Visa a proteger a moradia da família, ficando isento de execução por dívidas, eis que torna
impenhorável determinado imóvel afetado pelo chefe de família.
• Classifica-se em: a) convencional (arts. 1711 a 1722 do C.C.) b) legal (lei nº 8.009/90).
• Convencional
O bem de família convencional é o imóvel residencial próprio, urbano ou rural, destinado por
quaisquer dos cônjuges à residência da família, ficando isento de penhora
• Seus requisitos são: a) o instituidor deve ser proprietário do bem; b) no ato da instituição, o
instituidor não pode ter dívidas cujo pagamento possa ser por ele prejudicado; c) deve ser feita a
instituição por escritura pública transcrita no registro de imóveis
• Natureza jurídica
• Duração
Vai até a morte de ambos os cônjuges (arts. 1716 e 1722). Em caso de morte dos cônjuges, o bem
de família convencional só existirá se houver filhos do casamento e, até que completem sua maioridade –
desde que não estejam sobre curatela
• Legal
• Lei 8.009/90
Instituiu o bem de família legal como o imóvel residencial próprio do casal ou da entidade
familiar, bem como os móveis que o guarnecem, isento de penhorabilidade por determinação legal. Esse
imóvel pode ser urbano ou rural.
• Como decorre diretamente da lei, não necessita de manifestação de vontade para sua instituição,
sendo automático e obrigatório
• Características: a) o imóvel deve ser próprio do casal ou da entidade familiar (união estável); b)
deve o imóvel ser a residência da família; c) deve o imóvel ser impenhorável por dívidas
Há controvérsia quanto à pessoa solteira que more sozinha, entendendo a maioria que sua
residência não terá a proteção do bem de família legal, nem quanto aos móveis que guarnecem a
residência. Assim, seria penhorável sua residência. Questiona a corrente minoritária que entende que esta
residência merece proteção legal eis que, não seria constitucional a discriminação em relação ao estado
civil das pessoas
• Imóvel de um união homoafetiva é bem de família?
Entende a corrente minoritária que não teriam as pessoas que vivessem sob essas uniões direito à
regra da impenhorabilidade do bem de família (não existe lei federal regulamentado a matéria, nem
sequer previsão constitucional). Uma corrente majoritária (TJ/RS) diz que é uma afronta aos princípios
constitucionais da isonomia e da dignidade da pessoa humana. Até porque, hoje as questões relativas às
uniões homoafetivas estão sendo resolvidas na jurisprudência por analogia às uniões estáveis
• No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade recai sobre os bens móveis quitados da residência
(art. 2º, § único, lei 8.009/90).
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel
familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade
familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a
ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.