Anda di halaman 1dari 9

MICOLOGIA MÉDICA

Conceito
Estuda os fungos patogênicos.
Divisão
- Micoses superficiais;
- Micoses cutâneas;
- Micoses subcutâneas;
- Micoses profundas ou sistêmicas;
- Micoses oportunistas.
Terminologia
1. Quanto à localização:
Citomicose, dermatomicose, onicomicose (unhas), oftlamomicose, tricomicose (pêlos),
micose pulmonar, etc.
2. Quanto ao fungo:
Aspergilose, tricofitose, microsporose, candidíase, histoplasmose.
3. Quanto ao nome popular:
Favo, tokelau, chimberê, sapinho, pé-de-atleta, unheiro.
Fatores que influenciam no surgimento de micoses
1. Externos: dieta alimentar, indumetária, profissão, esportes, idade, hábitos higiênicos.
2. Internos: lesões pré-existentes, alterações metabólicas como diabetes, uso de
antibióticos (causam imunodepressão), uso de hormônios, uso de corticóides, AIDS, etc.
Micoses de importância médica
1. Superficiais: ptiríase versicolor, piedra branca, piedra negra, tinha negra (do latim
verme, traça que faz caminho sinuoso).
2. Cutâneas: dermatofícias e candidíases.
3. Subcutâneas: esporotricose, cormomicose, micetomicoses, rinosporodiose,
zigomicoses (Entomophthoramicose).
4. Sistêmicas: paracoccidioidomicose, blastomicose, histoplasmose, criptococose,
coccidioidomicose
5. Oportunistas: zigomicose, hipomicose, tiohifomicose, candidíase sistêmica
Micoses superficiais da pele
O que são?
As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de "tineas", são infecções
causadas por fungos que atingem apenas as camadas superficiais da capa córnea da
pele ou a haste livre dos pêlos. Os fungos estão em toda parte podendo ser encontrados
no solo e em animais. Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo
"pacificamente" conosco, sem causar doença. As lesões se manifestam como manchas
pigmentarna pele ou nódulos nos pêlos.
A queratina, substância encontrada na superfície cutânea, unhas e cabelos, é o "alimento"
para estes fungos. Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como:
calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo
(alteram o equilíbrio da pele), estes fungos se reproduzem e passam então a causar a
doença.
Micoses Superficiais
São divididas em:Ceratofitoses e Dermatofitoses
Ceratofitoses
As ceratofitoses ou micoses saprofitárias são causadas por fungos, que vivem sobre a
pele ou ao redor dos pêlos e utiizam restos epiteliais ou produtos de excreção. Não
determinam reações de hipersensibilidade. Neste grupo estão:
Pitiríase versicolor
Tinea negra
Piedras
Dermatofitoses
São causadas por fungos denominados dermatófitos, que utilizam a queratina como fonte
de sobrevivência. As lesões decorrem da ação do próprio fungo ou de reações de
sensibilidade ao agente. Estão incluídos os fungos dos gêneros Microsporum,
Trychophyton e Epidermophyton. Podem ser antropofílicos, zoofílicos ou geofílicos.
Pitiríase versicolor ("Micose de Praia")
Fungo: Malassezia furfur
O que é?
Também vulgarmente conhecida como "micose de praia" ou "pano branco", a Pitiriase
versicolor é uma micose mas, ao contrário do que se pensa, não é adquirida na praia ou
piscina. O fungo causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, em algumas
delas, é capaz de se desenvolver causando a doença. As áreas de pele mais oleosa,
como a face e a porção superior do tronco são as mais frequentemente atingidas.
Manifestações clínicas
Quando uma pessoa com a micose se expõe ao sol, a pele contaminada não se bronzeia.
A doença então aparece na forma de manchas claras, pois a pele ao redor fica
bronzeada, e a pessoa acha que pegou a doença na praia ou piscina. Entretanto, o sol
apenas mostrou aonde estava a micose. Em alguns casos, as manchas podem ser
castanhas ou avermelhadas. As lesões são recobertas por fina descamação.
Pitiríase versicolor:
Forma manchas claras recobertas por fina descamação, facilmente demonstrável pelo
esticamento da pele. Atinge principalmente áreas de maior produção de oleosidade como
o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo
A clínica apresentada corresponde a máculas descamativas de cor variável, múltiplas,
coalescentes, às vezes com nítido padrão folicular, atingindo pescoço, tórax e raízes de
membros superiores, raramente podendo ocorrer na face, abdome, nádegas e membros
inferiores. O fator predisponente ao desenvolvimento dessa doença é a sudorese (calor).
