Todas
as sp guardam as suas informações no genoma, no sistema endócrino e nos kos. Este faz
a estratificação neuro-psiquica e bio-evolutiva, e explica a latência e emergência dos
kos. Este modelo é comparativo, pq vamos estudar fenómenos psicopatológicos, q
existem, mas q n foram provocados pelo homem. Comparamos a homologia
(antepassado comum) c a analogia (parecenças). Estudamos as diferenças entre os
indivíduos normais e os c patologia, a criança e o adulto, kos actuais e homólogos.
Fenómeno psicopatológico – sendo 1 fenómeno qq coisa q é sempre única, 1
fenómeno psicopatológico é 1 ko mais diferente e irrepetivél.
Demência – doença orgânica de causa neurológica; atinge os kos adquiridos, e
numa fase + avançada, os kos inaptos.
Doenças cerebrais – processos de dissolução. / Doenças degenerativas – tem a
ver c o envelhecimento, vão começar a morrer células de forma dispersa e vão sendo
afectadas áreas cerebrais de forma dispersa (daí o conceito de dissolução). / Demência
(cérebro funciona pior – lesão orgânica) é diferente de psicoses (estados de loucura, em
q o cérebro funciona de forma desadaptada c o ambiente – n há lesão cerebral). O q se
passa na demência é semelhante ao q se passa na deficiência mental; a grande
diferença é a idade em q surge. Na demência o cérebro n está doente, adoece
posterior/e, perdendo as aprendiz. Na deficiência o cérebro nasce doente, n sendo capaz
de aprender. / Nas demências todas as funções cerebrais são atingidas: motoras
(comandam os sistemas musculares), sensitivas/sensoriais (5 sentidos recebem a
informação), associativas (áreas q pensam; integram a informação recebida e
estabelecem estratégias pa o acto motor); mas s especialmente atingidas as áreas
associativas ( área do hemisfério esq – linguagem; do hemisfério dto – gestos e esquema
corporal; lobo frontal – programas de referência pa adaptação dos kos (juízo crítico)) –
aprendiz e kos adquiridos -. É atingida a memória adquirida/aprendida.
Kos observáveis nas demências e oligofrenias (doença mental): padrões
motores (origem inapta; s sinal da dissolução da psicomotricidade – processo q melhor
ilustra a complexidade motora; s os kos + arcaicos da sp humana.), q s: os reflexos,
automatismos e cinésias. Todas as aprendiz dependem dos nossos reflexos e
automatismos. / A psicomotricidade engloba os actos e os movi/os./ o ko é 1 conj de
actos e movi/os associados a 1a situação – actos e movi/os s prévios à adaptação. Acto
interfere c o ambiente (envolve 1a intenção); movimento n interfere c o ambiente; n há
coordenação qdo se separa acto de movi/o. / Dissolução da psicomotricidade – dos kos
aprendidos e já mto elaborados, regride-se a kos rudimentares. P.ex: na 3ª idade, há
separação entre o acto e o movi/o; há desintegração e descoordenação; há perda de
características voluntárias, intencionais e elaboradas, pa passarem a ser, prensiveis,
simplificadas, estereotipadas, com + automatismos, instintos e reflexos. Ou seja, perde-
se o indivíduo e aparecem os movim/os da própria sp. A activi// voluntária é substituída
por padrões motores cd vez + ancestrais. É 1a doença q se processa continua/e.
Padrões motores (observáveis em demências e oligofrenias): destruturação
motora e da personalidade (diminuição da vontade) – as movimentações voluntárias
passam a involuntárias (desintegração motora, motória e da motricidade). Os padrões
involuntários q surgem s ancestrais, e podem observar-se nos primatas. Os movi/os dos
primatas s semelhantes aos do recém-nascido (ex.: fenómeno magnético: seguir c o
olhar 1 objecto em movi/o), os movi/os pendulares tb s semelhantes (procura do mamilo
pa mamar), os reflexos de sucção (mamar), preensão (agarrar), o reflexo de moro (testa-
se o tónus muscular e vitalidade do bebé, fingindo q se vai deixar cair o bebé, e ele abre
e fecha os braços). Todos estes padrões motores são observáveis de forma desintegrada
nas demências e oligofrenias. Nem todos os padrões motores tem a mma antigui//; qto
+ profunda for a demência, + arcaico é o padrão motor. Os + arcaicos s os
automatismos posturais (temos até a dormir, qdo mudamos de posição), os reflexos de
defesa (após 1a travagem brusca, projectamos os braços pa a frente; estes reflexos já
vem dos vertebrados + arcaicos); reflexos orais (existem a partir dos mamíferos –
reflexo pa mamar – é mamaliano arcaico); reflexo de preensão dos membros superiores
(mãos); reflexo de moro(estes 2 últimos s reflexos dos primatas + antigos); reflexo da
marcha automática; reflexo da preensão plantar (já é dos protohominideos). / Há
reflexos q se perdem, mas há outros, q s especializados, nomeada/e os orais e de
preensão palmar – estes s aperfeiçoados nas 1ªs horas. Nas demências e oligofrenias
estes reflexos reaparecem, de forma desintegrada, disarmónica e descontextualizada – é
a partir de todos estes reflexos q existe psicomotricidade./ Na evolução todos estes
reflexos são harmónicos (tem significado – normal) e na demência s disarmónicos
(surgem sem motivo – patológico); dá-se 1a involução. / Já dentro do útero (pré-
natais), existem aptidões motoras (ex. deglutir), reflexos de defesa, movi/os antetóides
(de natação), movi/os de sucção, o bebé solta pequenos vagidos (pequenos sons). /
Todos estes padrões motores s mto importantes pa a vinculação mãe/filho. Os q s +
facilitadores e gratificantes nesta vinculação s os q se mantém e especializam.
