Orientado por:
Discente:
2008
Dedico este trabalho à minha família que cresce verdejante como uma nogueira.
2
Agradecimentos
Não posso agradecer o suficiente à professora Ana Rosa, por ter aceite este
projecto.
A todas as pessoas que colaboraram nesta investigação, e cujo nome não consta
Eunice Fontão, Fernanda Bahia, Paulo Santos, Teresa Calvão e Tiago Domingos.
activo.
questionário.
Não teria chegado a escrever estas linhas sem o incondicional apoio da minha
Resumo
pesquisas futuras.
4
Abstract
The objective of this research was to study the relation between Depression and
contact with Nature in first year college students from universities from Lisboa
and Porto. Participants were N=396, ages ranging between 18-54, M=22,41, of
and contact with Nature, the Beck Depression Inventory – II (BDI-II) and the
outdoors activities (r=-0,17; p=0,001), particularly for men (t=-0,51; p=0,001) and
depressed (t=2,5; p=0,01). Only one CNS item showed significant correlation with
discussed.
5
Índice Remissivo
Introdução
certas formas de coping activo que parecem ser eficazes como forma de auto-
ajuda. Os métodos que têm mais evidências em seu favor incluem o uso de
para depressividade sazonal (Jorm & Griffiths, 2005; Southwick, Vythilingam &
exercício físico, além de ter outros benefícios na saúde (de Vries, 2006; Pikora,
zonas urbanas e rurais, que não se sabe deverem-se ou não ao contacto com a
(ex. Wells & Evans, 2003), humor depressivo (ex. Korpela, 2003), fadiga (ex.
Marmol, Cooley & Gathercoal, 2004), entre outros. Restam no entanto dúvidas
pesquisa já realizada (Korpela, 2003; Pretty, Peacock, Sellens & Griffin, 2005;
nossas vidas. Até certo ponto, é uma reação natural a acontecimentos que nos
convive diariamente com estas pessoas (Jamison, 2004; Stefanis & Stefanis,
2002).
Este estado de humor passa a ser patológico se o indivíduo está mais triste do
duas semanas. Estes critérios, apesar de discutíveis, reúnem grande consenso e são
pelas duas instituições. Apesar de haver ainda um debate sobre o assunto, e do uso
alargado destes critérios, parece não ser possível demarcar um limite a partir do
2002). Também na distimia há uma menor gravidade dos sintomas, mas que se
Epidemiologia
A OMS estima que 10,5% do total dos anos de vida com saúde perdidos (DALY)
Europa, verificamos que 20% dos DALY são devidos a este tipo de perturbações,
são as mais afectadas, havendo uma relação de 1,5 a 3,0 vezes a prevalência nos
homens. Em alguns estudos, mas não todos (por ex. Angst et al. 2002), esta
diferença é maior na idade reprodutiva das mulheres, sendo quase ausente antes
de risco, mas este risco é menor nos países mediterrâneos e noutras populações em
que o papel de dona de casa é valorizado. Há ainda evidências (Hunt, Auriemma &
Cashaw, 2003) de que esta diferença pode ser devida aos homens camuflarem a
sua Depressão, por esta ser socialmente indesejável. Estas diferenças extendem-se
religião (Angst et al., 2002). Em relação à idade, é também claro que a Depressão é
(Bebbington, 2004).
exemplo, foi seis vezes superior a uma amostra em Santander (Espanha). Houve,
2005, parece não haver dados publicados com base populacional. Houve no
entanto dois estudos publicados nos anos 80 para a zona Centro que resultaram
avaliado pelo Beck Depression Inventory, números que pecarão por excesso, dado
22% da população. Nos E.U.A., dos estudantes com sintomas depressivos que
procuram ajuda, 45% acabam por ser diagnosticados com Depressão (Geisner,
Neighbour & Larimer, 2006). Pelo menos um estudo longitudinal demonstra que a
aos E.U.A., que há um número cada vez maior de estudantes universitários com
nos estudantes que recorrem a apoio psicológico. Por exemplo, numa amostra
Bioneurologia da Depressão
Eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal
inúmeros estudos (Cleare, 2004; Gillespie & Nemeroff, 2005). Quando o nível
Depressão de que sofrem muitas destas crianças (Cleare, 2004). Se por um lado
Eixo tiroidal
humor (Wong & Licínio, 2001). Pacientes com hipotiroidismo e por vezes
no funcionamento da tiróide, o que faz com que seja aceite e eficaz o uso de
2004).
perturbada nos pacientes deprimidos, mas não há consenso quanto ao seu papel
para cima da colina, por exemplo parece ter um efeito depressivo (Manji,
(Bieling & Segal, 2004).O autor refere três conceitos principais para explicar a
o paciente erroneamente pensa que está sendo rejeitado, reagirá com o mesmo
efeito negativo (por exemplo, tristeza, raiva) que ocorre diante da rejeição real."
situações semelhantes, o mesmo esquema cognitivo é activado, o que faz com que
negativo.
Este modelo avança com uma hipótese explicativa, embora ainda pouco
esquemas. Segundo este modelo, no entanto, não existe uma primazia dos factores
primário nesta perturbação do humor (Beck et al, 1982; Bieling & Segal, 2004).
18
O Homem e a Natureza
objecto de culto e celebração em quase todo o mundo. O valor deste último tipo
de serviços para a saúde é, como é claro, bem mais difícil de medir (MA, 2005).