Não há prurido, sendo geralmente assintomáticas. Os sinais dermatológicos que podem
ser pesquisados são o sinal da unha (descamação) e o sinal de Zileri (estiramento da pele
causa descamação furfurácea).
O diagnóstico é puramente clínico (presença de lesões esbranquiçadas e descamativas).
Sinais de Besnier e de Zileri
Sinal de Besnier ou sinal da unhada:
É caracterizado por uma descamação furfurácea da lesão quando é raspado com a unha
Sinal de Zileri:
É um sinal clínico observado ao ser feito um leve estiramento com os dedos da região
sugestiva da pitiríase, sendo observado nessa região um discreto esfacelamento da
queratina.
Outras manifestações clínicas da doença são:
Foliculite pitirospórica : Forma severa da doença, atinge a glândula sebácea e o folículo
piloso.
É comum em pacientes IMUNODEPRIMIDOS
Especialmente com AIDS
Dacriocistite obstrutiva : Colonização e obstrução do canal lacrimal que pode cegar.
Inflamação do saco lacrimal
DOR intensa e INCHAÇO do canto interno do olho, estendendo-se até o nariz
Dermatite seborréica
Ocorre comumente em crianças e jovens na puberdade. Manifesta-se como lesões
oleosas eritomatoescamosas distribuídas pelo couro cabeludo, pálpebras, pregas
nasolabiais, axilas e região inguinal. Comumente acompanha-se de prurido.
Tratamento
A Pitiriase versicolor é uma micose que responde bem ao tratamento, que pode ser feito
com medicamentos de uso via oral ou local, dependendo do grau de comprometimento da
pele. Entretanto, devido a ser causada por um fungo que habita normalmente a pele, há
uma grande chance da micose voltar a aparecer, mesmo após um tratamento bem
sucedido.
O tratamento é tópico com sulfeto de selênio a 2,5% ou hipossulfito de sódio a 30% duas
vezes ao dia antes do banho. Pode-se utilizar o tratamento sistêmico em casos de
recidivas freqüentes, com cetoconazol 200mg/dia 10 a 15 dias ou itraconazol 100mg/dia
durante duas semanas.
Sabonetes com anti-fúngicos
Xampus com anti-fúngicos
Tinea nigra
Pode ser causada por dois fungos:
Hortaea werneckii, de distribuição cosmopolita, e a Stenella araguata isolada de cinco
casos venezuelanos. Os dois fungos são sapróbios na natureza
A enfermidade se localiza nas palmas das mãos e na planta dos pés e se caracteriza pela
presença de máculas pigmentadas, marrons ou pretas. A micose é muito frequente nas
regiões tropical e subtropical do continente.
No Brasil têm-se registrado casos nos seguintes Estados: Bahia, Espírito Santo, Paraná,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Manifestaçãoes Clínicas
Assintomática
Manchas de tonalidade marrom ou negra
Acomete as palmas das mãos e raramete planta dos pés (excepcionalmente podem
ocorrer em outras partes do corpo)
Aspecto arredondado
Não descamativa
Bordas das lesões bem delimitadas
Lesões são poucas ou únicas
TRatamento
Tópico com agentes queratolíticos ou produtos à base de ácido undecilênico ou derivados
imidazólicos, por duas a 4 semanas.
Agente etiológico
Fungo cresce em temperaturas elevadas
Encontra-se em restos de vegetais, esgoto e no próprio solo.
No Brasil a única espécie encontrada é Phaeoanneleomyces werneckii
PIEDRAS
São infecções fúngicas que se caracterizam pela presença de nódulos irregulares,
aderentes ao pêlo e, geralmente, visíveis a olho nu.
São reconhecidos dois tipos de piedra
Piedra branca Piedra negra
As Piedras são infecçõess benignas, mas muito contagiosas e de fácil propagação. São
distintas, não só pelos agentes etiológicos, mas também pela sua distribuição e
epidemiologia. Clinicamente essas micoses podem ser confundidas com pediculose
(lêndias). Atacam a região folicular dos pêlos.