Tipos de padrões motores: automatismos e reflexos e cinésias (hipercinésias
ou acinésias). Reflexos (ou respostas orais) – a zona da boca é mto estimulada logo no
3º mês do embrião. Estes reflexos dependem de camadas mto arcaicas do sistema
nervoso, e n tem necessaria/e a ver c o cérebro. No recém-nascido, há o reflexo oral por
excelência: sucção (série de movi/os de sucção separados por pausas); há o reflexo de
pro-trusão dos lábios (fazer beicinho – característico na doença de Alzheimer); movi/os
pendulares (automatismos de orientação: na criança, é a procura do mamilo). /
Respostas Preênsiveis – reflexo de preensão humana tem 2 fases: fase de captação do
objecto e sustentação do objecto (agarrar o objecto e n querer largar). O reflexo palmar
e plantar tb s visíveis nos anencéfalos. Estes reflexos em situações patológicas:
fenómeno de enganchar as mãos (ex. aperto de mão); fenómeno de marcha senil (ex.
encolher os dedos dos pés pa baixo)./ As respostas orais e preênsiveis estão mto
relacionadas, e normal/e aparecem juntas. Prendem-se mto c os factores de vinculação.
Há uma grande relação filogenética entre estes 2 reflexos. Nos dementes, estas respostas
por norma s mto estereotipadas – os reflexos da boca, das mãos, o olhar fixo, a
hipertonia, os sistemas de regulação postural e defensiva, estão mto interligados. /
Outros: hipertonia de oposição, olhar fixo, reflexo corneo-mandibular (deslocação do
queixo, do maxilar), agitação psicomotora, fenómenos cinéticos.
Dentro dos padrões motores existem as cinésias (movimentos). Acinésias –
ausência de movi/to; hipercinésias – agitação psicomotora , excesso de movi/to. As
acinésias e hipercinésias tem a ver c o facto de todos sermos portadores de significado,
em relação à atitude interna do indivíduo. Todos os animais têm a capacidade de se
fazerem grandes ou pequenos (ex. pisamos as formigas, e qdo levanta-mos o pé, ela
está viva e foge – faz-se pequena (medo)).Nos animais fazer-se de grande significa
intimidar./ As atitudes internas, podem ser: de intimação, levada ao extremo –
Fanéricas (ex. mostrar as garras, eriças os pêlos) – levam-nos à hipercinésia; e de
submissão, levadas ao extremo – Criptíca (ex. a pessoa esconde-se, tentar passar
despercebida) – remetem-nos pa as acinésias. / ACINÈSIAS _ (movi/os lentos ou
ausentes, pq estão em atitude de submissão): qdo o indivíduo está c 1a acinésia, é
despertado o reflexo de imobilização (fingir-se de morto) – nós paralisamos qdo temos
medo. As acinésias s atitudes normais em determinadas situações (ex. durante um
assalto), mas podem assumir-se patologias qdo se encontram descontextualizadas e
exageradas. Em todos os animais, existe 1a disposição inapta pa a imobilidade e
camuflagem; é 1a resposta passiva e inespecifíca. Nesta resposta há falta de impulso pa
o movi/o. Numa situação patológica, pode tornar-se 1a resposta defensiva face a 1
delírio de perseguição (p.ex.) q no seu grau máximo, pode chegar à catatonia./ Em
termos biológicos, o reflexo de imobilização depende de vários níveis – envolve o nível
biológico, cultural, psicológico e uma dinâmica patológica. NOS ANIMAIS – existe a
cataplesia (manter-se horas seguidas imobilizado em posições desconfortáveis).
