Universidade Estadual do Ceará – UECE

Licenciatura Plena em Química

Colégio Pontual/Colégio Anchieta –
Maceió/Al Nível Médio

Estudo dos gases

17/02/2010 prof. Gilberto T S Marques/ 1

prof Eduardo Callado
 A “invenção” dos gases
Um pouco de historia

• O “inventor” do gás
Segundo Herbert Butterfield no livro As Origens da Ciência
Moderna, palavra gás foi inventada por van Helmont na
primeira metade do século XVII.

Joan Baptista van Helmont (1579-1644) nasceu em Bruxelas

(Bélgica). Estudou na Universidade de Louvain, Viajou pela suíça,
Itália, França e Inglaterra. Escreveu Sobre a Cura Magnética
das Feridas publicado em 1621.
VAN HELMONT E O CONCEITO DE GÁS, Paulo Alves Porto – EDUC- EDUSP - SP

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 GASES
Só sabemos com exatidão quando sabemos pouco; à medida
que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida
( Johann Wolfgang Goethe 1749 – 1832)

01. Características dos gases

Os gases apresentam propriedades diferentes dos sólidos e

dos líquidos, senão vejamos:
• Um gás não tem volume próprio
• Um gás não tem forma própria
• Os gases são compressíveis e apresentam grande
expansibilidade
• A liquefação ou a vaporização acarretam grandes variações
de volume.
• Para explicar o comportamento dos gases foi construído
um modelo que forma a chamada teoria cinética dos
gases.

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 0 Teoria cinética-
molecular dos gases
• As moléculas de um gás estão em continuo movimento e
separadas entre si por grandes espaços vazios em relação
ao tamanho delas.
• O movimento das moléculas se dá inteiramente ao acaso e
em todas as direções e sentidos
• As moléculas colidem continuamente contra as paredes do
recipiente onde estão contidas. Das colisões resulta a
pressão do gás
• As colisões das moléculas contra as paredes do recipiente e
as colisões entre as moléculas são perfeitamente elásticas –
ocorrem sem perda de energia.
• Essas observações servem para conceituar o gás ideal,
diferentemente do gás real, o ideal segue as observações
acima.
• O que mantém o movimento constante das moléculas
de um gás é sua energia cinética que está associada a um
parâmetro – a temperatura.

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 Variáveis de estado de
um gás
• Volume, pressão e temperatura são denominados variáveis
de estado de um gás.

• Volume – o volume de um gás é volume do recipiente que

o contém.
O volume geralmente é medido em litros(L), ml (ou dm3)
• Pressão – é a força por unidade de superfície .
P = F/S
As unidades de pressão mais usadas são:
• atmosfera (atm) – pressão exercida por uma coluna de
mercúrio de 760 mm a nível do mar
• mm Hg = 1 torricelli = 1/760 atm
• Nas C.N.T.P. a pressão considerada é de 1,0 atm e a
temperatura é 0oC.
• Nas C.A.T.P. a pressão considerada é de 1,0 atm e a
temperatura é 25oC.
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 Temperatura
A temperatura é a medida da agitação
molecular de um gás. Quanto maior a
agitação molecular, maior a temperatura
de um gás.
• Escalas termométricas: as escalas mais
usadas são:
• Escala Celsius e escala Absoluta (Kelvin);
K = oC + 273

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 Gás ideal ou gás perfeito
• É aquele onde não há nenhum tipo
de atração entre as partículas. Na
medida em que aumenta a
temperatura de um gás e diminui a
sua pressão, as moléculas vão se
distanciando e o comportamento do
gás real vai se aproximando cada
vez mais do comportamento do gás
ideal.

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 Lei de Boyle:evoluções
isotérmicas

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 Lei de Charles: evolução
isobárica

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 Lei de Gay-Lussac: Evolução isocórica ou
isométrica

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Equação Geral dos Gases
Perfeitos

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Equação Geral dos Gases
Perfeitos - gráfico

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 Equação de Clapeyron ou
equação de estado
A equação de Clapeyron relaciona as
variáveis da pressão, do volume e da
temperatura, incluindo também a
massa(m) no lugar do número de mol
da substância gasosa como variável,
durante uma transformação.

PV = nRT
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 Lei de Avogadro
“volumes iguais de gases
quaisquer, à mesma temperatura
e pressão, encerram o mesmo
número de moléculas”,
ou seja, 1 mol de qualquer gás,
nas mesmas condições de
temperatura e pressão, ocupam o
mesmo volume..
nA = nB
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 Lei de Dalton das
Pressões Parciais:
• A pressão total de uma mistura de
gases é a soma das pressões parciais
dos gases que compõem a mistura.
• Entende-se por “pressão parcial” a
pressão que cada gás exerceria se
ocupasse sozinho o recipiente da
mistura. Na mistura de gases A, B, C
temos:
• P = Pa* + Pb* + Pc*
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Cálculo da Pressão Total:
Num mesmo recipiente, misturamos os gases
1 , 2 e 3 em diferentes condições, conforme
indica a figura

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 Lei de Amagat dos
Volumes Parciais
O volume total de uma mistura
gasosa é soma dos volumes parciais
de cada gás da mistura.

V = VA* + VB* + VC*

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 Volumes parciais
• O volume parcial é calculado a partir da
equação de estado do gás.Ex,. na mistura
de gases A, B e C os volumes parciais dos
gases da mistura são respectivamente:
• Volume parcial do gás A = VA = nA.RT/P
• Volume parcial do gás B = VB = nB.RT/P
• Volume parcial do gás C = Vc = nc.RT/P
• A relação entre o volume parcial de uma
gás na mistura e o volume total da
mistura é igual à sua fração molar. X =
VA/VT
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 Densidade dos gases

Densidade absoluta ou massa específica é a

relação entre a massa e o volume. Nas CNTP a
densidade de um gás pode ser expressa:
dCNTP = M/22,4 (g/L)
• Sendo o ar atmosférico um mistura de gases onde
predominam o O2 e o N2, a sua massa molar média
é 28,9g/mol. Então, a densidade de um gás A em
relação ao ar é calculada assim:
• DA,ar = MA/Mar = MA/28,9
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 Difusão e efusão de
gases – Lei de Graham
Difusão é a propriedade segundo a qual duas
substâncias ao se misturar, espontaneamente,
formam soluções. O fenômeno da difusão é
muito comum entre gases.
Efusão é a passagem de um gás por pequenos
orifícios ( por uma parede porosa, por exemplo).
Segundo o físico inglês Graham, “a velocidade
de difusão ou de efusão de um gás é
inversamente proporcional à raiz quadrada de
sua densidade”. Considerando dois gases A e B,
teremos a seguinte relação:

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Expressão da lei de Graham
• Em função da densidade e da massa
molar

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