ser capaz de trabalhar com resoluções maiores que 525 linhas, ou seja, o sistema
de deflexão deve ter um cuidado maior que os cuidados em sistema de televisão. A
seguir serão descritos alguns pontos importantes em um monitor de vídeo.
1.2.2 Resolução
observação: No caso do padrão VGA, por utilizar uma matriz de caracteres 9x16, a
resolução horizontal máxima de 9 pixels x 80 colunas = 720 pixels.
Por exemplo, para um monitor de 14” (253mm), o qual se deseja trabalhar
253
com resolução 640 x 480, o dot pitch mínimo será de = 0,35mm . Para resoluções
720
maiores utilizando o mesmo monitor, temos:
800 x 600 = 0,31mm
1024 x 768 = 0,24mm.
A Figura 1-3 ilustra a dimensão de um dot pitch. Os seguintes dot pitchs são
geralmente encontrados em monitores de vídeo: 0,41 - 0,39 - 0,28 - 0,26 - 0,25 -
7
0,24 - 0,22. Um bom monitor tem dot pitch inferior ou igual 0,28. No caso dos valores
0,41 e 0,39 são em geral tamanhos indesejáveis, pois o monitor teria uma qualidade
de vídeo ruim. Por exemplo, imagine um jogo com imagem embaçada, ou um texto
em um editor gráfico sem definição de pontos, forçando-o a usar uma resolução
baixa para obter uma boa imagem, sem falar em gráficos da Internet que geralmente
exigem 800x600 com no mínimo 256 cores.
31500
formar = 525 linhas por quadro. Com esta quantidade de linha o monitor
60
conseguirá reproduzir perfeitamente as resoluções da tabela 1-4.
Para padrões com resoluções maiores, como é o caso dos padrões 800 x
600, 1024 x 768 e 1280 x 1024, a varredura do monitor deverá ser mais rápida, de
modo que consiga apresentar todos os pontos no intervalo de tempo de um quadro,
ou seja, a freqüência de varredura horizontal deve neste caso aumentar.
Muitos monitores de baixo custo ao invés de aumentar a freqüência de
varredura horizontal, diminuem a quantidade de quadros por segundo (freqüência
vertical) que será apresentada, de modo que o produto final continue o mesmo.
Por exemplo, um monitor de vídeo que tenha freqüência de horizontal fixa de
31500 Hz poderia diminuir sua freqüência vertical de 60 para 50 Hz, possibilitando
31500
visualizar a resolução de 800 x 600. Neste caso, como = 630 linhas, a
50
resolução de 800 x 600 poderia ser reproduzida sem problemas. O problema na
diminuição da varredura vertical diz respeito ao aparecimento de cintilação (flicking)
como já comentado em sistema de TV.
Outra forma de apresentar uma maior resolução sem aumentar a freqüência
de varredura horizontal é utilizando a varredura entrelaçada, da mesma maneira
como nos sistemas de televisão.
Os monitores não entrelaçados são mais caros por obrigatoriamente
necessitarem de uma freqüência horizontal e vertical maiores, de forma a evitar a
cintilação.
A Tabela 1-6 ilustra a tabela que relaciona a resolução e a freqüência de
varredura horizontal para alguns padrões de vídeo.
Drive/Cut-off
Contraste
Brilho
1.3.2 Microcontrolador
numa placa atual, ou um monitor atual numa Trident 9680 ou outra placa antiga que
o recurso não funcionará.
O DDC usa algumas vias do conector VGA convencional para estabelecer
comunicação bilateral entre o PC e o monitor. Esse canal pode ser usado para a
troca de dados necessários ao ajuste das configurações da tela. O DDC é dividido
em: DDC1; DDC2; e DDC2AB.
1.3.10.1 DDC1
Monitor de Vídeo
SDA
Memória
PC VSYNC
EEPROM
semelhante ao protocolo I2C já estudado. A Figura 1-9 ilustra este tipo de conexo
entre PC e Monitor de vídeo.
Monitor de Vídeo
SDA
SCL Memória
PC
EEPROM
VSYNC
1.3.11 DPMS
O circuito de deflexão deve ser projetado de tal forma que se consiga gerar as
diferentes freqüências de horizontal e vertical. O microcontrolador é responsável
pelo controle deste circuito de forma a configurar o circuito de deflexão de acordo
com a freqüência vertical e horizontal necessária. O microcontrolador neste caso
funciona como um processador de sincronismo.