Corresponde e assemelha-se à catatonia nos humanos (ex. num aquário de marisqueira à
1 lavagante e 1a lagosta. O lavagante está em cataplesia (sono acordado), face ao
domínio da lagosta, q está a Ter 1a fuga passiva. Nos humanos este sono é cerebral e
muscular). Cataplesia – evita os ataques do adversário mais forte; surge qdo já n há
nada a fazer. A cataplesia é 1a actividade derivada estrema, mas é real, está mmo a
acontecer. Na catatonia, a ameaça sentida pelo indivíduo é 1a ameaça q surge de forma
delirante, n é real. O sujeito sente-se ameaçado, n só naquele momento, mas em toda a
sua vida, e n identifica os seus inimigos, logo, mantém-se imobilizado em posições
desconfortáveis. Estes indivíduos são passivos e sugestionáveis, o q dá 1a certa
vulnerabilidade pa a doença. Situações de catatonia, em q existe 1 grande grau de
dissociação: “ o espírito sai do corpo, sente-o co estranho. O espirito dissocia-se do
corpo e parece q o corpo deixa de responder.” - A catatonia é sempre involuntária. / O
doente n sente desconforto nas suas posições, pq há 1a abolição dos automatismos de
reposição (o doente n sente fadiga; é co se ele regredisse à posição de feto intra-uterino).
Dentro do útero, n precisamos de automatismos de reposição. / HIPERCINÉSIAS –
(hiperactividade, déficit de atenção na infância, etc.). – aparecem nas demências. S a
contrapartida dialéctica do reflexo de imobilização; o reflexo de imobilização parece
estar abolido (a pessoa n para). A activi// cerebral é tempestuosa, tal co acontece no
sono REM (fase dos sonhos e dos pesadelos), pa reintegar o q acontece nas 24H do dia.
Na adolescência, tb existem tempestades cerebrais (devido à grande velocidade do
desenvolvi/o cerebral). O sonambulismo corresponde a 1 au/o hipercinético do cérebro.
/ Numa hipercinésia existe 1a fuga activa, contraria/e à acinésia, q essa é fuga passiva.
Numa hipercinésia a pessoa n consegue estar quieta. Esta fuga activa leva a 1a
tempestade motora. Exs. De hipercinésias – nos animais: transformações motoras q
ocorram nos animais em cativeiro (os animais chegam mmo a auto-mutilar-se co forma
de exprimirem a sua ansiedade). Os animais cativos entram mtas vezes em demência./
Uma das formas de provocar hipercinésias é colocar individúos q necessitam de mto
espaço, em pouco espaço./ Os graus de hipercinésia vão de: hiperactividade (grau mais
leve – pode ser chamado de esteriotipias q s frequentes nas esquizofrenias e nos
autistas); fenómenos de agitação psicomotora (p.ex. é preciso utilizar a camisa-de-
forças); actividades em vazio (levam a kos de auto-mutilação – as + frequentes s as
activi//s masturbatórias e as activi//s auto-mutilantes). / Nas psicoses, o estreita/o do
território n é objectivo mas subjectivo (empobreci/o do espaço psicológico). Este
estreita/o faz c q o indivíduo se feche, e seja, 1 indivíduo enjaulado no seu próprio
cérebro. Daí advém as tais esteriotipias (tal co os tigres dentro de 1a jaula: deambulam).
As psicoses conduzem a uma esteriotipização dos esquemas motores. As esteriotipias s
mto típicas da degradação psicomotora, em q ocorre 1 empobreci/o da relação c o
mundo; nas esquizofrenias, correspondem a 1a regressão). Esta regressão corresponde a
1a degradação do doente (p. ex. esquizofrénico crónico, em regime de internamento).
Qdo estas esteriotipias s mto iniciais chamam-se rituais. A demência é o momento final
a q o doente chega. Qdo se chega a este ponto, o doente já n é esquizofrénico, mas é
demente. Há 1a dissolução das funções q activam os centros motores e q levam às
esteriotipias. Existem 3 tipos de esteriotipias (kos inaptos involuntários): dissolução da
função reprodutiva (esteriotipias masturbatórias c o acto sexual – coito); dissolução da
função lúdica (instinto de exploração e do jogo. Na esteriotipia, existe manipulação dos
objectos); dissolução da função agonística (regulador da agressividade; na esteriotipia
há, p. ex. acessos de fúria – reacções catastróficas hiperexpressivas).