Piedra negra

Agente etiológico: Piedrai hortai


Epidemiologia: é observada em regiões tropicais e subtropicais da América do Sul sendo
endêmica na Amazônia. Ataca somente os cabelos apresentando nódulos visíveis ou não
a olho nu. A nodosidade da Piedra negra são muito resistentes. A infecção inicia pela
implantação do fungo sob a cutícula da haste dos cabelos, com o crescimento o fungo
rompe a bainha do cabelo desenvolvendo-se ou seu redor formando um nódulo
Manifestações Clínicas
Os nódulos, são únicos ou múltiplos em um cabelo, têm cor escura, são muito duros e
aderentes. A infecção transcorre assintomaticamente.
Tratamento
O tratamento preconizado para Piedra negra é semelhante ao da Piedra branca. Isto é,
deve-se fazer a remoção máxima do pêlo infectado, seguida em algumas ocasiões de
medidas profiláticas de higiene e utilização de compostos com potencial anti-fúngico tais
como: Formalina a 2%, derivados imidazólicos duas vezes ao dia por um período
aproximadamente de 15 dias. Itraconazol apresenta-se como uma nova opção
terapêutica.
Piedra branca
Agente etiológico: A Piedra branca tem como agentes etiológicos Trichosporon ovoides,
T. inkin, T. mucoides e T. asahii. Trichosporon beigelli Os fungos do Gênero Trichosporon
são sapróbios na natureza e, também, colonizadores da pele das regiões axilares,
inguinais e perineaisdo homem. Afeta usualmente os pêlos axilares, inguinais ou perineais
e raramente os cabelos ou a barba. T. inkin nos pêlos pubianos e T. ovoides no couro
cabeludo.
Epidemiologia: é vasta a distribuição geográfica. Os nódulos são únicos ou múltiplos, tem
coloração clara e são facilmente descartáveis dos pêlos. Usualmente assintomáticos,
porém quando acompanhados de lesões eritematosas da pele, especialmente nas regiões
inguinais e perineais, podem provocar prurido.
Tratamento
Corte dos cabelos ou pêlos da região infectada. Lavar com solução de bicloreto de
mercúrio a 1:2.500 ou usar creme de clotrimazol duas vezes ao dia.
Micoses Cutâneas
Dermatofitoses
Utilizam queratina como fonte energética
Causada por fungos do Gênero:
Microsporum: pêlo e pele
Trichophyton: pêlo, pele e unha
Epidermophyton: pele e unha
ECOLOGIA
O grupo dos dermatófitos geofílicos habitam o solo e material queratínico em
decomposição no solo. Infectam tanto animais como seres humanos, como Microsporum
gypseum.
O grupo zoofílico é com freqüência associada a animais e ocorre também no solo. São
exemplos desse grupo o Microsporum canis, que pode estar associado a animais como o
cão ou gato, e o Trichophyton verrucosum, ao gado bovino. Assim sendo estes fungos
ascenderam na escala filogenética rumo ao homem.
O grupo antropofílico, vinculado diretamente ao homem, raramente infecta animais.
Fazem parte desse grupo o Trichophyton tonsurans e o Microsporum audouinii, que
causam infecções no couro cabeludo, o Trichophyton rubrum, nas unhas e o
Epidermophyton floccosum, nos pés.
QUADRO CLÍNICO
A importância de reconhecer, em determinadas espécies de dermatófito, a que
microcoecossistema ele pertence está relacionada à resposta que ele pode desencadear
no hospedeiro humano; assim acredita-se que, quanto mais distanciado filogeneticamente
está um dermatófito da espécie por ele parasitada, maior será sua resposta inflamatória.
Logo podemos concluir que os fungos geofílicos, quando parasitam o homem, são
capazes de desencadear uma resposta inflamatória bem mais evidente, seguida das
espécies zoofílicas, que causam uma resposta moderada, e das antropofílicas que em
determinadas situações, podem coexistir com esse hospedeiro sem induzir grandes
alterações.
Apesar dessa diferenciação, quando a resposta do hospedeiro se fizer presente numa
grande maioria dos casos, não podemos esquecer que o ponto fundamental da resposta
de um determinado organismo à ação de um invasor está, em última análise, ligado ao
binômio parasito/hospedeiro e que, na avaliação desse binômio, entram em questão
algumas características inerentes ao hospedeiro e outras inerentes ao parasito.
A resposta desencadeada no hospedeiro podem, em muitas situações, não ser as
esperadas no que diz respeito a escala filogenética do parasito, podendo-se, em
determinadas situações, encontrar uma resposta inflamatória quando um humano é
parasitado por uma espécie geofílica ou, ainda, ou outro lado da moeda, quando
observamos uma intensa resposta inflamatória em um humano, quando este é parasitado
por uma espécie antropofílica. Portanto devemos ter em mente que essas situações são
exceções que podem ou não estar presentes.