Pretty e seus colegas (2005) distinguem três níveis de contacto com a natureza.
como uma pintura, vídeo, etc.). O segundo nível é a proximidade casual com a
natureza (no caminho para o trabalho, convivendo num jardim, etc.). O terceiro
montanhismo, etc.). Mas também, como veremos mais adiante, ter contacto
com a Natureza leva a criar com ela uma ligação emocional (Mayer & Frantz,
Biofilia
hipótese de que os seres humanos teriam inatamente uma ligação emocional aos
outros seres vivos. Esta noção está inevitavelmente ligada a uma outra, a biofobia,
por ter tido uma grande importância ao longo do percurso evolutivo da nossa
contrário, outros estímulos bem mais perigosos para o Homem moderno como o
facilidade (Wilson, 1993). A biofilia teria ainda como corolário crenças religiosas,
os mais urbanizados (Kellert & Wilson, 1993). Segundo Penn (2003) esta teoria
preferências ambientais, e foi uma boa hipótese de trabalho para estudar a relação
Ecopsicologia
Este olhar sobre o nosso vínculo com a Natureza "mais que humana" toma,
vários autores desta área, há alguns pontos que Scull (1999) aponta como mais
sentido de "curar a relação com o planeta" não se devem focar apenas no self
Psicologia Ambiental
clínica, facto que é ilustrado pelo papel secundário que assumem no DSM-IV.
dos seus clientes, mesmo reconhecendo a sua importância. Já foi observado, por
2002).
ambientes naturais (Staats, Kieviet & Hartig, 2003; Ulrich, 1993). Isto foi
desde a simples vista duma janela (Kaplan, 2001) até à prática de exercício
em detrimento dos ambientes urbanos (Van der Berg, Koole & Wulp, 2003).
também, para a sanidade mental dos seres humanos (Scull, 1999). Os psicólogos
ecológicos. Com o fim de testar a sua hipótese, vários autores criaram escalas
para medir a força da ligação à Natureza em termos afectivos. Kals et al. (1999)
Connectedness to Nature Scale (CNS) (Mayer & Frantz, 2004). Esta segunda
23
Paradigm), uma escala usada com muita frequência para medir crenças pró-
ambientais. A CNS está ainda correlacionada com uma maior satisfação com a
vida.
24
da Grécia Antiga prescreviam viagens a sítios com "melhores ares" para o alívio
que o exercício e o ar limpo dos Alpes era benéfico para, entre outros males, a
destinada aos habitantes ricos das grandes cidades, que tinham possibilidade de
Homem (Frumkin, 2001). Por outro lado, nos últimos séculos parece ter surgido
(Gullone, 2000).
psicológico dessas populações, assim como para a redução da poluição não deve
Nations Population Fund, 2007). Foi demonstrado por diversos autores que
rendimentos (Mayer & Frantz, 2004; Pretty et al., 2005), e que por outro lado
estar insatisfeito com os espaços verdes disponíveis num contexto urbano era
um correlato significativo de uma pior saúde mental (Guite, Clark & Akrill,
2006).
Há por outro lado evidências de que o contacto com a Natureza nas suas
diversas formas (ver de Vries, 2006) tem um impacto positivo na saúde e bem-
maior base empírica que confirme esta ligação (Maller, Townsend, Pryor, Brown
longo dos quais eram convidados a registar num diário os seus pensamentos e
preencher alguns questionários. Kaplan & Kaplan (1989), com base nos dados
2001). Apesar dos mais de 500 programas terapêuticos deste género existentes
vivência em grupo ou ainda de estar de férias. Alguns autores (por ex. Burns,
27
Plantas
A presença de plantas está associada a uma maior satisfação com o bairro, mais
(revisto por Frumkin, 2001), realizado nos E.U.A. e envolvendo mais de 2000
pessoas, 40% que concordam que estar perto de plantas as faz sentir mais
resultados numa tarefa que requeria atenção quando estava presente uma
planta na sala do que quando não havia nada ou quando havia uma prateleira de
Muitos hospitais têm jardins, o que parece ter um efeito benéfico no processo
28
clínicas dão especial atenção ao design do seus jardins, de modo a criar “jardins
al., 2004).
Animais
Na Europa, pelo menos 52% dos lares têm animais de estimação. Este
membro da família, cerca de metade dos adultos e 70% dos adolescentes vêm o
foram replicados (Beck & Meyers, 1996; Frumkin, 2001; McNicholas et al.,
2005).
casais. Os donos de animais tinham uma batida cardíaca mais lenta e a tensão
seu animal de estimação, o que levou os autores a concluir sobre os seus efeitos
benéficos no stress.
Não existe ainda uma definição consensual do que é a terapia assistida por
Frumkin (2001) revê uma série de estudos que se debruçaram sobre os efeitos
terapêuticos dos animas e conclui que existem benefícios em usar animais para
fins psiquiátricos. Por exemplo Barker & Dawson (1998) realizaram um estudo
ansiedade, sem que houvesse diferenças significativas entre o grupo que teve
terapia com animais e o grupo que teve uma actividade recreativa no geral, foi
encontrado que a terapia com animais fez efeito numa maior variedade de
Exercício verde
O exercício físico regular tem sido usado como tratamento adjunto eficaz em
uma tela branca. Verificou-se que os efeitos do exercício físico no humor e auto-
ser cenas urbanas ou rurais com espaços verdes bem tratados, ou com água
estima. Isto confirma outros estudos revistos pelo autores, que constataram
esta mesma relação (Pretty, et al., 2005). Os autores constataram não haver um
segunda situação. Este estudo pretende demonstrar que o exercício verde tem
Férias
Ter ido de férias está associado a um maior bem-estar, menor burnout (Etzion,
Num estudo com 191 trabalhadores, foi aplicada uma escala de bem-estar da
praia (66,5%) e em segundo lugar o campo (13,6%). O Sol e o Mar são mesmo as
"amigos/familiares" e "paisagens/natureza".
