03 / FEVEREIRO / 2011
No passado dia 18 de Janeiro foi realizada a visita de estudo ao Centro de Ciência Viva e Observatório
de Constância e às Grutas da Moeda, no âmbito das disciplinas de Física e Química e Biologia e Geologia.
À chegada ao Centro de Ciência Viva de Constância fomos divididos e a nossa turma ficou toda no
mesmo grupo. Em seguida fomos encaminhados para uma sala bastante acolhedora na qual visionamos um
filme acerca dos planetas do Sistema Solar, os seus principais satélites naturais e o astro (Sol), em torno do
qual giram, sendo que este filme tinha o nome de “Viagem aos Limites do Universo”.
Neste filme que teve uma duração aproximada de 45 minutos, pudemos observar a procura de um
planeta semelhante com a Terra. Foi feita a descrição de vários planetas e principais satélites do Sistema
Solar, sendo Ganimedes o maior satélite natural do Sistema Solar e Titã o segundo maior, além do nosso
astro-rei denominado Sol. Ao longo do visionamento foi-nos apresentada a história do nosso planeta, o
futuro que ele pode vir a ter, que poderá ser semelhante ao de Vénus, as culturas ancestrais terrestres e os
seus respectivos Deuses, além do nascer do Sol no lugar mítico que é “Stonehenge”.
Durante o filme foi-nos apresentada uma teoria bastante peculiar, teoria essa que diz que a vida na
Terra teve origem no planeta Marte, e segundo a qual fragmentos de meteoritos ou asteróides foram
enviados para a Terra e através deste envio semearam a vida no nosso planeta. Depois desta teoria ficou a
pergunta no ar: “Será que somos Marcianos?”. Outro ponto bastante interessante diz-nos que a vida na
Terra pode ter sido originada pelo impacto de um cometa no nosso planeta, contudo se um cometa ou
outra “forma” idêntica colidir novamente com a Terra cessará a actividade de vida no “planeta azul”.
Para concluir a análise do filme é importante referir que durante toda a busca por um planeta
semelhante à Terra, nenhum foi encontrado que tivesse as condições necessárias para suportar a vida, o
mais semelhante à Terra concluiu-se que é Marte, o que é normal devido à sua posição e “antecedentes”.
Tipo de Planeta Planeta Planeta Planeta Planeta Planeta Planeta Planeta Planeta
Telúrico Telúrico Telúrico Telúrico Gasoso Gasoso Gasoso Gasoso
Distância ao Sol
57.9 108 150 228 778 1427 2870 4497
(milhões de km)
Período de
Translação (dias (1), 88 (1) 224.7 (1) 365.25 (1) 687 (1) 11.9 (2) 29.5 (2) 84 (2) 164.8 (2)
anos (2) ou horas (3))
Período de Rotação 58.65 (1) 243 (1) 23.9 (3) 24.62 (3) 0.41 (1) 0.44 (1) 0.72 (1) 0.67 (1)
Diâmetro equatorial
4 878 12 104 12 757 6 794 142 803 120 002 50 800 48 600
(km)
Massa Volúmica /
5.4 5.3 5.5 3.9 1.3 0.7 1.2 1.7
Densidade (g/cm3)
Temperatura -170 / -100 /
+460 -60 / +60 -140 -160 -180 -200
Aproximada (°C) +400 +20
Silicatos, Silicatos, Silicatos, Silicatos,
Principais Hidrogéni Hidrogénio Hidrogéni Hidrogénio
Ferro e Ferro e Ferro e Ferro e
Compostos Químicos o e Hélio e Hélio o e Hélio e Hélio
Níquel Níquel Níquel Enxofre
Página 1 de 6
Na tabela em cima apresentada (página anterior) podemos ver algumas das características dos
planetas do Sistema Solar, que além de nos terem sido apresentadas no filme também nos foram referidas
durante a observação dos planetas e alguns satélites naturais, que estão colocados no exterior, mesmo à
entrada do parque. Estes “planetas” estão construídos numa escala bastante razoável.
De ponto de vista físico, o Sol é uma estrela de 1.989×1030 kg de massa, com um raio equatorial de
695 000 km e uma densidade média de 1409 kg/m3. Supõe-se que a temperatura aproximada do seu
centro é de 14 000 000 °C, enquanto a da superfície, chamada fotosfera (camada visível do Sol), é 6000 °C.
O Sol gira em torno de si próprio, com sentido directo e em torno de um eixo inclinado de 82°45',
com um período de 25,38 dias no equador, enquanto nos polos, leva cerca de 30 dias para completar uma
volta, ou seja, tem uma rotação diferenciada em função da latitude. Provavelmente, esta é a principal causa
das manchas solares.
Depois de visitarmos o Centro de Ciência Viva de Constância e após o almoço dirigimo-nos para as
Grutas da Moeda, que se situam em S. Mamede, concelho da Batalha, a apenas 2 km de Fátima. A sua
descoberta ocorreu em 1971, por dois caçadores que perseguiam uma raposa que se terá refugiado num
algar existente no meio do bosque. Movidos pela curiosidade, entraram e percorrendo o seu interior
aperceberam-se da sua beleza natural, com galerias repletas de inúmeras formações calcárias. Durante
vários meses o local foi sendo explorado pelos dois homens, permitindo a descoberta de várias galerias que
se viriam a revelar de interesse científico e turístico e que hoje fazem parte da área visitável da gruta.
Página 2 de 6
Foi atribuído o nome à gruta de “Grutas da Moeda”, devido a uma lenda que falava de um homem
abastado daquelas redondezas que ao passar por um bosque, em torno de um algar, foi assaltado por um
bando de malfeitores que lhe tentaram saquear a bolsa de moedas que trazia à cintura. Com a confusão do
assalto, o homem caiu para dentro do algar, levando consigo a bolsa de moedas tão cobiçada pelos
assaltantes. Pelo precipício se espalharam e perdeu
irremediavelmente as moedas, dando ao algar que
passa pela gruta o nome pelo qual ainda hoje é
conhecido, “Algar da Moeda”.
Em conclusão, esta visita de estudo foi bastante proveitosa para ambas as disciplinas envolvidas no
projecto, Biologia e Geologia e Física e Química. Durante este dia aprendemos diversos conteúdos
extremamente importantes e de carácter pedagógico, como, características dos planetas, constituição do
Sistema Solar, características solares, formação de grutas, formações calcárias (estalactites e estalagmites)
e aspectos pertinentes acerca de grutas. Esta visita foi muito importante para constatarmos ao vivo o que
aprendemos nas duas disciplinas.
Página 3 de 6
12-02-2011
Página 4 de 6