Os quadros clínicos das dermatofitoses ou tinhas são definidos de acordo com sua
distribuição topográfica e têm em comum, como sintoma mais importante, o prurido e/ou
processo inflamatório.
Nos últimos anos, a literatura vem divulgando amplamente o aumento das infecções
fúngicas, sendo as dermatomicoses principais responsáveis por esse aumento.
Quando a distribuição geográfica, os dermatófitos são cosmopolitas. A literatura mundial
aponta o T. rubrum como a espécie de dermatófito mais comumente isolada, seguida do
T. violaceum e do T. mentagrophytes. No Brasil (regiões sul e sudeste) estudos têm
apontado T. rubrum, M. canis e T. mentagrophytes, respectivamente, como as 3 espécies
mais prevalentes de dermatófitos isolados. Já na Região Nordeste, têm sido observado
como as espécies mais prevalentes o T. tonsurans, seguido do T. rubrum e M. canis.
Patogenia
A instalação de um processo patogênico por um dermatófito em pele glabra inicia-se
sempre pela inoculação da estrutura fúngica sobre a pele, favorecido por uma lesão
cutânea ou escoriação pré-existente, mesmo que esta seja mínima.
Dessa forma a estrutura fúngica desenvolve-se à favor da escoriação penetrando na
camada córnea da epiderme crescendo de maneira circular e centrífuga, resultando em
alguns dias uma lesão macroscópica de aspecto circular visível na interseção da pele sã
com a doente, lesões vesiculares que circunscrevem a parte central onde se observa
descamação associada ou não a resposta inflamatória mais ou menos evidente.
Nas dermatofitoses, os pêlos, quando atacados, sempre são secundariamente à evolução
de uma lesão de pele, que apresenta em uma superfície, uma grande quantidade de
folículos pilosos. Os dermatófitos, na sua progressão centrípeta, mais cedo ou mais tarde
vão encontrar uma região de orifício piloso, invadindo assim a camada córnea da
epiderme que se aprofunda em direção ao infundíbulo do pêlo.
Em contato com uma nova fonte de queratina, o dermatófito remove a cutícula e ganha o
pêlo. Essa invasão ocorre da superfície até as partes mais profundas do pêlo, parando
sua progressão ao não encontrar mais queratina.
Por último temos o comprometimento das unhas, que se faz secundariamente à
penetração do dermatófito na camada córnea, na porção distal do leito ungueal. Essa
penetração se faz de forma voluntária na unha previamente doente, favorecidas por
traumas. A invasão começa preferencialmente na parte distal em direção à parte proximal.
Essa característica pode auxiliar na diferenciação das onicomicoses por dermatófitos, que
comprometem primeiramente a borda livre das unhas, quando comparadas com as
onicomicoses ocasionadas por Candida sp que comprometem primeiramente a prega
ungueal proximal.
Manifestações clínicas
Os aspectos clínicos das lesões dermatofíticas são bastante variados e resultam da
combinação de destruição de queratina associada a uma resposta inflamatória, mais ou
menos intensa, na dependência do binômio parasito/hospedeiro. A variação clínica está
portanto associada a três fatores: espécie de dermatófito envolvida no processo
infeccioso, sítio anatômico acometido e status imunológico do hospedeiro.
Existem duas formas de classificação clínica das dermatofitoses: Um segue a corrente
inglesa que denomina todas as infecções de “tinea”, associada a outra palavra, que
aponta o sítio anatômico da lesão
As lesões são denominadas de
Tinea pedis
Tinea capitis
Tinea unguium ( onicomicoses)
Tinea cruris
Tinea corporis
Tinea barbae
Já outra classificação clínica segue a corrente francesa e classifica as dermatofitoses em:
Tinhas ou Tineas : Qualquer lesão dermatofítica que acometa o couro cabeludo e/ou
região da barba e bigode.
Epidermofitíases : lesões dermatifíticas encontradas na pele glabra.
Onicomicoses dermatofíticas : lesões em unhas.
Transmissão
Os dermatófitos podem ser transmitidos de homem a homem, do animal ao homem, ou
vice –versa, de animal a animal e do solo ao homem e animal pelo contato direto ou
através de escamas epidérmicas e pêlos infectados.