Ambientes restauradores
Davis & Gärling, 2003; Regan & Horn, 2005). Um grande número de estudos
34
Hartig, 2003).
algum prejuízo emocional, em algumas medidas (Ulrich, 1979 cit. por Ulrich,
1983).
relação com a Natureza desde uma idade precoce. Como argumentam Mayer &
as pessoas mais ligadas à Natureza devem ter uma maior satisfação com a vida
(r=0,20, p<0,01), o que já foi testado e confirmado por estes autores num
(Frantz & Mayer, 2005; Mayer & Frantz, 2004). Enquanto a OSA é uma
associam o contacto com a Natureza nas suas múltiplas formas com o humor
Problema
MA, 2005).
(Pretty et al., 2005), e não tendo sido encontrados estudos sobre a relação desta
Questões de investigação
estudantes universitários?
com a Natureza?
Importância do estudo
pouco se sabe sobre a relação do contacto que as pessoas têm normalmente com
II - Método
1. Participantes
Sexo
feminino masculino Total
Porto Farmácia n 103 33 136
% por fac 75,7% 24,3% 34,3%
Ciências n 31 9 40
% por fac 77,5% 22,5% 10,1%
Engenharia 1 n 17 57 74
% por fac 23,0% 77,0% 18,7%
Total Porto n 151 99 250
% por local 60,4% 39,6% 63,1%
Lisboa Eng Ambiental n 46 27 73
% por fac 63,0% 37,0% 18,4%
Psicologia n 55 6 61
% por fac 90,2% 9,8% 15,4%
Engenharia 2 n 6 6 12
% por fac 50,0% 50,0% 3,0%
Total Lisboa n 107 39 146
% por local 73,3% 26,7% 36,9%
Total n 258 138 396
% Total 65,2% 34,8% 100,0%
40
de Junho de 2007.
Dos 396 participantes desta amostra, 258 eram mulheres e 138 homens, cujas
Sexo
feminino masculino Total
Faixa <=18 n 24 2 26
etária % por sexo 9,3% 1,5% 6,6%
19-22 n 175 65 240
% por sexo 67,8% 47,4% 60,8%
23-26 n 48 42 90
% por sexo 18,6% 30,7% 22,8%
27+ n 11 28 39
% por sexo 4,3% 20,4% 9,9%
Total n 258 137 395
% Total 65,3% 34,7% 100,0%
A grande fatia de 74,5% vivia com os seus pais e os outros ora em casal (5,3%),
ora sozinhos (8,8%), com colegas (6,5%) ou outros (4,8%), como podemos ver
Sexo
feminino masculino Total
coabitação sozinho n 18 17 35
% por sexo 7,0% 12,3% 8,8%
casal n 9 12 21
% por sexo 3,5% 8,7% 5,3%
pais n 199 96 295
% por sexo 77,1% 69,6% 74,5%
colegas n 19 7 26
% por sexo 7,4% 5,1% 6,6%
outros n 13 6 19
% por sexo 5,0% 4,3% 4,8%
Total n 258 138 396
% Total 65,2% 34,8% 100,0%
De toda a amostra, 22% eram trabalhadores estudantes, contra os 78% que não
Quadro abaixo).
Sexo
feminino masculino Total
trabalho não n 222 86 308
% por sexo 86,4% 62,3% 78,0%
sim n 35 52 87
% por sexo 13,6% 37,7% 22,0%
Total n 257 138 395
% Total 65,1% 34,9% 100,0%
Sexo
feminino masculino Total
religião nenhuma n 111 69 180
% por sexo 43,4% 50,4% 45,8%
judaico-cristã n 132 63 195
% por sexo 51,6% 46,0% 49,6%
outra n 13 5 18
% por sexo 5,1% 3,6% 4,6%
Total n 256 137 393
% Total 65,1% 34,9% 100,0%
Dado que a quase totalidade dos estudantes eram solteiros (96%) e não têm
Sexo Total
feminino masculino
estado solteiro n 250 130 380
civil % por sexo 96,9% 94,2% 96,0%
casado n 4 7 11
% por sexo 1,6% 5,1% 2,8%
divorciado n 4 1 5
% por sexo 1,6% ,7% 1,3%
Total n 258 138 396
% Total 65,2% 34,8% 100,0%
Sexo
feminino masculino Total
filhos não n 254 132 386
% por sexo 98,8% 95,7% 97,7%
sim n 3 6 9
% por sexo 1,2% 4,3% 2,3%
Total n 257 138 395
% Total 65,1% 34,9% 100,0%
no Quadro 8.
Sexo
feminino masculino Total
ONGA não n 227 129 356
% por sexo 88,0% 93,5% 89,9%
sim n 31 9 40
% por sexo 12,0% 6,5% 10,1%
Total n 258 138 396
% Total 65,2% 34,8% 100,0%
44
contacto com a Natureza. Podemos encontrar mais detalhes nos Quadros 9 e 10.
Sexo
feminino masculino Total
Mudou não n 161 93 254
% por sexo 62,4% 67,9% 64,3%
sim n 97 44 141
% por sexo 37,6% 32,1% 35,7%
Total n 258 137 395
% Total 65,1% 34,9% 100,0%
Quadro 10 - Frequências absolutas e relativas para perda de contacto com a Natureza por sexo.
Sexo
feminino masculino Total
Menos Natureza não n 186 104 290
% por sexo 72,1% 75,9% 73,4%
sim n 72 33 105
% por sexo 27,9% 24,1% 26,6%
Total n 258 137 395
% Total 65,1% 34,9% 100,0%
apenas uma pequena percentagem afirma ter tido esses encontros com menos
frequência.
