"O Senhor rasgou de ti hoje o reino de Israel, e o deu a um teu próximo, que é
melhor do que tu. E aquele que é a Força de Israel não mentirá nem se
arrependerá, porque não é homem para que se arrependa".
As palavras
A Bíblia proclama que Deus é eterno (João 17:5, 2 Timóteo 1:9), que o seu
conselho é imutável (Hebreus 6:17), e que Ele não muda (Malaquias 3:6, Tiago
1:17). Além disso, ensina que Deus conhece todas as coisas: 1 Samuel 2:3; Job
12:13; Salmo 94:9, 147:5; Isaías 29:15, 40:27-28.
Quando um ser humano se arrepende de algo, deve-se a que se deu conta de algo
que ignorava. Contudo, Deus conhece todas as coisas e, por conseguinte, não pode
arrepender-se no mesmo sentido que um ser humano. As referências ao
arrependimento de Deus devem pois entender-se, tal como se apresentam nas
Escrituras, como uma mudança no proceder divino produzida pelas acções ou
intenções humanas. Assim lemos em Jonas 3:10 que quando a cidade condenada
de Nínive creu em Deus e deu mostras de conversão, "Deus viu o que fizeram, que
se converteram do seu mau caminho, e se arrependeu do mal que tinha anunciado
fazer-lhes, e não o fez".
Igualmente, em Êxodo 32, Deus anuncia o seu propósito de destruir o povo pela
sua idolatria, mas Moisés intercede em favor dos seus. Como consequência, diz o
relato: "Então, o Senhor arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao
seu povo" (32:14).
Conclusão