O processador de sincronismo recebe os sinais de sincronismo horizontal e
vertical vindos da placa de vídeo, de forma, a saber, qual a resolução a ser utilizada,
isto é, a resolução em que o usuário configurou para a placa de vídeo funcionar. A
Figura 1-10 ilustra uma configuração típica para um monitor de vídeo.
(a)
20
(b)
Figura 1-10 Configuração da deflexão horizontal e vertical para diversas resoluções;
Freqüência Horizontal (kHz), Freqüência Vertical (Hz), Períodos relacionados ao horizontal (µs),
e Períodos relacionados ao vertical (ms).
(a)
(b)
Figura 1-19 Padrão Moiré gerado em imagens de teste
2 TV LCD (PLASMA)
Processador Amplif.
Alto-Falante
de Áudio Áudio
Analógico
ou Digital
Entradas de
Fonte de
Vídeo
Alimentação
Externo
2.1 SCALER
A Figura 2-5 ilustra uma estrutura para TV LCD utilizando o one-chip Philips, o
componente da família TDA150xx, e o Scaler PW1306 da fabricante PixelWorks
3 INTERFACES DE VÍDEO
Em 1998, o Digital Display Working Group (DDWG) foi formado para realizar
um estudo de um vídeo digital padronizado entre PC e monitores VGA, como
ilustrado na Figura 3-1.
(a) (b)
Figura 3-1 Uso da interface DVI entre o monitor VGA e um PC
3.1.1 Tecnologia
para oito bits. Portanto, a transferência de dados R, G e B digital requer sinais TMDS
que realizem uma conexão TMDS entre os equipamentos.
O conector DVI apenas digital, que suporta operação com conexão TMDS
duplo, contem 24 contatos arranjados como três linhas de oito contatos, como
mostrado na Figura 3-4.
3.2 HDTV
3.3 HDMI
3.3.1 Tecnologia
(a)
(b)
Figura 3-8 Receptáculo do conector HDMI (a) “Tipo A” e (b) “Tipo B”
HDMI suporta RGB, 4:4:4 YCbCr e 4:2:2 YCbCr. Até 24 bits por pixel podem
ser transferido. Para os dados YCbCr e todas as outras resoluções RGB, tem uma
faixa de dado de 10H – EBH.
3.4 RS232
A Figura 3-9 ilustra um cabo típico para conexão entre dispositivos que
utilizam a comunicação RS232.
Para cada byte existe bit de início e fim de transmissão (start e stop); o mais
comum é utilizar-se 1 bit de início e 1 bit de parada, mas é possível encontrar
aplicações que utilizam 1,5 ou 2 bit de início/parada. A Figura 3-11 ilustra como a
transmissão de um byte ocorre.
Na interface RS232 o nível lógico "1" corresponde à uma tensão entre -3V e -
12V e o nível lógico "0" à uma tensão entre 3V e 12V. Valores de tensão entre -3V e
+3V são indefinidos e precisam ser evitados. O estado idle da linha é 1 lógico (-V).
Porém a grande maioria dos periféricos que trabalham com portas serial não
utilizam o padrão RS232 para níveis elétricos diretamente. Portanto é sempre
necessário um circuito de conversão de nível TTL/RS232. O circuito integrado mais
comum para efetuar esta conversão, de baixo custo, é o MAX232 que possui
alimentação TTL.
Como apresentado na figura, todos dos 720 pixel amostrados tem um valor Y,
Cb e Cr, exceto que os dois últimos, componentes Cb e Cr são amostrados de forma
intercalada. O resultante deste processo é o padrão BT656 de fluxo de dados, que
amostra de forma concatenada estes 8 bits de luma e as amostras de croma. A
razão de amostra do fluxo de dados BT656 é de 13.5 MHz + 2x6.75 MHz = 27 MHz.
tem este nome por ter uma resposta em freqüência luminância e crominância que
parece um pente (comb). Idelamente, esta resposta em freqüência deverá estar
casada com o intervalo de luminância (sinal de crominância), como mostrado na
Figura 3-13.
O Comb filter moderno tipicamente utiliza uma técnica onde são usados duas
linhas de atraso para armazenar as informações das duas ultimas linhas de vídeo
(semelhante à linha de atraso usado no sistema PAL M) e a partir daí processar o
sinal para filtragem da croma. Usando mais que duas linhas de atrasos, resultam em
uma maior filtragem vertical, que se traduz em redução menor resolução vertical.