45
feminino masculino
60%
Percent
40%
20%
n=1 n=17 n=12 n=83 n=145 n=4 n=7 n=4 n=29 n=92
0%
Quase Nunca Mensalmente Diariamente Quase Nunca Mensalmente Diariamente
Férias Semanalmente Férias Semanalmente
passado passado
consta no Gráfico 2.
feminino masculino
50%
40%
30%
Percent
20%
10%
n=6 n=32 n=38 n=126 n=56 n=7 n=14 n=22 n=53 n=41
presente presente
estão expressas nos Gráfico 3 e no Quadro 11. Estas diferenças são consistentes
com os resultados de outros estudos (por ex. Hall, Kuga & Jones, 2002)
feminino masculino
30%
Percent
20%
10%
n=99 n=97 n=26 n=27 n=9 n=36 n=29 n=21 n=44 n=7
0%
Quase Nunca Mensalmente Diariamente Quase Nunca Mensalmente Diariamente
Férias Semanalmente Férias Semanalmente
arlivre arlivre
47
Quadro 11 - Estatísticas descritivas para a variável ar livre de acordo com o sexo e resultado do
teste t
respostas mais frequentes por ordem decrescente foram entre 1 semana e 1 mês
Quadro 12 - Frequências absolutas e relativas para a distância às últimas férias por sexo.
Sexo
feminino masculino Total
Férias 1 semana n 12 12 24
% por sexo 4,9% 9,2% 6,4%
1 semana até 1 mês n 68 32 100
% por sexo 27,5% 24,6% 26,5%
1 mês até 3 meses n 46 16 62
% por sexo 18,6% 12,3% 16,4%
3 meses até 6 meses n 17 15 32
% por sexo 6,9% 11,5% 8,5%
6 meses até 1 ano n 90 42 132
% por sexo 36,4% 32,3% 35,0%
mais de 1 ano n 14 13 27
% por sexo 5,7% 10,0% 7,2%
Total n 247 130 377
% Total 65,5% 34,5% 100,0%
delas diferem: 26% para as mulheres e 19% nos homens (ver Quadros 14 e 15).
Sexo
feminino masculino Total
Planta Não n 28 15 43
% por sexo 10,9% 10,9% 10,9%
Sim n 230 122 352
% por sexo 89,1% 89,1% 89,1%
Total n 258 137 395
% Total 65,1% 34,9% 100,0%
Sexo
feminino masculino Total
Cuida planta Não n 191 111 302
% por sexo 74,0% 81,0% 76,5%
Sim n 67 26 93
% por sexo 26,0% 19,0% 23,5%
Total n 258 137 395
49
diferenças entre os sexos nestas variáveis, como podemos observar nos Quadros
16 e 17.
Sexo
feminino masculino Total
Animal Não n 96 58 154
% por sexo 37,2% 42,3% 39,0%
Sim n 162 79 241
% por sexo 62,8% 57,7% 61,0%
Total n 258 137 395
% Total 65,1% 34,9% 100,0%
Sexo
feminino masculino Total
Cuida animal Não n 155 95 250
% por sexo 60,1% 69,3% 63,3%
Sim n 103 42 145
% por sexo 39,9% 30,7% 36,7%
Total n 258 137 395
% Total 65,1% 34,9% 100,0%
que têm contacto “Mais ou menos”. A segunda resposta mais frequente foi
feminino masculino
40%
30%
Percent
20%
10%
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
estado estado
2. Material
clássicas (idade, sexo, estado civil, etc.) e ainda questões sobre o contacto
com a Natureza.
cuidar de plantas (como se pode ver no questionário em Anexo I). (Hill & Hill,
caracterizá-los quanto ao sexo, idade, estado civil, filhos, com quem coabitam,
situação laboral e religião. Para melhor aceder aos seus hábitos de contacto com
(ONGA).
Natureza em consequência.
52
actualmente
contacto.
A variável idade foi controlada com uma pergunta de resposta fechada, e depois
Algumas perguntas foram feitas de forma dicotómica, como foi o caso do sexo,
filhos, trabalho e ONGA. A religião também foi aferida deste modo, mas com um
perda de contacto com a Natureza foram aglomeradas numa pergunta com três
itens de resposta: “Sim”, “Sim e onde morava tinha mais contacto com a
natureza” e “Não”.
locais de férias entre os quais os estudantes podiam escolher mais do que um:
Estes dois últimos valores foram considerados não expressivos e por isso
Natureza foi medido usando uma escala tipo Likert de 5 pontos em que 1
resposta, que é sensível a estados de humor negativos. Esta escala foi escolhida
usada noutros estudos para esse fim (Lambert & Stephenson, 2000; Mehl,
instrumento original foi criado em 1961 e dava pelo nome de BDI (Beck, et al.,
1996).
55
A versão portuguesa desta escala foi elaborada para adolescentes por Martins e
(N=775) com uma média de idades de 16,9 anos (DP=1,25) demonstram uma
boa fidelidade (α=0,89). A média de pontuações para este amostra foi de 10,31
(DP=8,43).
validação (Mayer & Frantz, 2004) obteve uma boa fidelidade (α=0,84), uma boa
“tu” para “você”). A escala foi depois testada num grupo de 12 estudantes
("Tal como uma árvore pode fazer parte de uma floresta, sinto-me pertença de
original, por ter sido a única opinião nesse sentido. Uma desvantagem deste
com os restantes (ver Anexo II), a escala obteve uma fidelidade boa (α=0,80) e
plantas, ver Anexo III), o que tal como na versão original ajuda à validade do
claras.
