Síntese baseada na visualização do vídeo com o seguinte URL:
http://www.youtube.com/watch?v=kkN-2nNQ0Ic
No âmago da educação está presente a avaliação.
Significa isto que a avaliação faz parte do nosso processo enquanto aprendentes, e não só, mesmo no nosso quotidiano, somos impulsionados a avaliar. Falar em estudar a distância, é falar de um processo autónomo da construção da própria aprendizagem. Para tal são requeridas estratégias e instrumentos de avaliação distintos dos utilizados em educação presencial. Para Lagarto (2009), “essa avaliação terá de identificar se os formandos atingiram os seus objectivos de aprendizagem, e verificar, de acordo com a opinião dos mesmos formandos e dos outros actores envolvidos, da necessidade de introduzir alterações que conduzam a melhorias no sistema.” Da avaliação espera-se uma maior individualização, que responda de forma eficaz e rápida às solicitações dos alunos. Desta forma, constitui um factor de motivação e de sucesso na aprendizagem. Uma das problemáticas na avaliação online prende-se com a identidade de quem estamos a avaliar. Porem, com a ampla difusão de plataformas Web, que permitem a utilização do vídeo e do áudio, vieram facilitar a verificação visual da identidade, podendo realizar quase uma “avaliação online face-a-face”. Outra problemática que ocorre é a dificuldade em constatar o interesse ou desinteresse dos estudantes, assim como, as suas dificuldades. Desta forma não se torna fácil apoiar e orientar os alunos de modo a alcançarem uma aprendizagem mais significativa. Correntemente, utiliza-se a avaliação como um meio de verificar se os alunos são ou não capazes de reproduzir o mais fielmente possível os conteúdos que os professores lhes transmitem. Nesta perspectiva (de carácter behaviorista), o desempenho dos alunos não passa de uma mera automatização. Uma perspectiva diametralmente oposta, de carácter construtivista, coloca o foco das aprendizagens não nos conteúdos, mas no desenvolvimento de competências e no próprio processo de aprendizagem. Porem, com as ofertas que a Web nos proporciona, possuímos diferentes tipos de instrumentos que devem ser utilizados para uma avaliação em EaD que corresponda aos objectivos propostos. Podem assim ser utilizados: os registos automáticos gerados pelos LMS, que nos permitem verificar a actividade de cada aluno, o tempo de permanência no sistema, o que consultou, a participação que teve em determinadas actividades, entre outros. Embora não permitam aferir a qualidade das aprendizagens, permitem uma análise quantitativa que pode ajudar a identificar alunos que estão a ter mais contrariedades em seguir o ritmo das actividades, necessitando assim de uma maior atenção do professor. Os chats possibilitam o trabalho colaborativo, a participação reflexiva em discussões, a argumentação e contra-argumentação e são uma mais-valia no processo de avaliação. Desta forma fica um registo permanente da participação de cada aluno nesses chats, tornando-se possível avaliar o seu empenho, assim como, a forma como procura e encontra soluções para as problemáticas, o modo como cooperam com os outros e executam em equipa. Como refere o vídeo referido, nos chats há troca de informação tão sem compromisso que o medo da avaliação se desvanece. É a presença de um professor/tutor que garante a qualidade do discurso e da aprendizagem. Devem ser entendidos como uma ferramenta que nos pode fornecer dados relativos à aprendizagem desenvolvida numa forma contextualizada e de forma informal. Sem dúvida que as TIC e a Web 2.0 vieram oferecer um sem número de ferramenta que possibilitam diversificar a avaliação e torná-la conforme ao tipo de trabalho desenvolvido numa abordagem construtivista, e que se pretende mais eficaz, partilhada e equitativa.
Referências:
GOMES, Maria João (2009). Problemáticas da avaliação em educação online. VI
Conferencia Internacional de TIC na Educação. Braga. Universidade do Minho. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9420/1/Challenges- 09-mjgomes.pdf acedido em 02.02.2011
SANTOS, João F. S. (s/d). Avaliação no Ensino a Distância. Revista Iberoamericana de
Educación. (ISSN: 1681-5653). Santa Catarina, Instituto Superior e Centro Educacional Luterano Bom Jesus, e Universidade do Estado de Santa Catarina http://www.rieoei.org/deloslectores/1372Severo.pdf acedido em 02.02.2011 LAGARTO, J. R. (2009). Avaliação em e-learning. In Educação, Formação & Tecnologias; vol.2 (1); pp. 19-29, Maio de 2009. http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/viewFile/82/49 acedido em 02.02.2011