A Figura 3-14 ilustra um diagrama típico de um comb filter de duas linhas de
atraso.
4 TV DIGITAL
A televisão digital é a nova sensação do momento na área tecnológica; podemos afirmar que a
TV brasileira se prepara para um futuro próximo, substituir sobremaneira a atual televisão
analógica.
Com o advento da TV digital, o telespectador vai ter em sua residência uma imagem
sem distorção, sem aquele tradicional chuvisco, com uma tela maior, oferecendo a imagem
com melhor resolução, nos dois modos; sistema padrão digital ou em alta definição, que
este é de aproximadamente até cinco vezes a resolução atual e com o áudio na qualidade de
um compact disk.
Ao contrário do que alguns leitores pensam, a televisão digital não é o mesmo que TV
de alta definição. O HDTV é apenas uma opção entre os múltiplos avanços tecnológicos das
plataformas digitais que a transmissão DTV pode oferecer.
O HDTV possui um formato de vídeo com um número maior de linhas de resolução
do que um televisor analógico atual, tanto nos sistemas PAL, NTSC ou SECAM e seus
diversos padrões.
O formato da tela do televisor na transmissão digital é o mais adequado à vista do ser
humano, e foi padronizado nas dimensões proporcionais 16:9. Enquanto que nós sabemos que
o formato analógico é de 4:3. Lembrando que estes números são chamados de relação de
aspecto.
O sistema de som é bastante diversificado pois além de ter o som surround 5.1, isto é,
possui 5 canais digitalizados e mais um canal a parte para a produção dos efeitos especiais,
como subwoofer, e pode-se também selecionaro sistema Dolby virtual ou estéreo
convencional.
A resposta de tanta tecnologia envolvida, traz para o telespectador uma TV com um
som envolvente e uma qualidade de imagem só comparáveis ao que temos hoje no cinema.
Enfatizando ainda mais o produto final da TV digital, convém lembrar que o mesmo
permite integrar diversos equipamentos eletrônicos aumentando assim a criação de novas
possibilidades e aplicações de multimídia.
A TV digital tem a possibilidade de portabilidade do receptor com a TV móvel,
programas e informações com interatividade com redes de telefônica celular de última
geração, em microcomputadores do tipo PC ou Palmtops.
53
2 COMPRESSÃO DE VIDEO
2.1 DIGITALIZAÇÃO
55
Vários formatos foram propostos como: 4:2:0; 4:1:1 de 3:1:1, porém o utilizado nos
sistemas de vídeo DVD e televisão digital é o formato 4:2:2, como pode ser visto na Figura
2.2.
2. 3 Freqüência de Amostragem
Investigações feitas na faixa compreendida entre 12 e 14,3MHz, tomando como quesitos a
qualidade da imagem digitalizada, o custo de implementação e a compatibilidade com sinais
de vídeo digital no formato composto, entre outros, resultaram na escolha de 13,5 MHZ para
amostragem do sinal Y e 6,75 MHz ou seja, a metade, para os componentes de croma a que
esta de acordo com o teorema de Nyquist já que a máxima freqüência de vídeo atinge 4,2Mhz
e para croma 1,5Mhz.
57
13,5 MHz
Referência
x
1/6
Freqüência de x x x
linhas 1/143 1/143 1/144
Subportadora x x x
de croma 914/4 914/4 1135/4 + 1/625
A Figura 2.3.1 mostra dois métodos para a obtenção de componentes na forma digital. No
primeiro os componentes Ey, Er e Eb são inicialmente introduzidos em um circuito matriz e
então renormalizados gerando as componentes, ainda em forma analógica, Ey, Ecr e Ecb.
Essas componentes são filtradas e convertidas para a forma digital (PAM). No segundo
método os componentes são inicialmente filtrados, convertidas para forma digital e
posteriormente processadas gerando os componentes Y, Cr, Cb. Os filtros utilizados visam
preservar a faixa dos sinais de vídeo em banda base, bem como controlar o nível máximo de
interferência entre os espectros do sinal amostrado (aliasing). A cada amostra do sinal de
vídeo são atribuídos oito bits, resultando em 256 níveis de quantização disponíveis para a
representação da amplitude do sinal dos quais dois deles (00h e FFh) são reservados para
sincronismo no protocolo de dados digitais.
