no
processo.
Em se tratando de garantia constitucional, o princípio do contraditório deve
ser observado irrestritamente, por todas as esferas públicas, no âmbito dos três
poderes. O Poder Judiciário, responsável pela aplicação da lei ao caso concreto
através do instrumento denominado processo é, por excelência, o primeiro
garantidor da efetividade do princípio do contraditório. As partes devem poder
desenvolver de forma completa, a sua defesa, sem limitacões impostas
arbitrariamente. Qualquer disposicão legal, em contraste com essas regras,
deve ser considerada inconstitucional e por isso inválida.
A própria essência do contraditório exige, obviamente, que participem do
processo pelo menos dois sujeitos. No diálogo entre as partes e o juiz nenhuma
iniciativa de instrução, pode prosseguir sem que a parte, onerada pela iniciativa,
tenha sido capacitada para defender-se e formular sua contradicões. Nenhum
fato pode contribuir para a decisão sem que tenha sido previamente discutido.
Às parte deve ser ofertada a oportunidade de intervirem, garantindo a
contraposição na busca da verdade, deixando a seu livre arbítrio exercer esse
direito ou não.
A participação em contraditório se desenvolver entre as partes, porque a
disputa se passa entre elas, elas são as detentoras de interesses que serão
atingidos pelo provimento. O juiz perante os interesses em jogo é terceiro, e
deve ter essa posição para poder comparecer como sujeitos de atos de um
determinado processo e como autor do provimento. O contraditório realizado
entre as partes não exclui que o juiz participe atentamente ao processo, mas, ao
contrário o exige, sendo um princípio jurídico, é necessário que o juiz a ele se
atenha, adote as providências necessárias para garanti-lo, determine as
medidas adequadas para assegurá-lo ele mesmo.
A preocupação com o rápido andamento do processo, com a superação do
estigma da morosidade da Justiça que prejudice o próprio direito de acesso ao
Judiciário. As propostas que abreviam o momento da decisão são
particularmente voltadas para a economia e a celeridade como predicados
essenciais da decisão justa, sobretudo quando a natureza dos interesses exige
que os ritos sejam simplificados. Contudo a economia e a celeridade do
processo não são incompatíveis com as garantias das partes, e a garantia
constitucional do contraditório nao permite que ele seja violado em nome do
rapido andamento do processo.
Ao assistir uma audiência de instrução e julgamento no Fórum Lafaiete, 14ª
vara cível, pude observer que o princípio do contraditório foi assegurado, de
forma que tanto a parte autora quanto a parte ré do processo foram ouvidas pelo
juiz e os advogados puderam questionar as partes contrárias e as testemunhas
ali presentes afim de conseguirem novos dados que contribuíssem a favor de
seus clientes. O juiz antes de ouvir o que as partes tinham para dizer, tentou
uma conciliação com intuito de fazer com que ambas as partes ficassem
satisfeitas com o fim do processo. Como não foi possível, ouviu a versão de
cada um separadamente e as testemunhas da parte autora. Ao réu foi assistido
o mesmo direito de chamar testemunhas a seu favor, o que por decisão da parte
nao ocorreu. Todos os presentes puderam assistir ao depoimento das
testemunhas. O autor e o réu responderam a todos os questionamentos feitos
pelo juiz, garantindo a este a possibilidade de dar a sua decisão de maneira
justa, sem que nenhum princípio constitucional fosse violado.
Naquela audiência constatei que o princípio do contraditório, que é uma
manifestação do Estado Democrático de Direito, foi fielmente seguido, pois as
partes se mantiveram em pé de igualdade diante de todos os atos ali ocorridos,
trazendo assim para a sociedade a tranquilidade de saber que o Poder Judiciário
garante os direitos fundamentais que são indispensáveis para haja a verdadeira
justiça e liberdade.

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