igrejas que enfrentavam o desafio de disciplinar o membro e ele ir para outra igreja,
levando consigo o envelope gordo do dízimo.
Sem falarmos na figura do líder indispensável ...
Há um pastor que refere-se a isso como “negociar princípios cristãos”. Assim, a
impressão que temos é de que o pecado começa a ser negociado. Quando lecionava teologia
para um grupo de brasileiros da Beulah Heights University em Atlanta, dei liberdade para
os alunos relatarem experiências ou testemunhos que tinha vivido e muitos relataram
situações em que pessoas cometiam pecados, mas não eram disciplinados porque tinham
um posição importante na igreja ou parentesco com pastores ou líderes e assim a situação
era encoberta.
Meditando sobre o assunto, e baseado no texto que lemos, parece-me ter surgido
uma tentativa de reengenharia do pecado. Que nos levaria a propor um título para a
mensagem de hoje: “Reeengenharia do Pecado, Proposta de Satanás.”
I. Afirmação de fé duvidosa
1. O que diz que tem comunhão com Deus e não anda na Luz é mentiroso
2. Aquele que nega que Jesus é Cristo, o messias, é mentiroso
3. Aquele que diz que ama a Deus e odeia a seu irmão é metiroso
II. Auto-justificação
1. Análise interna
Fazer uma avalição sobre o conceito de pecado adotado pela igreja ou membro.
Os crentes antigos, tradicionais, são muito sérios. Nada pode para eles, os crentes vivem
oprimidos. Já não suportam o peso de tanta opressão. Vamos fazer uma lista dos exageros
para propor uma mudança.
1. Tomar um porre de vez em quando.
Isso não tem problema, pode até ser positivo. Ajuda a relachar, se alegrar
um pouco. Apesar da ressaca, no outro dia um sal de fruta e um copo de
coca-cola resolve.
2. Viver junto sem casar
Começar a namorar e uma semana depois já estão combinando de
morar no mesmo quarto, dormir na mesma cama faz bem. Afinal, temos
que aproveitar nossa juventude. Além do mais, casamento fica muito caro e
nós não temos dinheiro. E também a gente pode não acertar um com outro,
aí dá um rolo para divorciar ...
3. Casado sozinho morar com alguém
O marido ou a mulher está no Brasil, ou o contrário, não tem nada demais ter
um amante por aqui enquanto ele ou ela não vem.
4. Sonegar imposto
Todo ano em ganho horrores de dinheiro, mas como eu não sou cidadão e
nem vou me legalizar, então não preciso pagar o imposto de renda, nem
aqui, nem lá.
5. Reduzir a obrigação do dízimo
Para dar o dízimo tenho que deduzir as despesas e do líquido eu dou 10%,
mas só do que fica comigo depois de mandar o restante para o Brasil.
Mesmo assim ainda está muito, além do mais somos parte da igreja
americana e ela é rica.
6. Desobrigação dos dons espirituais
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As areias do pecado
Há dois tipos de terrenos irmãos: o firme como rocha e a areia. Isso nos mostra que
aqui nós temos dois tipos de crentes:
O que Constrói a Casa de sua Vida sobre a Rocha
Aquele que constrói a casa da vida sobre a rocha, terreno firme, da verdade, da
palavra de Deus, do amor ao próximo, do reconhecimento de nossa condição pecadora, de
nossa condição de dependentes da graça de Deus, de nossa condição de dependentes de sua
misericórdia, de nossa condição de dependentes do sangue do cordeiro para nos purificar.
O que Constrói a Casa de Sua vida sobre a Areia
Aquele que constrói sua casa da vida no areal do pecado. Onde as opções são tão
boas e tão prazerosas, onde há tanta diversão e tão pouco compromisso com Deus. Onde
você prefere ir para as festas ao invés da igreja e não tem problema, você prefere ficar
vendo as novelas ao invés de ir para os estudos e não vai lhe afetar em nada, você prefere ir
ao cinema ao invés de ir ao culto de oração e não vai fazer diferença.
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Conclusão
Há uma coisa comum entre esses dois crentes. Ambos estão sujeitos a tempestades.
Entretanto, quanto a tempestade ruge com o seu feroz bramir e as enchentes crescem
e vêm com toda a força, e se arremessa contra as casas e as encobrem, quando ela passa
podemos ver a casa edificada na rocha da Palavra de Deus firme, sem danos.
A outra casa edificada no areial do pecado não existe mais, depois da tempestade.
Foi levada pelas ondas do sofrimento, das dificuldades, da desorientação, do destino
incerto, da doença e, acima de tudo, sem a certeza da vida eterna com Deus.