58
Ey
FILTRO BP
Er Y
MATRIZ
Ecr A/D
Eg Cr
NORM Ecb
Eb Cb
FILTRO BP
Er Y
MATRIZ
A/D
Eg Cr
NORM ___/ __
Eb Cb
Redundância espacial: Dentro do mesmo frame muitas amostras (pixels) tem valores
similares. Em exemplos práticos, cenas que exibem céu, mar e paredes lisas são altamente
redundantes.
Redundância temporal: A diferença de tempo entre frames adjacentes de 0,0033 seg devido
a esse curto intervalo de tempo, pouca coisa ou até mesmo nada muda na imagem. Em uma
cena onde a câmera e o fundo permanecem estáticos e um objeto ou pessoa se move, quase
todos os pixels serão idênticos de um frame para o outro. Desde modo existe alta correlação
entre um pixel de um frame com o pixel do frame adjacente que ocupa a mesma posição.
Intra (Frame)-Coding: Tem como função explorar a redundância espacial entre as imagens e
pode ser usada sozinha, como no JPEG para imagens sem movimento. Essa técnica é baseada
nas diferenças entre as características principais dos quadros anteriores onde são analisados os
sub-quadros de 8 x 8 pixels adjacentes no domínio da freqüência. Esta análise é o objetivo do
DCT (Discrete Cosine Transform) que irá produzir coeficientes que descreverão a magnitude
de cada freqüência espacial. Normalmente e tipicamente muitos coeficientes serão zero ou
aproximadamente zero e esses poderão ser omitidos resultando assim num redução da taxa de
bits.
Inter (Frame)-Coding: Essa técnica é baseada nas diferenças entre as características dos
quadros anteriores; mas essa avaliação não acontece em todo o frame de uma vez; na verdade
o frame é sub-divido em macro-blocks de 8 x 8 pixels. Cada macro-block transposta a
informação de comparação com o macro-block do frame anterior. Quando uma imagem se
apresenta disponível no decodificador, a próxima imagem pode ser gerada enviando somente
a diferenças entre a imagem anterior e a atual. As diferenças entre sucessivas imagens será
maior somente se houver movimento. Mas esse efeito pode ser equilibrado utilizando-se
compensador de movimento, desde que o perfil de um objeto não varie muito com o
movimento de uma imagem para outra. Se o movimento puder ser mensurado, a aproximação
da imagem atual pode ser criada substituindo parte da imagem para uma nova localização.
Essa substituição é controlada por um vetor que é transmitido ao decodificador. A transmissão
deste vetor necessita de menor número de dados para ser transmitidos do que a diferença entre
as imagens.
61
Nos Estados Unidos um dos formatos definidos de HDTV possui 1920 pixels
horizontalmente por linha e 1080 linhas num quadro, com 30 frames por segundo. Se esses
números forem multiplicados, com 8 bits para cada uma das cores primárias RGB, a taxa total
de dados necessários para a transmissão seria aproximadamente 1,5 Gb/s. Porém só temos
62
disponível para a transmissão de vídeo por canal uma banda de 6MHz, com isso poderíamos
chegar a uma banda disponível de somente 19,2 Mb/s, sendo necessário ainda reservarmos
um espaço para a transmissão de áudio e dados auxiliares; com isto só teríamos disponíveis
18Mb/s. Concluímos que com essa restrição de faixa disponível significa que é necessário
uma compressão de dados por figura de aproximadamente 83:1. Entendemos que o objetivo
principal é entrega altíssima qualidade de vídeo para o usuário final com o menor número de
artifícios possíveis e custo final baixo.
A compressão de vídeo envolve três etapas básicas:
Codificação: Atribui o menor número de bits possível a cada número; as duas reduzem
aqueles 9 bits por pixel para um número menor de bits relativos a um número bem menor de
variáveis, ou seja, não é necessário um valor para cada pixel. É aí que acontece a compressão
de dados.
Depois se aplica a cada bloco uma transformada DCT e por fim trabalha-se com os
coeficientes mais significativos que correspondem as freqüências mais baixas.
A idéia do JPEG é transmitir imagens com a menor taxa de bits. A imagem pode ser
dividida em macro-blocos, cada um com duas matrizes de luminância 8 x8, uma de Cr 8 x 8 e
outra de Cb 8 x 8.
