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A VIDA FLORESCE NO DESERTO

“O mundo é daqueles que hoje sabem oferecer-lhe e contagiar-lhe com


horizontes e síntese de sentido” (Pedro Arrupe)

Pode vir algo bom do deserto urbano?


Vive ainda o Espírito em nossas cidades?
• Em pleno deserto podem nascer, e nascem, as flores.
• No centro da cidade, todos os dias, a vida se faz mais forte.
A primeira linha básica da espiritualidade das “cidades-deserto”, na qual
vivemos, há
de ser a necessária constatação de que o REINO está vivo e movendo-se com
inquietude no
coração e na vida dos cidadãos sofredores e expectantes diante da violência,
injustiça,
corrupção... São milhares de flores do Reino que nascem cada dia.

O deserto é atravessado diariamente por camelos e dromedários que aguentam


carregados, muitas horas, em meio a um clima asfixiante e insuportável.
“Ele carregou nossos pecados, suportou os maiores sofrimentos e humilhações e obedeceu até à
morte, e morte de Cruz, por amor aos homens”.
No meio das cidades aparecem homens e mulheres “especiais” que carregam
alegremente o sofrimento dos irmãos; são pessoas que prestam sua vida, sua
acolhida e seus cuidados aos pobres, aos deficientes, aos toxicômanos, aos meninos de
rua, aos anciãos...
“Ser pobre, segundo o Evangelho, não é somente obrigar-se a fazer o que faz o último, o escravo;
é fazê-lo com a alma e o espírito do Senhor. Isso muda tudo...” (Leclerc).

A Igreja, em seus filhos mais autênticos, nos oferece o mais belo sentido do
mistério da libertação e da Cruz. A Cruz está presente e vivente, o Crucificado,
que ofereceu sua vida por amor, continua oferecendo-nos seu exemplo vivo nas
grandes cidades.
Este deserto moderno nos permite, de vez em quando, cruzar-nos com caravanas de irmãos que
carregam alegres, e muitas vezes com um profundo sentido crítico e político, a dor da humanidade,
e se convertem assim em fator essencial de esperança para um futuro humanizado na cidade.
Somos convidados a viver a mística dos profetas nas grandes cidades. O místico não se cansa de ser si-
nal de esperança e testemunha do Deus da Vida no meio das contradições da cidade. Na cidade somos
chamados a abrir nossas casas e estarmos sempre prontos para receber os desafios que vem da rua.

É o Amor de Deus, recebido e comunicado, que constrói a cidade de Deus.


Trata-se da MISSÃO na grande cidade, tão segura de si mesma e, no entanto, tão
frágil.
Para fazer escutar nela a Palavra, é necessário retroceder, tomar distancia...
para uma presença mais eficaz; para poder atuar é necessário discernir.
O “ativismo” já passou. O fundamental não é “fazer mais”, senão idealizar
ações que, por sua qualidade humana e espiritual, dão continuidade à ação de
Cristo.
A visita, a atitude pastoral, a itinerância, o diálogo, o caminho, o movimento e o
testemunho, são
aspectos, qualidades e virtudes que nos permitem perpassar
todas as fronteiras e sistemas nervosos da cidade.

Texto bíblico: Gen. l8,l6-33

Na oração: Procure descobrir os sinais do Reino de Deus no


meio da aparente obscuridade da vida corrente.
- Trazer à mente nomes de pessoas valentes que nos conta-
giam e fazem crescer a esperança no seio da cidade.
“O homem pode saquear e destruir, ganhar e acumular,
inventar e descobrir, mas ele é grande porque a sua al-
ma abrange tudo. É uma terrível destruição quando ele
envolve a sua alma numa concha morta de hábitos insen-
síveis, e quando uma fúria cega de trabalhos gira ao seu
redor como furacão de poeira, fechando o horizonte.
Isso mata completamente o verdadeiro espírito do seu ser, que é o espírito de compreensão.
Essencialmente, o homem não é um escravo nem de si mesmo nem do mundo; ele é um amante” (Tagore).

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