3. Tipo de Estudo
Natureza.
depressividade está ainda presente numa grande parte das outras perturbações
no bem-estar das populações e nas economias (Beck et al., 1996; Rapaport et al.,
2000; Wilson, 1993). Por outro lado, abunda a literatura sobre os benefícios da
O Contacto com a Natureza é definido neste estudo de uma forma plural, já que
cuidar de seres vivos não-humanos (Pretty et al., 2005). Aferimos ainda a LEN,
informação factual (Hill & Hill, 2000). A ELEN é uma escala com boas
Língua Portuguesa pela sua relação com a satisfação com a vida, ausente ou
desconhecida noutras escalas semelhantes (Kals et al., 1999; Mayer & Frantz,
2004).
espaço verde implica uma adaptação emocional, pois o ambiente físico está
separação da Natureza ao nível societal têm sido associadas por alguns autores
maior LEN na idade adulta (Kals et al. 1999). Um alto nível de Natureza
O exercício físico é uma forma de coping que já deu provas de eficácia contra a
lugares com sol e calor (Tarumi & Hagihara, 1999; Strauss-Blasche et al., 2005).
demográfico elaborado para o efeito, referido acima. Foi aferido o sexo, a idade,
importância.
depressão, pelo facto de ser 1,5 a 3 vezes mais frequente nas mulheres
notar que existem diferenças comportamentais nos mais diversos níveis entre
2005).
estudantes universitários têm uma média de 20,3 anos de idade na entrada para
O estado civil, juntamente com as pessoas com quem se habita, são factores
importantes para o suporte social (Fuhrer, Stansfeld, Chemali & Shipley, 1999),
(Wilkinson & Marmot, 2003). Maior carga de trabalho está associada a maior
Heckert, 1999).
psicológico (Burls & Caan, 2005; Miles, Sullivan & Kuo, 1998), embora por
outro lado os activistas pareçam tender para altos níveis de burnout (Rush,
63
Natureza.
4. Procedimentos
Anexo I).
“ao calhas”
64
questionários no fim da aula e que deveriam ler em voz alta para a turma as
A amostra foi recolhida num intervalo temporal o mais reduzido possível para
III – Resultados
Os dados obtidos, depois de cotados foram analizados usando o SPSS 15.0 for
puderam ser usados testes paramétricos. Foi usado o teste t para diferenças
entre dois grupos e a ANOVA para mais de dois grupos. Para a relação entre
Depressão
1,5% obteve uma pontuação no BDI-II que remete para uma depressão grave. Os
Depressão e LEN
foi encontrada uma correlação fraca mas significativa entre o item 4 da ELEN
correlação ter sinal negativo. Quanto maior a cotação deste item, maior tende a
ser a depressão.
sexo feminino não existe uma correlação significativa entre as duas variáveis, ao
Quadro 19).
67
Quadro 19).
significativos.
Quadro 20 - Estatísticas descritivas para a Depressão de acordo com o sexo e resultado do teste t.
IV – Discussão
mental de diversas maneiras (Frumkin, 2001). Vários estudos indicam que pode
melhorar o humor depressivo e aliviar o stress (por ex. Van der Berg et al.,
2003), melhorar a satisfação com a vida (Mayer & Frantz, 2004), entre outras
variáveis sócio-demográficas.
Depressão
Depressão e a LEN
parece haver relação entre a LEN e a Depressão. Encontramos para estes dados
várias explicações possíveis. Em primeiro lugar pode ser que as pessoas não se
que indica uma maior preferência por ambientes naturais em pessoas com o
humor deprimido, ou com fadiga provocada (Hartig & Staats, 2006; Korpela,
no BDI-II a um nível mínimo. Pode ser que, visto não se tratar duma população
Outros autores (Mayer & Frantz, 2004) encontraram que a LEN é um factor
muito relevante para a satisfação com a vida. Apesar desta estar fortemente
variáveis não são equivalentes. Uma diferença que nos parece saliente é que a
satisfação com a vida é uma medida de saúde positiva. A LEN poderá estar mais
Actividades ao ar livre
com níveis mais baixos de Depressão nos homens. O facto de haver uma relação
entre estas variáveis não implica uma causalidade, e muito menos uma direção
causal. No entanto, duas interpretações distintas destes dados podem ser tentadas.
demonstrado (ver revisão realizada por Southwick, et al., 2005). Não temos
71
contudo dados suficiente para decidir se neste caso a relação entre as actividades
Noutra direção teria a ver com uma fraca auto-imagem e auto-confiança nas
tais actividades (Ogden, 2000/2004; Sallis et al., 1989). Com base nos nossos
pelo menos duas interpretações são possíveis. Primeiro, poderão estar em ação os
tenderiam a percepcionar a Natureza pior conservada do que de facto ela está. Esta
hipótese é apoiada pelo facto desta avaliação ser altamente subjectiva e logo mais
propensa a estes enviesamentos cognitivos (Beck et al., 1982). Por outra, está
72
mulheres estão em média mais deprimidas do que os homens. Esta relação não
V – Conclusão
livre, está relacionado com níveis mais baixos de Depressão nos homens. A
positiva enquanto que com patologias específicas terá uma relação mais
O instrumento para medir a LEN pode ainda não ter sido bem adaptado à
resto da escala. Apesar destas limitações há que contrapôr que tem qualidades
74
raíz.
Na nossa amostra ficou claro que a frequência do contacto com a Natureza por
Devido à grande amplitude de respostas, que vão desde 1 dia a vários anos,
conceito foi uma limitação deste estudo que nos impede de ser conclusivos em
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↺ Masculino
↺ Feminino
2. Idade:_____
3. Estado civil:
↺ Solteiro
↺ Casado
↺ Divorciado
↺ Outro. Qual?________________________
4. Tem filhos?
↺ Sim
↺ Não
↺ Marido/Mulher, Companheiro/a
↺ Filhos
↺ Pais
↺ Sozinho/a
↺ Outros Quais?_____________________
6. É trabalhador estudante?
↺ Sim
↺ Não
↺ Sim
↺ Não
↺ Sim
↺ Não
Se sim, qual?___________________
As seguintes questões destinam-se a descrever o melhor possível o seu contacto com a natureza.
Por favor marque com um “X” a resposta mais correta e complete a informação quando apropriado.