Vários são os fatores que contribuem para o desenvolvimento, como o tipo de roupa ou
calçados, o grau de higiene pessoal e os fatores ambientais como calor e umidade.
Os mecanismos de transmissão não são completamente conhecidos. Dados
epidemiológicos sugerem que a transmissão pode também ser feita pelo contato do
indivíduo com ambientes contaminados, como pisos de banheiros, bordas de piscinas,
etc., ou por meio de objetos pessoais, como pentes, escovas, navalhas, toalhas onde o
fungo estaria em estado latente. Pesquisas tem demonstrado dermatófitos em indivíduos
e animais sem lesão clínica aparente. O homem e os animais podem, portanto, ser
portadores assintomáticos.
Onicomicoses Dermatofíticas ou Tinha unguium
Também denominada Tinha das unhas, é freqüente em adultos, idosos,
imunocomprometidos, diabéticos e principalmente em esportistas. Nos dias atuais, o
comprometimento fúngico das unhas constitui-se em sério problema em razão de sua
elevada frequencia e sua dificuldade diagnóstica, tanto para os clínicos como para os
micologistas, somando-se a esse problema uma conduta e seguimento terapêutico
inadequado por parte do paciente.
Esse fato pode ser bem exemplificado quando se observa negligência dos pacientes
frente a esse tipo de lesão, principalmente quando as unhas acometidas são as dos pés.
As infecções fúngicas das unhas podem ser causadas por fungos dermatofíticos e
leveduras, diferenciando-se clinicamente pelo comprometimento das unhas.
Quando envolve os dermatófitos , caracteriza-se por um comprometimento inicial da
porção distal da unha .
Já as leveduras causam um comprometimento inicial da porção proximal podendo ou não
estar associado a uma lesão propriamente dita das unhas.
Os fungos desenvolvem-se facilmente neste habitat, alimentando-se de queratina
(substância responsável pela rigidez das unhas).
As onicomicoses, além de incómodas e de aspecto desagradável, podem tornar-se muito
dolorosas.
A unha do dedo grande do pé é, habitualmente, a primeira a ser afetada. No entanto,
todas as unhas dos pés e das mãos podem ser afetadas. A unha afetada normalmente
fica com uma cor amarela escura/estanhadas ou tem manchas brancas, torna-se fraca,
quebradiça e tende a separar-se da base. A unha afetada pode também ter um odor
estranho. A onicomicose limita as normais atividades das pessoas pois torna doloroso o
uso de sapatos, condiciona o andar, para além de ser extremamente desconfortável,
inconveniente e embaraçosa
ONICOMICOSES CAUSADAS POR DERMATÓFITOS
Existem quatro tipos de onicomicoses causadas por dermatófitos:
1. Onicomicose subungueal distal / lateral;
2. Onicomicose subungueal próximal;
3. Onicomicose superficial branca;
4. Onicomicose distrófica total
Manifestações clínicas
Onicomicose Subungueal Distal
Responsável, por mais de 90% dos casos, caracterizando-se por uma lesão que começa
na borda livre da unha, iniciando-se por um descolamento da lâmina superficial, que
evolui, nessa região, para tornar-se opaca, esbranquiçada e espessa. O raspado
subungueal pode evidenciar um material de consistência farinácea, esbranquiçada,
originada da intensa queratólise.
Geralmente, observa-se a preservação da lâmina superficial. Entretanto com a evolução
da doença, essa lâmina acabará por ser atacada, podendo assim a unha, com o
comprometimento do leito ungueal, vir a cair.
A mais freqüente;
- Mais comum em unhas dos pés;
- - Descolamento da borda livre da unha: a unha descola do seu leito, geralmente
iniciando pelos cantos e fica oca (onicólise). Pode haver acúmulo de material sob a unha.
- Espessamento: as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e grossas. Esta
forma pode ser acompanhada de dor e levar ao aspecto de "unha em telha" ou "unha de
gavião".
- Características: unha opaca, esbranquiçada, espessa.
Descolamento da borda livre: a unha descola do seu leito, geralmente iniciando pelos
cantos e fica ôca. Pode haver acúmulo de material sob a unha. É a forma mais frequente.
Onicomicose Subungueal Proximal
Inicia-se pela extremidade proximal, onde se observam manchas brancas ou amareladas
ao nível da lúmula, comprometendo toda unha à medida que esta cresce, adquirindo
assim características semelhantes à onicomicose subungueal distal
- Esta forma é mais rara: geralmente em aidéticos;
- Inicia-se pela extremidade proximal: observa-se manchas brancas ou amareladas ao
nível da lúnula comprometendo toda a unha.