Imagem bidirecional ou Imagem B: São frames que utilizam uma imagem passada e mais
uma imagem futura como referência.
64
MPEG (Moving Pictures Experts Group): É um grupo de pessoas e entidades cuja principal
meta é gerar padronizações para compressão devídeo e áudio digitais dentro da ISO
(International Organization Standartization). Em particular, eles definem o bitstream
comprimido que, implicitamente, define o descompressor (decodificador). O grupo concebeu
um sistema aberto, definindo um conjunto de técnicas de compressão e algoritmos em forma
de regras e orientações flexíveis sendo esse conjunto denominado MPEG.
MPEG-1: O primeiro padrão a ser definido foi o MPEG-1 cujo objetivo era produzir uma
saída com qualidade para um formato 352 x 240 pixels NTSC, usando uma taxa de 1,2Mbps,
com áudio de alta qualidade. As imagens e cores são convertidas para a forma YUV sendo os
sinais U e V com redução de resolução para 176 x 120 pixels, caracterizando o formato 4:1:1
com 30 quadros por segundo e varredura não entrelaçada.
65
MPEG-2: Como evolução surgiu o MPEG-2 operando também com varredura entrelaçada
nos formatos 4:2:0, 4:2:2 ou 4:4:4, tendo como aplicações mais importantes a distribuição de
TV digital (terrestre, satélite ou cabo), o vídeo digital sob demanda, armazenamento de vídeo
digital, HDTV e DVG.
MPEG-4: A característica principal do MPEG-4 é baixa taxa de bits, situada na faixa de 4800
a 64kbps e operando com dimensões como 176 x 144 pixels e 10 frames por segundo. Este
padrão pode, por exemplo, operar com videofones de baixa taxa sobre linhas analógicas de
telefone.
3 MODULAÇÃO DIGITAL
Com os recentes progressos da tecnologia, a transmissão digital foi responsável pela redução
da taxa de bits, mantendo os níveis de áudio e vídeo aceitáveis, e conseguiu-se reduzir
problemas inerentes a ruído.
Com as recentes transmissões digitais, há a necessidade premente que os técnicos
compreendam a modulação digital, a qual veremos a seguir.
Na Figura 3.1 podemos ver um sistema de transmissão digital simplificado
66
CONVERSOR SAÍDA DE
AD TRANSMISSÃO ANT
DIGITAL
CODIGO CÓDIGO
SINAL FONTE DE CORREÇÃO MODULAÇÃO
ANALÓGICO COMPRESSÃO DE ERRO DIGITAL
MPEG-2
PORTADORA
Funcionamento básico:
1) Inicialmente é realizada a conversão A/D, a quantização e amostragem e codificação
das informações analógicas.
2) Com o objetivo de reduzir a largura de banda ocupada pelo sinal digital é empregado
um sistema de compressão conhecido como MPEG-2.
3) A codificação do canal consiste em gerar uma seqüência de bits que juntos
representam o valor da amostra analógica. Códigos de erros podem ser adicionados
para se verificar erros na transmissão dos sinais.
4) A conversão do sinal modulado digitalmente em uma banda de freqüência é
transmitida.
5) A amplificação em tensão e depois em corrente deste sinal (amplificador final). Segue
com a potência coerente até a antena.
6) No receptor é realizado o processo inverso aplicado na transmissão.
7) A restauração da informação original é realizada na demodulação do sinal recebido o
qual, desfaz o interliving e realiza a correção de erros, dando a saída do sinal original.
8) A portadora é um gerador de onda senoidal que tem como função transportar bits.
A função do modulador digital é converter o sinal de informação digital original (sinal banda
base) em um sinal compatível com a variação da freqüência, amplitude ou fase da portadora.
A única diferença que pode ter a modulação digital com relação a analógica é o sinal
modulante que pode ser digital ou analógico.
Existem vários sistemas aplicados na transmissão digital como por exemplo o BPSK,
que podemos traduzir como, chaveamento de fase binário; QPSK; QAM, etc.
A Figura 3.2 apresenta as principais modulações digitais.