↺ Sim
↺ Sim, e onde morava antes tinha mais contacto com a natureza
↺ Não
2. Na minha infância tive contacto com a natureza (em jardins, parques naturais, praias ou outros locais)
Todos os dias Semanalmente Mensalmente Nas férias Quase nunca
↺ ↺ ↺ ↺ ↺
3. Actualmente tenho contacto com a natureza (em jardins, parques naturais, praias ou outros locais)
Todos os dias Semanalmente Mensalmente Nas férias Quase nunca
↺ ↺ ↺ ↺ ↺
4. Participo em actividades ao ar livre (por ex. montanhismo, surf, vela, hipismo etc.)?
Todos os dias Semanalmente Mensalmente Nas férias Quase nunca
↺ ↺ ↺ ↺ ↺
↺ Na Praia ↺ Em Termas
↺ No Campo ↺ Em Barragens ou Lagos
↺ Na Cidade ↺ Outro local_______________________________
↺ Na Montanha
↺ Sim
↺ Sim, e costumo cuidar deles
↺ Não
↺ Sim
↺ Sim, e costumo cuidar delas
↺ Não
9. A Natureza com que tenho tido contacto directo está em geral num estado de conservação
Muito mau Mais ou menos Muito bom
1 2 3 4 5
Responda a cada uma destas questões de acordo com o que sente geralmente. Não existem
respostas certas ou erradas.
No espaço apropriado e, utilizando a seguinte escala, descreva, de forma tão sincera e cândida
quanto puder, o que está a vivenciar presentemente.
1 2 3 4 5
Discordo profundamente Neutro Concordo profundamente
1. Sinto muitas vezes uma sensação de comunhão com o mundo natural à minha volta. 1 2 3 4 5
2. Penso no mundo natural como uma comunidade à qual pertenço. 1 2 3 4 5
3. Reconheço e aprecio a inteligência de outros organismos vivos. 1 2 3 4 5
4. Sinto-me muitas vezes desligado da natureza. 1 2 3 4 5
5. Quando penso na minha vida, imagino-me como parte de um processo maior do ciclo
da vida. 1 2 3 4 5
6. Sinto muitas vezes uma forte empatia com animais e plantas. 1 2 3 4 5
7. Sinto que pertenço à Terra na mesma medida em que ela me pertence. 1 2 3 4 5
8. Tenho uma compreensão profunda de como as minhas acções afectam o mundo
natural. 1 2 3 4 5
9. Sinto-me muitas vezes como parte da teia da vida. 1 2 3 4 5
10. Sinto que todos os habitantes da Terra, humanos e não humanos, partilham uma
“força da vida” comum. 1 2 3 4 5
11. Tal como uma árvore pode fazer parte de uma floresta, sinto-me pertença de um
mundo natural mais abrangente. 1 2 3 4 5
12. Quando penso no meu lugar na Terra, considero-me como membro privilegiado da
hierarquia que existe na natureza. 1 2 3 4 5
13. Sinto muitas vezes que sou apenas uma parte ínfima do mundo natural que me
envolve e que não sou mais importante do que a relva no solo ou que os pássaros nas
árvores. 1 2 3 4 5
14. O meu bem-estar pessoal é independente do bem-estar do mundo natural. 1 2 3 4 5
O questionário seguinte consiste em 21 grupos de afirmações.
Por favor leia cada grupo cuidadosamente, e escolha em cada um a afirmação que melhor descreve o
modo como se tem sentido durante as passadas duas semanas, incluindo o dia de hoje.
Assinale com um X o quadrado que antecede a afirmação que escolheu. Poderão haver várias
afirmações num mesmo grupo que lhe pareçam adequadas, no entanto, só deve escolher a mais adequada,
assegure-se de não ter escolhido mais do que uma afirmação por grupo.
1. Tristeza
a. ↺ Não me sinto triste
b. ↺ Sinto-me triste muitas vezes
c. ↺ Sinto-me sempre triste
d. ↺ Sinto-me tão triste ou infeliz que já não o suporto
2. Pessimismo
a. ↺ Não me sinto desencorajado em relação ao futuro
b. ↺ Sinto-me mais desencorajado em relação ao futuro do que costumava
c. ↺ Já não espero que os meus problemas se resolvam
d. ↺ Não tenho qualquer esperança no futuro e acho que tudo só pode piorar
3. Fracassos Passados
a. ↺ Não me considero um falhado
b. ↺ Fracassei mais vezes do que deveria
c. ↺ Quando considero o meu passado, o que noto é uma quantidade de fracassos
d. ↺ Sinto-me completamente falhado como pessoa
4. Perda de Prazer
a. ↺ Tenho tanto prazer como costumava ter com as coisas que eu gosto
b. ↺ Eu não gosto tanto das coisas como costumava
c. ↺ Tenho pouco prazer com as coisas que eu costumava gostar
d. ↺ Não obtenho qualquer prazer das coisas que eu costumava gostar
5. Sentimentos de Culpa
a. ↺ Não me sinto particularmente culpado
b. ↺ Sinto-me culpado por muitas coisas que fiz ou deveria ter feito
c. ↺ Sinto-me bastante culpado a maioria das vezes
d. ↺ Sinto-me culpado durante o tempo todo
6. Sentimentos de Punição
a. ↺ Não sinto que estou a ser castigado
b. ↺ Sinto que posso ser castigado
c. ↺ Espero vir a ser castigado
d. ↺ Sinto que estou a ser castigado
7. Auto-Depreciação
a. ↺ Aquilo que acho de mim é o que sempre achei
b. ↺ Perdi confiança em mim próprio
c. ↺ Estou desapontado comigo mesmo
d. ↺ Eu não gosto de mim
8. Auto-Criticismo