- Adquire depois características da forma subungueal distal.
Onicomicose Superficial Branca
Representa aproximadamente 2 a 5% das onicomicoses dermatofíticas, caracterizando-se
pelo aparecimento de manchas de coloração branca na parte medial da lâmina superior
da unha. Com a evolução da lesão, podem ser observadas manchas de coloração
amarelada. Esse tipo de lesão caracterização pela presença de estruturas fúngicas em
direção ao interior da unha, penetração essa que pode ser facilitada por trauma anterior.
Essa lesão não apresenta predisposição por grupos raciais nem sexo, e só são
observados casos após a puberdade

A onicomicose branca superficial e comumente observada nas unhas dos pés, evoluindo
para uma onicodistrofia total.
Mais comum nas unhas dos pés;
- Manchas brancas na superfície da unha (Leuconíquia);
- Com a evolução as manchas ficam amareladas e pode destruir toda a unha;
Onicodistrofia Total
Lesão possivelmente originária da evolução das lesões anteriormente descritas, que se
caracteriza pela fragilização e queda de todas as lâminas ungueais, persistindo apenas
alguns restos de queratina aderida ao leito ungueal. Esses casos são observados em
pacientes nos quais o descaso com a doença e a utilização terapêutica erradas
favorecem a evolução da lesão. Esses quadros são observados geralmente em adultos e
idosos, não verificando uma predileção por sexo ou raça
Destruição e deformidades: a unha fica frágil, quebradiça e quebra-se nas porções
anteriores ficando deformada ou restando alguns restos de queratina aderida ao leito
ungueal.
TRATAMENTO
Existe uma dificuldade generalizada em se tratar onicomicoses, pois esta revela-se como
um grande desafio. Os fungos são difíceis de erradicar, em virtude da queratina, muito
densa, que participa da estrutura da unha. Há, ainda pouca vascularização, explicando,
assim, a pouca penetração dos medicamentos por via sistêmica, bem como o crescimento
lento das unhas (5 a 6 meses para as unhas das mãos e 12 a 18 meses para unhas dos
pés). Ressalta-se que as unhas dos pés são mais difíceis de tratar que as unhas das
mãos.
A griseofulfina, o primeiro agente antifúngico promissor para o tratamento das
onicomicoses, tem baixa afinidade pela queratina ungueal, com a concentração da droga
declinando mais rápido do que no plasma.
Devido ao crescimento lento da unha, a griseofulvina deve ser administrada por cerca de
12 a 18 meses, na dose de 500mg 2 vezes ao dia
Uma análise mostrou taxa de cura micológica de 25,5%, com taxa de recaída de 40% 3 a
12 meses após o final da terapia. Atualmente a griseofulvina vem sendo substituída pelos
antifúngicos mais modernos, como, por exemplo, itraconazol, fluconazol, e terbinafina.
Introduzido na prática clínicaem 1980, o cetoconazol foi o primeira azólico para o
tratamento das onicomicoses, na dose de 200mg/dia, por 4 meses. Esse antifúngico
apresenta maior afinidade pela queratina ungueal, sendo detectado na porção distal da
unha 11 dias após o início do tratamento. Como maior problema, citam-se os efeitos
colaterais.
A nova geração de antifúngicos indicados no tratamento das onicomicoses são
itraconazol, fluconazol e terbinafina. O itraconazol foi aprovado para uso contínuo
(200mg/dia, por 3 a 4 meses). O Fluconazol, por sua vez, é usado na dose de 150 a
400mg. A terbinafina tem se mostrado como a droga de escolha, 250mg/dia durante 6 a
dose semanas. Os níveis da droga persistem na unha 3 a 6 meses após o final do
tratamento.
O tratamento tópico para as unhas mostra-se pouco eficaz. Os tratamentos associados,
tópico e oral proporcionam melhores resultados. Dentre os antifúngicos tópicos destacam-
se o ciclopirox a 8% sob a forma de esmalte fungicida para uso diário aprovado nos
Estados Unidos. No Brasil sendo proposto para uso para dias alternados ou três vezes
por semana no primeiro mês, duas vezes por semana no segundo mês e uma vez por
semana nos próximos quatro meses.
Fonte:
http://www.webartigos.com/articles/54728/1/MICROBIOLOGIA/pagina1.html#ixzz0eJdJ4A
W5

Anda mungkin juga menyukai