68
NÍVEL ALTO
NÍVEL BAIXO
0 1 2 3 4 5 6 t (ms)
valor de Q
I
valor de I
Modulação Aplicação
MSK, GMSK GSM, CDPD
BPSK Telemetria espacial, cable modens
QPSK, DPSK Satélite, CDMA, DVB-S
QPSK CDMA, sat[elite
FSK, GFSK DECT, AMPS, segurança pública
8, 16 VSB Formato de TV digital americano
8 QPSK Satélite, sinais de telemetria para monitorar sistemas de TV.
16 QAM Rádio micoondas digital, modems, DVB-C, DVB-T
32 QAM Microondas terrestres, DVB-T
64 QAM DVB-C, modems, MMDS
256 QAM Modems, DVB-C
74
REED 8 VSB
SOLOMON INTERLEAVER TRELLIS MODULADOR
ENCODER ENCODER
Reed Solomon Encoder: É um corretor de erros posterior que faz um aumento de 20 bytes no
pacote de bits do MPEG-2, corrigindo o sinal que chega até o receptor de TV.
8 VSB Modulador: É o modulador propriamente dito, visto que modula uma onda portadora,
fixada a 310Khz do início da banda de freqüência do canal de 6 MHz, AM-VSB/SC.
Neste tipo de modulação, existem 8 níveis que são 4 positivos mais 4 negativos.
Cada grupo de 3 bits consecutivos do sinal irá corresponder a um certo nível; neste
caso haverá uma divisão da taxa de bits por 3, daí a freqüência do sinal modulador torna-se
compatível com o espectro de freqüência na faixa de 6 MHz.
Características Principais:
1) O vídeo é MPEG-2, o áudio é Dolby AC-3.
2) Radiodifusão: modulação 8 VSB;
3) TV a cabo: modulação 64 QAM;
4) TV via satélite: modulação QPSK
MAPPER OFDM
MODULADOR
Outer- Interleaver: Possui a mesma função do ATSC; os bits são embaralhados da mesma
forma.
Innercoder: a única diferença entre eles é que no sistema americano, o sinal de croma é
fixado em 2/3 e no DVB-T não é fixa, pois poderá ser programada para os seguintes valores:
½, 2/3, 5/6 ou 7/8 no espectro de freqüência.
Como sabemos, no sistema DVB-T as portadoras são mútiplas e não uma só como no
ATAS e essas multipordadoras podem ter os modos 2K ou 8K.
O modulador do tipo OFDM do modo 2K, gera até 1705 portadoras simultâneas de 90
graus (ortogonais).
O modulador do tipo OFDM DO MODO 8 K, gera até 6734 portadoras também
simultâneas de 90 graus.
77
Mapper: Este estágio dá orientação necessária as portadoras que são emtorno de 6.800 na sua
totalidade como já foi explicado.
posterior. Este espaço dá-se o nome de banda de guarda, que é um intervalo de guarda de
segurança (∆t) o qual separa um símbolo do outro, evitando assim a super posição de sinais.
A banda de guarda (∆t) oferece ao sistema de TV digital uma proteção natural contra
intermodulação multicaminhos, (interferência entre blocos de dados), também chamados na
prática sinais refletidos (retardos) que a antena recebe, e causa o efeito fantasma na imagem.
Características Principais:
O vídeo é comprimido pelo MPEG-2;
O áudio é comprimido pelo MPEG-2 AAC.
A radiodifusão é modulado em COFDM;
A transmissão de satélite é modulado em 8 PSK.
A banda de freqüência de TV é de 6 MHz.
79
4.2 HDTV
Como sabemos, a TV analógica possui uma resolução de 125.000 elementos de imagem
(pixels) por quadro, com a relação de aspecto de 4:3.
Também sabemos que a TV digial transmite com um número maior de detalhes,
relação de aspecto de 16:9, maior número de pixels na tela, e o som com 6 canais em modo
Dolby AC3.
Essas características são do sistema HDTV, o qual pode ser transmitido em dois tipos:
1) Sistema HDTV com 1.125 linhas/quadro, 30 quadros/s e varredura entrelaçada de 60
campos/s.
2) Sistema HDTV com 750 linhas/quadro, 60 quadros/s e varredura progressiva.
Convém informar aos leitores que os sistemas citados trabalham com a banda de
freqüências de até 20 MHz, que os tornam incompatíveis com a TV convencional
analógica pois esta, possui uma banda de seqüência de 6 MHz.