a. ↺ Não me culpo ou critico mais do que o habitual
b. ↺ Critico-me mais do que o que costumava
c. ↺ Critico-me por todas as minhas falhas
d. ↺ Culpo-me por tudo o que de mal me acontece
11. Agitação
a. ↺ Não me sinto mais inquieto que o normal
b. ↺ Sinto-me mais inquieto que o habitual
c. ↺ Estou tão inquieto ou agitado que é difícil parar quieto
d. ↺ Estou tão inquieto ou agitado que tenho que me manter em movimento ou fazer alguma coisa
13. Indecisão
a. ↺ Tomo decisões como sempre o fiz
b. ↺ Acho mais difícil tomar decisões que o habitual
c. ↺ Tenho muito mais dificuldade em tomar decisões do que antigamente
d. ↺ Sinto-me incapaz de tomar qualquer decisão
17. Irritabilidade
a. ↺ Não estou mais irritável que o normal
b. ↺ Estou mais irritável que o habitual
c. ↺ Estou muito mais irritável que o normal
d. ↺ Estou irritável o tempo todo
Agradecemos a participação
Por favor verifique se respondeu a todas as questões
ANEXO II – Correlações ELEN - BDI-II
Correlations
CNS1 CNS2 CNS3 iCNS4 CNS5 CNS6 CNS7 CNS8 CNS9 CNS10 CNS11 iCNS12 CNS13 iCNS14 CNSTOT BDIToT
CNS1 Pearson Correlation 1 ,569(**) ,314(**) ,329(**) ,255(**) ,333(**) ,363(**) ,180(**) ,354(**) ,320(**) ,427(**) -,179(**) ,198(**) ,130(*) ,550(**) -,051
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,010 ,000 ,315
N 393 393 390 382 391 389 382 391 383 390 387 388 389 391 393 393
CNS2 Pearson Correlation ,569(**) 1 ,417(**) ,333(**) ,349(**) ,371(**) ,430(**) ,317(**) ,468(**) ,420(**) ,487(**) -,158(**) ,212(**) ,186(**) ,636(**) -,090
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,002 ,000 ,000 ,000 ,075
N 393 394 391 383 391 390 383 392 384 391 388 389 390 392 394 394
CNS3 Pearson Correlation ,314(**) ,417(**) 1 ,217(**) ,256(**) ,412(**) ,335(**) ,239(**) ,337(**) ,328(**) ,345(**) -,060 ,237(**) ,246(**) ,580(**) ,094
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,241 ,000 ,000 ,000 ,064
N 390 391 391 381 388 387 381 389 382 389 386 387 388 389 391 391
iCNS4 Pearson Correlation ,329(**) ,333(**) ,217(**) 1 ,113(*) ,255(**) ,247(**) ,162(**) ,159(**) ,189(**) ,216(**) -,057 ,033 ,255(**) ,438(**) -,105(*)
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,027 ,000 ,000 ,002 ,002 ,000 ,000 ,272 ,522 ,000 ,000 ,040
N 382 383 381 383 380 379 374 381 374 381 378 379 380 381 383 383
CNS5 Pearson Correlation ,255(**) ,349(**) ,256(**) ,113(*) 1 ,344(**) ,418(**) ,239(**) ,491(**) ,398(**) ,394(**) -,112(*) ,219(**) ,174(**) ,572(**) ,050
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,027 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,028 ,000 ,001 ,000 ,327
N 391 391 388 380 391 387 380 389 381 388 385 386 387 389 391 391
CNS6 Pearson Correlation ,333(**) ,371(**) ,412(**) ,255(**) ,344(**) 1 ,395(**) ,251(**) ,354(**) ,363(**) ,416(**) -,143(**) ,246(**) ,174(**) ,604(**) -,049
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,005 ,000 ,001 ,000 ,333
N 389 390 387 379 387 390 379 388 380 387 384 385 386 388 390 390
CNS7 Pearson Correlation ,363(**) ,430(**) ,335(**) ,247(**) ,418(**) ,395(**) 1 ,366(**) ,473(**) ,438(**) ,482(**) -,173(**) ,241(**) ,217(**) ,672(**) -,059
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,001 ,000 ,000 ,000 ,250
N 382 383 381 374 380 379 383 382 376 382 379 380 381 382 383 383
CNS8 Pearson Correlation ,180(**) ,317(**) ,239(**) ,162(**) ,239(**) ,251(**) ,366(**) 1 ,472(**) ,225(**) ,330(**) -,159(**) ,284(**) ,162(**) ,508(**) ,013
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,002 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,002 ,000 ,001 ,000 ,800
N 391 392 389 381 389 388 382 392 384 390 387 389 389 391 392 392
CNS9 Pearson Correlation ,354(**) ,468(**) ,337(**) ,159(**) ,491(**) ,354(**) ,473(**) ,472(**) 1 ,533(**) ,602(**) -,143(**) ,267(**) ,168(**) ,710(**) ,060
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,002 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,005 ,000 ,001 ,000 ,243
N 383 384 382 374 381 380 376 384 384 383 380 382 382 383 384 384
CNS10 Pearson Correlation ,320(**) ,420(**) ,328(**) ,189(**) ,398(**) ,363(**) ,438(**) ,225(**) ,533(**) 1 ,608(**) -,220(**) ,264(**) ,130(*) ,634(**) -,007
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,010 ,000 ,895
N 390 391 389 381 388 387 382 390 383 391 388 389 390 390 391 391
CNS11 Pearson Correlation ,427(**) ,487(**) ,345(**) ,216(**) ,394(**) ,416(**) ,482(**) ,330(**) ,602(**) ,608(**) 1 -,279(**) ,289(**) ,173(**) ,696(**) -,073
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,001 ,000 ,150
N 387 388 386 378 385 384 379 387 380 388 388 386 387 387 388 388