O sinal de luminância para o sistema HDTV é padronizado em:
Y = 0,212R + 0,701G+0,08B
PB = 0,548 (B-Y)
PR = 0,635(R-Y)
82
Como já foi dito, a transmissão de HDTV pode ser realizada em 8 bits ou 10 bits, os quais
se diferenciarão na quantidade de pixels transmitidos conforme explicado a seguir:
Sistema de 1.125 linhas/quadro, a varredura entrelaçada e 30 quadros/s: Neste caso o
sistema terá 1.080 linhas ativas, que nada mais é do que 1.080 pixels no sentido vertical
da tela. Então, 1.080 linhas x relação de aspecto que é 16:9, obteremos o número de pixels
no sentido horizontal:
Para o modo de compressão de 4:2:2, utilizando-se de 10 bits, teremos como taxa de bits:
4.3 STDV
Já enfatizamos que na transmissão digital, é possível se gerar HDTV ou STDV, que é a
TV Digital Standard.
A taxa de bits entre os dois sistemas são diferentes, tendo em vista a quantidade de
pixels processados.
Como sabemos, o sistema SDTV que é a definição padrão de TV digital, possui 525
linhas/quadro, utiliza a varredura entrelaçada com 30 quadros/s e relação de aspecto igual
ao HDTV 16:9, porém com 483 linhas ativas visíveis na tela/quadro.
83
TRANSPORT
STREAM
CONVERSOR TRANSFORMADA
DE BLOCO DCT
DOWN
SAMPLE
VÍDEO DIGITAL
4:4:4
PREDIÇÃO DE
QUADROS
EXITAÇÃO DE
MOVIMENTO
6
5 B
PREDIÇÃO DIANTEIRA
4 P
3 B
B
2
1 B
I
PREDIÇÃO BIDIRECIONAL
Em 1999, a Anatel, com o estabelecimento de termo de cooperação técnica com o CPqD, deu
início ao processo de avaliação técnica e econômica para a tomada de decisão quanto ao
padrão de transmissão digital a ser aplicado no Brasil ao Serviço de Radiodifusão de Sons e
Imagens.. A escolha do CPqD para a prestação de tais serviços considerou não apenas o
histórico de serviços prestados à Agência e às empresas operadoras da antiga Telebrás, mas o
elevado domínio técnico das tecnologias de compressão digital de sons e imagens e a
influência política do Instituto, que tem relações com vários funcionários da Anatel e do
86
O padrão ISDB-T é usado atualmente nas áreas metropolitanas do Japão, e era publicamente
defendido por Costa e pelas empresas de comunicação brasileiras. Essa preferência era
justificada pela capacidade do sistema atender a equipamentos portáteis, permitindo que o
público assista TV, por exemplo, em celulares. Tal capacidade foi um dos pontos decisivos
para a escolha do sistema, que, seguindo o desejo do governo, também deveria proporcionar
alta definição e interatividade, tanto para terminais fixos como móveis.
Em Junho de 2006, o governo anunciou que o ISDB-T seria a base para modulação. No
entanto, a codificação de video seria MPEG-4, enquanto no Japão é utilizado o MPEG-2.
No dia 19 de junho de 2007, a Samsung foi a primeira empresa a fazer uma demonstração
pública do SBTVD. No seu showroom em São Paulo, dois aparelhos LCD foram mostrados,
um com um sintonizador interno, outro com uma set-top box. Tanto o sintonizador quanto o
set-top box foram desnvolvidos no Brasil, no centro de pesquisas da Samsung em Manaus,
Amazonas. O sinal utilizado nesta demonstração foi um clipe criado pela Rede Globo,
transmitido a 1080i. O padrão não aplica o 1080p. Este clipe consistia de trechos de novelas,
programas de auditório e jogos de futebol recentes, que, embora não tivessem sido gerados
por câmeras HDTV, foram escalados para maiores resoluções ainda na estação.
O início das transmissões do novo padrão está marcado para Dezembro de 2007,
primeiramente em São Paulo, depois no Rio de Janeiro e então em outras capitais (como
Brasilia, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre) e gradativamente em outras cidades. Em um
primeiro momento, ainda não estarão disponíveis os serviços interativos, através do
middleware Ginga, que ainda não foi totalmente definido. Devido a isso, as primeiras set-top
boxes não irão oferecer suporte aos recursos, sendo necessárias atualizações de hardware
assim que esses serviços se tornarem disponíveis.
87
6 REFERÊNCIAS
Jack, K., Vídeo Demystified: A Handbook for the Digital Engineer. [s.l.]:
ELSEVIER, Quarta Edição, 2005.