iCNS12 Pearson Correlation -,179(**) -,158(**) -,060 -,057 -,112(*) -,143(**) -,173(**) -,159(**) -,143(**) -,220(**) -,279(**) 1 ,019 -,039 -,066 ,050
Sig. (2-tailed) ,000 ,002 ,241 ,272 ,028 ,005 ,001 ,002 ,005 ,000 ,000 ,707 ,446 ,191 ,326
N 388 389 387 379 386 385 380 389 382 389 386 389 388 388 389 389
CNS13 Pearson Correlation ,198(**) ,212(**) ,237(**) ,033 ,219(**) ,246(**) ,241(**) ,284(**) ,267(**) ,264(**) ,289(**) ,019 1 ,048 ,491(**) -,022
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,522 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,707 ,346 ,000 ,661
N 389 390 388 380 387 386 381 389 382 390 387 388 390 389 390 390
iCNS14 Pearson Correlation ,130(*) ,186(**) ,246(**) ,255(**) ,174(**) ,174(**) ,217(**) ,162(**) ,168(**) ,130(*) ,173(**) -,039 ,048 1 ,378(**) ,095
Sig. (2-tailed) ,010 ,000 ,000 ,000 ,001 ,001 ,000 ,001 ,001 ,010 ,001 ,446 ,346 ,000 ,059
N 391 392 389 381 389 388 382 391 383 390 387 388 389 392 392 392
CNSTOT Pearson Correlation ,550(**) ,636(**) ,580(**) ,438(**) ,572(**) ,604(**) ,672(**) ,508(**) ,710(**) ,634(**) ,696(**) -,066 ,491(**) ,378(**) 1 -,006
Sig. (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,191 ,000 ,000 ,910
N 393 394 391 383 391 390 383 392 384 391 388 389 390 392 394 394
BDIToT Pearson Correlation -,051 -,090 ,094 -,105(*) ,050 -,049 -,059 ,013 ,060 -,007 -,073 ,050 -,022 ,095 -,006 1
Sig. (2-tailed) ,315 ,075 ,064 ,040 ,327 ,333 ,250 ,800 ,243 ,895 ,150 ,326 ,661 ,059 ,910
N 393 394 391 383 391 390 383 392 384 391 388 389 390 392 394 397
** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).
* Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).
ANEXO III – Quadros adicionais
Teste T por cidade
Group Statistics
F Sig. t df Sig. (2-tailed) Mean Difference Std. Error Difference 95% Confidence Interval of the Difference
Upper Lower
Ligação natureza Equal variances assumed
1,596 ,207 2,713 349 ,007 2,28571 ,84237 ,62895 3,94248
Equal variances not assumed
2,612 230,953 ,010 2,28571 ,87523 ,56127 4,01016
N Mean Std. Deviation Std. Error 95% Confidence Interval for Mean Minimum Maximum
Lower Bound Upper Bound
Ligação natureza Farm 120 30,6083 7,28334 ,66487 29,2918 31,9249 11,00 48,00
Eng Amb 60 35,1333 8,08528 1,04381 33,0447 37,2220 15,00 52,00
Cienc 37 33,8378 7,44802 1,22445 31,3545 36,3211 21,00 52,00
Eng 1 68 31,9853 6,60505 ,80098 30,3865 33,5841 17,00 47,00
Psi 55 32,8364 8,60182 1,15987 30,5110 35,1618 10,00 47,00
Eng 2 11 31,8182 6,35324 1,91557 27,5500 36,0863 16,00 38,00
Total 351 32,3761 7,63906 ,40774 31,5741 33,1780 10,00 52,00
ANOVA
N Mean Std. Deviation Std. Error 95% Confidence Interval for Mean Minimum Maximum
Lower Bound Upper Bound
Ligação natureza <= 18 21 34,0952 7,21737 1,57496 30,8099 37,3805 18,00 49,00
19 - 22 215 31,5953 7,86801 ,53659 30,5377 32,6530 10,00 52,00
23 - 26 79 32,6329 6,91186 ,77764 31,0847 34,1811 17,00 48,00
27+ 34 35,4412 7,51238 1,28836 32,8200 38,0624 19,00 52,00
Total 349 32,3553 7,65565 ,40980 31,5493 33,1613 10,00 52,00
ANOVA
F Sig. t df Sig. (2-tailed) Mean Difference Std. Error Difference 95% Confidence Interval of the Difference
Upper Lower
Ligação natureza Equal variances assumed
2,150 ,143 -2,363 348 ,019 -3,24032 1,37154 -5,93786 -,54278
Equal variances not assumed
-2,088 38,410 ,043 -3,24032 1,55165 -6,38037 -,10027
Teste t por ter animais
Group Statistics
F Sig. t df Sig. (2-tailed) Mean Difference Std. Error Difference 95% Confidence Interval of the Difference
Upper Lower
Ligação natureza Equal variances assumed
,002 ,962 3,024 349 ,003 2,49270 ,82418 ,87172 4,11369
Equal variances not assumed
3,036 299,039 ,003 2,49270 ,82106 ,87691 4,10850
Group Statistics
F Sig. t df Sig. (2-tailed) Mean Difference Std. Error Difference 95% Confidence Interval of the Difference
Upper Lower
Ligação natureza Equal variances assumed
,029 ,864 -5,177 349 ,000 -4,20548 ,81234 -5,80318 -2,60777
Equal variances not assumed
-5,125 267,388 ,000 -4,20548 ,82062 -5,82117 -2,58979
Teste t por cuidar plantas
Group Statistics
F Sig. t df Sig. (2-tailed) Mean Difference Std. Error Difference 95% Confidence Interval of the Difference
Upper Lower
Ligação natureza Equal variances assumed
,005 ,941 -4,039 349 ,000 -3,73315 ,92435 -5,55114 -1,91516
Equal variances not assumed
-3,994 144,114 ,000 -3,73315 ,93466 -5,58057 -1,88573
Correlações
Correlations
Group Statistics
F Sig. t df Sig. (2-tailed) Mean Difference Std. Error Difference 95% Confidence Interval of the Difference
Upper Lower
Ligação natureza Equal variances assumed
,187 ,665 2,035 348 ,043 1,86611 ,91716 ,06223 3,66999
Equal variances not assumed
2,007 161,495 ,046 1,86611 ,92973 ,03011 3,70211